A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis
33 – Mãos ao alto: Claire armada!
- Empunhe a espada direito! – mandou minha mãe, enraivada enquanto me ensinava à lutar. Mas eu sei lutar! Tirei dez em esgrima no mês passado. Por que eu precisava de mais aulas, carambolas berrantes?
- Mas eu estou segurando direito!
Com um golpe de uma de suas facas, minha espada voou de minha mão.
- Não estava; - sorriu e limpou a testa.
- Mas eu tirei dez em esgrima!
- Mas você não estava lutando com um olimpiano. E você tem sangue olimpiano, não pode lutar como um Dot comum. – resmungou Apollo lustrando seu arco.
- Então, como eu seguro a espada? – perguntei mau humorada.
- Segure firme e mantenha a postura. – indicou minha mãe me mostrando como.
Minha mãe era um diabrete australiano com duas facas na mão. Ela se defendia e atacava – tudo ao mesmo tempo. As laminas afiadas riscavam minha pele, e sangravam. Mas logo Apollo – o deus da medicina – tratava dos meus machucados com pó para ferimentos.
Logo eu estava lutando com Éphira novamente... Meus olhos idênticos aos dela, estavam cruzados, ligados e atentos para qualquer reação que ela começaria. Atacou primeiro, com uma faca defendendo seu peito, e com a outra empunhada para meu ombro. Esquivei-me do golpe com facilidade, mas não pude escapar do segundo – ela era rápida demais – tive acabar com sua alegria com a ponta de Otróplia – minha espada – deu um riso e me atacou com as duas, velocidade era seu ponto forte. Resolvi acabar com sua felicidade. Defendi, golpeando seu punho e ela largou a faca direita. Foi triste saber que ela era destra. Fiz um gesto cortante com a espada e ela feriu o antebraço da deusa. Deixou sua faca cair, e logo icor dourado – o sangue dos deuses – escorreu pelo seu braço, e ficou com uma expressão animada. Ah, ela não é uma boa atriz... deveria aprender com Apollo talvez...
- Ambrosia, ó deus Sol. – ela resmungou apertando seu braço.
Meu rosto estava suado e eu mal cria que tinha ferido um deus. E muito menos... minha mãe.
- Eu... eu... eu não...
- Você me impressionou, filha. Talvez só estivesse segurando a espada... de forma errada. – ela sorriu enquanto seu amado marido citava:
Nenhum corte feito pela paçoquinha
Pode ferir minha paixão
Pela doce, Éphirinha.
Não chore minha lindinha
Pois suas poucas lagriminhas
São pequenas lastiminhas
Como mirtilos roncadores
E minha rima é de pura paixãozinha,
Ó linda Éphirinha.
- Eu acho que... deveria tentar de novo. Não sei de onde surgiu isso. – Estalei os olhos e olhei para meu pai colocando néctar dos deuses, na fissura causada por moi.
- Está tudo bem, paçoquinha. Você é uma lutadora nata. Não tem do que se desculpar e surpreender.
- Agora, tentaremos algo mais difícil. – propôs minha mãe com rosto diabólico. Como ela poderia armar algo contra alguém que é sangue do seu sangue? Hãanr. Nada agradável, companheiro.
- O que seria isso? – estreitei os olhos em desconfiança. – Lembre-se: eu ainda sou mortal.
- Claro, paçoquinha, é só vestir isso. – Apollo me alcançou uma venda.
- Vocês querem que eu fique sem ver? Querem me fatiar? São canibais? AAAAH!
Éphira revirou os olhos. – Você tem que confiar em todos seus sentidos. E a visão, não é a mais clara delas. Escute... sinta, pressinta, esteja com os sentidos de em com você. Assim como fez com Storm e Futurum.
Ela tocou na ferida. Não fazia a menor idéia, da confusão e da falta de que aquelas duas, me faziam.
- Eu sinto falta delas. – falei sem pensar. Algo muito freqüente com a minha preciosa pessoa...
- Quer vê-las? – pediu a deusa, com êxtase.
- Eu posso?
- É claro. Todos os dons quando são absorvidos, voltam para casa.
Apollo olhou para fora de uma janela e sorriu.
- Hora de trabalhar, minhas idolatradas deusas. – sorriu e beijou minha testa. – Seu papai vai te dar um raio de sol enooooorme, tá legal?
Gargalhei alto. Bem, é claro. Meu papai é dono do sol. Mas não signifique que a Dot da tempestade – no caso a adorável garota Bennett... – vá adorar ter um raio de sol de estimação.
- Hã... obrigada(?) – sorri para ele, hesitante. Ele foi para a janela e minha mãe advertiu: - Feche os olhos.
Eu já disse que segurança é sexy? Yeep, creia nisso. Fechei os olhos, e um brilho enoooorme tocou eles, logo se foi.
- No que exatamente... ele trabalha?
- O sol as vezes... desobedece. – minha mãe riu. – Algumas vezes não é uma coisa muito agradável... seu pai volta para casa, parcialmente torrado.
- O sol... desobedece? WTH?
Ela me explicou tudo sobre o sol, e o gado do sol de Apollo, depois disse que eu precisava praticar mais.
Usei a venda, e me senti idiota – o que nunca acontecia em geral. Mas meus sentidos eram mais fortes do que eu previa. Consegui ouvir minha mãe se aproximando e ergui minha espada e defendia minha retaguarda, que uma faca quase se cravou.
Hahahu! Eu sou a Dot mais talentosa do mundo. Enquanto eu fazia a dança da vitória, minha mãe atacou sem nenhum problema. Meu ombro se feriu – muito. AAAAAAAAAAAAAAH, odeio machucar meu ombro.
A raiva percorreu meu corpo, e eu sabia exatamente o que eu tinha de fazer. Segurei a minha Otróplia, e ataquei, me defendi de seus ataques, e ataquei suas pernas e derrubando.
- Tire a venda. – ela gemeu – Você venceu.
E quando eu não venço companheiro?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!