Doce de Morango escrita por JaneLBlack


Capítulo 12
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo hoje como eu prometi :D Bem-vinda Beatriz, este capitulo é para ti ;)



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Capitulo 3

(Música do Capitulo: Hero do Sterling Knight)

James POV

Estava sentado no centro do campo de Quidditch com a viola no meu colo quando ela apareceu.

Anne Russel era a minha musa, a minha inspiração, a minha melhor amiga, simplesmente a minha metade que parecia não encaixar. Os cabelos ruivos caiam-lhe ondulados pelas costas e os olhos verdes encaravam-me com curiosidade. O sorriso sincero que eu adorava estava lá, desenhado por aqueles lábios vermelhos tão tentadores.

- Olá.

- Olá. – ela ficou a olhar para mim. – Podes sentar-te. – e foi o que ela fez, sentou-se mesmo de frente para mim. Controla-te James Sirius Potter!

- Estás a compor? – ela apontou para o meu instrumento de música.

- Sim. Vamos actuar. Queria ter algo novo para variar. – eu tinha uma banda com o meu melhor amigo, Jackson Summers, o meu irmão Albus e Andrew Jones. Este último tocava guitarra como ninguém e já Albus era um ás na bateria. Jack era óptimo no baixo e eu acompanhava às vezes com a minha viola, mas, como já deu para perceber, eu era o vocalista. 

- Posso ouvir? – ela mordeu o lábio e eu tive de fechar os olhos para conter a vontade de a beijar.

- Claro. – voltei a abrir os olhos e ajeitei a viola no meu colo. – Ainda está no principio.

- Tenho a certeza que está perfeita. – ela sorriu encorajando-me. Suspirei e comecei a tocar as primeiras notas.

- I’m no a superman; I can't take your hand; And fly you anywhere; You wanna to go, yeah; I can't read your mind; Like a billboard sign; And tell you everything; You wanna hear, but; I'll be your hero. – Anne movia-se ao ritmo da musica e sorria. - I, I can be everything you need; If you're the one for me; Like gravity, I'll be unstoppable; I, yeah, I believe in destiny; I may be an ordinary guy; With heart and soul; But if you're the one for me; Then I'll be your hero. – ela continuava a olhar para mim como se não existisse mais nada para no mundo e para mim não existia. Aquele era o meu lugar feliz. Eu, ela e o um campo de Quidditch. - Could you be the one?; Could you be the one?; Could you be the one for me?; I'll be your hero; Could you be the one?; Could you be the one?; Could you be the one for me?; I'll be your hero; Searching high and low; Trying every row; If I see your face, I'll barely know, yeah; I put my trust in fate; That you will come away; And if it's right, it's undeniable, yeah; I'll be your hero; I, I can be; everything you need; If you're the one for me; Like gravity, I'll be unstoppable; I, yeah, I believe in destiny; I may be an ordinary guy; With heart and soul; But if you're the one for me; Then I'll be your hero; Could you be the one?; Could you be the one?; Could you be the one for me?; I'll be your hero; Could you be the one?; Could you be the one?; Could you be the one for me?; I'll be your hero; So incredible; Some kind of miracle; And when it's mean to be; I'll become a hero, oh; So I'll wait, wait, wait,; Wait for you! ; I'll be your hero; I, I can be everything you need; If you're the one for me; Like gravity, I'll be unstoppable (be unstoppable) – ela limitava-se a sorrir de olhos fechados enquanto eu me desesperava cada vez mais. Como é que ela não percebia? Não sabia como lhe dizer, não tinha coragem! Era um Gryffindor cobarde! - I, yeah, I believe in destiny; I may be an ordinary guy; With heart and soul; But if you're the one for me; Then I'll be your hero; Could you be the one?; Could you be the one?; Could you be the one for me?; I'll be your hero; Could you be the one?; Could you be the one?; Could you be the one for me?; I'll be your hero. suspirei quando terminei e ela começou a bater palmas.

- Obrigado.

- Um dia ainda me vais contar quem é essa musa inspiradora. – e piscou para mim. Pousei a viola e abracei-a. Anne pareceu surpreendida, mas retribuiu o carinho.

- Obrigado por estares sempre comigo.

- Eu sou parte de ti, lembraste?

- A melhor parte de mim. – ela afastou-se um pouco para poder olhar no meu rosto e eu beijei-lhe a testa. Levantei-me, puxando-a comigo. Segurei a viola com uma mão e a outra entrelacei-a com a de Anne e juntos deixamos o estádio.

Estávamos a entrar pela porta principal, quando o Jackson apareceu.

- Oi James! Anne, ainda bem que te encontro! – eu e a minha melhor amiga trocamos um olhar confuso. – Eu queria perguntar-te se gostavas de ir a Hogsmeade comigo. – ela riu-se, mas o meu coração apertou-se.

- Nós vamos sempre juntos a Hogsmeade, Jack! – ele abriu um sorriso e segurou a mão dela.

- Eu estava a falar num encontro. Com tudo a que tens direito! – Por favor diz que não! Por favor diz que não! Ela corou e baixou o rosto. Diz que não!

- Está bem. – Está bem. Aquelas duas palavras ecoaram na minha mente e eu sentia o meu coração despedaçado.

- Óptimo! Vais adorar! – vi-a sorrir, com aqueles lábios perfeitos que sempre desejei para mim. Queria gritar que ela era minha e que ele não poderia ficar com ela, mas não consegui. Jackson olhou para mim, sorridente. – Então James? James? – queria responder, queria fazer alguma coisa, mas não conseguia. Senti o seu toque no meu braço. As suas mãos pequenas e quentes deixavam um rasto de fogo que se expandia por todo o meu corpo.

- James! – fechei os olhos e respirei fundo. Adorava o som da sua voz. – Estás bem? – abri novamente os olhos e encarei os seus. Ela era linda de mais, perfeita de mais…

- Sim. Lembrei-me que preciso de enviar uma carta. – virei-lhes costas.

- Queres companhia? – ouvi-a perguntar, mas não encontrei forças para lhe responder.

Entrei no dormitório e bati com a porta. Atirei com a minha a minha viola para cima da cama e sentei-me no chão. Eu não ia chorar. Eu nunca chorava. Quando me percebi apaixonado pela Anne parei de sair com outras raparigas, parei com o meu comportamento imaturo e até comecei a estudar. Pensava que estava a conseguir alguma coisa, que ela gostava de mim, mas ela nunca gostou de mim. Sempre me viu como um irmão, como alguém de quem ela deveria tomar conta. E o burro era eu!

Levantei-me rapidamente e peguei num pedaço de pergaminho.

Daqui a dois sábados em Hogsmeade. Não te esqueças de levar o material. James.

Deitei-me na cama e olhei para a foto que tinha com ela. O meu pai bem me tinha dito para ter cuidado com as ruivas e eu, para variar, não lhe dei ouvidos. Fechei os olhos e desejei esquecer tudo de vez.

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Lily POV

Entrei na biblioteca apressada e procurei pelo meu irmão. Ele estava na mesa junto da janela com Scorpius e Andrew. Caminhei lentamente até eles, tentando acalmar-me, mas não consegui.

Eles olharam-me curiosos quando me sentei ao lado de Andrew e eu respirei fundo, mas as minhas mãos tremiam. Andrew largou a pena e segurou-as. Encarei os seus olhos azuis e aquilo acalmou-me.

- Lily, que se passa? – olhei para o meu irmão e percebi que não tinha como adiar.

- É o James, Albus. Está a acontecer outra vez. – ele cerrou os lábios.

- Tens a certeza? – assenti.

- Está tudo lá. Ele não fala com ninguém, deixou o Quidditch e ainda hoje o vi azarar alguns alunos no corredor. – o seu olhar desviou-se para a janela e eu baixei o rosto, encarando a mesa. Após algum tempo, ele voltou a olhar para mim e eu fiquei á espera de algo, alguma coisa que me fizesse acreditar que estava tudo bem.

- Vais ficar com o Andrew até eu te ir buscar, Lily. O Scorpius vai procurar a Rose, a Anne e o Jackson. Eu vou enviar uma carta para a Victorie e já vos encontro. – ele e o Malfoy levantaram-se e deixaram a biblioteca.

- Anda Lily, vamos para um sítio melhor. – ele começou a puxar-me pela mão e quando dei por nós estávamos no jardim. Sentamo-nos em baixo de uma grande árvore e ficamos em silencio por uns momentos.

- O que é que está a acontecer? – suspirei.

- Conheces o Teddy, certo? – ele assentiu. – Quando veio para Hogwarts e sai do colo da avó e do meu pai, ele começou a libertar-se e quis descobrir mais e mais sobre os seus pais. Ele nunca fora curioso sobre esse assunto, mas ao chegar á escola quis saber coisas sobre eles para os poder deixar orgulhosos. Quando estava no quarto ano, ele descobriu coisas que o deixaram desiludido. Fugiu de casa e James foi com ele. Passaram um mês fora de casa. Não usavam magia e ninguém os conseguia encontrar. Foi então que eles voltaram para casa. Estavam feridos, mas não contaram nada a ninguém sobre o que acontecera. Com o tempo, ficaram cada vez mais afastados da família e os meus pais e Andromeda foram chamados várias vezes á escola. Foi uma época horrível. Eles não contavam o que se passava e ninguém sabia o que fazer. – solucei e Andrew puxou-me para os seus braços. O seu perfume preencheu-me e eu podia ficar ali para sempre que não me importava.

- E o que aconteceu depois?

- O Teddy e a Victorie começaram a namorar e o James conheceu a Anne. Eles pararam e ficou tudo bem. Nunca mais nenhum de nós tocou no assunto. – encostei-me ao seu peito e fechei os olhos.

- Porque é que o Albus nunca falou disso?

- Ninguém soube, apenas a nossa família e a directora. E agora sabes tu e o Scorpius e possivelmente a Anne e o Jackson. – senti a sua mão a acariciar os meus cabelos.

- Agora sei, Lily e prometo que vos vou apoiar sempre. – olhei para ele e estiquei-me, tocando com os meus lábios no seu queixo, a única parte do seu rosto que consegui alcançar.  Reparei que a sua pele se arrepiou e eu sorri. Voltei a encostar-me ao seu peito e fechei os olhos.

Ficamos bastante tempo em silêncio. Mas eu não me importava. Adorava estar ali a ouvir o seu coração bater.

- Lily?

- Sim?

- O que é que ele descobriu? – suspirei.

- Que o pai era lobisomem. Nunca perdoou por não lhe terem contado isso. – senti as suas mãos apertarem-me mais.

- Não te preocupes. Vai correr tudo bem.

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Andrew POV

- Andrew? – ao ouvir o meu nome, abri lentamente os olhos e percebi que o sol já se estava a por. Lily dormia calmamente nos meus braços e não pude conter um sorriso ao observá-la. Scorpius olhava para mim com um sorriso divertido na cara e eu revirei os olhos.

- Estás apanhadinho, cara! – fiz-lhe uma careta.

- Que aconteceu?

- O Albus pediu para vos vir buscar. – pela expressão que ele fez percebi que as noticias não eram boas. Mexi-me lentamente e comecei a chamar pela Lily.

- Lilian, acorda. – ela abriu os olhos lentamente e ao encarar-me sorriu. Aquele sorriso que eu tanto adorava. – Bom dia. – brinquei com ela.

- Bom dia. – ela respondeu no mesmo tom.

- Vamos embora Julieta. O teu irmão está a chamar. – ah! A subtileza de Scorpius sempre me surpreendia. Fiz cara feia para ele, mas Lily levantou-se rapidamente e eu senti falta do seu calor. Ela estendeu a mão para mim e eu olhei-a, confuso.

- Vem comigo, por favor. – como é que eu poderia resistir? Levantei-me e compus o meu uniforme. Segurei a sua mão e entrelacei os nossos dedos. Scorpius abriu a boca para comentar, mas eu lancei-lhe um olhar que o fez fecha-la novamente.

Albus estava numa sala de aula sentado ao lado de Rose que tinha uma expressão indecifrável. Anne estava sentada numa cadeira a chorar e Jackson olhava preocupado para ela.

- Albus? – ele olhou para a irmã e mordeu o lábio.

- A Victorie e o Ted acabaram. Ela queria casar e ele diz que não quer.

- E o James?

- Não percebemos ainda. Mas a Anne e o Jack já sabem o que se passa. Vamos falar com a Roxanne e com o Hugo, eles também podem ajudar. – olhei para Lily e percebi que ela tremia. Puxei-a para mim e comecei a acariciar os seus cabelos. Pelo canto do olho vi o Scorpius a dar um abraço a Rose e Albus e pousar a cabeça entre as mãos. Percebi que Lily chorava e apertei-a ainda mais forte nos meus braços.

- Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem… - repeti várias vezes, tentando me convencer mais a mim do que a ela. Nós tínhamos de fazer alguma coisa, eu só não sabia o quê.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, mas hoje estou para os dramas :b prometo que vai ficar tudo bem e vai sempre ter comédia ;)
Mal tenha tempo vou postar as fotos da Kristen Malfoy e do Hugo Weasley no meu blog. Mas não responderam á minha ideia da comunidade, que acham? :D
beijinhos e até ao próximo capitulo :D