Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 5
Segredos que Rachel não pode saber...


Notas iniciais do capítulo

Hello corações!
Desculpa se demorei... Mas
andei meio deprê ;(
mas to aqui!

Aproveitem!



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5.

Desta vez ninguém se impôs e eles saíram para uma sala vazia da hospedagem. Quando se encontraram em privacidade, caíram numa risada escandalosamente engraçada, que foi parando à medida que ficaram sem fôlego.


— Stark não presta nem para levar uma bronca. Mesmo quando quer! – Vickie disse sob risinhos.


— Foi apenas a sorte de o senhor Daniel não estar aqui! – Defendeu-se o garoto.


— Sorte nada. Eu disse que você é incapaz de sofrer penalidade! – Continuou Vickie, já num tom mais competitivo.


— Mas eu posso! – O garoto replicou.


— É. Vai tentando se meter em encrenca, mas não na minha pousada, ok? – Daniel disse assim que reparou que eles iam começar a competir. — Acabei de assumir a responsabilidade e não estou nem um pouco a fim de ficar sem mesada só por que vocês destruíram algo caro!


— Mas, a final, por que você quer se meter em bronca? – Rachel perguntou.


— Ora, por que Vicktoria diz que eu não sei me meter! Só que eu sei!


Vickie continuou no mesmo tom de briga de sempre:


— Ora, se manque! Eu sei muito bem onde você sabe se meter!


— Ah é? Então diz!


— Você só sabe meter em...


— PAREM! – Rachel gritou assustando os demais. — Parem com essa conversa sobre meter, por favor!


Danilo estourou uma gargalhada alta. Dobrando-se de tanto rir da amiga, enquanto Vickie e Stark cruzavam os braços, de costas um para o outro, como criançonas.


— Qual foi, Rachel? Qual o problema com “meter”? – Stark perguntou, completamente sem noção.


— Acho que ela não se meteu exatamente no que queria... Parece frustrada, amiga. O que houve? – Vickie perguntou hilariamente séria.


Stark riu escandaloso enquanto Daniel parava, envergonhado. Rachel corou furiosamente.


— Ora, eu não me meti, nem pretendia meter nada em lugar nenhum! E é bom vocês irem parando!


— Mas por que está envergonhada? Na verdade, você e Danilo estão! – Stark os apontou com o indicador.


— Ih, é verdade! – Disse Vickie. — Vocês dois por acaso não estavam tentando se meter estavam?


— NÃO! – Os dois responderam automaticamente, se entreolhando assustados.


— Ah, ainda bem, por que não faria bem para a reputação de vocês. Principalmente de você, Danilo! – Disse Stark em tom de sábio.


— Ah é? Por quê? – O garoto perguntou curioso, levando uma cotovelada de Rachel.


— É óbvio: a gente se meter é uma coisa... Até RACHEL se meter é uma coisa... Mas você se metendo não, né! – Vickie repreendeu.


— Concordo. – Stark continuou. — Você tem que dar o exemplo cara!


— Ah, então vocês se metem é? – Perguntou Rachel brava de tanto rubor.


Vickie e Stark se entreolharam e falaram num uníssono:


— Nós? O tempo todo!


Os amigos ficaram pasmos.


— Vocês... Se metem? – Perguntou Danilo com uma voz fina de tão chocado.


— Claro! Pensei que já tinham reparado isso! – Stark falou calmamente.


— E como íamos reparar? – Rachel exclamou exasperada. — Credo! Isso é um nojo! Vocês... São amigos! Vickie, você é minha amiga! Eu deveria saber!


— Eu é que digo! VOCÊ deveria saber! Nós nos metemos todos os dias praticamente!


— Às vezes até levamos vocês juntos! – Stark contribuiu e Vic concordou prontamente.


Danilo e Rachel se entreolharam com os olhos quase saltando para fora das órbitas e com o queijo quase tocando o umbigo, de tão perplexos. Suas reações fizeram Vicktoria e Stark estranharem.


— Espera aí... – Disse Vickie cuidadosamente. — O que vocês pensam que estamos falando?


— O que VOCÊ está falando, isso sim? – Rachel perguntou indignada com a senvergonice.


— Estamos falando de confusões! – Vickie respondeu e contou com o apoio de Stark, que concordou com a cabeça. — Nos metemos nisso todo o tempo, até levamos vocês juntos às vezes! Só que Stark nunca sofre penalidade. Sempre sai ileso! – Ela olhou de canto para o amigo.


— Mas o que VOCÊS pensaram que nós estávamos falando? – Stark perguntou.

Rachel e Danilo se olharam constrangidos e extremamente vermelhos. A final, eles sabiam o que estavam fazendo há um tempo atrás, antes de Consuelo aparecer. Os amigos deles não.


— OH-MEU-DEUS! – Vickie arfou levando as mãos à boca.


— Não me dia que vocês estavam pensando em meter, tipo... Meter. Ai que nojo!


– Stark exclamou indignado. — Como puderam pensar isso de mim e da Vickie?


— Que horror! – Disse a garota. — Stark e eu? Por favor, me matem antes!


— AH É? E por quê? Vai dizer que não me deseja?

— Desejar você? Se algum dia eu fizer isso, me interno num hospício!


— Ótimo! Assim eu não corro o risco de ter nenhuma ninfomaníaca louca por mim!


— Ora, se enxerga Stark! E me poupe! Eu nunca cederia nada a você!


— Ceder o que? Você não tem nada demais!


— Seu filho de uma... PROSTITUTA!


Vickie fechou as mãos em punho e ia partir para cima de Stark quando Danilo a segurou, acabando com a roupa suja por isso. O constrangimento dele e de Rachel acabara no momento em que a discussão se tornou particular dos seus amiguinhos boca-sujas.


— Chega, por favor! – Rachel falou altiva, afastando Stark da loira. — Agora BASTA!


— É, já está bom de discussão e conversa furada! – Danilo soltou a amiga enquanto ia até Stark. — Vem cara. Volta pro teu quarto.


— É. Vem Vickie, vem comigo!


As garotas seguiram por um lado do corredor enquanto os garotos seguiram por outro em direção aos seus aposentos. Sequer estavam distante o bastante, já voltaram a rir de toda a situação.


***


Enquanto isso... No quarto 515...


— Cacete, cara! Eu já disse! Não dá! Por isso apenas, não dá! – Rugiu Alan para alguém na outra linha do telefone. Ele esperou mais alguns segundos em silêncio, depois respondeu: — Isso é um absurdo! Você sabe muito bem que é! – Pausa. — Então faça sua parte. Eu não vou continuar por uma miserabilidade. Você conhece os riscos, sabe que eu valho muito mais que isso! – O garoto passou a mão pelo rosto, exasperado, como se seu sangue todo estivesse fervendo em sua cabeça. — Então é simples: ou você dá um jeito nesse troço, ou eu simplesmente não vou! – Berrou irritado.


A outra pessoa na outra linha falou tão alto que sua voz pôde ser escutada a certa distância, dizia algo como:


“Você não pode simplesmente não ir! Cacete! Tem ideia do que está em jogo?”.


— Por isso mesmo. Então vá lá e faça minha proposta, caso contrário, PODE ESQUECER! – Alan terminou desligando brutalmente o telefone.


Virou-se e se sentou no sofá contendo o impulso de jogar o aparelho para bem longe. Foi quando Stark e Danilo entraram pela porta.


— Salve irmão! – Cumprimentou Stark com as mãos para o alto. — Qual tua liga?


Alan o olhou por baixo das mãos, que estavam em sua testa, apoiando o rosto.


— Qual tua linguagem? – Revidou o garoto.


— Ih... Não sei o que foi, mas acho que tenho que informar uma coisa pra você... – Danilo disse em tom arteiro.


— E o que é?


— Tem fumaça saindo da sua cabeça! – Brincou, fazendo Alan erguer o rosto numa dura expressão de estresse.


— Muito engraçado. Realmente perfeita hora pra brincadeira!


— Nossa! Esse estresse todo vai contagiar minha beleza! – Stark disse passando as mãos delicadamente no rosto. Danilo riu:


— Sempre soube que você era sensível!


- Perto de brutos como vocês, talvez eu até seja! – Revidou de brincadeira.


- Credo, seu gay! – Danilo disse ao se jogar no sofá, tacando uma almofada no amigo.


- Ai, não faz assim que eu gamo, Danizinho! – Disse Stark numa voz afeminada, segurando a almofada no ar.


- Ih, vai de reto! – Continuou Danilo. - Acho que você está sozinho nesse time por aqui...


- É! Você tem razão! – Stark enxugou uma lágrima falsa. - Vou procurar alguém que me ame, que me curta! – Olhou significativamente para Alan.


- Esquece. Não vem que não tem! Estou sem saco hoje! – Ele respondeu estressado, se levantando e indo até uma jarra de água numa mesinha próxima.


- Poxa, Alaninho, está sem saco? Como isso aconteceu? – Stark fingiu compadecido. Danilo começou a gargalhar com o olhar assassino que Alan mandou como resposta a Stark. -Credo! Bate e volta que essa tua macumba não vai me pegar! – O garoto falou se benzendo hilariamente.


- É sério: vocês vão ficar enchendo o saco? – Alan disse mal humorado.


- Mas você não acabou de dizer que estava sem saco? Como vamos encher uma coisa que você não tem? – Danilo perguntou fazendo cara de desentendido.


- HAHA, muito engraçado. Realmente hilários vocês dois!


- Ah, eu sei, eu sei... Você me ama! – Disse Stark comicamente. - Mas sinto informar que vocês vão ter que sentir a dor de minha ausência...


- Por quê? Você vai embora? – Danilo falou contente.


- Para sua felicidade, não para sempre. Mas estou indo tirar meu cochilo de beleza, por que à noite tenho que estar...


- FANTÁSTICA! – Intercalou Danilo com voz afeminada.


- Exatamente! – Stark concordou. - Tenho algumas gatinhas para encantar com meu charme irresistível! – Por um segundo, se passou pela mente dele o que Vickie dissera na discussão. - Beijinho, beijinho, bye, bye!


Stark assoprou beijos e saiu. Alan e Danilo rolaram os olhos. Danilo de graça e Alan de raiva.


Alan voltou até um sofá-cama e se largou lá sem a mínima noção de que tinha uma coluna a zelar. Danilo o olhou pelo canto do olho e não gostou nada da reação do garoto. Lembrou-se de Rachel e o quanto ela se importava com esse comportamento esquisito do amigo. Reparou pela primeira vez que realmente o rapaz não estava parecendo normal.


- Rachel disse que você anda meio estranho... – Comentou casualmente. Alan virou os olhos na direção do amigo, mas não disse ou fez mais nada.- Ela me disse que está...


- Preocupada? Brava? Bem, eu sei disso.


- E não acha que ela merece alguma satisfação?


- Por quê?


- Por que Rachel se importa.


Alan olhou para o teto e novamente ficou sem responder. Danilo sequer sabia por que estava tendo esta conversa, mas teve o impulso de continuar:


- Rachel e você se dão muito bem, você sabe que ela sente muito por esse seu comportamento?


- Você está querendo insinuar alguma coisa? – Alan virou o rosto decentemente na direção do amigo, que ergueu os ombros.


- Nada de mais, apenas que Rachel é bem próxima de você, desde que eu a conheço. Vocês devem ter alguma... Intimidade.


Alan deu um sorriso cansado e até certo ponto irônico.


- Rachel? Você acha realmente que a Rae poderia... – Alan riu meio sem humor. - Rachel é totalmente diferente. Temos uma boa relação fraternal, mas...


- Ela nunca se deixaria levar... – Danilo completou com o mesmo sorriso sem humor de Alan.


- Parece que você andou pensando nesse assunto.


- Não. Eu apenas a conheço. Rachel não é como as demais.


- Eu sei disso. Desde que a conheci ela se mostrou assim, e assim é. Rachel nunca gosta dos garotos que se interessa por ela.


- Ela sempre prefere conquistar, - o garoto sorriu percebendo que essa definição nunca foi tão perfeita para alguém como era para Rachel.


- Parece que alguém está...


- Não! – Danilo intercalou. - Mas e você? Vai querer convencer que nunca...?


- Não! – Alan alcançou. - Só sendo muito idiota para crer que Rae pode se interessar por você! – Disse se referindo a qualquer um. Riu sem humor outra vez e Danilo o acompanhou.


- É verdade. Mas, você vai falar com ela?


- Rae te pediu para especular? – Alan perguntou cerrando os olhos.


- Ela tem cara de quem faz isso? – Danilo revidou como se acabasse de ter sido ofendido.


- Tem razão. Não. Então... Por que está perguntando dessas coisas?


- Não é agradável quando ela está mal...

- E ela está mesmo? Quer dizer, tanto assim?


Danilo olhou pelo canto do olho para Alan, que estava finalmente virado em sua direção, porém, não lhe respondeu nada. Apenas depois de uns segundos, prosseguiu:


- Não sei o que você está fazendo, mas seja lá o que for: não deixe isso interferir na Rachel. Ela tem certo apresso por você, e não é nada decente deixar que ela fique triste por... – Calou-se por não saber como designar o problema de Alan, o qual se sentou na beira do móvel assumindo uma postura dura.


- Eu sei bem como ela é. Por isso não se preocupe. Sei o que eu faço.


- É. Mas ela não.


Foi vez de Alan lançar um olhar e continuar mudo. Danilo se pôs de pé.


- Eu vou indo pro quarto, cara. Toma juízo.


- Eu sei me virar, Luxer. – Alan acenou como um soldado.


- Assim espero, Castellan. – Danilo falou sob um fraco sorriso sem humor.

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Notas finais do capítulo

Como foi? O que estão achando?
Estão gostando do Alan?
aushaush
Beijos galerinha!

Mila.



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