Grãos de Areia. escrita por cheerryq


Capítulo 2
Capítulo 2




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- e então, Gaara? – perguntou. Nem precisava ter feito a pergunta: sabia que seu irmão via a curiosidade em sua face. E, pelo olhar do kazegage, a notícia não era a melhor que ela poderia receber.

Na fração de segundo em que ele estava abrindo os lábios para começar a explicar, o coração da ninja quase parou. O segundo se arrastou de um jeito que pareceu horas, até dias. Mas não iria demostrar isso, de jeito nenhum. Não podia se dar ao luxo de demonstrar fraquezas tão facilmente. Elas não existiam, não poderiam existir.

- como já viu, recebi uma mensagem da névoa. – começou, apontando com a cabeça para o envelope em sua mesa. – uma proposta.

- que tipo de proposta? – perguntou a irmã, tentando adivinhar mentalmente o que poderia ser.

- pelo o que parece, eles começaram a guerra querendo apenas uma oportunidade para que nós não tivéssemos como negar o pedido.

- então, é algo que normalmente seria inviável demais? – começou. – sei que seria inviável para a névoa de qualquer jeito, mas, mesmo se eles fossem nossos aliados?

- exatamente. Eles foram espertos, e muito. É uma proposta que irá beneficiá-los muito. E nos prejudicar um pouco. – ele se referia mais a ele do que a vila, mesmo sabendo ser egoísta demais. Esperava que a irmã não tivesse notado isso, mas tinha certeza que ela notara.

- Gaara, chega de rodeios.– ela percebeu que era algo que afetou o irmão, o que apenas fez com que ela quisesse saber de uma vez. – me conte de uma vez. - e então, Gaara? – perguntou. Nem precisava ter feito a pergunta: sabia que seu irmão via a curiosidade em sua face. E, pelo olhar do kazegage, a notícia não era a melhor que ela poderia receber.

Na fração de segundo em que ele estava abrindo os lábios para começar a explicar, o coração da ninja quase parou. O segundo se arrastou de um jeito que pareceu horas, até dias. Mas não iria demostrar isso, de jeito nenhum. Ela não podia se dar ao luxo de demonstrar fraquezas tão facilmente. Elas não existiam, não podiam existir.

- como já viu, recebi uma mensagem da névoa. – começou, apontando com a cabeça para o envelope em sua mesa. – uma proposta.

- que tipo de proposta? – perguntou a irmã, tentando adivinhar mentalmente o que poderia ser.

- pelo o que parece, eles começaram a guerra querendo apenas uma oportunidade para que nós não tivéssemos como negar.

- então, é algo que normalmente seria inviável demais? – começou. – sei que seria inviável para a névoa de qualquer jeito, mas mesmo se eles fossem nossos aliados?

- sim. Eles foram espertos, e muito. É uma proposta que irá beneficiá-los muito. E nos prejudicar um pouco. – gaara não tinha gostado nada. Ia prejudicar mais ele. Se sentiu muito egoísta, e ficou com medo de que a irmã tivesse entendido isso. Sabia que sim.

- Gaara, chega de rodeios. – começou a ficar nervosa, notando a insatisfação pessoal do irmão. - Quero saber qual a proposta.

- bem..

- não comece. Vá direto ao ponto, por favor. – falou tentando ao máximo manter uma expressão tranquila, mas seu coração estava saltando. Gaara a tirou da luta, sabendo da importância dela na liderança, para falar sobre a proposta. E agora estava rodeando para contar. Ela já sabia que não podia ser nada bom.

- tudo bem. – suspirou. Ele iria falar de uma vez, sem mais rodeios. Seria mais fácil do que tentar ir com cuidado. Mesmo sem demonstrar muito, a irmã era uma das pessoas mais importantes para ele. -  o atual mizukage, Marashi Ren, está envelhecendo, o que faz com que ele não possa liderar como antes. Seu filho, Marashi Ikuto, está prestes a assumir o governo da vila, mas seu pai prefere que ele se case antes.

- e o que isso tem a ver com Suna? – perguntou, confusa. No fundo, achava que sabia a resposta. Não queria saber.

- Ren não é nada burro; está governando a tempo suficiente para saber as boas influências de um casamento arranjado bem planejado em uma vila. Com uma ninja forte de uma vila como Suna ao lado de Ikuto, a névoa iria crescer muito.

- ainda mais se essa ninja fosse a irmã do kazegage atual. – completou temari, confirmando suas suspeitas com uma balançada positiva da cabeça do irmão.

- exatamente.

Agora ela entendeu o motivo dele estar abalado com a proposta. Sabia que estava tentando esconder, mas ele não queria que sua irmã se casasse, muito menos com o futuro mizukage, tendo assim que se afastar de Suna. E isso forçaria Suna a uma aliança vantajosa demais para a névoa. Isso também traria paz a suna, pois eles não atacariam a vila da esposa do mizukage.

- está bem. – suspirou. – eu caso.

- Temari... – começou, sem forças para continuar.

- isso trará paz a Suna. Eu não estaria mais em missões para Suna, mas poderia investigar muitas coisas por lá. Não teria acesso fácil as informações, mas sou uma ninja. Obviamente eles checariam as cartas que mandasse para cá, mas eu mandaria tudo em códigos. – suspirou denovo, percebendo o olhar do irmão. Era uma mistura de orgulho... e tristeza. - Seria vantajoso para nós também. Poderiamos conseguir enfraquecê-los. Não sejamos bobos, ambos sabemos que eles têm contato com a Akatsuki

- irmã... – olhou fixamente para ela, percebendo a surpresa da mesma. Gaara raramente lhe chamava assim. – tem certeza de que aceita ter sua vida jogada assim?

- eu sou uma ninja de suna. Faço tudo para meu lar. Não me importaria de morrer mil vezes por suna. Meu sangue não é nada perto de todo o sangue que será derramado. – ela suspirou internamente. Não poderia se dar ao luxo de soltar um suspiro nessa situação. - O meu sangue tem esse dever. Eu tenho esse dever. Vou proteger Suna com todas as minhas forças. Até com as forças que eu não tenho.

Seu coração estava petrificado, e ela não sabia o motivo. Leves batimentos se alternavam com pulsações aceleradas, que pareciam levar todo seu sangue para longe. Faria qualquer coisa por suna. Mas, será que era apenas uma obrigação? Será que ela queria algo diferente? Não sabia dizer. A ninja que sempre sabia tudo, que sempre tinha uma resposta pronta na ponta da língua, não sabia. Isso a fez sentir fraca. Ela era, mas não demonstrava.

Tinha uma casca de orgulhos, falsas certezas e decisões previamente tomadas cobrindo-a. Isso a endurecia cada vez mais. Sempre foi dura, mesmo sem a casca. Mas aquilo estava ficando pesado demais para ser carregado daquela forma. E ela não ligava, talvez nunca iria ligar. Não se importava consigo.

- sei disso. – começou Gaara, arrancando bruscamente a irmã de sua própria onda de pensamentos. – sei que é uma ninja de suna. E uma das melhores, para não dizer a melhor. A mais corajosa. Iria ser uma perda imensa para a vila. – parou por um instante, ao ver o silêncio de temari. – a quem eu quero enganar? Seria uma perda imensa pra mim.

Isso a pegou de surpresa. Seus olhos se chocaram, e uma mísera lágrima ameaçou cair. Percebendo a reação da irmã, ele continuou:

- nunca demonstrei direito meus sentimentos, mas aprendi a amar. Sabe como foi difícil, já que foi você que me fez aprender a amar. Você e Kankurou. E eu não quero perder isso.

- Gaara... – começou, em um tom doce. Um tom que era reservado a poucos, e a poucas situações. – Sabe que eu nunca irei te deixar. nem você, nem Kankurou. Mas sabe melhor que eu que certas coisas devem ser feitas.

- sei. – O kazegage sabia muito bem que ninjas devem arriscar suas vidas por sua nação. -  sei muito bem.


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Notas finais do capítulo

e aqui está o segundo capítulo. :)
eu ia fazer ele maior, mas achei melhor deixar assim.
espero que estejam gostando da fanfic tanto quando eu estou gostando de escrevê-la. fazia tanto tempo que eu não me dedicava a uma fanfic. ela ainda não está boa, mas espero que esteja progredindo!
reviews? *-*