Meu Vampiro Desencantado. escrita por Arizinha


Capítulo 3
Capítulo 2 - Descobrindo


Notas iniciais do capítulo

Ameeei os comentários *----* Desculpem o tempão sem postar!



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3 de Janeiro de 1900, Forks.

Queridíssimo Diário,

Eu não sei como posso explicar isso e talvez eu só esteja doida...

Mas acontece, bem, acontece que eu sou paranóica!

No outro diário, eu escrevi vários trechos sobre os Cullens, dizendo o quanto eles eram diferentes.

Eu nunca os vi almoçar, pode ser que eles estejam em uma dieta. Não sei.

Eu também posso jurar que Edward respondeu ao meu pensamento e que eu jamais perguntaria aquilo em voz alta.

Eu sou perdidamente apaixonada por ele, mas ele não me dá bola. Tudo bem, isso não vem ao caso.

Acontece que, na hora do almoço, Alice veio falar ontem. Ela mandou eu me manter afastada de ruas movimentadas.

Eu sempre faço um percurso pela rua principal, ela é movimentada, e dessa vez eu fiz o percurso pela rua ao lado, que é bem mais calma.

Eu fiquei sabendo hoje, pouco após o colégio, que uma menina foi atropelada pouco depois de sair do colégio... Poderia ter sido eu.

E eu só queria saber uma coisa: Como Alice Cullen sabia disso?

Beijos carinhosos, Débora White.

E depois a gente diz que essa gente é doida e te chamam de preconceituosa. Que rua movimentada que tem em Forks? A rua principal é aquela por onde eu vim e quase fiz um cavalinho de pau? Hahaha. Ri alto de você, Debby!

Eu revirei os olhos. Essa garota é psicótica, doida, vidrada nesses Cullens. Que eles têm de tão especial? Doida!

Olhei o relógio no criado mudo. Ele era um cubo de cores, desorganizado e que mostrava a hora digital. Eram 4 horas em ponto. Eu não iria acordar amanhã cedo por nada nesse mundo! Pensei em dormir, mas a curiosidade me tomou, aquele diário era tão ridiculamente divertido.

7 de Janeiro de 1900, Forks

Caro diário,

Eu fiquei muito tempo sem escrever... Desculpe, minha vida está agitada.

A escola está começando a passar vários trabalhos, isso é muito estressante.

Meu pai não aceita que eu tire menos de nove e eu estou tentando manter meus pés no chão e não enlouquecer.

Emmett, hoje, comentou com Rose, enquanto eu passava, que estava doido pra mudar-se de uma vez.

Rose respondeu algo como: "Eu também estou, estamos a tempo demais aqui. Irão acabar descobrindo."

E agora eu me pergunto: Descobrir o que?

É, descobrir o que? Mordi o lábio inferior, realmente curiosa. Esse era um dos meus vários defeitos. A curiosidade me corroia!

Diário,

Eu não estou entendo mais nada! Jazz passou por mim hoje e eu estava apavorada por causa da prova de cálculos e, do nada, eu me acalmei. Como se nunca estivesse ficado em pânico! Edward me cutucou hoje na aula de história, ele queria me passar uma folha de chamada e eu não estava respondendo. Estava fingindo não ouvir na verdade, charme, sabe?

Quando seu dedo tocou em meu ombro exposto pela blusa eu levei um choque. Eu fiquei arrepiada - e constrangida por ser indisfarçável -, mas meu arrepio não se teve por ter sido tocada por ele, foi porque sua pele era tão fria quanto mármore no ártico.

Não era normal uma pessoa estar viva e ter aquela temperatura. Isso tem a ver com o segredo?

Ok, isso é algum tipo de piadinha? Isso aqui é um livro ou um Diário? Vá a puta que pariu com essas historinhas! Eu, hein?

Não vou mais ler, não vou! Droga!

Virei a página, louca pra saber o que vinha a seguir.

Ok, eu estou em pânico.

Alice, anteontem, disse que eu tiraria A+ na prova de calculo que eu estava preocupada, e ela acertou em cheio!

A cara que ela fez quando se tocou que havia dito e o rosnado que Edward largou quando ouviu, foi estranho demais!

Eu preciso saber o que eles escondem! Vou amanhã a biblioteca! Eu preciso saber o que é!

Eu bufei. "Pra mim você que é louca, Debby" comentei. Isso parecia idiota pra mim, agora. Eu bocejei antes de virar a página, eu estava com sono agora.

Querido diário!

Eu estou estranha! Meu sentimentos estão em choque!

Eu fui a biblioteca hoje, eu pesquisei sobre as possibilidades dos Cullens. Eu li vários livros e cheguei a uma conclusão.

Eles não comem, sabem o que vai acontecer antes de acontecer, são gelados, tem os olhos âmbar idênticos, mesmo sem ser realmente parentes,

em dias de sol eles nunca aparecem, são lindos demais, fortes demais - como eu já havia dito em outro de você, quando a Rose acertou uma bolada na Carla e ela desmaiou  ou quando Emmett deu um soco na parede e ela quase ruiu -, advinham pensamentos...

Eu sei o que eles são! Eles são...

Idiotas! Eu gargalhei fechando o diário sem ler a última palavra. Eu estava morrendo de sono, não precisava saber nenhuma outra loucura dessa doida.

Eu coloquei o livro e a lanterna dentro do travesseiro, era uma mania antiga, e deitei ali, colocando meus fones de ouvido e uma música qualquer. Eu era cheia de manias antes de dormir. Deitei minha cabeça no travesseiro e desliguei meus pensamentos de qualquer coisa que não fosse sono. Sono, dormir, apagar, morrer, beber sangue...

Epa, beber sangue? Eu estava mesmo com sono!

O travesseiro incomodou muito, muito por causa do livro e da lanterna e acabei tirando os dois dali, antes de colocar a porcaria do livro sobre o criado mudo, um pedaço de papel caiu de lá. Curiosa que só, peguei o papel de fotografia e ri um pouco.

Eu não fazia idéia que em 1900 existiam fotos.

Eram cinco pessoas.  Três homens e duas mulheres. Todos absolutamente lindos e ridiculamente bem vestidos – pra época, óbvio! Eles todos exibiam sorrisos cálidos e pareciam ser dois casais e um castiçal. O Castiçal tinha cabelos acobreados e sorria torto pra foto, eu suspirei alto. Ele estava no meio e com as mãos nas costas e era absurdamente lindo.

Desejei secretamente que ele existisse agora.

Havia outros dois e não posso negar que o grandão não em chamou atenção também. Sempre amei músculos.  A loira do seu lado, no entanto, me desanimou extremamente. Quem podia bater aquela loira?

O outro casal era parecido com um de biscuit. Daqueles que ficam sobre o bolo, eles estava perfeitos juntos. A Baixinha abraçava o garoto calorosamente e sorria satisfeita.

Eu sorri pra foto dessa vez. E dormi com todos eles na cabeça.  Principalmente depois de ver Cullen atrás do papel grosso.

E o mais engraçado disso tudo, é que seus rostos eram familiares demais. Como eu posso achar que já os vi antes dessa fotografia?

*

"Here comes the sun..." cantarolei, sem nem abrir meus olhos. Era uma mania antiga, minha mãe sempre me acordava com essa música. Eu ficava feliz em saber que Forks era tão ensolarada quanto a Califórnia e que eu poderia acordar assim todos os dias e...

Epa!

Eu me sentei rapidamente na cama, encarando a janela grande de meu quarto.  "Não posso acreditar nisso!" disse, indignada pro dia chuvoso de Forks. "Mas ontem tinha sol! Sol! Como que eu vou começar com chuva?" eu bufei, antes de me jogar na cama novamente, pegando um chiclete de uma grande cartela que eu guardava em meu criado mudo.

O gosto da hortelã na minha boca me fez suspirar e virar pro outro lado. "Talvez eu deva ficar em casa..." comentei, fechando os olhos.

Já era segunda-feira de manhã. E eu havia passado o domingo todo de pernas pra cima na sala, morrendo de tédio.  Eu não havia recebido ligações dos meus pais e eu temia que minha mãe houvesse matado Charlie. Ai, Deus!

"ISABELLA! ISABELLA! ACORDA! AGORA!" berrou minha avó na porta, quase a pondo abaixo.

"Ok, talvez eu não deva." disse, levantando, insatisfeita. "Já acordei!" berrei pra ela.

Que gente bem barraqueira essa de Forks, a gente já acorda com esses berros! Eu levantei chateada da cama e fui até o meu closet, procurando a roupa que eu havia separado na noite anterior.

Eu ouvi um berro estridente vindo da rua e me colei na janela pra ver o que era. Para minha surpresa, ou nem tanta assim, o grito vinha da casa a frente. Uma baixinha com o cabelo verde estava na frente da mesma com cara de poucos amigos e batendo o pé. Um grandão com jeito de idiota ria descontroladamente dela. Ela olhou diretamente pra onde eu estava antes de eu fugir dali e ir pro banho.

Bem que Charlie dizia que eu estava virando uma fofoqueira! Passo colada nas janelas agora!

Eu entrei no banho e aproveitei pra escovar os dentes em baixo d'água. Meu cabelo cheirava a morangos quando eu saía da peça e eu o chacoalhei demoradamente, antes de terminar de secá-lo com o secador de cabelos. Coloquei a calça preta de couro colada ao corpo junto com um cuturno sem salto preto que ia até pouco acima dos meus tornozelos e lembrava um tênis com tachinhas e uma camiseta verde musgo que não tapava minha barriga. É óbvio que eu coloquei uma jaqueta de couro cheia de tachas junto, né?  Forks não é o que eu posso chamar de quente, fala sério.

Pequei minha mochila, enfiei um chiclete na boca e outros dentro da mochila, acompanhando um esmalte lilás que eu já estava usando na unha, mas que com certeza o tiraria até o fim da aula. Eu tinha a terrível mania de roer unhas e, agora, por estar parando, vivia roendo o esmalte. Era tenso, mas inevitável!

Eu não passei maquiagem nos olhos, apenas um gloss leve na boca.

Eu balancei meus cabelos com os dedos antes de fechar a porta do meu quarto e descer. Vovó estava com seu roupão de cetim sobre os ombros e camisola ainda, olhando meio horrorizada pra algo que estava na porta.

"Você está atrasada." ela disse. Eu sorri pra ela.

"Bom dia pra você também." brinquei.

“Você dirige isso?” perguntou, apontando pra minha caminhonete. Sua cara era infeliz.

“Claro que sim!” sorri, subindo na minha caminhonete enorme. Não enorme não, gigaaaante!

Era uma 4X4 preta, com quatro portas, desenhada e turbinada. Eu ganhei essa caminhonete em meio a muita chantagem e muita lábia.

“Isso não é carro pra uma menina, Isabel.”

“Isabella.” Corrigi, enfezada. Outro segredinho sobre mim: Odeio, vorazmente, meu nome de verdade. Isabell tem pouca personalidade, mas Isabella... Bem, é outra história.

Ela me encarou e arqueou uma sobrancelha. “Isabell.” Falou outra vez.

“Vó, Isabell é nome de gente velha.” Dei de ombros.

“Não, Isabell é um nome lindo e é o seu nome de verdade.” Ela corrigiu. “E eu vou lhe chamar de Isabell. Quer café da manhã, Isabell?”

“Não, vovó.” Disse, chateada. “Já estou atrasada. E é Isabella.”

Ela sorriu de canto. Ela não ia me chamar de Isabella. Que maravilha!

(...)

Achar a escola foi tão fácil quanto achar mato na cidade de Forks. Que eu posso dizer se a cidade não é grande e além de tudo tem uma única escola que se divide em Juniors e médio?

Exatamente.

Não posso dizer que estava gostando disso, mas eu estava tendo bastante atenção desde o momento que eu saí de casa. Tá, a minha caminhonete é um monstro de quase dois metros de altura, só que, puta merda! Tem menininhas olhando vorazmente pelos vidros!

Elas acham mesmo que quem dirige isso é um aluno novo?

Levemente indignada, procurei uma vaga com os olhos ali. Eu pensei também eu passar por cima da banheira que estava na minha frente. Minha caminhonete com certeza daria conta disso, mas será que o aluno ia gostar de ser esmagado?

Depois que fui liberada, estacionei em uma vaga no canto oposto da escola. Coloquei meus fones de ouvido, enfiei minha mochila no ombro esquerdo e abri a porta. A chuva fina me atingiu em cheio no rosto, me fazendo rosnar.

Odeio chuva!

Pulei – literalmente – da caminhonete e segui caminho pra porta da escola. Eu sentia vários olhares em minhas costas enquanto passava, mas isso não me fez tirar as mãos do bolso traseiro de minha calça ou virar a cabeça pro lado.

Segui, despreocupadamente até a secretária, onde peguei meu horário novo com uma moça loira e cheinha, que usava o cabelo em duas marias chiquinhas. Ela era simpática e seus dentes estavam manchados com o batom rosa-cereja que ela usava.

Ela indiciou a sala de história como a segunda a esquerda no corredor  a direita.

Foi fácil entrar e me sentar na última cadeira da fila da janela. Senti muitas pessoas me encarando, mas não acho que alguém teve coragem de falar comigo. Tirei os fones de ouvido e soquei-os de forma desleixada na mochila, pegando o esmalte lilás pra dar uma segunda mão nas minhas unhas – atualmente – compridas.

Eu só ouvia as conversinhas sobre mim. Que fantástico.

“Olá!” eu senti uma pessoa sentar ao meu lado. “Muito prazer, sou Aysla.”

Seus cabelos eram compridos. Lisos e bem pretos, com uma franja que tapava pouca coisa de seus olhos. Sua pele era bronzeada- laranja. (Pra quem não sabe, auto-bronzeador). E ela sorria simpática pra mim.

“Isabella.” Sorri de volta.

“Seja Bem-vinda a Forks, Bella!” ela sorriu. “Eu soube que você está morando com a Dianna, certo? Ela é sua avó, não é?”

“Hm. É.” Disse, pintando a quarta unha da mão esquerda.

“Ah, que fantástico! Nossas avós são amigas desde a infância! Vai ser um prazer almoçar junto com você, seguiremos a tradição dos Monises e Swans!”

Eu sorri, ligeiramente confusa com a quantidade de coisas que ela me disse. “Ok, vai ser...Hm... Legal almoçar com você também!”

“Excelente! Nos vemos no almoço, então!” ela disse, tocando rapidamente minha mão antes de sair.

Eu enruguei meu cenho e guardei o esmalte. Gente absurdamente simpática me assustava.

(...)

“E aqui,” completou Ays, agarrada no meu braço. Preciso dizer que estava odiando? “É seu armário.”

“Ótimo.” Sorri, me desgrudando dela e enfiando os livros ali.

“Vamos almoçar?” perguntou quando eu terminei de enfiar a senha no cadeado.

“Claro.”

Ela me carregou pro refeitório e todo mundo me encarou mais uma vez. Parecia que estar com a Ays Monise era uma grande coisa aqui, porque eles cochichavam várias coisas sobre a novata estar junto com a garota mais não sei o que do colégio.

Sentei em uma mesa centralizada com ela, recebendo bilhares de olhares em seguida. Não deu cinco minutos e uma comitiva de loiras veio até nós duas, com cara de cu e jeito de vadias. Suas sais confirmavam meus pensamentos.

“Isabella, certo?” a loira de cabelos compridos perguntou.

“Sim. E você?”

“Tanya Denali.” Ela esclareceu, sua arrogância me irritava. Ays chutou meu pé por baixo da mesa.

“Tá, e daí?” perguntei.

Seus olhos se arregalaram levemente e ela se recompôs, quase de imediato.

“E daí que você está sentada na minha mesa.”

Ays me olhou apreensiva. Eu ri de canto.

“É?” eu ri, debochada, pondo a língua entre meus dentes. “Engraçado... Posso jurar que não vi seu nome por aqui.”

Ays soltou uma risadinha baixa.

Tanya riu e trocou o peso de sua perna pra outra. “Posso jurar que já ouvi essa antes.”

“E eu posso jurar que não me importa.” Sorri.

“Eu tenho certeza que você não quer rivalizar comigo.” Ela disse, sua prepotência ao limite.

“E eu tenho certeza que você não me conhece.” Eu sorri, irônica. “Eu não vou sair daqui e suas ameaças são piadas pra mim. Assim como você e suas saias apelativas.”

Comentei, encarando brevemente sua saia minúscula. As outras duas loiras de farmácia que estavam com elas escancararam a boca em choque.

“E você com certeza não me conhece, acha que só porque veio da Califórnia é grande coisa. Isso não é verdade.” Rebateu.

“A única que se acha grande coisa aqui é você, Tanya Denali.” Eu tive que rir dessa vez. “Dã.”

Acho que menosprezá-la não foi legal, porque ela me olhou furiosamente.

“Não pensei que vai ficar por isso mesmo.” Ameaçou. “Tchau, sem sal, tchau, cenoura!” provocou antes de girar os calcanhares e sair dali.

“Você arrumou um problema.” Ays disse, mordendo o lábio inferior. “Vai ter volta.”

Eu lhe encarei e sorri de canto. “Você acha que eu ligo?”

Ela riu, uma gargalhada agradável. “Eu sei que não.”

Eu, pela primeira vez, sorri pra Ays. Ela podia ser meio idiota e estar parecendo uma cenoura, mas ela era legal... Talvez.

“Aii!’ ela suspirou. “Olhe lá.” Exclamou, apontando pra porta.

“Quem são aqueles?” perguntei, vendo Tanya ir imediatamente pra junto deles e eles encararem a nossa mesa.

“Os donos da mesa.” Ela disse, mordendo o lábio inferior.

“Você está brincando comigo!” eu gargalhei. “Tem mesmo marcação de lugar aqui? Sempre sentei onde tive vontade! Não vou sair daqui!”

“Ah, vamos sim!” ela disse, me puxando. “Não quero irritar Rosalie de jeito nenhum!”

Eu a encarei. “Quem é essa aí? Me deixa falar com ela.” Pedi.

Ela me puxou pra fora do refeitório imediatamente. “Não. Definitivamente você não quer isso pra você.”

Eu enruguei meu cenho, quase irritada. Sentamos no pátio o resto do horário de almoço e eu não vi mais ninguém querendo me tirar do banco. Ays era mesmo uma companhia agradável, ficou falando sobre as coisas da cidade e das festas que todos davam sempre.

Notei que ela não se incluía nunca nas festas, não falava das coisas que ela fazia, apenas do que os outros faziam.

Ela tinha uma cara animada sempre, mas seus olhos eram ligeiramente apagados. Como se estivesse triste com alguma coisa sempre.

Ays ficou de passar na casa de minha avó depois da aula pra conversarmos, e eu fui pra aula de biologia. Meus dois últimos períodos eram de biologia. O que era uma droga, porque eu odiava a matéria.

Na sala, eu não conhecia absolutamente ninguém. Estava rezando pra ter a Tanya como colega, mas ela não estava ali ainda. Me dirigi outra vez pra última classe da fila da janela e me sentei ali.

Tirei novamente o esmalte lilás da mochila e comecei a pintar o que sobrou de minhas unhas. 

Passei o esmalte em três unhas antes de ouvir um alto pigarro sobre minha cabeça. Perto. Demais.

Levantei meus olhos da minha linda função e encarei um par de olhos âmbar, contrariados me fulminando. Eu arqueei uma sobrancelha e como ele não disse nada, voltei ao esmalte.

“O que é?” perguntei, contrariada.  Sem nenhuma vez o olhar direito.

“Você está no meu lugar.” Ele disse, sua voz era aveludada, entretanto cortante feito faca.

“Até onde eu sei, isso é uma escola pública, você não pode comprar sua classe.” Eu disse, dessa vez beem chateada. Como assim meu lugar? “Logo, esse lugar é de quem chegar primeiro. No caso, eu. Então, caí fora.”

Eu, dessa vez, o encarei. Seus cabelos cobre, sua boca fina, seus olhos âmbar... Eu empalideci. Não... Não, com certeza não. Eu devo estar enlouquecendo. É só alguém parecido... Afinal, isso é impossível...Certo?

“Eu sempre sento aí.” Ele disse, firme.

Sua beleza era indiscutível, sua postura elegante e droga! Eu sabia que não estava enlouquecendo.  Aquele ali era o garoto da foto. O garoto do diário da Debby!

Eu acabei virando, apavorada, o vidro de esmalte que eu segurava.

“Droga!” resmunguei, levantando o vidro outra vez. Minhas mãos tremiam loucamente e eu quase não consegui enfiar o pincel ali dentro.

“Senhor Cullen?” uma voz soou mais alta que as outras. “Você pode sentar, por favor?”

Cullen. Senhor Cullen.

O garoto falou alguma coisa, mas eu não ouvi. Minha cabeça tombou pesadamente pro lado. Meus sentidos sumiram e eu desmaiei, caindo da cadeira com força.

(...)

Abri meus olhos, sonolenta. “Ai.” Gemi, tocando minha testa.

Primeiramente eu não sabia onde estava e porque estava ali, depois todas as lembranças voltaram em um flash.

“Ai!” quase gritei, me sentando. Fiquei tonta na hora, mas ignorei.

“Hei, acalme-se!” uma mulher de branco pediu. “Está se sentindo melhor?”

“Sim, perfeitamente bem!” disse, já indo pra porta.

“Espere!” ela disse. “Você não pode sair ainda. Você está se alimentando direito?”

“Sim, eu estou... Foi só minha pressão...” eu menti.

“Quando Edward trouxe você, você estava bem branca...” ela entendeu.

“Edward?”

“Sim, Edward Cullen.” Explicou.

Eu me controlei pra não desmaiar outra vez. Abri a porta da enfermaria e corri pro corredor.  Edward. Edward Cullen.

Isso era insano demais. Não podia ser verdade. Abri a porta da minha caminhonete e corri pra casa.

Eu abri a porta com um enorme empurrão e a deixei escancarada enquanto corria escada a cima. Eu não sei vez alguma antes de pegar o diário de cima da cama e encarar outra vez a fotografia.

Eu choraminguei, em pânico quando vi que era o mesmo garoto. Sem tirar nem pôr. Não tinha como um descendente ser tão igual.

Com medo e tremendo demais, abri o diário e li a última palavra que eu havia substituído por idiotas no dia anterior.

Eu sei o que eles são,” escreveu Debby. “Eles são Vampiros.

Ai, meu Deus! Onde eu fui me enfiar?

Aysla: http://3.bp.blogspot.com/_qfgqBIU14j4/S3njctodjWI/AAAAAAAAHD4/_qA7R0txDTM/s400/camilla-belle.jpg


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Notas finais do capítulo

Oi, gente! ai, não é má vontade, mas eu estou morta! Atualizei todas as minhas fic hoje e ério, postarm sem parara cansa :O UHSUHSAUHAUHSA

Eu amei os comentários e eu adorei saber que estão gostando da história. Tenho que dizer que ela vais er curtinha, cerca de dez à quinze capítulos, por isso a descoberta tão rápida.

Ela vai ser quase instantanea UAHSUHSA

Como fiquei um tempão sem postar, eu tenho uns caps adiantados, dependendo da quantidades de reviwes, tem mais em loguíssimo hihi *---*


Beeeeeeeeeijos! ♥