Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 6
That's my name


Notas iniciais do capítulo

Hello galerinhas! (nossa, pareci apresentadora infantil! asuhuash)
desculpa se demorei, mas andei meio mal... :(
to de volta, e olha, se der pra vocês ouvirem a música That's my name , de Akcente, eu agradeço!
*.* amoo essa música, já participou de vários sonhos meus! *.*
Desfrutem!



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6.

Rachel ia cantarolando e saltitando pelo corredor quando, numa curva, acabou pulando em cima de alguém. O choque foi tão grande que a pobre caiu de bumbum no chão e o rapaz foi pra trás, freando de encontro à parede.


― Pô, não tá vendo por onde... – Stark ia dizendo em tom bravo quando reparou que era uma garota, que era sua amiga. ― Raquetinha! – Exclamou surpreso.


― Anda, seu bruto, vem me pegar! – Rachel disse tentando se erguer.


― Não dá ideia, Rae, que eu posso levar a sério! – Stark disse cinicamente. A morena rolou os olhos.


― É. Sonha querido, sonha. – Piscou um olho para ele.


Ele a ajudou a se levantar e a abraçou afetuosamente.


― Para onde ia pulando igual um veadinho? – Ele perguntou.


― Veadinho é você!


― Tudo bem... Cervinho fica melhor?


Rachel preferiu não responder.


― Eu estava indo ver a Vickie. E você?

― Eu ia deitar um pouco...


― Por quê? O que vocês ficaram aprontando no lago, heim? – Rachel perguntou ironicamente, cutucando o braço do amigo. Stark sorriu maliciosamente.


― Nado sincronizado. – Informou piscando um olho.


― Ai que nojo, seu pervertido! – Rachel exclamou no momento em que uma camareira passou, os encarando perplexa. Depois que ela se foi, os dois riram divertidamente.


― Falando sério: ela já não contou o que aconteceu para você? – Stark perguntou. ― Você sabe como as mulheres são...


― Não! Como são? – Rae cruzou os braços, inquiridora.


― Ah, elas sempre contam uma coisa para a amiga, por mais insignificante ou inútil que seja! – Ele respondeu de sacanagem. ― Mas, então ela não contou?


― Não tivemos tempo para conversar. A final, vocês dois estavam cheirando a lama e planta do lago! Eca! – Rachel ficou sinceramente enojada, fazendo Stark rir de sua careta. ― Ela foi direto pro banho.


― Poxa, perdi uma oportunidade e tanto... Se eu soubesse... – Disse o garoto retomando o sorriso malicioso.


― Tenho dito: sonha querido, sonha.


― Por quê? Você não acha que eu tenho chance de conquistar a Vi?


― Ah, qual é? Você: conquistar a Vickie? Você é Ethan Stark, se toca! – Rachel respondeu simplesmente sob risadas, e saiu em direção ao próximo corredor.


Stark coçou a cabeça totalmente desentendido.


― Mas que porra! O que há de errado com ser Ethan Stark? – Perguntou um tanto alto, justamente quando a camareira da outra hora voltava. A mulher o olhou de soslaio, um pouco assustada.


Stark deu de ombros e seguiu seu caminho.


***


Danilo entrou no seu quarto. Era um apartamento, na verdade. Um andar inteiro só dele, na cobertura do prédio de hospedagem. Quando ele está em temporadas escolares, o lugar costumava ser alugado, mas isto não acontece a certo tempo, desde que ele decidiu decorar tudo ao seu gosto. Seu pai preferiu não continuar alugando algo de tão grande estima do filho.


O garoto sentia seu corpo molengo, como se tivesse comido uma pizza inteira com um litro refrigerante, como se seu corpo estivesse saturado de gordura e açúcar. Ela sabia que isso passaria assim que colocasse seus membros e músculos em movimento. Sem falar na parte psicológica. Sentia-se desgastado, por algum motivo. Seu cérebro estava agitado, mas não parava em um pensamento fixo.


Assim, tirou a camisa, deixando-a sobre a cama e foi até a varanda, de vista esplendorosa para o último jardim e o lago. Riu ao imaginar seus amigos lá dentro e a velha Guilder indo apanhá-los. Depois, virou de peito para baixo no chão e começou a fazer suas flexões. Seu MP10 já tocava uma música qualquer e isso finalmente estava o fazendo se sentir melhor.


Seus pensamentos se concentraram no dia de amanhã. Escola. Não era lá a melhor coisa, por causa do estresse e da correria que viria, mas estava ansioso para saber como seria o segundo ano. Por outro lado, queria poder não ser quem era pelo menos por um momento... Isto graças a um nome: Alanis. Ele não tinha ideia de como tinha ficado esse seu... Caso. A garota que desde sempre tenta uma chance com o rapaz, mas que somente no reveillon pôde desfrutar da quase-realização de seu sonho, quando Danilo, sem querer, errou a mira quando foi a abraçar, e, obviamente, a garota aproveitou para aprofundar aquele beijo acidental.


Ele lembrou que ela parecia estar ao ponto das lágrimas quando ele fez descaso pelo acontecido. Mas era como Danilo disse para Rachel: ele é pouco insensível, e só percebe certas coisas depois que elas acontecem.


Danilo não queria ter deixado Alanis magoada. “Mas talvez nem estivesse! Talvez tenha sido só pelo momento... Ano Novo... Essas coisas!”. Ao mesmo tempo, temia que não fosse assim. Não era nada fácil lidar com o... Assédio, por assim dizer. Mas como é que um cara pode ser paciente e cuidadoso com tanta coisa na cabeça?


Quando percebeu sobre o que estava debatendo mentalmente, Danilo sacudiu a cabeça veementemente, o desconhecendo. Perdeu o equilíbrio e seu braço falhou quando ia flexionar, o fazendo cair de bochecha no chão.


― Au!


Desconcertado, virou de peito para cima e continuou fazendo outro exercício: abdominais. Não que ele fosse realmente viciado em exercícios, mas ele adorava sentir que estava indo bem... Quanto ao seu físico. Era também uma fora de manter certa reputação. A final, debaixo de todo o estresse, ele seria hipócrita se desmentisse que não gosta da atenção que recebe na escola. O “grupinho” a qual pertencia, que acabava por lhe dar reconhecimento e status. Já era natural para ele. Mas se ao menos os outros soubessem o quanto isto é desimportante...


Depois de algum tempo, Danilo deitou no chão, relaxando. Finalmente a sensação de moleza e dolência sumira. Agora, seus membros e músculos estavam quentes. Ele sentia que tinha molhado o chão onde estava. Parecia que havia um sol sob sua pele, que fervia depois do esforço. Parou a música e apoiou a cabeça, pondo as mãos atrás dela. Foi quando um assunto recente lhe atingiu...


O que será que Alan anda fazendo que não possa falar nem para sua melhor amiga? Não parecia ser justo nem leal com Rachel. Ele não conseguia pensar em nada que não pudesse contar para alguém tão confiável como ela.


“Rachel nunca gosta dos garotos que se interessa por ela”. Era uma perfeita definição. Vai ver é por isso que ela é tão desejável. Se algum dia Danilo chegasse a conseguir algo de bom grado da garota, seria como ter uma grande vaidade alcançada. Não que ele tivesse a pretensão de investir para conseguir isto, pois adorava ter a sensação de ostentar isso, porém, não seria nada mal se acontecesse...


Rindo de seus próprios pensamentos, Danilo se levantou, deixando de lado as besteiras que lhe ocorriam quando está só, e foi até seu próprio banheiro, sem se preocupar em trancar porta alguma, a final, o último piso desconhecido para quase todos. Ainda podia contar com a segurança de câmeras na porta, numa supervisão constante.


Quem pode, realmente, simplesmente pode.


***

(That's my name - music)


“All the time I thought about you”…

“I saw you’re eyes and their will so blue”…

“I could read there just my name”…

“That’s my name, that’s my name, that’s my name”…

“And you… You always stay in my heart there’s I knew from this part”…

“And you… You always stay in my heart never keep you apart”…


A música estourava no aparelho de som no quarto de Vickie. A garota estava com todas as janelas e portas fechadas, a luz apagada e a cabeça simplesmente num outro mundo. Dançava sozinha pelo quarto ao som de uma de suas músicas preferidas. Parecia uma espécie desconhecida de tiete de dance music: shorts jeans curtos, uma blusa mais solta com uma estampa cômica de “Quem também odeia a Barbie levanta a mão!”, onde a boneca aparecia vestida em trapos sujos e com um cabelo cheio de friz terríveis, com um X imenso bem na altura do rosto. Na sua cabeça, Vickie usava uma bandana com desenhos da torre Eiffel (presente de Stark no reveillon passado), onde fora escrito a batom propositalmente “foda-se os franceses!”. No seu punho uma munhequeira, onde estava gravada frase “In Love For DJ Antoine!”, e nos seus pés, para completar, um tênis de skatista com os cadarços desamarrados.


Sem nenhuma timidez ou pudor, arriscava passos sinuosos. Estava à vontade no seu próprio quarto, tranquila e sem nenhuma perturbação quando, de repente, ouviu alguém bater à porta. Por contragosto parou de dançar, ofegante e cansada, e foi ver quem era. Olhou pelo olho-mágico e abriu a porta em sobressalto. Stark entrou no seu quarto sem fazer cerimônias.


A garota simplesmente embasbacou. Tudo o que pôde fazer foi segui-lo com o olhar enquanto ele parava a sua frente e a porta se fechava sozinha. Ela nunca tinha visto uma reação dessas em Stark antes. Ele estava com ar e expressão de decidido e confiante, sedutor e um toque de canalha também, só para não perder o estilo. Vestia blusa branca e jaqueta preta, calças justas nos lugares certos e tênis decente, nada daquelas velharias manchadas e gastas que ele costuma chamar de “estilosas”.


“O que você quer?” – Ela perguntou desconfiada.


Viu o sorriso torto e maroto do rapaz brotar em seu rosto. Seu cabelo arrebitado o deixou com o formato do rosto mais evidente, algo retangular delicado, mas forte.


“Sinceramente?” – Ele quis saber. Com medo, Vickie apenas balançou a cabeça em vez de falar. Stark se aproximou colando o rosto no dela, e falou ao seu ouvido: “Você!”.


Vickie suspendeu a respiração percebendo que suas pernas perderam a sensilibidade, suas mãos congelaram e sua garganta fechou. Porém, seu queixo caiu e, como se estivesse se aproveitando disto, Stark trouxe a boca da garota na sua, a abraçando e aprofundando um beijo avassalador.


A pobre garota sequer sentia o sangue fluir direito. Estava sinceramente atônita, porém, logo o garoto reativou seus sentidos e foi impossível não corresponder. Vickie enlaçou o pescoço de Stark e ele a suspendeu do chão. Ela, por sua vez, se abraçou a ele para não cair e decidiu que não havia nada que pudesse fazer para impedi-los de namorarem, a final, ela não estava se importando nem um pouco.


Os dois estavam ficando sem fôlego, mas a sensação de Vickie era que o ar se tornara quase insignificante perto daquela sensação arrebatadoramente voraz. Contudo, Stark afastou seu rosto do dela para poder respirar, a deixando fazer o mesmo. Quando Vickie abriu os olhos, encarou um par de olhos castanho-claro, extremamente luminoso. Assustada, pois não eram os de Stark (esverdeados), a garota se afastou e acabou notando que beijara outra pessoa. Não era Stark. Era...


“Jan?” – Perguntou aturdida, incrédula.


O garoto, de pele translúcida e sorriso galante, a encarou de maneira graciosa, mas garboso. Seu cabelo levemente cacheado e extremamente negro emoldurava seu rosto bonito e simpático. Suas roupas eram mais informais, porém, de um estilo refinado.


Vickie estava à beira das lágrimas de pura confusão quando, de repente:


TAN! TAN! TAN!


― P.Q.P.! – Vickie exclamou quando sentiu seu corpo batendo contra o chão. Olhou ao redor e notou seu quarto da pousada, com todas as aberturas fechadas e seu aparelho de som tocando sua música. Sua cama desarrumada a fez cair na real.


Foi tudo um sonho. Um ridículo e imbecil sonho. Porém, algo continuou:


TAN! TAN! TAN!

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Notas finais do capítulo

SUSPEENSEEE
E aí? o que ahcharam?
tá chato?
se tiver qualquer opinião me dêem, please!
Mila.



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