Ela sabia, sabia que era ele. Só poderia ser. Os olhas ainda destinados ao envelope roxo em suas mãos. Uma euforia lhe subiu ao coração, tinha medo ate de sofrer um enfarte naquele momento.

Com delicadeza de uma pluma, a garota abriu o envelope, dentro duas folhas estavam endereçadas a “Milah”, um leve perfume era exalado pelo envelope, aquilo lhe fez suspirar...

“Oh Kory, será você mesmo?”

*       *          *

Nivleck não estava mais suportando ficar naquele lugar, aquele ambiente não lhe estava fazendo bem. Não estava se divertindo como imaginou poder estar, embora o DJ da noite fosse seu preferido, nem Kleber Barry lhe fazia sorrir.

Desde que chegará havia sentado em ema das mesas e ali ficado. Pessoas passam por ele, muitos conhecidos, e o garoto não se importava com nada, deveras pareceu negligente aos próprios colegas.

A vida dele parecia não ser nada sem ela... Que grande obsessão havia adquirido perante Yume. Nem ao menos se divertir o garoto conseguiu. Para ele, era mais divertido encontra - lá na rua, do que estar em uma balada sem a mesma.

“Yume, o que você faz comigo, por que me sinto assim longe de você”

“Será que finalmente descobri o sentido da palavra amor? Será que é isso que sinto por você? Queria ter coragem para lhe dizer todas estas coisas”

Ele se levantou e foi embora, estava frustrado com a vida, em uma depressão sem fronteiras.

*                     *                        *

Ele não conseguira dormir bem noite passada, e sentia q esta não seria diferente...

O vento entrava pela janela do quarto, um vele perfume de flores trazido pelo vento diretamente do belo jardim da casa. A respiração ficava mais difícil a cada instante, aquilo era horrível, aquele sentimento... Tanta dor, o coração era onde a dor se encontrava, e era insuportável!

Alem de todos esses sentimentos, ainda existia o medo do reencontro na manhã seguinte... O que esperar o que fazer? Até aquela tarde, estava de certa forma, bem. Mas agora o tudo pareci se expandir de uma forma a qual ele não suportaria. Aquilo era muito forte, não era decepção, era uma coisa inexplicável, algo horrendo...

Virou-se para o lado, o que podias fazer? Tudo estava certo, embora triste, era a realidade, e ela explodirá bem a frente de Tristan. Uma realidade a qual ele haveria de superar, nada poderia ser feito.

Em um suspiro forte, o garoto levantou-se da cama, passava-se das 2h da manhã, e nada de sono... Ele desceu até a copa da casa e lá tomou um copo com água, sua mãe já havia se deitado há horas, e seu pai também. Ele andou pela casa, sem rumo. Até que resolveu sair para o jardim.

O vento soprava suavemente, era uma noite maravilhosa, o céu estava límpido, e havia centenas de estrelas brilhando intensamente. Ele procurou sua amiga, a estrela que sempre estava longe de todas as outras, mas sempre próxima a lua. Que sorte ela tinha, embora longe de todos, sempre estava junto à coisa mais bela que Tristan já vira na Vida: a Lua.

Como ela era linda, seu brilho, cor, forma, sombras, tudo... Ele conseguia hipnotizar Tristan durante horas.

O garoto ficou sentado na calçada da casa, não estava, esta noite, a fim de ser hipnotizado pela Lua, queria ficar sozinho, só...

Tristan não dormiu aquela noite, nem por um segundo. Passou à noite inteira sentado na calçada, até a alvorada, quando se pôs a trajar o uniforme escolar, não estava pronto para o que poderia vir a seguir, talvez o dia fosse tenso, talvez ele não conseguisse ficar no mesmo ambiente que ela, ou ela no dele, tudo era imprevisível, mas algo pulsava dentro do garoto, a tristeza diminuirá um pouco, e dera lugar a um sentimento que Tristan desconhecia, e, o qual, não deu muita importância.

*            *             *

Demitri sentia o poder da exaustão sobre seu corpo, passava-se das 6 horas, estava um tanto atrasado, mas não consegui sair da cama, nunca ficará ate tão tarde acordado, e não conseguirá dormir bem.  Seu pai roncava como um animal, nem o despertador conseguirá acordá-lo, e não seria Demitri que fará isso. Aprenderá desde cedo o significado da palavra “responsabilidade” com seu avô, e havia comprido a sua, com muito esforço, ele se levantou da cama, seu pai teria de ver outra casa para alugarem, a dona havia pedido a casa de volta, e ele queria ir ver as casas disponíveis no bairro, o mais cedo possível.

Ele fez sua higienização, e foi para a copa, onde sua mãe já havia feito o café da manhã. Ela parecia exausta, e não era para menos. Dormirá em um fino colchão no chão, se recusava a deitar com o marido, e tão pouco á ocupar a cama do filho, por mais que o mesmo insistisse. Quantas vezes não dormirá sentada diante a mesa, isso partia o coração do filho, mas o que ele poderia fazer?

Ele beijou-lhe o rosto desejou-lhe um bom dia. Ela sorriu, aquele sorriso valia o dia de Demitri.  A verdade era simples: Débora era realmente linda, isso ninguém poderia negar, mas quem vos dera a historia dela fosse tão bela quanto a mesma. Ela recusará um homem que realmente a amava, e o qual seus pais aceitavam o casamento, para fugir com o homem que agora é o pai dos seus filhos. Na época ela pensará ser amor, mas, após ter ficado grávida e o homem ter obrigado-a a abortar a criança, alegando que ambos não eram capazes de criar uma criança, embora Débora sempre soubesse que o motivo pelo qual ele fez o que fez, foi ter descoberto que a criança era uma menina. Um ano depois disso ela engravidou mais uma vez, desta vez era um menino, ela sentia... Então, nasceu Demitri. Ele foi um bebê lindo, e, enquanto era uma criança, a suposta paz reinava entre Débora e seu marido.

Diversas veze ela mandou o marido da vida dela, mas o mesmo nunca o fazia, dizia fazer parte da vida dela, e ela o da dele, estavam ligados pelo casamento, e ele não aceitava o divórcio. Alem disso, Débora mantinha o medo de que seus filhos ficassem com raiva se ela fugisse do pai deles, embora Demitri sempre ter dito que apoiava-a em todas as decisões que ela tomasse.