Eu Te Amo mesmo assim... escrita por Siam Victor


Capítulo 10
Eu... Eu vou!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem mas estou com pressa...



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A cada passo dado em direção a escola, o sentimento dentro de Tristan crescia, era algo inexplicável! Enquanto o garoto andava, estava a escutar Freeze de Jordin Sparks. A cada frase dita pela cantora, ele sentia algo pulsar em seu peito, estava começando a da importância para aquele sentimento desconhecido.

O garoto passou pelos portões azuis marinho da escola, sem ao menos prestar atenção, estava absorto em pensamentos, a musica que escutava havia dado lugar a outra, essa era de Jesse MacCartney, Right Back In The Water.

* * *

A garota acordou tarde, havia dormido de uma forma assustadoramente boa. Ela se levantou e foi fazer sua higienização matinal, depois de trocada desceu até a copa da casa. Sua mãe ainda não estava de pé, então ela mesma pegou um copo de leite e uma maça. Tomou o leite e foi embora comendo a maça, estava um pouco tensa, uma euforia crescia dentro dela, uma energia enorme se formava, gritando e esperando ser consumida.

Ela chegou mais rápido na escola do que esperava, logo estava dentro da sala. Mas o garoto não estava lá, era normal ele chegar antes dela. Mas dessa vez, mesmo ela saindo um pouco atrasada de casa, ele ainda não havia chego.

Neste momento, diversos pensamentos invadiram sua mente, começou a temer que algo tivesse acontecido com o garoto. Ela deixou sua mochila na pequena mesa dentro da sala, e foi para o corredor, esperando o amigo.

* * *

Tristan passou pelos corredores da escola da mesma forma pela qual passou pelos portões, não estava em si, o sentimento apenas aumentava, era uma mistura de euforia, medo, tensão, carinho, amor... Algo inexplicável. Ele entrou na sala, sentou-se na cadeira, encostou a cabeça na mesa, e ficou. Havia se passado cerca de cinco minutos quando ele resolveu se levantar. O garoto segui para fora, onde, finalmente viu quem precisava ver, ela soltou um meio sorriso ao ver ele se aproximando, um sorriso que parecia dizer algo do tipo: " agora, como vai ser?"

* * *

Nivleck já estava acordado, sentia falta do tempo de escola, do tempo em que tinha de acordar cedo, e muita vez reclamara disso. Quem diria que hoje sentiria falta de tais coisas.

Danny já havia partido para a aula, e seus pais já deviam estar chegando em seus respectivos trabalhos. Estava só, e a solidão era terrível, extremamente terrível. Ele não conseguiria dormir novamente, isto era um fato a única coisa que poderia fazer era assistir televisão, aqueles ridículos programas de culinária.

"Pelo menos vou aprender a cozinhar, ouvi dizer que Yume queima até água. Vai ser útil quando nos estivermos juntos."

O garoto sentou-se no sofá e ligou o aparelho de televisão, a apresentadora ensinara a fazer fundie de chocolate, aquilo realmente seria útil?

* * *

A garota respirou mais aliviada ao ver seu amigo entrando na sala, ela sabia que não seria meio tenso vê-lo de novo, mas era o que ela queria fazer, muito mais que isso, ela sentia que era o que devia fazer.

O alivio foi passageiro, dando lugar a um sentimento de euforia. O coração dela batia mais rápido a cada passo que ele dava em sua direção. Ela tentava ler as expressões do garoto, mas elas nada diziam. Era como seu ele não estivesse ali, como se estivesse tão absorto nos próprios pensamentos, que estar indo na direção da garota, não importasse de forma alguma em sua vida.

* * *

O coração de Tristan estava prestes a explodir, era como se uma fera rugisse dentro do peito do garoto a cada centímetro que ele se aproximava de Yume, ele queria agarrá-la e beijá-la, não um beijo de amor ardente, nem um beijo de paixão platônica, mas um beijo de amizade, um beijo que dissesse " Eu te entendo, tudo bem."

Por sorte nenhuma de suas amigas estavam lá, talvez assim fosse mais fácil, menos explicações a dar. Ele foi se aproximando, olhava para Yume, ela sorria, mas era visível que estava ansiosa, e meio sem graça. Isso quase fez Tristan cair na risada.

Ele foi se aproximando, até estar frente a frente com ela.

- Oi. – ela disse tímida, olhando pro chão. Ele riu, pousou a mão na cabeça da garota e bagunçou seus cabelos, como um irmão mais velho faria e depois a abraçou.

- Ok, está tudo bem. – disse rindo.

- Do-do que está rindo? Perguntou com um sorriso no rosto.

- Nada é que... Você parecia tão... Deslocada. – ele ainda ria.

- Ah, destrua os sonhos de uma garota, ou garoto, que se diga apaixonado por você, e depois vá falar com ele, pra ver se você também não vai parecer assim. – ela também ria.

Os dois permaneceram assim, rindo juntos. As pessoas ao redor olhavam estranhando o fato deles rirem um do outro, sem que nada fosse dito.

- Qual a piada em que eu perdi.

- Oi Milah, como vai?

- Bem e vocês? – disse beijando o rosto dos dois.

- Bem.

- Bem também.

- Mas que piada eu perdi?

- Nenhuma não. – disse Yume rindo.

* * *

O intervalo já estava no fim, e Tristan estava recolocando alguns livros nas prateleiras da biblioteca. Era freqüente alunos irem lá ao intervalo, e mais freqüente ainda deixarem os livros jogados pela s mesas do local.

- Olá. – uma voz chegou por trás de Tristan, fazendo o garoto levar um susto.

– Ah, desculpe.

- Não foi nada. – disse ele virando-se. – Só não faz mais isso ok?

- Ok.

- Pensei que você estudasse a tarde Demitre.

- Ah, não. Eu estava resolvendo uns negócios ai...

- Ah. Mais fala ai, o que queres? – perguntou voltando a guardar os livros.

- Ah, nada. Quer dizer... Queria te agradecer.

- Por...?

- Pelo livro. E...

- Ah, foi nada. Você gostou?

- Gostei, quer dizer, ainda não terminei, mas é legal.

- Ah.

- Bom, eu... Eu também queria te agradecer por ter conversado comigo na sexta.

- Que?

- É, tipo, você foi o primeiro que conversou mesmo comigo.

- Ah, foi nada. – disse sorrindo para o amigo. – Você é legal. Very cool.

- Valeu.

- Por nada. – disse piscando fazendo Demitri corar.

* * *

- Drih... Drih... Drih acorda! – a garota chamava a amiga que levantou a cabeça com os olhos sonolentos.

- Alguém tá copiando a matéria? – perguntou fitando os três amigos.

- Eu. – respondeu Tristan sem olhar para a amiga.

- Que bom, vou dormir. – abaixou a cabeça na carteira.

- Que dormir!

- Milah, to cansada. – nem se quer levantou a cabeça.

- Ta bom, eu só ia falar que eu recebi outra carta na sexta, quando eu cheguei em casa estava no caderno. – Tristan parou de escrever e olhou para a amiga de forma interrogativa e Yume a olhou rindo.

- Tá, o cansaço passou. – disse estendendo a mão a amiga.

- Mais é cara de pau! Que se que?

- A carta ora.

- Não, o Tri, vai ler.

- Eu? Por que?

- É, por que ele? – perguntou Drih.

- Porque o meu amiguinho me mandou um poema e o Tri recita poemas muito bem. – sorria para o amigo.

- Sei né. – Yume piscava para a amiga que lhe deu um tapa no ombro.

- Ta bom, cadê?

- Aqui, ela lhe entregou a folha que ainda eslava um envolvente perfume.

- Um, perfume melhor que o meu.

- Vai logo Tri!

- Tá, pêra só um minuto. – disse olhando atentamente para a folha de papel.

- O que foi. – perguntou Yume.

- Nada é só... Ah, deixa pra lá. – disse começando a ler.

"

Se o vento gelasse,

O gelo secasse,

O fogo molhasse

E a água soprasse...

Estaria contigo.

Se a terra limpasse,

O barro sujasse

A luz brilhasse

E o som chorasse...

Meus lábios tocariam...

Os teus.

Se o jogo jogasse,

O dado virasse,

O dinheiro molhasse

E o coração parasse...

Morreria por ti.

E se o mundo parasse,

O sol apagasse,

Os lábios secassem

E as nuvens chorassem...

Lagrimas azuis,

Que lavariam as almas...

E se minha mão tocasse a sua...?

Meu mundo voltará,

E o sol brilhará,

As almas secaram...

Te Amaria,

Te Amo

Te Amei."

- Uia!

- Lindo né? Viu Yume, os garotos gostam de mim.

- Retiro o meu "Uia".

- Toma.

- E o perfume... Ah que perfume! Melhor mesmo que o seu Tristan.

- Valeu, me admira a forma como você admira o seu admirador.

- Pelo menos ele tem bom gosto.

- Eu... – ele espirrou – Sou alérgica a esse perfume.

- Ah Yume isso não me admira, é alérgica a vida! Deveria viver em uma bolha de plástico.

- Ela é alérgica a plástico. – Drielly disse rindo.

- Vamos parar de falar de como sou alérgica a vida.

- Yume. Você é alérgica a garotos também? Quando foi a ultima Vaz que ficou com alguém?

- Ah... Para vai. Ainda não encontrei um garoto que me agrade.

- E precisa agradar?! Pra uma boa ficada a única coisa que precisa é o garoto beijar bem.

- É incrível como você se importa com valores sentimentais Milah... Sinto pena do seu admirador.

- Para! Ah, ele é lindo!

- Você nem o conhece! Tris, você ta fazendo a lição né?

- Positivo.

- Ah, eu sei que ele é lindo, é o Kory.

- Kory?Por que você acha isso?

- Por que ele é lindo!

- Ah, eu também sou lindo. Poderia ter sido eu também.

- Nem em sonho! Não me tire de um sonho e coloque em um pesadelo!

- Valeu – disse batendo levemente no peito – Eu também te amo tá?

Todos riam.

* * *

Tristan andava vagarosamente até a biblioteca, com a chave em punho ele pensava sobre as coisas que lhe foram ditas naquele final de semana.

Por mais que tentasse o garoto não conseguia esquecer Yume, nem por um momento deixara de pensar na garota, em suas manias, seu sorriso... Era torturante pensar em como o mundo tinha fora cruel com o garoto.

Perto a porta do local Tristan viu-se frente a um rosto familiar, alguém a quem o garoto tinha conhecido recentemente e parecia ser uma boa e saudável amizade.

- Olá Demitri. – disse sorrindo.

- Oi, eu... Eu...

- Você...? – ele olhava para a face do rapaz.

- Eu vim devolver o... O livro.

- Já? – entrava na sala mal iluminada.

- Já. – ele o seguiu. – è um romance muito bonito, eu gostei.

- Hum. Ainda não tive tempo de ler. – abria o grande caderno de capa negra onde se listava todos os empréstimos realizados.

- Leia quando tiver tempo. O que exatamente você faz aqui?

- Eu arrumava os livros, isso era uma grande confusão, agora que estão organizados eu só faço os empréstimos e recebo os livros...

- Eu queria saber se não quer ir lá em casa hoje. – soltou de uma vez.

Tristan erguera as sobrancelhas como fazia quando algo o deixava e espantado.

- Quer dizer... Não... Não como um... Um encontro. I...isso seria es...estranho. É que... Bem... Eu vou fazer um café da tarde com um pessoal que conheci, e queria... Queria que você fosse. Não é algo grande, só eu e você e um casal de amigos. Só casais... quer dizer...

- Eu entendi. – Tristan ria da timidez e confusão do amigo.

- Que bom que entendeu.

- Você vai me desculpar. – estava serio. – Mas eu não vou, não estou muito legal pra essas coisas, quer dizer eu... Não estou na vibe, entende?

- O que aconteceu?

- Nada, é que... Ah, nada mesmo.

- Pode falar comigo. – deu um passo a frente.

- Não, nada mesmo. Desculpe não ir.

- Ah, tudo bem. Só que não será a mesma coisa sem você.

- Obrigado... Eu acho. – tinha um meio sorriso no rosto.

- Quer dizer, eu... – tentou consertar.

- Eu entendi. – ele ria agora.

* * *

Em seu quarto Yume relembrava a reação de Tristan, havia passado um bom tempo tentando adivinhar como o amigo reagiria, e mal podia acreditar em como ele reagiu.

Deitada em sua cama a garota observava o teto, mas não demorou a se levantar, seus pensamentos pularam de Tristan para "ela, "ela" que conseguia reunir toda a beleza, "ela" que tinha aquele tão maravilhoso sorriso. Como Yume gostaria de estar com ela, como gostaria de tê-la por perto, ao menos como amiga, ao menos que fosse próxima...

Ela dói até o computador e admirou seu papel de parede, era ela. Olhos castanhos, cabelos castanhos mel, pele clara, os dentes eram perfeitos e seu sorriso radiante! Era realmente bela, realmente fantástica!

A garota deixou escapar o nome da amada de forma lenta e suave...

- Danny...

* * *

Tristan analisava uma pilha de livros cujo o autor era apenas um: Pedro Bandeira. O garoto admirava a pilha de cinco livros e mantinha mais dois em suas mãos. Abriu o livro da mão direita e leu em voz alta:

- Sobre o Autor: Nascido em Santos em 1942, morou na capital de São Paulo de 1961 a 1999 e, atualmente, mora em São Roque SP.Estudou Ciências Humanas e foi uma porção de coisas até, em 1983, dedicar-se sendo escritor para jovens. Alem da coleção Os Karas, o autor uma porção de livros premiados.

- Hum! O grande Pedro Bandeira!

A voz era forte e as palavras pronunciadas denunciavam que seu prenunciador tinha a linha presa.

- Ola professor Marcelo. – disse sem se virar.

- Aqui tem toda a coleção dos Karas?

- Não, falta o A Droga Virtual.

- Você já leu todos?

- Menos o que falta aqui, to pensando em levar a coleção pra ler, mas também quero levar mais outros três dele.

- Mas não se pode levar no maximo cinco livros? – sorria.

- É, por isso estou indeciso. Qual o senhor levaria Marcelo?

- Se eu fosse você? Bem, eu levaria todos.

- Mas só se pode levar cinco.

- Mas se eu fosse a pessoa que cuida voluntariamente da biblioteca, eu me daria ao luxo de, digamos, burlar algumas regras.

- Mas... O senhor é do mal.

- É. – ria. – Qual mais quer levar?

- Punhos Cerrados, A marca de uma Lagrima e Como conquistar essa garota.

- Como conquistar essa garota... Muito bom, A marca de uma lagrima também.

- Obrigado pela idéia Professor Marcelo, desculpe mais eu tenho que ir.

- Ah, não por isso, eu também já vou indo, vou comer alguma coisa antes de enfrentar a turma da tarde. Tchau.

- Tchau Marcelo.

O garoto colocou os livros dentro da mochila, que se pudesse falar teria reclamado do peso depositado em si, e trancou a porta do local. Estava a ponto de ir direto à sua casa, mas lembrou-se de uma coisa e resolveu passar na casa de um amigo antes de ir a própria.

* * *

O jovem andava de um lado para o outro em seu quarto. Com o celular em mãos, ele parecia decidir ligar ou não para alguém. Por fim pareceu decidir-se, pressionou algumas teclas no aparelho e levou o mesmo á orelha.

- Olá.

- Oi Yume? É o Nivleck.

- Eu sei. Como vai cara?

- Bem e você.

- Bem também.

- Yume, quero te convidar para almoçar aqui amanhã e não aceito não como resposta.

- Almoçar?

- É te pego na escola, o que acha? Eu, você e minha irmã.

- A Danny vai estar ai?

- É ela sai da escola no mesmo horário que você. Então, você vem.

- Eu... – a garota pensou um pouco, ela queria muito ver Danny mais uma vez, mas tinha certo medo, se ao menos pudesse consultar Tristan, mas seria um pouco forçado falar sobre garotas com ele. – Eu vou.


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