How Can I Say, I Dont Love You? escrita por Baby-V


Capítulo 3
First day




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/102169/chapter/3

4 anos antes

Melanie olhou o papel em suas mãos tentando decifrar o mapa desenhado a mão que tinha recebido na secretaria. Era o primeiro dia na escola e já estava atrasada. Quando abriu os olhos e percebeu a hora marcada no relógio digital se xingou por não ter programado o despertador, mas estava mal acostumada pelas férias e seus pais saíam cedo para o trabalho.

O cabelo ainda estava úmido conforme ela avançava pelos corredores vazios da escola nova, não tinha tido tempo de usar o secador e o vento escasso do outono não ajudava muito. A sola de borracha de seus all stars produzia um som irritante de borracha contra o piso liso conforme andava, só a deixava mais ansiosa. Tão ansiosa que não percebeu a barreira no meio do caminho e teria caído se braços firmes não tivessem capturado seu corpo no ar.

– Peguei! – seu “salvador” disse animado.

– Ah, valeu mesmo. – agradeceu sentindo o vermelho subir pelas bochechas.

Seus olhos se ergueram do peito quase encostado em seu nariz até o rosto de quem tinha impedido sua queda. Tinha lábios cheios num tom rosado que muitas garotas se matariam para ter, o cabelo parecia uma juba castanha e crespa em volta do rosto, mas cheirava a xampu o que queria dizer que era muito bem cuidado. Melanie sempre acreditou que os olhos diziam muito sobre uma pessoa e os dele pareciam amigáveis.

Raymond Manuel Toro Ortiz. – se apresentou estufando o peito com um falso ar arrogante que a fez rir – Mas facilita se me chamar só de Ray.

– Melanie Scott Collins. Pode me chamar de...Mel.

– Então Mel, pode me dizer por que estava tão apressada? Sabe eu não sou tão pequeno pra não ser visto.

Ela sentiu o vermelho voltar as suas bochechas e com pele tão clara e o cabelo escuro, não havia chance de que Ray não percebesse. Como se pretendesse confirmar suas suspeitas o garoto abriu um sorriso que estava prestes e se tornar um risada.

– É que é meu primeiro dia aqui. – disse quase atropelando as palavras – Eu estou atrasada e estava tentando traduzir esse mapa que me deram. Pensei que os corredores estivessem vazios então nem prestei muita atenção.

– Calma, tente respirar a cada três palavras, é bom pra saúde. – ela riu sem graça – Pode me mostrar o mapa?

– Tá aqui.

Ray analisou o papel que ela lhe estendeu e apertou os olhos tentando decifrar o que estava escrito.

– Cara, às vezes eu acho que o pessoal da secretaria faz isso só pra fod...digo, zoar com a cara dos novatos. Mas pelo que eu entendi você é uma garota de sorte, 17 B é a minha sala.

– Jura? Me leva até lá.

– Claro. – ele começou a andar, mas parou se virando com um sorriso de canto – A não ser que você queira me dar uma recompensa por ser seu herói hoje.

– Mas é claro, é só você fechar os olhos.

Ele obedeceu e se inclinou um pouco, Melanie se aproximou lhe deu um beijo estalado na bochecha.

– São coisas assim que fazem boas ações valerem a pena. – disse com um ar sonhador acariciando o lado do rosto que tinha recebido o beijo. – Vem comigo apressadinha.

Os dois seguiram pelo corredor enquanto Ray fazia graça e ela se sentia mais relaxada em relação ao seu dia que tinha começado de um jeito desastroso. Logo os dois chegaram à sala e ele se pôs a sua frente antes de abrir a porta fazendo-a se sentir imensamente feliz por não ser o alvo principal de todos os olhares só de cara.

– Por acaso resolveu fabricar a água senhor, Ortiz? – alguém que Melanie deduziu ser o professor perguntou com ironia.

– Na mosca professor! Mas decidi que essa era uma tarefa muito complicada então fui pro bebedouro mesmo e no caminho de volta da minha busca encontrei um tesouro, olha só.

Melanie tentou sorrir ao perceber a atenção que recebia no momento em que Ray saiu do seu caminho, mas sabia que devia ter produzido algo mais parecido com uma careta.

– E a senhorita é...? – o professor, um homem magro, com óculos grandes demais para seu rosto perguntou medindo-a de cima a baixo.

– Aluna nova, Melanie Collins, senhor. – e completou bem baixinho para Ray – Pelo menos é a maioria de votos até agora.

– Venha até aqui senhorita, Collins.

– Quando terminar lá, senta perto de mim que eu te apresento o resto do pessoal, ok?

Melanie fez que sim com a cabeça e foi a até a mesa do professor, algo lhe dizia que os amigos de Ray seriam tão interessantes quanto ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Começo de um flash bak bem grande :P

Alguém está curioso o suficiente pra achar que eu devo continuar?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "How Can I Say, I Dont Love You?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.