Narrado por Seth Clearwater

Eu rindo e Nikki resmungando, foi assim que adentramos a casa dos Cullen. Já se passou uma semana. Continuava confuso em relação à Nikki, queria lhe fazer perguntas, mas não sabia como ela iria se comportar a elas... Iria ela ficar chateada? Ou até mesmo zangada, nervosa? Jurei-me agora, que conversaria com ela, assim que chegasse da casa de minha mãe. Ficaria por pouco minutos aqui na casa dos Cullen, hoje iria levar Leah à casa de nossa mãe, que logo depois que se casasse iria morar com Charlie em sua casa. Jake e Nessie estavam lá fora brincando, sendo supervisionados por um pai ciumento, Em e Jazz estava assistindo futebol atentamente. Nikki puxou-me até a cozinha, lá estavam Leah, Marco, Bella, Alice, Rosalie e Esme conversando.

— Chegamos. — Anunciou Nikki. Todos olharam em nossa direção e sorriram... Menos Rose, esta permaneceu indiferente.

Minutos se passaram, podia jurar que uns 45 minutos, eu estava ficando impaciente, queria poder arrebentar todo o rosto desse Marco. Como ele leva a minha irmã e passa a noite fora? E pior ainda, sem me avisar? E se ele for um aproveitador? Não, não... Leah teria me tido, ela teria chegado aos prantos e não sorrindo. Parece que Nikki percebeu tudo que se passava comigo, pois ela apertou minha mão e deu-me um sorriso, voltado logo à conversa com Leah “Tudo vai ficar bem Seth, não a o porquê de ficar assim, ficarei muito chateada se fizer algo imprudente.” Fiquei rígido, como... Como a Nikki fez aquilo? Não era só Ness? Como...? “Explicarei tudo depois.” E foi apenas isso que ouvi em minha mente... E mais minutos se passaram. Logo seria à hora do almoço, teria que interromper esta conversa ou não comeria a famosa comida de dona Sue.

— Ãhn, A conversa está boa... Para vocês duas, mas, Leah nós temos que ir agora. — Levantei juntamente com ela, me virei para Nikki. — Tchau amor. — Dei- lhe um rápido selinho, a mesma me olhou de forma carente. — Não me olha assim. — Sussurrei em seu ouvido, a mesma arrepiou-se. Não vi sua expressão, pois minha irmã me puxou. — Arranca logo meu braço. — Dei-lhe língua e fui devolvido com um soco no braço. — Violenta! — Disse fazendo-a rir. Despedir-me de todos e finalmente saímos. Fui até o arbusto e transformei-me em lobo, Leah pegou minha bermuda, já surrada e subiu em minhas costas.

Logo avistei a casa de nossa mãe, acelerei os passos.  

Narrado por Leah Clearwater

Fazia 2 anos que não via a minha família. 2 anos após o confronto com os Volturis resolvi dar uma ‘repaginada’ em minha vida, não foi nada fácil deixar Seth e mamãe, mas foi preciso... Em Nova York, tive vários desafios... Com o dinheiro que tinha cursei a faculdade de medicina, arranjei um apartamento, que continha mais duas garotas, todas nós dividíamos as contas e afins. Em menos de 4 meses, praticamente me fiz uma nova Leah... A Leah, que tem um bom senso de moda, é extrovertida, engraçada, e de muitas outras boas qualidades. Mas, o que ninguém sabia é que o meu amor pelo Sam continuava, só que em menos intensidade. Quando cheguei a Forks e vi meu irmão, agora maior e mais musculoso... Vi que não era mais aquele pequeno garotinho... Queria ter participado de todo seu crescimento, mas não me deixei ser consumida pelo arrependimento. Quando Seth me falou que tinha seu imprinting, fiquei em choque... Não que isso seja uma coisa ruim – eu acho-, apenas não quero que Seth saia machucado dessa, toda essa coisa de imprinting nunca foi confiável... Nunca mesmo, mas daria uma chance a eles. Conversei com todos da matilha, o que me doeu foi saber Sam que agora seria pai, mas... Algo dentro de mim ficou feliz por ele, o que me deixou bastante orgulhosa de mim mesma. Conheci o novo integrante, Marco era o nome dele, quando o vi... Senti certo conforto em meu peito, ele era muito bonito, sua voz rouca e suave, saia como um sussurro convidativo para meus ouvidos, sua pele era quente – algo normal, já que se é um lobo.  A noite que passei com Marco foi maravilhosa, o mesmo me falou que morava aos arredores de Forks, aonde eu não sei, mas, era em um lugar bem distante... Enfim, tinha muito receio do vinculo que estávamos criando, não queria que se repetisse o mesmo que houve comigo antes, digo, com a antiga Leah... Mas, eu não sei... As coisas com Marco eram completamente diferente, com Sam tudo era conforme ele queria, mas sempre de modo carinhos, com ele tudo tinha que ser previsto com antecedência, tudo muito previsível. Com Marco – mesmo por uma noite-, percebi que com ele era tudo imprevisível, ele não pensava em seus atos apenas fazia sem pensar duas vezes, admito que era muito melhor e mais divertido. Chegamos juntos na casa Cullen rindo, Marco tinha acabado de contar uma piada horrível, mas era tão horrível que chegava a ser engraçada, vai saber... O que não entendi era o porquê que Seth estava alterado daquela forma, mas resolvi deixar para lá. Percebi que fiz uma ótima escolha vindo para Forks, o por quê? Eu não sei, apenas sinto isso.

Finalmente, eu iria rever nossa mãe. Toquei a campainha e ouvimos um “já vai”. Minhas mãos estavam geladas, não sabia com minha mãe iria reagir. Finalmente a porta foi aberta e ela ficou olhando de mim para Seth, meio chocado, até que quebrou o silêncio:

— Seth, meu filho, por que não me disse que iria trazer essa bela moça com você? Podia ter posto um prato a mais. — Disse. Como eu estava com saudades da voz de minha mãe! Não nos comunicávamos há muito tempo, acabamos perdendo contato quando fui a NY. Meus olhos se encheram de lagrimas e abracei-a, mamãe ficou surpresa e chocada, mas retribui o abraço. — Oh, você está bem?  O que houve? Não chore assim... Vamos entre, os dois. — Disse puxando-me pelo braço.

— Mãe... A bela moça a í é simplesmente a Leah. — Nossa mãe arregalou os olhos.

— Surpresa mãe! —Disse com a voz embargada, ela me puxou e me abraçou tão forte, que quase acreditei que me funde com minha mãe. — Estava com saudades mãe! — Disse após um tempo, já me acalmando.

— Oh Leah! Eu também meu amor, o que fez tanto em Nova York? Por que não me mandou mais noticias? Fiquei tão preocupada com você! — Disse tão rápido que mal entendi.

— Ô mãe! Depois vocês botam o papo em dia, okay? To com muita fome. — Disse Seth com a voz torturada.

— Seth, se ficar gordo ninguém vai te querer menino! — Minha mãe repreendeu.

Caminhamos até a cozinha e ouvi Seth sussurrar “Eu já tenho quem me queira mãe.” O empurrei e ele colocou o dedo sobre sua boca. Ri internamente, ele ainda não havia contado para nossa mãe sobre o imprinting dele.

Seth e eu ajudamos a colocar toda a mesa, logo estávamos sentados comendo.

— Nossa Seth. Parece que não via comida há anos, coma devagar seu bobão.  — Falei, dando um tapa em sua nuca.

— Você é sempre violenta comigo! Me deixe em paz sua chata! — Falou com a boca cheia, pedaços de comida enquanto ele falava voavam no meu rosto.

— ECA! SETH CLEARWATER VOCÊ ASSINOU SEM TRATADO DE MORTE! — Me zanguei e voei sobre ele, caímos no chão no embolando, nossa mãe tentava nos separar, mas sem sucesso. Peguei Seth pelo pescoço, mas ele foi mais rápido, me pondo debaixo dele.

— Arra! Leah fracote. Ganhei essa, irmãzinha. — Falou me dando língua. Eu estava impossibilitada de bater nele ou até mesmo me mover, pois Seth segurava meus pulsos com suas mãos e separava minhas pernas, pondo-se entre elas.

Um homem apareceu na sala – Sim, tínhamos rolado até ela-, de olhos arregalados. Analisei-o melhor. Charlie!

— Seth! Garoto tome vergonha nessa sua cara. Como é que você faz isso aqui? — Disse vermelho.

— Como... Eu o que?... EPA! ECA! QUE NOJO CHARLIE! É A LEAH MINHA IRMÃ! ECA! — Berrou. Fiz uma tremenda careta. Não precisa por essa imagem em minha cabeça! Seth rapidamente saiu de cima de mim e eu levantei rapidamente, me sacudindo toda.

— Seth! — Então apareceu minha mãe gritando segurando uma vassoura. Seth arregalou os olhos e saiu correndo e minha mãe o seguindo, eu estava as gargalhadas procurando meu celular dentro de minha bolsa, precisava filmar aquele momento!

2 horas depois.

Charlie já havia se recuperado da surpresa de me ver por aqui e então conversamos, sobre tudo que fiz por NY e logo ele foi embora. Seth havia conseguido tirar a vassoura da mão de nossa mãe e a mesma estava as gargalhadas, pois estava vendo toda a cena que eu havia gravado no celular.

— CHEGA! — Seth tirou rapidamente o celular da mão dela, ele mexeu em algo no meu celular, levantei rapidamente e tirei o aparelho de suas mãos.

— Se você apagou... Vai ser minha vez de te matar. — Sussurrei de modo assustador.

— Ai que medo da Leah. — Disse em puro sarcasmo.

Mexi em meu celular e não encontrava o vídeo... O cretino apagou! Levantei meu olhar raivoso em sua direção.

— Mãe! Socorro, a Leah quer me pegar! — Falou alto o bastante para todos os presentes na casa ouvirem e saiu correndo pela mesma. Hoje ele não me escapa!

— NÃO QUERO TE PEGAR, QUERO TE MATAR! SETH VOCÊ TÁ MORTO! — Gritei para ele e o cretino, ria descontrolado.

22h.

— Vocês não mudaram nada, o comportamento que tinham entre si... Incrível!— Repetiu nossa mãe pela sexta vez.

— Culpa de Leah. — Disse descontraído. Estava passando jogo, peguei o controle e arremessei na direção de sua cabeça. Por puro reflexo ele pegou o objeto antes que o atingisse, virou sua cabeça na minha direção e me amostrou-me sua língua.

— Muito maturo. — Disse de modo irônico, revirando os olhos.

De repente nossa porta foi escancarada, todos nos sobre soltamos. Um Marco, visivelmente preocupado apareceu.

— Seth! É a Nikkole! Ela sumiu. — Disse nervoso, Seth se levantou muito rápido e o segurou pelo ombro.

— O QUE? COMO ASSIM CARA? ONDE ELA ESTÁ? — Berrou. Ele tremia dos pés a cabeça.

Puxei minha mãe pela mão e subi as escadas. Ela não estava entendendo nada, explicaria para ela o pouco que sabia, assim que se acalmasse.