Amor e ódio entre Duas Sacadas escrita por Lorelei


Capítulo 8
Capítulo 8




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Lucie pov’s

Eu fui andando para casa o mais rápido possível. “Experimenta olhar pra calçada”, ele deve achar que eu vou à sacada de manhã só para vê-lo. Garoto abusado! Eu vou lá para, para, para me espreguiçar.

- Ei garotinha, nada mais devagar, fica difícil te alcançar assim.

Eu olhei para trás e o vi andando, ou melhor, correndo em minha direção.

- Você anda rápido hein?

- Não acho. Você é que é lerdo.

- Ta brava?

- Não. Eu deveria estar?

- Eu não sei. Não sei quais os motivos que te fazem ficar brava.

-Um cara que acredita que eu vou pra sacada só para vê-lo é um motivo que me deixaria brava. Acho que só não fico brava por que o cara é você.

- Entendo. Difícil brigar com um cara como eu Lucie?

- Realmente difícil. Acho que jamais ficaria brava com você, afinal é perca de tempo ficar brava com pessoas insignificantes, não é mesmo?

Eu me virei e entrei em casa enquanto ele ficava em frente ao portão com o queixa caído saindo em seguida.

Eu fui andando lentamente para o meu quarto com um sorriso vitorioso no rosto quando ouço uma voz estranha. Mas espere eu estou sozinha em casa, ou melhor, acho que estou.

Ricardo pov’s

“ Pessoas insignificantes” . Aquela garotinha, ela mais durona do que eu pensava.

Eu entrei no meu quarto nervoso. Não iria de jeito nenhum para sacada por mais que eu quisesse, mas algo me chamou atenção. Ela estava lá, e estava tentando... Pular?!

Eu cheguei bem perto e afastei um pouco a cortina. Realmente ela estava tentando pular.

- O que você esta fazendo sua maluca? Vai tentar suicídio?

- Ricardo tem alguém aqui na minha casa.

- Alguém como?

- Como um assaltante. Eu preciso sair daqui.

- Tem certeza que é um assaltante.

- Não sei. Deixa eu ver. Ele estava pegando dinheiro e as jóias da minha mãe e tinha um capuz na cabeça. Será que não é o papai Noel, ou o coelho da páscoa?

Ela disse irônica.

- Você não disse que já o tinha visto. E se ele te viu?

- É por isso que eu quero pular. Ele esta na cozinha agora. Ricardo o que eu faço?

- Espera que eu vou ai.

- Não!!!

Ela gritou alto tapando a mãe em seguida. Eu descia as escadas da minha casa correndo e fui a casa dela. Mas espere eu tenho que ir armado. Voltei e peguei meu bastão de beisebol.

Quando eu entrei na sala aquele filho da mãe estava amarrando a Lucie. Ela estava com os olhos cheios da água pronta para chorar e com uma mordaça na boca para não gritar.

- Acho que é melhor você largar isso garoto.

Ele apontou um revolver para mim e eu congelei.

- Acho que é melhor você larga-la.

Eu olhei para Lucie tentando passar confiança, mas ela olhava furiosa para mim. Acho que é melhor cooperar.

- Olha garoto eu posso estourar os seus miolos então cala a boca e senta quietinho ao lado da moça.

Ela estava toda amarrada no sofá e eu sentei ao lado dela para ele me amarrar. Uns vinte minutos de muita aflição e aquele filho da mãe saiu levando todo o dinheiro. Quando ele virou as costas a Lucie relaxou as mãos e a corda caiu. Rapidamente ela desamarrou o resto do corpo e saiu correndo com o meu bastão enquanto eu estava lá estático e completamente preso.


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