A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis
8 – Ok, eu s0u uma Bi-Dot.
-... não aí... espera. Aqui bem aqui. Huh! Eu disse que ia entrar certinho, não disse?
- Yeah, você disse. – ele concordou.
- Fica melhor aqui... – disse sem muita paciência. – aposto que vai melhorar bastante...
- Está bom assim, Benny... – ele gemeu.
- Poxa, não vamos nem tentar? – fiz tromba.
- Ok, vai nessa. – ele disse não muito animado.
- Estou quase... – eu disse arfando. – Quase lá...
- Perfeito! – ele disse animado, tomado pelo êxito.
- Espera... – reclamei – pode melhorar.
- Benny. Está perfeito. – ele protestou.
- Joe. Eu tenho mais experiência, ok? – estreitei os olhos para ele e bufei – Está quase lá... Realmente eu sei que podemos melhorar isso.
- Chega, Claire. – ele disse um tanto preocupado com minha insistência.
- Ora, eu não disse que sabia o que estava fazendo? – grunhi.
- Sim, mas acho melhor parar com o ataque psicótico e me ouvir... – ele riu – não quero que minha linda e novíssima companheira de quarto, acabe torrada.
- Não vou acabar torrada. – insisti gargalhando.
- Sério, o que eu faço com você, Benny? – ele riu mais um pouco e berrou – AQUI! PERFEITO! Não mude nada! Saia daí que a recepção está perfeita.
- Vou precisar de uma ajudinha... er... – reclamei, com os pés envoltos por fios, quase arrancando todos os fios que com tanto sofrimento eu colocava por detrás da enorme televisão.
- Segure aqui... – ele me pegou entre seus braços e me puxou para fora do emaranhado de fios.
- Obrigada por isso... – olhei-o de perto, e não me desvencilhei.
- Quando quiser. – ele piscou para mim, e não parecia estar com vontade de me soltar, tanto quanto eu não queria me afastar daqueles braços gelados e fortões.
Era tão estranho... quando eu olhava pro rosto dele... eu sentia como se o conhecesse á tanto tempo... como se fôssemos velhos amigos... ou até mais do que isso. Algo fluía em nosso meio, nos tornando pouco a pouco, um tanto mais íntimos. Benny & Joe – Profetisa e Iceberg. Juntos. Entreenrolados um no outro, olhando um para a face do outro e sorrindo com estupidez.
- Vou soltar você agora. – ele sorriu mais, e vi suas covinhas se aprofundando em suas bochechas.
- Não precisava nem se incomodar. – resmunguei baixo, e ele não ouviu.
- Este armário é todo seu... – ele apontou para um móvel gigantesco, provavelmente três ou quatro vezes maior do que o meu antigo e casual armário.
- Ai papai... – resmunguei abrindo a porta verde oliva do armário.
- Acho que vai servir... – ele apontou para minhas malas e tirou sarro.
- É o mínimo que pode acontecer... – bufei e comecei abrir a maior mala.
Retirei todas minhas coisas da mala, enquanto conversava normalmente com Joe. O papo sobre a escola, amigos, namorados e tudo mais rolava entre nós, com a maior naturalidade possível.
Logo acabei de colocar as ultimas malas vazias no espaço vão do armário e respirando fundo, me joguei sobre a cama que supostamente seria minha.
Joe riu de meu cansaço e uma batida forte na parede tirou nossa atenção.
- Ah DROGA! – Joe gritou, enquanto passos raivosos se aproximavam da porta de nosso quarto e a porta se abria num rompante assustador.
- JOSEPH TOMPSON! – uma garota de cabelos negros e olhos igualmente profundos adentrou o recinto com a expressão nada amigável.
- Melanie... – ele gaguejou, e seus olhos se esbugalharam – Mel, não fui eu! Eu juro! – ele levantou as mãos. Mas era tarde demais. A garota estava tomada por uma energia forte e torrente. Bombas de energia de diversas cores quentes se aderiram á órbita pessoal da jovem morena, que estava mais nervosa á cada minuto – Eu juro! Foi o Andrew!
- Eu conheço sua marca, seu grande carrapato! – ela com um movimento de sobrancelha, laçou uma das bolas – cheias de fagulhas – em direção de Joe, que acertou seu peito – belíssimo e – descamisado.
- AAAH! – ele berrou e caiu de costas na cama.
E eu estava lá. Olhando embasbacada, uma Dot atacar meu colega de quarto. Quando ela olhou para ele mais uma vez – se retorcendo de dor na cama – sorriu e me olhou contente.
- Então você é a Claire que o Joe tanto falava. – ela ergueu a sobrancelha direita e perfeitamente bem feita;
- Er... Eu sou a Claire... mas não sei da parte em que o Joe tanto falava... – engoli seco.
- Melanie... por favor. – Joe gemeu, semicerrando os olhos, já recuperado do ataque.
- Bem, o Joe estava completamente alucinado por você. Só com sua foto, Bi-Dot. – ela respondeu sentando-se em minha cama.
- Huh. – disse não muito criativa.
- Melanie, já chega. – grunhiu ele, olhando para a parede.
- É sério, profetisa. Ele andou com seu retrato por todo canto. Realmente ele quer casar com você... – e eu a interrompi.
- É um prazer conhecê-la também. – disse engolindo seco.
- Yeah, eu sou Melanie Teene – ela me ofereceu a mão e um sorriso gentil.
- E ao que parece você solta bombas eletroestáticas. – mordi o lábio um tanto receosa.
- Yeah, por isso me chamam de Frenética. – disse ela, orgulhosa.
- Melanie, que tal ajudar Denny com o jipe? – sugeriu Joe, limpando a garganta.
- Não não... – ela deu de ombros – Estou bem, aqui.
- Huh, você usou poderes fora das salas de aula, Melanie. – disse.
- Por favoooooor... – ela se jogou de costas na cama fazendo drama – Me chame de Mel. – ela riu – E você não deve obedecer as regras como estão escritas... Lembre-se... Entrelinhas.
- Isso é uma droga. – reclamei – não sei nada sobre ‘entrelinhas’.
- É fácil... apenas: obedeça as regras em frente á quem é seu superior e ponto. – ela piscou para mim e sacudiu seus longos cabelos negros. – Bem Claire, nos vemos no jantar então. – ela disse e deu um peteleco em meu nariz. – Até mais.
E assim saiu tão rápido quanto entrou.
- Desculpe por isso. – Joe gemeu, fazendo escultura com seu lindo cabelo angelical.
- Bem, acho que tenho que perguntar se você está bem... – franzi o cenho e mordi o lábio.
- Ah... ela faz isso toda hora. – ele revirou os olhos. – Então... Vamos jantar? – sugeriu.
- Claro. – levantei – Mas Acho que vai ter de colocar uma camisa agora...
- Ah... isso... – ele caminhou até seu armário e colocou uma camisa azul e calçou um tênis qualquer. – Quando se tem afinidade com o gelo é meio complicado viver na Califórnia.
- Yeah, não falamos sobre isso. – me levantei.
- Tenho total certeza que minha habilidade com o gelo é muito inferior á uma garota que lida com dois dons ao mesmo tempo. – ele sorriu torto
- Não é tão divertido quanto parece... – cocei a testa.
- Divertido? – ele riu sarcástico – Você é um milagre!
- E ser um milagre é bom?
- Sempre.
- Quer saber? – disse seguindo para a porta.
- O que?
- Sou bem ao contrário de um milagre. – minha voz soou pecadora e maliciosa – Sou uma tentação. O caminho da perdição – gargalhei e desapareci pelo corredor escuro.
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