Grãos de Areia. escrita por cheerryq


Capítulo 3
Capítulo 3




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- então...  – a ninja estava tentando encontrar palavras certas; era em vão. Elas não existiam. – sabe que esse é um pequeno sacrifício meu que salvará a vila.

Pelo tom da irmã, Gaara percebera que estava tentando convencer mais a si mesma do que a ele. Sabia que ela estava com medo; ele também estava. Ela nunca admitiria isso: sempre foi dura na queda. E sempre será.

- e salvará mesmo. Irá reestruturar a economia, a política e as forças militares. – falou, friamente. Não parecia, mas estava apenas tentando consolar a loira.

Dentro daquela cabeça, tudo girava; tudo parecia ter desandado. Primeiro, a guerra. Aquilo tinha feito com que sentimentos antes adormecidos acordassem dentro dela. agora, vinha isso e simplesmente arrancava-os de seu coração. O que ela estava pensando? Nada tinha acordado. Não tinha nada para sentir; nada para querer. Mas, se aquelas palavras eram realmente verdade.... por quê estava tão perdida dentro de si mesma?

- como irá funcionar a missão? – perguntou, forçando uma saída de seu subconsiente. Se refiriu ao casamento como missão para se sentir melhor.

- eles me deram um prazo de três dias para mandar a resposta, sendo que a carta chegou ontem a noite. -  começou, percebendo a utilização do termo missão, e seus motivos. – depois que nossa conversa acabar, vou mandar um ANBU levar a mensagem a eles.

- entendo.

- eles disseram que darão um prazo de três meses para a sua chegada na névoa. Eles sabem que várias pessoas daqui irão ao casamento, e seria ruim deixar a vila vazia no atual estado em que está. É um prazo curto para reconstruir Suna, mas eles tem pressa para o futuro mizukage estar casado.

- sim.. eles são espertos. – analizou temari. – assim, fica claro que não é um plano para destriuir-nos. Não teria vantagem nenhuma em ser, mas mesmo assim... fica mais difícil desconfiar.

- Exatamente. Até lá, nossas defesas estão, pelo o menos, melhores que agora. E poderei escolher um substituto temporário.

- como assim?

- eu não quero perder seu casamento. – sorriu; um sorriso afetuoso e triste ao mesmo tempo. – e se outras vilas souberem que suna está sem seu kazegage...

- teríamos outra guerra.

- por isso, vou ter que escolher alguém para estar no comando nesse tempo.

- entendo. – concordou, balançando afirmamente a cabeça. – será daqui três meses...

- vou escrever agora uma resposta, comunicando que aceitamos o acordo. – disse o ruivo, relutante.

Nesse instante, ouviram batidas na porta: uma sequência de cinco batidas suaves. Kankurou.

O terceiro irmão entrou na sala com uma expressão muito preocupada, meio raivosa também.

- Gaara, não acredito que vai realmente fazer isso com a nossa irmã! – gritou o moreno, aproximando-se dos dois. – Deve haver outro jeito!

- mas não há. – interrompeu a loira, com um tom carinhoso. – é o único jeito, kankurou. Com o casamento, nos iremos nos fortalecer.

- não é justo contigo! – continuou ele. Não estava nem perto de se acalmar, e assim Gaara iria se estressar também.

- acha que eu não sei que não é justo? – começou Gaara. – acha que eu quero isso para a nossa irmã?

Isso fez com que o moreno se calasse. Estivera tão preocupado que se esquecera que o irmão nutria um afeto por Temari tão grande quando o dele. Era um afeto diferente, mas igualmente forte. Os dois não queriam destruir a vida da garota assim.

- acalmem-se vocês dois. – dessa vez, o tom era autoritário. Mas ainda tinha um fundo doce, por causa das palavras dos irmãos: eles se importavam com ela. – a vida é minha. Eu que devo decidir o que fazer com ela, não é?

Os dois afirmaram com a cabeça, derrotados. Sabiam que era verdade. Mas sabiam também que ela iria até o fim por Suna, mesmo contra sua própria vontade. Ambos admiravam o jeito durão da irmã.

- então, eu decido que me caso. – concluiu, vitoriosa. – decido ajudar a reestabelecer Suna com esse casamento, e ponto final.

- está bem... – falaram os dois, ao mesmo tempo; Temari riu.

- vocês são tão teimosos... – o tom doce havia voltado. Aqueles dois estavam acostumados com aquele lado dela que quase ninguém conhecia: um lado doce e prestativo.

- vou escrever a resposta. – falou o kazegage. – receberão ainda hoje, e os ataques acabarão.

- irá mandar para a vila, ou para a tropa?

- para a tropa.

- não é perigoso?

- Temari, não precisa ficar apreensiva desse jeito. Você mesmo disse que não há razão de isso ser um plano para nos destruir. Fique tranquila, está bem? – ela afirmou com a cabeça. – quero que volte para o batalhão e peça para eles voltarem.

- devo contar a eles sobre o acordo?

- acho melhor não. Conte apenas a Shikamaru.

Shikamaru. Ouvir aquele nome faz com que ela ficasse petrificada por uma fração de segundo. Suas esmeraldas encararm os olhos dos imãos, fingindo que nada havia acontecido com ela ao ouvir aquele nome. Não havia nada para acontecer.

Deu um beijo na testa de cada um e saiu da sala, deixando os irmãos sozinhos no escritório do Kazegage.


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Notas finais do capítulo

aqui está o terceiro capítulo :3
sei que está curtinho, maas o próximo vai ser maior (:
mas só continuo se tiver reviews!
digam se estão gostando, para saber se devo continuar ou não