Meu Vampiro Desencantado. escrita por Arizinha


Capítulo 6
´Capítulo 5 – Você é uma Chihuahua, eu sou um Rott


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, please!

CAPÍTULO PRA @gabyambrozio



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I'ma shot caller,

Sou eu quem manda aqui
get up off my collar

Saí do meu pé
you are chiuaua I'ma rottwieler

Você é um chihuahua e eu sou um rottweiler

Um o quê?” eu berrei.

Minha avó mantinha a expressão firme e impenetrável. Ela havia me chamado e me contado a piada do ano, daí quando eu ri, ela disse que era sério. E eu não achei graça.

“Um, não, Bella. Dois.” Corrigiu. Ela manteve os braços cruzados.

“Olha, vovó, foi traumático, eu sei.” Respondi, apontando pra minha boca e minha – recém descoberta – testa cortada e costurada. “Só que não é necessário a senhora colocar dois capangas na minha cola.” Apontei pros dois loucos de terno e escutas encostados na porta.

“É isso ou contar pro seu pai. Você escolhe.” Eu passei minhas mãos pelos cabelos.

Sim, eu havia sido atacada, assaltada e quase violada, noite passada. Passei em observação no hospital e tudo mais, ganhei um atestado que me liberou do colégio pelo resto da semana, mas eu estava bem.

Aysla estava morrendo de preocupação e já havia me ligado duas vezes e, claro, Edward era herói no meu colégio.

Não havia conversado com ele ainda, porém, não fazia muita questão.

Conceitos mudam, sim, mas eles simplesmente vêm ao chão depois de uma loira peituda agarrar o dito cujo.

Então, não quero nem saber se sou vinho ou cantante dele ou do Diabo, quero mais que ele suma da minha vista. Nunca magoe uma mulher machucada.

“Ok. Tudo bem.” Dei de ombros. “Eu posso ficar com os gorilas de uniforme.” Apontei. “Mas eu vou voltar a ir pro colégio sozinha.”

“Nem pensar.” Ela disse. “Você vai com eles.”

“Não!” eu me exaltei. “Olha, eu já passei por donzela em apuros, vovó. Não quero dois brutamontes fingindo ser a minha sombra no colégio também.”

“Ah, Bella, você vai sim!” ela mandou.

“Não! Não...” eu suspirei. “Vó, por favor...” ela pareceu amolecer com minha cara de anjo.

“Isabell, é pra sua segurança...” ela suspirou.

“Não, vó, é pra matar de vez minha reputação!” quase enfartei. “Não dá pra a Aysla me levar e buscar?”

“Hm...” ela suspirou. “Ok. Eu vou ver.”

“Certo.” Eu sorri. “Bem, vó, vou subir.”eu lhe beijei o rosto e comecei a  subir as escadas.

Um dos meus seguranças murmurou algo no aparelho de comunicação que ele tinha atrás da gola do terno e veio atrás de mim.

Eu mandei um olhar ameaçador que foi ignorado por ele.

Apurei meu passo pra passar pela porta a tempo de fechá-la em sua cara. “Você. Aí.” Apontei, falando com ele como se fala com um gorila (ou cachorro). “Isso aí, bichinho bonitinho.” E bati a porta, passando a chave.

Excelente!

Realmente, excelente!

Girei três vezes em volta de mim mesma e me joguei na cama. Então, tirei as minhas lindas folhas de baixo do colchão. É que tipo... Eu queria ler o diário, mas era impossível porque eu morria de medo que alguém me visse com o livro e arrancasse ele de mim.

E como eu sou mais esperta que isso, fiz um xerox básico em minha impressora multifuncional, eles podiam pegar aquilo ali se quisessem, eu tinha o original bem escondido;

Me escorei na cama, com meu pulso enfaixado e as folhas grampeadas em minha mão. Debbie podia ser bem interessante – quando não estava histérica.

Vampiro! Um vampiro em Forks! Ah, meu Deus! Isso é tão absurdamente surreal...   E pior... Os lobisomens! Tudo faz sentido agora... é por isso que Eprain anda mandando olhares tão tortos pra Carlisle e Edward em todo canto que passa. Ah, meu Deus!

Eu necessito, com todos os músculos do meu corpo, ir atrás dele.

_

Dia 13 de Janeiro, Forks.

Eprain... Aquel saco de carne queimada, aquele índio cretino! Eu nem sei o que me deixa com mais raiva: o fato dele não ter me dito nada que eu não sabia, ou o fato dele falar que Edward não prestava!

Eu estou com tanta raiva... Eu fiz tantas coisas erradas pra poder falar com ele e não me levou a lugar algum! Isso, quer dizer, bem. Eu descobri que ele é um lobisomem. E ele está maior e mais forte. Mais atraente.

Parei a leitura. Ok, lobisomem? Quero dizer... eu vim pra forks certa de que vampiros e lobisomens não existiam! Quando eu voltar pra Califórnia, vou acabar acreditando até no papai Noel!

E mais forte, mais alto e mais atraente é uma palavra só, Debbie: GOSTOSO! Resuma.

Ouvi um barulho na minha janela e revirei os olhos, escondendo as folhas.

“Eu tenho alho aqui.” Falei, sabendo que ele não funcionava.

Eu ouvi uma risada. Era Edward, óbvio. “Bem, boa sorte.”

Eu já havia comentando que ele beijou Tanya depois de me beijar? Quero dizer, não que isso importe...

“Muito legal. Que você quer?” quis saber.

“O diário, óbvio.” Ele sorriu.

“Você nem faz idéia do quanto me irrita com essa droga de diário! Já falei que ele não vai ser seu nunca!”  disse, chateada.

“E você não entende que não é sano o que você está fazendo! Caramba, que você tem na cabeça? Somos sete vampiros contra um graveto com sangue!”

“É?” eu sorri; “Fantástico, realmente fantástico isso, mas saiba você, que se por acaso eu morrer todo mundo vai ficar sabendo do seu segredinho antes mesmo de meu corpo cair ao chão!” eu disse.

“Ah, é?” ele sorriu, debochado. Tudo bem, eu estava blefando e daí? “E como isso?”

Eu fui até o meu colchão, sacrificando minha cópia por um bom motivo. “Assim como esse aqui, há vários. E eles vão pro mundo assim que eu der como desaparecida ou coisa pior.” Eu sorri, triunfante.

Toma, chupador de sangue!

Ele empalideceu ainda mais.  “Você... Você...” ele rosnou, e eu me surpreendi muito com o que ele fez.

Ele me jogou contra a minha cama em uma velocidade sobrenatural e agarrou meus pulsos com tanta força que eu pensei que minha circulação fosse me deixar. Meu pulso machucado me causava remorso.

“Quem é?” ele rosnou, tão baixo que eu jurava que alguém mais pudesse ouvir.

Eu não respondi, chocada demais com a animosidade e hostilidade vinda dele. Ele estava sendo MUITO agressivo.

“Isabell, quem é?” repetiu.

“Na-“ ele me encarou com seus olhos âmbar, bem sério, eu me perdi ali. Nada do que ele seguia falando fazia muito sentindo, mas ele me xingava.

Então eu sorri, sorri da sua forma tão ameaçadora sobre mim. Ele estava tão irritado e sua irritação me fazia perder a cabeça e os sentidos. Eu ia morrer aqui e agora se eu não revertesse aquilo.

Ou eu pensava assim.

Então... Bem, minhas pernas estão livres. E não, não sou idiota a ponto de tentar algum golpe. Será que ninguém nunca falou nada sobre gentilezas serem mais eficientes que porradas?

E como eu não sou boba nem nada, a ponta do meu pé, com uma meia branca, saiu da ponta da cama em que se encontrava e foi até o seu sapato.

“(...) Porque se eu (...)” ele não parou de falar, até meu pé encontrar a sua pele por baixo da calça, que eu havia levemente levantado, e acariciar a região com a ponta do pé.

Um sorriso matreiro saiu dos meus lábios quando ele calou a boca e eu demorei a olhar pros seus olhos, só fiz isso quando tive certeza que a caricia seguia constante.

Daí eu olhei pra ele. Seus olhos cravados em mim.

Ele estava chocado com isso? Como ele reagiria, então, a isso?

Pensei inocentemente, enquanto minha perna subia, se enroscando na dele levemente.  Ele soltou uma de minhas mãos, o suficiente pra ela tocar na dele de verdade, e seguir o curso de seu braço, até seu pescoço.

Dois de meus dedos tocaram ali, e eu acaricie suavemente, fazendo minhas unhas passarem em sua pele suavemente.  Seus braços estavam moles ao meu lado, foi aí que eu vi o quão envolvido ele estava.

Quase que deslumbrada – ou era como eu queria que parecesse – envolvi minhas pernas ao redor de seu corpo, e girei, parando sobre ele.

Eu encarei seu rosto perfeitamente envolvido. Ele queria aquilo, ele estava se deixando levar como um adolescente apaixonado.

Corri minhas mãos sobre seu peito, as parando em seu ombro e me abaixando, só pra poder sussurrar em seu ouvido: “Tanya é assim com você?” provoquei.

O estupor passou quase que no instante em que eu rolei pra longe de seu corpo e parei em pé na ponta da cama.

“Agora caia fora!” mandei.

Ele estava tão chocado que obedeceu. Sem nem reclamar. Sabe-se lá o que passa com seres místicos!

Mas eu sabia bem o que se passava comigo e era raiva! Edward Cullen teria volta amanhã mesmo e não tinha atestado médico e segurança particular que me prendesse em casa!

(...)

“Tá, ok, gorilão.” Eu sorri pro segurança mal-encarado loiro que me olhava. “Fique bem aí. Não entre no colégio.”

Percebi que ele revirou os olhos, mas o ignorei, indo em frente. Entrei junto com os outros alunos, no primeiro período, me misturando pra não ser vista ou abordada por algum aluno idiota querendo saber melhor sobre o meu ataque.

Daí, quando vi Edward Cullen, me enfiei na sala da diretoria com os papéis picotados em minhas mãos. Eu não sabia o quão era terrível provocar vampiros, mas, sinceramente.

Então, fui até o quadro de avisos e preguei um bilhete em forma de coração vermelho, com letras garrafais pretas:

Edward Cullen, meu vampiro gostoso, eu amo você!

Eu sorri da frase sem noção e dei o fora dali, claro, que nenhuma alma daquele colégio ia achar que aquilo era verdade, mas iam rir bastante do vampirão gostoso.

Escorreguei pra sala de aula, calmamente e ligeiramente atrasada. Aquela era a aula que eu tinha com Alice Cullen.

“Com licença, professor.” Eu sorri, entrando na sala e me sentando.

“Ah, srt. Swan.” Ele sorriu, gentil. “Achei que ia demorar mais pra se juntar a gente...” ele olhou eu rosto que ainda estava meio roxo e inchado.

“Precisa mais que um soco pra me derrubar, professor Carrey.” Garanti.

“Ah, sim.” Ele sorriu. “Ainda bem que os Cullens lhe socorreram, certo?”

O comentário dele não foi malvado, eu sei, mas soou como se fosse em meus ouvidos. Então...

“Ah, sim, claro!” ri. “Como sobreviver sem o príncipe encantado?” eu fui tão sarcástica, que o professore preferiu calar a boca e a turma soltou pequenos comentários.

Príncipe encantado... Vai nessa, minha história tava mais pra a da Bella e a Fera!

Senti um corpo sentar ao lado do meu na mesa. Era Alice, e isso era muito insano porque ela estava de mal comigo desde que eu a chamei de monstro.

“Sabe,” ele disse. “A hora que Edward for procurar você pelo papel que você botou no mural procure não ir pro banheiro feminino.” Aconselhou.

“E porque eu faria isso? E, aliás, você me viu por o papel?”

“Bella, sabe, eu vejo o futuro...” ela sorriu, “por mais que você não confie em nós.”  Acrescentou.

Se Edward lia mentes, ela podia ver o futuro. Certo?

“E...Hm.” pigarreei. “O que viu acontecer se eu, por acaso, me enfiar no banheiro?”

Ela tamborilou as longas unhas sobre a mesa antes de me olhar.  “Bem, ele vai te beijar loucamente.”

Eu a encarei.  “Obrigada pelo aviso.”

“Sempre que precisar.” Ela sorriu minimamente.

(...)

Corra, corra, corra, corra....  Era o eu pensava. Edward estava louco atrás de mim e não era pouco, digamos, que meio mundo chamou ele de vampiro assanhado antes dele ver o papel no mural, arrancar de lá, e vir atrás de mim.

Era o intervalo e eu estava pensando em matar o almoço e me esconder no timbuquitu.

Sim, eu sabia que ele ia ficar bravo... Mas não tão bravo.

“Bella...” eu ouvi a voz de Rosalie na minha frente.

Eu a encarei, ela olhava o louco sanguessuga que vinha atrás de mim a passos rápidos e furiosos. “Me ajude!” pedi.

Então corri pra fora dali. Eu ouvi Edward rosnar e gritar alguns impropérios pra irmã que me ajudou, então eu tratei de correr pra bem longe dali, dando de cara com um grandão moreno.

“Hei, baixinha, cuidado por onde anda.” Ele disse.

Ele era bonito, mas ninguém ma chama de baixinha.

“Caí fora,” eu rosnei; “Procure olhar pra frente você, troglodita.”

Eu passei por ele chiando, indo direto pro rádio da escola. Como provocar Edward Cullen a ponto dele ter um AVC depois de morto? O exponha.

Abri a porta, acendendo as luzes. Hm. Ok, eu não tinha estado ali nunca, mas eu precisava MUITO distrair aquele monstrinho.

O microfone ficava sobre uma mesa e ele estava desligado, então, eu apertei o botãozinho vermelho e fiz um teste, enquanto enfiava os fones de ouvido.

“Hei?” estava funcionando, senti minha voz ecoar. “hei!” soei mais despreocupada. “Aqui estamos nós pra uma inauguração.” Eu sorri. “A Voz do Coração...” disse depois de pensar. “É o mais novo programa pra apaixonados, e o primeiro bilhete de hoje é da Debbie, pra Edward Cullen.”

Eu ouvia movimento entre os alunos no corredor, então, fui até a porta e a tranquei. Ele não ia derrubar uma porta no meio do dia.

No máximo minha cabeça hoje a noite.

“Edward, eu amo você!” eu lembrei de algumas coisas do diário: “Nossa sintonia é tão perfeita, que você parece ler os meus pensamentos.... Eu sou vidrada em ti, vampirão!”

Pausa. “Não é lindo? Amor adolescente.”

Eu desliguei, dando beijos pra galera toda e como toda boa criminosa, eu tive que voltar pra ver como Edward estava se saindo no instante seguinte.

Mal abri a porta e fui abordada por um Edward furioso, sendo motivo de deboche de uma galera. Oops.

Má idéia!

“Você é uma menina morta!” ele rosnou baixo.

“Era a voz do povo!” me redimi.

“Você vai aparecer com o pescoço quebrado.” Amaeaçou;

Uma galera parecia vir olhar o espetáculo. Era a minha chance de sair viva.

“Mas você salvou a minha vida!”

“E daí?”

“É... em, você vai me matar na frente de toda essa gente?” sussurrei. “Quero dizer, como eles vão reagir as presas?”

Aysla, sumida até então, apareceu. E apareceu com a minha salvação, um milkshake diet que ela sugava calmamente.

“Isabell...” agressivooo...

“Você está muito estressado, quer saber?” eu perguntei, seu aperto em meu pulso me assustava; “Relaxe! A vida é de morango.”

“O qu-“ e eu peguei o shake e antes de sheikar a cabeça dele, fui impedida por um surto. “Ah, entendi!” ele sorriu então, segurando a bebida e entregando rudemente  Aysla. “Você é a Debbie.”

“Aham...péra, O QUE?” me horrorizei.

“Você é a Debbie, você está apaixonada por mim! Por isso que você deu o recado...”

“Não-“ ele me cortou.

A platéia começava a ficar eufórica e eu não podia acreditar que ele havia virado o jogo.

“Quer dizer que eu sou mesmo seu vampirão?”

“Não!” eu disse. “Isso não é verdade.”

“Ah, Bellinha, eu sabia que você me amava! Tanto ódio não podia ser real.” Ele me abraçou. “Eu também amo você!”

“Não! Para! Me solta!” eu tentei me ver livre.

“BEIJA! BEIJA! BEIJA!” gritou o povo.

Puta que Pariu!

“Não beija, não beija, não beija....” retribui.

“É a voz do povo!” ele sorriu torto e repetiu minhas palavras.

Ah, cara! Ele juntou seus lábios nos meus outra vez.

Ódio! Será que ele só sabe resolver as coisas desse jeito?


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Notas finais do capítulo

Gente, antes de mais nada EU PASSEI EM JORNALISMO - UFPEEEEL!
é por isso que eu sumi, sou uma universitaria gatinha agora UAHSAUHSAH E semana que vem, agora na segunda mesmo, eu começo meu curso técnico em vetsuário que eu já tinha passado. Então eu vou ter as tardes livres pra estudar pras matérias e tentar escrever alguma coisa.
Só que eu tenho cinco fics, né? Então, por favor, não me apressem. Se eu escrevo rápido eu ODEIO sempre o capítulo e demoro o dobro pra continuar porque não é nada. É só um capítulo transitório e capítulos asism não servem pra nada.
Enfim, eu estou com muita saudades de vocês e se vocês quiserem saber de mim, entrem no meu blog ou me sigam no twitter.
Mas tudo bem. Os comentários caíram muito aqui, gente! Por favor, façam uma forcinha, dedinho não caí :( COMENTEEEEM!

E só. Beeeijos! Amo vocês! E estou com saudades!