Hoje o dia estava meio corrido. Primeiro, eu faria compras com Alice, segundo, as provas finais do semestre estavam chegando, e eu precisava estudar, terceiro a apresentação de dança estava chegando e os treinos com a coreografa Roberta estavam sendo puxados, e quarto, eu tinha duas melhores amigas pra cuidar, um namorado pra dar atenção, e uma família pra me gabar.

Ultimamente eu tenho feito muitas metas pra mim, porem não consigo concretizar nenhuma.

O ultimo ano esta chegando e eu ainda não decidi que faculdade cursar.

Nossos caminhos talvez se separem, e acho que não estou prepara com isso.

Hoje, mais do que nunca, estou com medo do futuro.

Medo do caminho que minhas escolhas me levaram.

Hoje, mais do nunca, estou me arrependendo de não ter dado tanto valor a minha família.

Tenho me arrependido de ter feito escolhas erradas, de ter tomado atitudes erradas, e me comportado de maneira inapropriada.

Talvez tudo seja artimanhas da vida, ou do destino, mas acho que se eu tivesse pensado antes de tomar cada atitude que tomei, minha vida, e suas recompensas e conseqüências talvez fossem melhores, ou mais favoráveis.

Hoje, mais do que nunca tenho me importado com os sentimentos dos outros, e com o que eles pensam em meu respeito.

Talvez por eu amar, e ser amada.

E por isso, hoje mais do que nunca eu pensei antes de agir.

Não vou fazer planos, não vou criar metas.

Eu vou viver intensamente, vou crescer, vou mudar.

E quando chegar o momento de agir, eu vou poder, saber pensar, e entender cada pensamento meu.

A vida é um grande tabuleiro de xadrez.

Uma jogada, um passo errado, e você perde, cheque-mate.

E eu não quero um cheque-mate em minha vida, não agora que as coisas estão sendo tão perfeitas pra mim.

Levantei da cama num pulo e corri pro meu banheiro. Se bem conhecia Alice, qualquer atraso de 30 segundos, seria motivo de minha morte.

O dia hoje estava frio. Ok, vamos mudar isso, o dia hoje estava mais frio do que o comum.

Por isso optei por uma blusa de frio e uma calça de moletom amarela.

http://www.polyvore.com/bella/set?id=25703013

Com certeza Alice me mataria, mas tudo bem, tinha que me despedir de minhas roupas, já que hoje a noite, meu closet teria uma nova aparência. Graças a deus foi a frase de meu pai quando eu disse que precisava do cartão de credito dele.

Acho que as preces dele estão se concretizando.

Como faríamos compras, eu não poderia ir de moto, então quando já tinha terminado de me arrumar, de tomar café e fazer minhas obrigações matinais, desci pra garagem, com as chaves do carro nas mãos. Preciso dizer que meu primo biba ta indo comigo? Não né?

Entramos no carro e saímos de casa, para um dia que prometia ser tremendamente irritante e esgotante.

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—Pelo amor de Deus, coloca uma musica nesse carro. Este silencio esta me agonizando.— Disse a biba mexendo nos mês portas CDs.

—Não sendo nada gay você pode colocar o que quiser.

—OMG! Quem é esse gostoso?— ele perguntou olhando capa do cd do Eminnem. Revirei os olhos enquanto ele colocava o cd pra tocar.

http://www.youtube.com/watch?v=j5-yKhDd64s

—Ai Bella, ele é gatinho mas canta musica de pobre. Aquele negocio assim. E a maconha ta rolando, a fumaça ta subindo nanana.

Olhei pra ele e dei um tapa em sua cabeça, enquanto desligava o aparelho de som.

—Musica de pobre? Você ta dizendo que Eminnem, o cara mais foda, o cantor mais foda de rap é pobre?

—ISSOOOO yeah. Rap. Isso não é legal. É uma musica feia.

—feia vai ficar sua cara se você não ficar quieto.

—Grossa.— ele disse cruzando os braços e olhando pela janela.

.-.

—BELLAAAAAAAA!!!— Alice gritou assim que me viu chegando próximo a mesa onde ela e Rosalie estavam no Mcdonalds.— E Rick. Oh, falar Rick me lembra do Brandon Fraser em A Múmia. Tão lindo.

—Oi Alice, Oi Rosálie.Ok, vamos logo antes que eu me arrependa.

—Nunquinha Bellinha. Nós vamos fazer o seu Eddie babar. Literalmente.

Sabe naqueles filmes, onde as garotas vão ao shopping e se divertem e ficam super felizes no final? Pois é, ISSO NÃO SE REFERE A MIM.

Eu simplesmente dei graças a deus, quando cheguei em casa.

Quer dizer, quando chegamos. Eu, Alice, Rosalie, e os 8 homens que trouxeram as varias caixas e sacolas, com tudo o que compramos.

Rick tinha ficado no shopping com um bofe escândalo amigo. Palavras dele.

Acho que só hoje, eu usufrui do cartão, tudo o que eu não fiz por toda a minha vida.

Coitado de Charlie.

Os homens deixaram as coisas em cima da minha cama.

Eu os levei ate a porta de casa, e quando voltei ao meu quarto, as roupas de meu closet estavam sendo jogadas dentro de varias sacolas pretas de lixo.

—O que vocês vão fazer com elas?— Perguntei.

—O que você acha?

Então, agora aqui estávamos nós, no quintal da minha casa, onde as minhas roupas estavam amontoadas no chão, enquanto Alice segurava a minha mão e a de Rosalie.

—Meninas, isso aqui é um ritual muito serio. Quero que fechem seus olhos, e apenas sintam o cheiro da liberdade da Bella. Porque neste momento ela esta livre. LIVRE DA BREGUICE AMEM.

Então Alice tacou fogo nas minhas roupas. Aquela fumaça cinzenta começou a subir, enquanto tossíamos nos afastando.

—Sinta o cheiro da liberdade?— Perguntou Rosalie a fuzilando com os olhos.

—Ficou tão fofo isso na minha cabeça.

—Ah pelo amor de Deus. Me matar intoxicada não é fofo.— Eu disse enquanto entravamos em casa pra pegarmos água.

—Você é  tão dramática Bella. Esse namoro ta te fazendo mal.

Eu ri enquanto me lembrava de Edward. já estava com saudades dele.

As meninas  não demoraram a ir embora. Mas antes, colocaram direitinho minha roupa de amanhã em cima da cama.

A roupa que eu iria para Seatlle, onde aconteceria a competição de dança.

Se eu estava nervosa? Nem um pouco.

Depois de livre das  estilistas, torturadas, e nada legais da moda, que eu amava mais que tudo, ok, não tudo, eu finalmente pude tomar um banho, colocar uma camisola, sim camisola, não posso mais usar pijamas.

Ela era vermelha, de seda , e super fresquinha, pelo menos isso. mas ainda estava frio aqui,por isso eu me enfiei debaixo das cobertas.

Decidi estudar pra minha prova de historia que seria dali três dias.

Mas quando eu estava lendo o capitulo, onde dizia que Napoleão perdia a guerra, e que o fato de dizerem que ele morrera de quatro, na verdade significava humilhado, e não na posição constrangedora, meu celular tocou.

Eu reconheci o toque, sendo o próprio quem havia escolhido e corri para pega-lo de dentro da bolsa.

http://www.youtube.com/watch?v=rHkXh2gQv9g&feature=related

acho que aquela era a única musica decente no meu celular. O que? Agente muda mas não faz  milagres.

Quando Edward escolhera a musica ele disse que dizia tudo sobre nós. Já que era uma musica falava de uma única esperança, e eu e ele contávamos com a esperança, acima do amor para continuar juntos, sendo  tão diferentes como éramos.

Eu disse que tínhamos o amor em comum, mas ele era tão cabeça dura.

—Oie!— Eu disse assim que atendi, sem dar oportunidade dele falar primeiro.

—Oi Amor. Te acordei?

—Nem dormindo eu estava.

—Que bom. Como foi seu dia com as garotas?

—Torturante conta como resposta?

—Sim.— Ele riu no telefone. E eu queria poder estar ao seu lado, vendo a beleza que era seu sorriso.

—Estou com saudades.— Eu disse me deitando na minha cama.

—Eu também amor. Queria te ver agora, mas não dá. Então, me contento em ouvir sua voz.

Ficamos conversando não sei por quanto mais tempo no telefone, ate que resolvemos desligar.

—Eu te amo.

—Eu te amo. Sonhe comigo.— Ele disse baixinho.

—Todos os dias. E você tambem.

—Desde antes de conhecer você, eu já sonhava com você.

Rimos e desligamos.

E depois de ouvir a voz dele, e me dar conta que eu era a porra de uma sortuda por ter aquele homem perfeito ao meu lado, eu dormi feliz, com sonhos povoados com ele, e seu  sorriso perfeito.