Capitulo 4

Albus POV

Estávamos todos sentados numa sala no bar da Madame Rosmerta. Evitávamos encarar-nos e não se ouvia um único baralho a não ser o do público do outro lado. A porta abriu-se e por ela passaram três raparigas. Olhei ansiosamente para elas, mas pelas suas expressões percebi que a notícia não era nada boa.

- Não o encontramos pessoal. – confessou Rose. – Desculpem.

- Não tem problema, Rose. A culpa é dele. Quando entra nestas fases fica mesmo egoísta. – reclamei.

- Talvez seja melhor falarmos com o tio Harry. – propôs Roxanne, enquanto mordia o lábio inferior. Tenho a certeza que se ela soubesse o quanto me tentava daquela maneira nunca mais repetiria aquele gesto.

- Não! – exclamou Lily, fazendo-me encará-la. – O pai vai se passar, Albus! Temos de tentar resolver a situação, antes que eles descubram!

- Sim. Mas agora temos de ir falar com o pessoal e avisar que não vai haver concerto. – levantei-me e Andrew olhou apreensivo para mim. – Não temos solução Andrew. Sem vocalista, não podemos actuar. – frisei bem o vocalista. Sabia que ele cantava bem e que poderia faze-lo. Ok! Eu também cantava bem, mas eu não era cantor. Era baterista.

- Eu tenho uma vocalista. – olhamos todos para a minha deusa, que sorria.

- Quem? – perguntou Jackson, desconfiado. Ela agarrou a minha irmã pelo braço e puxou-a para o meio da sala.

- A Lily. Ela canta bem como o caraças! – olhei de Roxie para Lily e de Lily para Roxie e novamente para Lily. Até nem era má ideia.

- Nem pensar! – exclamou a ruivinha. Ia ter de dar uma de irmão mais velho? – Não estou vestida apropriadamente! – ah? Qual era o problema da roupa dela? Roxanne pareceu seguir a mesma linha de pensamento que eu, pois analisou a minha irmã de alto abaixo.

- Lily… É impossível não estares vestida apropriadamente, fui eu quem escolhi esse conjunto. – abri a boca. Era Roxie que escolhia as roupas de Lily? Sempre pensei que aqueles conjuntos malucos vinham todos da cabeça maluca da minha irmã.

Naquele dia a t-shirt azul a dizer: “I Love London”, com as letras da cor da bandeira de Inglaterra, as calças douradas e as sapatilhas azuis bebé parecia-me perfeitas.

Lily ainda abriu e fechou a boca algumas vezes, mas depois suspirou derrotada.

- Se isto der para o torto, não me culpem a mim! – exclamou. Eu soltei um urro de aprovação e Andrew sorriu. Jackson correu para ela e começou a beijar o seu rosto.

- Obrigado moranguita! Nem sei como te agradecer!

- Podes começar por me largar sua beterraba! – Roxanne e Rose riram-se e saíram.

- Partam uma perna! – eu ainda acenei e depois virei-me para a banda.

- Vamos lá arrasar pessoal! – eles riram e saímos da sala para enfrentar-mos o publico.

Roxanne POV

Eu se Rose procuramos um lugar no meio da multidão aonde conseguíssemos ver o palco. Ficamos mesmo ao lado de Hugo, Kristen e Scorpius que nos tinham guardado lugar. Quando a Lily entrou em palco o queixo dos outros três caiu.

- Aquela é a minha prima? – perguntou Hugo.

- Sim! – respondi orgulhosa da minha amiga. – VAI LILY!

- Pessoal! Hoje o nosso vocalista habitual sofreu um pequeno imprevisto e não pode estar presente, por isso é com grande prazer e orgulho que vos apresento a minha irmã: Lily Potter! – Albus falou para o público, que aplaudiu.

Música: Mony Mony cantada pelo Léo e a Mariana.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=xMVUpgaNXR8

Lily – negrito; Andrew – itálico; Ambos – Negrito e Itálico.

A música começou a tocar e Lily abriu a boca, mas nenhum som saiu. Ela virou-se para deixar o palco e Jones deitou um olhar desesperado na nossa direcção. Atingida por um momento de inspirador, apontei a minha varinha para ele e gritei:

- Sonorus!

- Here she comes now sayin' Mony Mony. – voz dele soou por todo o recinto e… cacete! Ele canta bem! Lily paralisou no lugar e eu pedi a Merlin que ela reagisse.

- Shoot 'em down turn around come on Mony. – quando ouvi a sua voz, dei graças por ser tão genial e comecei a gritar.

- Hey she give me love and I feel all right now

- You gotta toss and turn; And feel all right,

- yeah I feel all right

- I said yeah

- Yeah

- Yeah

- Yeah

- Yeah

- 'Cause you make me feel, So good, so good, so good; So fine, so fine, It's all mine, well I feel all right.

- I said yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah. – Oh meu Merlin! Aqueles dois são fogo! Eu já nem tinha voz de tanto gritar e chamar por eles. Ao meu lado Rose e Scorpius gritavam enlouquecidos a música e Hugo e Kristen dançavam e pulavam, tudo ao mesmo tempo.

- Well you could shake it Mony Mony; Shot gun dead and I'll come on home yeah; Don't stop cookin' 'cause I feel all right now

- Don't stop now come on Mony

- Come on now,

- I said yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- 'Cause you make me feel, So good, so good, so good; So fine, so fine, It's all mine, well I feel all right.

- I said yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- I love you more than mo-mo-mony. I love you more than mo-mo-mony. – abri a boca de espanto quando Lily se aproximou de Andrew e eles começaram a… roçar-se seria a melhor palavra. - I love you more than mo-mo-mony. I love you more than mo-mo-mony. I love you more than mo-mo-mony. – Andrew passou os lábios pelo pescoço de Lily e ela riu. OMG! Que se passava ali? Será que todo o mundo tinha enlouquecido? - I love you more than mo-mo-mony. I love you more than mo-mo-mony. I love you more than mo-mo-mony. – ao meu lado Scorpius cantava ao ouvido de Rose que estava corada e Hugo e Kristen também se roçavam um no outra. MERLIN! Isto foi ideia minha! Tornei as minhas melhores amigas em… em… roçadoras! Soltei um grito que foi abafado pela música. Ok! Eu estava com inveja! Eu também queria roçar, de preferia no Albus Severus Potter! Mas isto pode e vai ficar só entre nós, ok?

- I said yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah.

- Yeah. Yeah. – aplaudi, com todos os outros, entusiasmada.

- VAI LILY! ÉS LINDA! – olhei para Hugo, mas ele apenas sorriu e eu retribuí. A minha melhor amiga era realmente uma estrela.

Anne POV

Caminhava por Hogsmeade, em direcção á Casa dos Gritos. Era um sítio aonde eu e James íamos quando gostávamos de estar sozinhos. Tinha deixado o Jackson no concerto, mas eu sabia que ele não daria pela minha falta. Era só voltar antes de eles terminarem e nem parecia que eu tinha saído.

Estava sentada numa pedra quando ouvi a sua voz. Era apenas um murmúrio, mas o suficiente para me aquecer por dentro. Levantei-me devagar e caminhei silenciosamente em direcção às árvores.

- Não sei Teddy. É arriscado. – James estava encostado a uma árvore, com um casaco preto e o capuz posto que lhe escondia parte do rosto. Quando o vi levar um cigarro á boca e puxar levemente o fumo, contive o calor que percorreu o meu corpo. Ele fica mesmo sexy a fumar e só me apetecia correr para ele e beija-lo até ele ficar sem ar.

- Vá lá, James. Eu tenho dinheiro e sei que para ti á fácil tirares algum aos teus pais. Vamos embora e nunca mais ninguém nos encontra. Já não temos detectores. – ir embora? Para onde?

- Mas Nova Iorque, Teddy?

- Queres melhor? – eles trocaram um olhar e começaram-se a rir de um piada que eu não percebi.

- Tudo bem. Vou pedir dinheiro aos meus pais. Invento uma desculpa qualquer. Aposto que os stressados dos meus irmãos ainda não falaram com eles, tem a mania de quererem resolver tudo sozinhos. Depois bazamos. – de repente um fúria inexplicável tomou conta de mim. Sai do meu esconderijo e nem me preocupei que estava para enfrentar dois rapazes mais fortes que eu e ninguém sabia aonde eu estava.

- JAMES SIRIUS POTTER! – ele olhou surpreendido para mim e atirou o cigarro para o chão. – Eu vi isso! Escusas de tentar disfarçar! – o outro rapaz riu.

- Qual é o problema miúda? É apenas um cigarro! – eu cerrei os meus lábios e voltei a encarar James. Sabia que os meus olhos estavam marejados, mas eu não me importava. Eu estava super furiosa!

- Os stressados dos meus irmãos? Têm a mania que querem resolver tudo sozinhos? – esbracejei. Ele ergueu as mãos e começou a caminhar para trás. – ÉS UM IDIOTA! Eles estão preocupados contigo! Todos nós estamos!

- Eu não pedi que se preocupassem comigo! Eu não preciso de vocês! DEIXEM-ME EM PAZ! – não percebi que ergui a minha mão, nem que acertei com ela em cheio no rosto de James. A sua expressão estupefacta contrastava com a minha raivosa e a sua bochecha estavam vermelha no lugar em que eu lhe tinha acertado.

- Pois bem. Foste a maior desilusão da minha vida e nunca mais vou olhar para a tua cara. EU ODEIO-TE POTTER! PERCEBESTE? O-D-E-I-O-T-E! – virei costas e comecei a correr. Estava cega pelas lágrimas, cega pela desilusão, cega por tudo, que nem vi a pedra no meio do caminho e tropecei, indo de encontro ao chão. Não liguei e deixei-me ficar ali, com as lágrimas a correrem-me pelo rosto e a tentar lavar da minha alma todo o amor que eu sentia por James Sirius Potter.