Andrew Jones

Slytherin

Verão do 5º ano

Convencer os meus pais a ir passar duas semanas em Agosto com os Potter fora simples, mais simples do que ir até casa dos Malfoy. E eles são meus vizinhos!

Viver naquela casa era estranho. Não existiam elfos por isso tínhamos de limpar, arrumar, cozinhar, etc... Mas eu gostava. O ambiente era acolhedor e amigável, fazendo-me sentir bem-vindo.

Estava sentado na sala à espera que Albus terminasse de arrumar a cozinha para eu poder voltar para casa. Normalmente a tarefa era dividida pelos três irmãos, mas ontem Albus fugira às suas responsabilidades e agora estava a ser castigado. Era nisso que eu pensava quando ela entrou na sala.

De todos os elementos da casa, ela era a que mais me intimidava. A sua personalidade única atraia-me como um íman e fazia-me sentir privilegiado só por olhar para ela. Mas não parava de repetir na minha cabeça que Lily era irmã de Albus e aquilo estava errado.

Ela sentou-se ao meu lado e ligou a televisão (de todas as invenções muggle naquela casa aquela era a minha favorita). Ficamos ambos a encarar o ecrã e eu senti-me nervoso com o silêncio.

- Peço desculpa pela minha mãe. - olhei surpreendido para ela. - Ela não pensou quando castigou Albus, afinal, ele tem convidados. - não contive um sorriso. Lily era tão doce e atenciosa.

- Não faz mal, Potter. Ele é o meu melhor amigo, estou habituado aos castigos dele.

- Lilian. - ergui a sobrancelha confuso. - Podes chamar-me Lilian, ou Lily, como preferires.

- Só se me chamares Andrew.

- Fechado. - Lily estendeu a mão e eu apertei-a, selando o nosso acordo. A sua pele era suave e por momentos perdi a concentração.

- É pena que tenhas de voltar hoje. Nós podíamos levar-te para a estação. - acordei do meu transe e forcei o meu cérebro a pensar numa resposta.

- A minha mãe gosta de me levar até á estação para se despedir e de aproveitar a ultima semana de férias para estar comigo. - o seu semblante ficou ligeiramente triste.

- É pena. Não tivemos oportunidade de falar muito. - o meu coração acelerou e eu senti-me ansioso.

- Poder mandar uma coruja sempre que quiseres falar. - "Por favor diz que sim!"

- Ainda bem. - ela sorriu e voltou novamente a sua atenção para a televisão. Suspirei aliviado e sorri também, desejando que o castigo do Albus demorasse muito tempo.