A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 36
35




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35 – Volto para o universo paralelo.

Éphira botou a culpa de minha ação “desprovida de educação” em meu pai. Eu só disse: - Eu sei que estava louca para se juntar á nós, mama-África!

Mesmo depois de minha resposta não muito á-carácter-para-uma-deusa-barra-sua-mãe ela quis esquartejar Apollo.

Depois que o jantar acabou completamente, eu falei a Sharon: - Agora, estamos no mesmo páreo: você pode tentar me destruir. E... até me jogar sanguessugas! A guerra tem que melhorar!

Ela assentiu com um sorriso inimigo. – Mal posso esperar por isso, lunática!

Quando você treina com uma espada, grande parte do dia é mais do que previsível que deseje uma cama macia e durma bem com um cubo de gelo pra te refrescar nas noites quentes de verão em Los Angeles. Mas eu só pude ficar com uma cama de dosel, olhando para escritas em grego que narravam minha vida de um jeito não muito animador.

Tentei fechar os olhos. Mas as coisas não aconteceram como eu desejava.

Eu tive sonhos... Bem companheiro, sonhos são coisas que você evidentemente entra e não quer por nenhum dinheiro no mundo, acordar. Nem por um milhão de sapatos Jimmy Choo’s...

Mas nessa noite o sonho começou em: Minha preciosa pessoa, corria contra a escuridão que se intensificava a todos os lados. E eu arfava alto. Podia escutar o coração bombeando contra meus ouvidos. Respirei tentando manter minha respiração controlada. Logo três figuras formadas de névoa branca me cercaram: Joe, Laster... e Tyler!

- Escolha á mim, Gallatea! Sabe que sou o único que a ama de verdade! – disseram os três juntos e tapei meus ouvidos. As três figuras voltaram a ser névoa branca e desapareceram completamente.

Sons de tiro, espadas tintilando, gritos e medo estavam á minha volta. Mas tudo estava escuro.

- Gallatea: salve-os! – era tudo o que eu conseguia ouvir martelando na minha cabeça.

- Mas eu não posso! – respondi, quando um tiro seco atingiu meu pescoço.

De repente, nada era mais escuridão. Eu estava afundando. Dentro do oceano. Sempre tive medo de mergulhar...  sempre fui péssima com água. E agora não seria diferente...

O ar acabava e a agonia me cercava. – Eles estão contando com você, Gallatea. Não nos decepcione...

Tentei gritar por ajuda, mas era completamente inútil. Meu peito se enchia de água e o desespero só aumentava. Éphira... Apollo... eles passavam em minha cabeça; mas nenhum deles podia me salvar.

Eu estava morta.

Sentei-me na cama, com a testa encharcada, e a cama bagunçada. Olhei para a janela e o sol cintilava. “A luz do sol, baterá em sua casa antes de qualquer outra.” Lembrei da frase que meu pai disse aos meus pais humanos quando me deixou com eles – por segurança. Hmpff.

- Gallatea. – uma voz que eu não conhecia me acordou. – Eu sou Avalonie. Uma das brumas da fênix.

Não entendi muito bem. Eu estava suada, assustada e despenteada em minha cama e alguém se apresenta pra mim? Tipo... ?

- Oi Avalonie. – disse como naqueles programas de alcoólicos anônimos que não são anônimos.

- Sua mãe pediu para ir tomar café. – e saiu, com seus cabelos presos e aparentemente parecidos com vassourinhas.

Levantei-me e me preparei para o café.

Fui para a sala de jantar – não me perguntei como... uni-duni-tê, as vezes funciona...

- Não parece ter dormido bem, paçoquinha. – meu pai estreitou os olhos enquanto brincava com uma bolinha reluzente.

- Yeep, tive uns sonhos estranhos.

- Sonhos? – retorquiu minha mãe, colocando café em uma xícara enquanto me sentava.

- Sim... aquelas coisas que pessoas normais tem quando dormem... Sabe como é.

- Eu sei o que são sonhos. Mas, que tipo de sonho?

- Terror (?)

- Pode me contar?

- Sinto muito, não quero falar disso agora...

Ela assentiu e serviu mais uma torrada pra mim, que devorei assim que ela caiu em meu prato.

- Acho que não vai poder ver Futurum e Storm hoje, como prometi. – disse Éphira sem entusiasmo – Tenho que mandar alguns dons para alguns garotos hoje. Sinto muito, filha.

Dei de ombros. Eu queria mesmo ver minhas velhas e endoidecidas amigas mentais, mas eu não poderia discutir com uma deusa. Nada seguro. Nada agradável.

- Hey paçoquinha! – meu pai chamou – Fique com esse raio de sol!

Ele jogou a bolinha luminosa pra mim e sorriu.

- É um dos meus preferidos. Fazem alguns encantamentos, mas é melhor do que uma bolinha do Teletubbies pra passar o tempo. – ele piscou pra mim. Yeep, yeep, eu tinha uma bolinha dos Teletubbies pra passar o tempo nas detenções da minha antiga escola de humanos... fazia anos que eu não achava uma daquelas... mas essa poderia ser considerável...

- Obrigada pai.

Éphira e Apollo, quase se derretiam quando eu os chamava de pai e mãe. Uma coisa que não estava sendo muuuuuito difícil pra mim. Era melhor não ligar muito pra minha realidade, ou coisas piores como... melodramaturgismo poderia me contagiar... EEEEW!

- Achamos que talvez deva descer hoje.

- Descer? Ir para a escola lá em baixo?

Agora o tempo que eu tinha passado aqui, tinha mudado minha concepção de realidade. Agora isso era a realidade... e lá em baixo, só uma introdução de vida.

- CHAGANDO HAICAI! –gritou meu pai se levantando artisticamente.

Desça de nossa torre

Da torre lá do alto

Onde o arroz cheira a berinjelas

Onde o lindo e perfeito Apollo joga seus raios de sol

Onde Éphirinha o renega sem parar

E agora

Minha paçoquinha, sossega a sonhar

Com os moribundos amaldiçoados lá em baixo

Tchau paçoquinha

Nos veremos mais tarde.

Éphira e eu olhamos apáticas para Apollo.

- Suas rimas estão piorando, querido. – advertiu minha mãe, séria.

- Estão piores do que um blueberry ladrão tentando roubar meu dedo mindinho. – concluí.


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