Meu Vampiro Desencantado. escrita por Arizinha


Capítulo 4
Capítulo 3 - Surto Anti-Vampirismo




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“Sua idiota!” rosnei pra mim mesma, com o travesseiro na cabeça, tentando me sufocar. “Sua idiota, encrenqueira! Você vai morrer, ser comida viva... Por aquele canibal!” pensei melhor. “Aqueles canibais! Você fugiu de James e arranjou uma coisa muito pior! Você é uma puta de uma azarada!”

Eu suspirei e tirei o travesseiro de penas da cabeça, eu nunca conseguiria me sufocar. O bulbo nunca deixaria. Chateada ainda, dei uma olhada no meu quarto. Porra, agora que eu estava vivendo bem!?

Eu passei as mãos nervosamente no rosto e depois, arranquei de vez a maldita jaqueta de couro que estava me incomodando e peguei o diário de cima do criado mudo. Eu encarei a capa vermelha um bom tempo, antes de tocar suavemente no que um dia foi uma tranca dourada e reabrir na última página que havia lido.

Ela contava que eles eram vampiros e que havia surtado. Certo, eu a entendia. E ela disse também que não tinha medo de morrer. Isso eu não entendia.

Pra começo de conversa, era quase ridículo levar isso a sério. Se eu tivesse lido isso ontem, antes de dormir eu nem pensaria nessa merda dessa idéia absurda de zumbis bebedores de sangue andando por aí, ou naquela droga de foto antiga.

Eu remexi nas páginas até achar a foto. Ok, eu virei o diário de cabeça pra baixo sem cuidado nenhum e chacoalhei até ela cair.  Eu peguei a fotografia e analisei. Definitivamente aquele ali era Edward Cullen. E os outros todos eram parecidos com os que eu havia visto hoje.

Eles podiam ser ancestrais bem parecidos... Ah, ok! Eu estou pirando!

“Isabell?” minha avó bateu na porta, eu escondi imediatamente o diário sob o travesseiro. “Bella, você está bem?”

“Ah, oi, vó!” sorri com a cara mais culpada do mundo. “Eu estou sim.”

“A enfermeira ligou e disse que você desmaiou no colégio... Eu lhe avisei! Você tinha que ter comido o café da manhã.”

“É.. Oh! Como eu sou idiota!” disse.

Ele enrugou o cenho. “Tudo bem.” Ela fez um bico engraçado antes de prosseguir. “Tem uma garota na sala, esperando por você.”

“Ah... A Ays ficou de vir aqui depois da aula...” lembrei, chateada. Eu queria ficar sozinha.

“Quer que eu diga que você não está se sentindo bem?”

“Ah, não.” Eu sorri, arrancando meus cuturnos e ficando apenas de meias brancas no carpete. “Manda ela subir.”

Ela fechou a porta, no mínimo, acatando meu pedido. Joguei o diário pra baixo da cama chiando, tendo cuidado de guardar a foto no meu criado mudo em seguida. Ninguém mais poderia saber daquilo. Até porque, ninguém mais acreditaria em mim.

“Bella!” Ays abriu a porta sem bater. “Me disseram que você passou mal, está tudo bem?”

“Hm. Agora está.” Sorri. “E então? Que aconteceu de interessante enquanto eu estava fora?”

Ays pareceu ficar feliz em ouvir aquela pergunta, porque imediatamente ela sentou na minha cama e sorriu enorme pra mim. “Todos estão falando de você! Ter quebrado Tanya praticamente duas tem lá suas vantagens!” disse, divertida. “Mas o pior é o que eu soube hoje! Você é a pessoa mais sortuda do mundo!”

“Sou?” Garota, tem um Seriall Killer em potencial atrás de mim e eu tenho sorte?

“Sim! Edward Cullen mora em frente a sua casa! Quer mais sorte que isso?”

“Puta que pariu! Puta que pariu! Puta que pariu!” eu berrei, horrorizada.

Ela entendeu como animação e gargalhou. “Sim! Isso é incrível!”

“Oh, meu Deus! Foi ele que acabou com a traseira do jipe do grandão! Caralho, eu to muito fodida...” me desesperei.

“Hm... Eu não estou te entendendo, Bells.” Ela disse, confusa.

“Não se preocupe com isso.” Sorri, desconversando. “Mas me diga, porque você está laranja?” mudei de assunto.

Ela se encolheu com a lembrança. “O que houve?” perguntei.

“As meninas na educação física, estavam com um creme. Eu achei que fosse algo legal e perguntei o nome. Elas disseram que era um creme fácil incrível e se oferecera pra passar em mim.” Ela bufou alto antes de continuar. “Passaram de qualquer jeito, de cima pra baixo e de baixo pra cima. Depois de cinco horas eu estava um horrores, cheia de marcas de mãos.” Ela suspirou. “Tive que fazer bronzeamento a jato. De semana e semana eu tenho que ir a PortAngeles, pra não ficar ainda pior.”

“Deixa eu adivinhar, as meninas do vestiário era a Denalli?”

“Sim.”

Eu bufei contrariada. Eu queria pensar em uma solução pra isso, mas infelizmente a idéia de ter vampiros sanguinários do outro lado da rua só me causava pânico e vontade de chorar.

“Você tem que tirar esse bronzeado.” Disse, tentando me distrair. “Já tentou esfregar bem a pele ?”

Ela me olhou como se eu fosse retardada. “Claro que sim!”

“Eles não duram muito tempo, Ays. Deixe esse bronzeado sair no banho pra ver como você fica.” Aconselhei.

Ela deu de ombros. Eu me joguei na cama, preocupada. Era tudo tão absurdo, como assim vampiros na frente da minha casa?

Não! Era loucura! Não existem vampiros.

“Bella!” Minha avó gritou do andar inferior. “Você tem visita.”

“Manda subir.” Gritei de volta.

“Desça.”

“Cacete.” Murmurei. Aysla riu.

“Você é bem desbocada.” Eu estourei o chiclete que eu mascava antes de responder.

“Você não faz idéia.” Sorri de canto e fomos pra porta. Eu não fazia idéia de quem esperar, não era normal visitas no primeiro dia.

Mas como aqui era Forks...

Cheguei na sala e congelei. Edward Cullen estava sentado no sofá. Um arrepio gelado desceu por minha coluna de cima a baixo e eu quase paralisei. Só não paralisei porque Ays, me arrastou até o sofá.

“Ah, olá, Isabell!” cumprimentou, Cortez.

“O-oi.” Cumprimentei, gaguejando.

“Ah, Bella, Edward veio ver como você estava. Já que você desmaiou.” Minha avó explicou.

Eu concordei com a cabeça.

“Bem, vou buscar um suco pra vocês.” Dianna disse, Aysla se ofereceu pra ir ajudar, achando que eu estava bancando a idiota por estar a fim.

Deus, ele é sanguinário! Socorro!

Eu me sentei na poltrona, o mais longe dele possível. “Hm... Como está?” perguntou, puxando assunto.

Sua voz aveludada me deixou com todos os pelos do corpo em alerta. “Bem.” Disse, baixo.

Eu riu, suavemente. Nada educado. “Você parecia morta.”

Eu lhe encarei nos olhos. “O único morto aqui é você.” Rebati.

Puts! Que você quer? Sou malcriada de natureza, não dá pra negar isso.

Ele me encarou com os olhos arregalados. “Eu? Morto?”

“É...” sorriu, baixando a cabeça e deixando ele entender como queria. “Essa pele pálida aí, fria.”

“Como você sabe que é fria?” perguntou, desconfiado.

“Você me carregou enquanto eu estava desmaiada, lembra?”

“Mas você estava desmaiada.” Disse, certo.

“Como você tem tanta certeza?” inquiri.

Ele me olhou, estudando meus olhos cuidadosamente.

“Aqui estão!” Vovó chegou com os sucos. “Aysla teve que ir, Bella. Parece que o pai dela ligou.” Concordei com a cabeça.  “Eu vou pra sala de estar. Chame se precisar de algo.”

Ótimo! Sozinha outra vez.

“Você está verde.” Edward disse. “Você está bem ou você só é feia mesmo?” perguntou, divertido.

Eu sorri, irônica. “Você quer alguma coisa no seu suco... Tipo açúcar, veneno...Sangue?”

“Que você disse?” ele foi hostil. Bem hostil. Sua voz era um rosnado.

Eu arregalei os olhos. Espero que ele esteja alimentado.

“Eu? Nada.” Sorri, suavemente.

Eu já havia ido longe demais!  Ele nem sabia que eu sabia. Eu acho.

“Do que você sabe?” perguntou.

“Eu? De absolutamente nada.” Alguma coisa nos meus olhos me delatou e ele rosnou, mostrando os dentes.

“Conhecimento nem sempre é bom, Isabell.”

Eu o encarei por um tempo, me sentindo ameaçada com suas palavras.

“O diário!” ele disse, de repente. “Você está com o diário!”

“O que?” me fiz de idiota.

Caralho, cacete, droga!

“Não se faça de imbecil! A Débora! Claro que a Débora tinha mão nisso...” ele bufou. “Nem depois de morta me deu sossego.”

Eu não pude evitar o espanto. “Você a matou?” escancarei minha boca. “Só porque ela sabia... Você...A...Matou! Seu canibal, assassino! Mosquito sanguessuga!”

“Não!” ele disse, furioso. “Ela morreu de velha! Já fazem 100 anos!”  ele levantou. “Onde está o diário?” perguntou num rosnado.

“Não importa.” Respondi.

“Me diga.” Eu levantei também, tentando manter uma distancia plausível, mas ele fazia questão de estar sempre perto de mais. Sua respiração batia no meu rosto. “Você não vai querer pagar pra ver.”

“O que você pode fazer, Edward?” soprei o blefe em sua cara. “Você acha que eu tenho medo de morrer?”

Ele sorriu; “Eu sinto seu corpo em alerta, escuto todas as suas respirações descompassadas e seu coração batendo loucamente dentro de seu peito. Sim, você tem medo de morrer.”

Eu cambaleei pra trás, caindo sentada na poltrona onde eu estava. Edward se abaixou até encarar meus olhos. “Diga onde está.”

“Não.” Eu neguei.

“Eu não quero machucar você, Bella.” Exclamou.

“E não vai.” A adrenalina em meu corpo fez eu pensar mais rápido e eu larguei um argumentou impossível. “Se eu morrer você não saberá nunca onde está o diário e se você não souber onde está o diário, outra pessoa vai o achar e você terá que matar ela também. E será muito suspeito uma série de assassinatos a cada 100 anos aqui. Exatamente quando os Cullens voltam.”

Ele parou pra pensar. Não convencido. “Eu vou achá-lo.”

“Por que você não vai embora?” perguntei. “Se eu mostrar o que tem ali pra alguém... Você está perdido.”

“Eu não vou precisar ir embora. Eu terei o diário. Breve.” Apontou.

“Não me subestime.” Sorri. “Um assassino perigosíssimo quer a minha cabeça. Eu posso te dizer que sou no mínimo, uma vaca.” Sorri. “E bem esperta.”

Ele chegou bem perto de meu rosto e minha boca. Seu hálito batendo com tudo em meus poros. “É que você nunca competiu com um vampiro antes.” Sorriu ele.

“Vou adorar o desafio.” Provoquei.

“Bella, Bella, Bella, é perigoso.” Preveniu.

“Nunca me cuidei direito.”

Ele sorriu e levantou, me puxando junto com ele. Sua pele fria me assustou levemente.

“Abra a porta pra mim.”

“É algum impedimento vampirístico? “ perguntei, debochada.

“Não,” ele disse depois que eu abri. “É pra você ter certeza de que eu voltarei.” Ele me deu um beijo no rosto rápido e em seguida não estava mais na minha frente. Incrível! Ele tem tele transporte! Tudo o que eu pedi a Deus, cacete!

(...)

A noite foi uma droga! Eu não comi nada a tarde, não jantei e fiquei com medo de chegar perto da janela pra fechar as cortinas.  Eu também tinha medo de pegar o diário de qualquer lugar onde ele estivesse, parecia sempre que eu estava sendo observada.

Depois de muito divagar eu fui até janela determinada, ninguém estava me observando. Fechei as cortinas e peguei o diário, colocando ele junto com algumas roupas sujas e deixando ele irreconhecível.

Eu cheguei no roupeiro, abri a porta e me enfiei lá dentro, colocando o livro tão rápido quanto pude no buraco e saí. Deixando as roupas sujas por lá, tapando o que quer que fosse e ainda parecendo natural.

Peguei meu pijama e fui pro meu banheiro.

Nem a água quente me relaxou, meus músculos estavam em síncope. Saí de lá, ainda sem soltar meus cabelos soltos em um nós desarrumado e fui me vestir. Antes dei uma olhada no banheiro. Nada. Ninguém.

Mexi nas minhas roupas, enrolada na toalha e eu, gênia, tinha esquecido a calcinha. Bufei, saindo de lá.

Mal abri a porta e dei de cara com uma baixinha mexendo nas minhas coisas. Escancarei minha boca, prestes a gritar, quando ela parou e se virou.

“Droga!” resmungou.

“Oh, meu Deus! Oh, meu Deus! Oh, meu Deus!” eu berrei.

“Shiu!” ela disse, vindo até mim e tampando minha boca. Sua pele era fria, lisa e dura. Ela era a irmã de cabelos verdes – agora morenos – de Edward.

Ela me encarou e soltou minha boca. “Que você está fazendo aqui?” eu perguntei, apavorada. Pensando em xingar até sua quinta geração, mas algo nela não deixava.

Seus olhos e seus traços eram gentis. O que era ainda mais apavorante.

“Desculpe.” Ela murmurou.

“Você invadiu meu quarto!” eu quase gritei, indo até a janela e inspecionando. Ela estava aberta, mas sem nenhum dano. “Como você fez isso? Que direito tem?!”

Ela me olhou e sua visão ficou turva, parecia que ela ia desmaiar, só que então seus olhos brilharam por meio a nuvem que parecia haver ali e ela sorriu de canto.

“Olá, eu sou Alice, muito prazer!” veio até mim e estendeu a mão.

“O que faz você pensar que vou apertar sua mão, sua... sua...monstrinha?” perguntei, irritada.

Ela fez um bico. Aliás, um beicinho triste. “Você tem medo de mim?”

“Ahm... Deixa eu pensar... Você invadiu meu quarto, é forte, gelada, bebe sangue e se teletransporta! É óbvio que eu tenho medo de você!” exasperei.

Ela pareceu chocada e seu beiço aumentou, ela estava com uma carinha tão infeliz que pensei em chegar perto e abraçá-la. O medo não deixou.

“Isso é preconceito!” apontou, chorosa. “Só porque eu sou diferente de você.”

“Você é uma vampira!” esclareci.

“E você é um monstro! Eu não sou um monstro! Eu tenho alma, coração...Que não bate! Mas eu sinto!” ela botou a mão no peito e desabou sobre minha cama. “Você não me ama!”

“Mas eu nem te conheço!” quase chorei.

“Não interessa! Você é o monstro!” ela se levantou e veio até mim. Ela era quase uma cabeça mais baixa que eu. “Você quer que todos nós saiamos da cidade! Nós gostamos daqui, e nós não nos teletransportamos! Nós só somos... Rápidos!” disse.

“Você come geeeente!” eu me exaltei, saindo de perto. “E você não pode comer gente... Você é baixinha, bonitinha e engraçadinha!” eu parei. “É completamente inha!”

Ela me olhou e fez um bico, pensativa. “Eu não como gente.” Explicou. “Nenhum de nós come. Nós somos vegetarianos.”

Eu soltei uma risada sem humor algum. “E o que vampiros vegetarianos comem?” eu ri. “Animais?”

Ela não respondeu. “Vocês comem animais?” quase berrei. “Seus monstros! Zoófilos!”

“Ah, tá!” ela se irritou. “Queria comêssemos o que? Seus pescoços?”

Eu parei. Não, eu não queria.

“Você não sabe nada sobre nós.” Ela disse, “Só o que as lendas contam.” Completou. “E pode ter certeza que água benta pra mim é brinquedo e que alho não me afeta em nada!” ela bufou, antes de prosseguir, sentando na cama. “E eu não gosto de matar pessoas, eu não escolhi ser vampira e todo minha família é assim. Pra nós, o monstro é você. Que está nos chantageando esse diário idiota que parece ter sumido!” ela terminou estressada. Parecia frustrada.

“Eu não vou entregar pra você.” Eu disse. “E eu quero que você saia do meu quarto agora mesmo.” Expirei.

Ela semi-cerrou os olhos e foi até a janela ainda aberta, pondo um pé pro outro lado e o outro sobre o vidro baixo. “Isso não acabou!” ameaçou, pulando.

“Ah!” eu gritei, assustada indo até a janela correndo e me apoiando no parapeito. Nada estava ali, muito menos o cadáver esparramado no pátio de minha avó que eu imaginei.

Eu suspirei aliviada.

Eu grunhi, furiosa, fechando a janela com um estouro e marchando até o meu closet, arrancando de lá a minha calcinha e indo pro banheiro outra vez. Se eu sair daqui e tiver mais algum vampiro carente por aí, eu me jogo da janela!

Eu dormi a noite inteira com um taco de beisebol ao lado de mim na cama, sem conseguir pregar os olhos em momento algum. Qualquer barulho me desesperava.

No outro dia no colégio, nada parecia certo. Aysla foi a aula e ficou comigo o tempo inteiro. Ela era mesmo minha amiga, o que dava medo, porque eu nunca havia me relacionado com garotas tão enérgicas quanto elas. A baixinha bebedora de sangue estava de mal comigo. Era até engraçado pensar nisso, mas toda vez que eu passava por ela, a criatura virava a cara pro lado e bufava.

Edward me perseguiu pelos corredores e sentou ao meu lado em todas as aulas, o diário estava comigo hoje, dentro de minha mochila. Eu queria ler alguma coisa, saber se tinha algum jeito de deter esse bando de loucos, mas ninguém me deixava sozinha!

Irritada, indignada e chateada, saí de perto da mesa de Edward e marchei pro banheiro junto com minha mochila. Não havia ninguém ali quando eu me enfiei numa cabine, baixei a tampa do sanitário e sentei ali.

Antes de eu conseguir mexer na mochila a porta foi aberta. Eu olhei horrorizada pra loira maravilhosa parada ali.

“Me dê o diário.” Mandou pondo as mãos na cintura.

Eu estava presa e pensava em várias possibilidades de fuga naquele instante, mas nada parecia bom o suficiente, a não ser que eu criasse azas e saísse por aí voando.

“Não.”

“Eu. Quero. O. Diário.” Ela disse, seus olhos me perfurando.

“Pois ele é meu.” Levantei.

Ela ia responder, mas Tanya Denalli e suas súditas entraram no banheiro.

Ela sorriu irônica pra Rosalie...E depois pra mim.

“Olhem só, garotas, “ ela sorriu. “As piranhas estão fazendo do banheiro seu mais novo point.”

“Pois é!” eu respondi, desaforada. “Por isso que vocês estão aqui, certo?”

“Tanya, minha querida,” Rose riu. “Vá se foder.” Foi curta e grossa. Sua posição eternamente superior.

“Oh, meninas, vejam só!” Tanya sorriu, maldosa. “Rosalie Hale, a loira burra do FHS, falando palavrão! Não é demais?”

“Tanya, será que você consegue ser mais invejosa?” perguntei, desdenhosa. Essa garota estava realmente deixando meus nervos em frangalhos.

Ela me olhou, enfezada. Eu marchei até a pia, dando um forte encontrão nela e numa outra garota morena que estava junto com a megera.

Ela reclamaram alguma coisa e eu juntei água em minhas mãos e molhei meu rosto. Minha mochila eternamente em minhas costas.

“Swan, Swan... Você está demais. Vai acabar morta embaixo de uma ponte desse jeito.” Provocou.

Eu bufei, sem me virar. A encarei pelo espelho. “Esse é o destino de prostitutas.” Sorri irônica. “Preocupe-se.”

Tanya chegou a levantar a mão pra me puxar os cabelos, mas Rosalie a segurou pelo pulso antes mesmo dela encostar em mim.

“Não. Ouse.” Ela rosnou. Largando sua mão.

A loira agarrou seu pulso e fez cara de dor depois disso, ela olhou ressentida pra Rosalie antes de virar e sair.

Eu a encarei e sorri de canto. “Obrigada.”

Ela me olhou e... Sei lá! Algo em seus olhos não me parecia tão antipático agora, ela levantou apenas um canto de sua boca, num sorrisinho sem graça.

“Vejo você qualquer dia desses.” Se despediu.

Eu encarei a porta antes dela fechar e sorri. Foi um momento estranho. Mas um momento.

(...)

“Como assim não suporta Edward?” Aysla perguntou. “Eu achei que você gostasse dele.”

“Ew.” Eu não pude deixar de fazer. “Não, eu não gosto d-“ não pude terminar. Uma voz doce cortou.

“Você pode nos dar um minutinho?” O dito cujo perguntou, pra Ays.

Ela sussurrou um sim e se mandou.

“Me dá o diário.” Ele mandou, me carregando pelo cotovelo até a saída do refeitório.

“Não.”

“Eu pago por ele. A quantia que você quiser.” Ele tentou.

Eu parei,chocada. Eu quase berrei de ódio quando finalmente entendi: “Você acha que eu quero seu dinheiro?” eu estava indignada.  “Eu não quero seu dinheiro! Seu hematófago desgraçado!”

“Shiu!” ele mandou eu ficar quieta. Algumas pessoas nos olhavam.

“Como tem coragem de me dizer algo assim?” berrei, muito brava.  “Você acha mesmo que pode me comprar? Quem você pensa que é?”

“Não grite comigo!” levantou a voz.

“Não ouse me mandar calar a boca!” berrei ainda mais alto. Eu estava descontrolada. Cheguei ao meu limite.

“Edward,” Alice disse, aparecendo do nada. Ela tinha aquela merda de olhar vago outra vez e eu continuava querendo gritar com ele. “Edward.” Repetiu. Era como um aviso.

“Você!” eu berrei. “Seu, seu...Seu... Argh!” berrei, Uma multidão se formava a nossa volta, todos sussurravam.  “Seu cani-“ antes de eu conseguir terminar, aquele imbecil! Idiota, corno, filho duma puta manca, agarrou minha cintura e colou seus lábios nos meus.

Eu parecia uma gata n’água, me debatendo como uma louca ! Ele tentou controlar meus braços com uma mão, agarrando minha cintura mais firme. Minha mãos foram pra seus ombros, tentando afastá-lo, mas nada o fazia sair dali. DE próximo a mim.

Eu não ouvia mais os sussurros, não ouvia mais nada. Edward em momento algum tentou aprofundar o beijo, ele só tinha os lábios selados aos meus. O que me dava ainda mais raiva. Eu me sentia humilhada e impotente!

Ele me soltou depois de um tempo, o corredor estava vazio. Nem Alice estava por ali. Ou lhe olhei verdadeiramente ressentida e bati com toda minha força e com a mão fechada em seu rosto, vendo seus olhos surpresos com meu ato eu virei de costas e saí dali.

Aparentemente eu não senti nada, até uma dor horrorosa atingir meu pulso. Eu gemi de dor e encarei minha mão. Eu choraminguei, louca de raiva.

“Só pode ser brincadeira!”


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Notas finais do capítulo

Olá gente legal, (:
Aqui é a Marie_Hale, amiga da Ariadne. Ela me pediu para postar as fics dela, porque ela vai viajar e não ia dar tempo. HADSHADJSAHDJ'
Capitulo legal né? *-* -q
Hm, é para vocês seguirem ela no twitter, @AriSiqueira_ e darem uma passadinha no blog lindo dela (ariadnesiqueira.blogspot.com).
Aí está mais um capitulo de MVD.
Beijinhos, Marie H. (: