Beyond Birthday - o Truque de Beyond escrita por Gigio


Capítulo 4
Capítulo 3 - Banho de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Beyond começa a por seu plano em ação. Ao infiltrar-se nas bases do adolescente Nate River, a fim de inseri-lo por completo no caso Kira, Beyond Birthday deixará um rastro de poeira e sangue.
Um prédio, um albino, muito sangue e um helicóptero azul sem para-quedas. É isso que te espera no capítulo três, um verdadeiro Banho de Sangue.
NÃO ESQUEÇA DO SEU REVIEW! >_<'



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A faca tremeluzindo à luz da lua vermelha, ao passo que Beyond investia dentro do grande prédio onde Near passava seu mísero tempo brincando com legos e bolando planos falhos.

Um segurança se enfiou no caminho de B, que, sem hesitar, levou a faca ao pescoço do homem, que desabou no chão, afogado no próprio sangue. Ele parecia um demônio sedento por sangue, não parava de correr e qualquer um que fazia a idiotice de se meter no caminho dele tinha sua vida tirada com um único golpe fatal do facão.

Não sabiam aqueles guardas, mas estavam lidando com uma máquina assassina psicótica e bem treinada. Pouco Ryuuku sabia de Beyond, mas via claros motivos para que ele desenvolvesse esse lado maníaco. A história de Beyond tinha um lado obscuro e Ryuuku pensava saber tudo sobre ele, mas... Após saber desse outro irmão e, inclusive, saber que Beyond estava vivo, Ryuuku viu que sabia da história de Beyond como uma mosca sabe como funciona a biologia de um parasita de Saturno.

A esse momento, eles já estavam subindo as escadas (a segurança havia desativado os elevadores) e, provavelmente, Near já estava planejando um escape. Mas Birthday tinha conhecimento do intelecto dele, era difícil saber o que iria fazer, decidiu passar na sala de Near primeiro. Três seguranças apareceram na porta que levava ao 87º andar (o andar de Near), com as pistolas em mãos e lançaram tiros contra Beyond que, habilmente, desviou de alguns e defendeu-se dos outros com a lateral de sua faca em incríveis e rápidos movimentos. Em segundos os três jaziam mortos, com a barriga rasgada por um corte único.

O olhar sádico de B se misturava agora com um sorriso maníaco, Ryuuk o acompanhava, rindo das mortes prematuras de todos aqueles seguranças. Mais uma coisa que o shinigmai não sabia sobre as capacidades de Beyond.

A porta do quarto jazia escancarada e barulhos de passos ecoaram no corredor, dentro da escada. Beyond virou-se de uma vez, a ponto de ver apenas um "relâmpago" branco sumindo dentro das escadas.

- Este rato é veloz, convenhamos... - ele disse, enquanto corria atrás de sua vítima.

Se estivesse no estado "maníaco-normal", o psicopata provavelmente teria insultado Near, para provocá-lo e amedrontá-lo, mas a excitação de seu plano e de ter visto todo aquele sangue sobre sua faca o fez esquecer completamente de qualquer outro pensamento desnecessário.

Finalmente chegaram à cobertura. O céu negro jazia sobre suas cabeças e a lua parecia mais perto do que nunca. Um helicóptero voava sobre a beirada do telhado e era para lá que o albino corria. Mas ele não iria fugir tão facilmente assim. Com um último sorriso, Beyond lambeu o sangue de sua faca, algo que lhe dava imenso prazer, olhou para o piloto do helicóptero, que, ao o ver, arregalou os olhos, aterrorizado. Near olhou para trás, para ver porque a expressão do piloto, sem parar de correr. Virou a tempo de ver Beyond arremessar sua faca e gritar uma simples palavra:

- Morra!

A faca passou pertíssimo de Near, arrancando um tufo de seus cabelos, em seguida atingindo o piloto perfeitamente no meio da testa. Com o piloto morto, o helicóptero foi aos poucos perdendo a altitude. Beyond apressou-se: correu, agarraou Near e pulou dentro do helicóptero em queda.

- NÓS VAMOS MORRER, SEU IDIOTA! - gritou, assustado, o garoto.

Como se não tivesse ouvido, Beyond tirou a faca da cabeça do homem morto, o que fez escorrer uma grande quantia de sangue no banco de couro do helicóptero. Em seguida, ele empurrou o corpo para fora, deixando-o cair.

- VOCÊ É DOIDO?! 

Mais uma vez ignorou-o. Apenas levantou a aeronave para uma altitude superior à do prédio. Do bolso de seus jeans escuros, puxou algo que parecia um joystick antigo, mas muito mais fatal: um detonador de bombas. 

- Eu também tenho meus planos. - e apertou o botão vermelho no topo do detonador. Em questão de segundos, chamas irromperam de todos os andares do prédio e as explosões começaram. Eles se distanciaram do local, com a lua brilhando, vermelha, de um lado deles, e, do outro, algo que uma vez foi um préido. - Todos vão pensar que foi uma pane no sistema de energia e que seus seguranças ficaram presos dentro do prédios e que você se safou pois notou a pane com certa antecedência.

Não fazia muito sentido, mas era melhor não contestar alguém que acabou de explodir um prédio, matando inúmeras pessoas. Near ousou olhar para ele uma vez e então percebeu: ali estava L. 

- V... Você não estava morto? - ele arriscou,

Só então Beyond lembrou-se que estava se passando por Lawliet.

- Na verdade não, e acho que você foi avisado disso.

A cabeça do garoto albino estava para explodir, nunca se sentira assim. Eram coisas demais num mesmo momento.

- Então... Por quê? - ele perguntou. - Você nunca matou ninguém... E... Seus olhos. Há algo muito errado com você.

- Certo, vamos por partes. - B suspira. - Você acha que nunca matei ninguém. Meus olhos? Lentes de contato, estão estilosos, você não acha? E você é muito corajoso ao confrontar alguém que acabou de explodir o lugar onde você morava.

- Você não pode ser o L... Não pode! Onde está Watari?! - indagou. - E onde vou morar?! E todas aquelas pessoas no prédio?!

Beyond deu uma risada suave.

- Watari? Ah! Infelizmente, a morte do Watari foi verdadeira, ao contrário do que disseram da minha. E não se preocupe, estou te levando para o seu novo lar agora. E quanto às pessoas... Aprenda, garoto, as pessoas nascem, vivem e morrem. A vida é algo passageiro, a morte sempre vem e é definitiva.

A sua não foi, ao que parece, pensou Near.

- Ainda assim, é cruel.

- Não disse que não era. Mas um pouco de crueldade sempre é bom.

Depois disso, eles ficaram em silêncio por um tempo. Quem quebrou a mudez foi justamente Beyond, para dar o golpe final.

- Estamos chegando, mas antes... Escute bem. - com o "volante" do helicóptero na mão esquerda e a faca na mão direita, posicionou a lâmina próxima ao pescoço do menino ao seu lado. - Eu estou vivo, mas, realmente, tentaram me matar. Você vai atrás dessas pessoas e você vai ser aquele que desmascará tudo e todos, você vai descobrir quem é Kira. 

O nome causou arrepios na espinha de Near, era demais para um garoto em menos de duas horas.

- Para isso, contará com a ajuda de algumas pessoas, inclusive Mikhail Kheel.

- Mello?! 

- Sim. E mantenha a boca calada, se te perguntarem, você soube da pane mas não teve tempo de avisar seus empregados, só foi possível correr para o helicóptero e voar para seu outro refúgio. - continuou Beyond. - Esse prédio está em seu nome, faça bom uso. E lembre-se: ninguém pode saber que L está vivo, absolutamente ninguém.

Near ficou parado, esperando ele pousar no telhado.

- O que tá esperando, garoto? Pula.

Nate o olhou, incrédulo.

- Como assim? Eu vou morrer, é muito alto.

- É só usar o para-quedas. - O "serial-killer" já começava a perder a paciência.

- Que para-quedas? 

Todos diziam que Nate River, ou Near, era um gênio, possível sucessor de L. Bom, Beyond não via nada dessa genialidade naquele momento.

- Esse helicóptero não tem para-quedas. - disse Nate.

Birthday virou a cabeça, lentamente, rangendo os dentes.

- Você tá de brincadeira comigo, não tá? - sem resposta, ele grita: - QUE TIPO DE HELICÓPTERO NÃO TEM PARA-QUEDAS? E SE ESSA DROGA DESSE UMA PANE? QUE TIPO DE "GÊNIO" É VOCÊ QUE TEM UM HELICÓPTERO SEM PARA-QUEDAS?!

Depois de uns cinco minutos de insultos ao intelecto de Near, Beyond decidiu aproximar-se do telhado e deixar ele pular direto ali. Jogou o molho de chaves para ele e, antes de sair voando, disse:

- Não espere mais cortesias assim. Na verdade, não espere mais me ver. Mas lembre-se do que eu te disse.

E saiu zarpando com a aeronave azul de Near.

- E meu helicóptero? - o pequeno albino gritou de longe, mas era tarde demais, ele já tinha partido.

Ryuuku voava ao lado de Beyond, que olhava, fixamente, para frente.

- Sabe, Ryuuku, hoje Nate River teve um verdadeiro banho de sangue. Mas, muitas vezes, para acordar para a realidade de que a vida é um bem miserável que pode ser tirado de tudo e de todos a qualquer momento, para perceber que cada respiração, cada batida do coração, cada vírgula que existe ou deixa de existir muda totalmente o seu destino... Para tornar-nos pessoas frias, mas sensatas e realistas, é necessário isso: um banho de sangue.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a falta da ação em si, mas é porque não temos muitos personagens importantes agora por aqui. E tenho que tomar cuidado com a cronologia de Death Note, e com a coerência dos fatos, xD
Gostaram do "humorzinho" no fim da história? -qq Eu tive a ideia do para-quedas do nada, aí decidi tirar, mas não resisti e coloquei. Pensei em botar o título do capítulo de "Helicópteros azuis e paraquedas", mas acho que ia tirar o foco da história. =3'
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OI, EU COMO SUSHI, COMENTE.
E, quem quiser ler minha outra fanfic "Death Note: Reborn", é outra que gosto MUITO de ter escrito e pretendo retomá-la em breve também, sinta-se à vontade. =D'



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