Caminhos Cruzados escrita por OleSteewart


Capítulo 6
Capítulo 6 - “A outra face”


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora de postar amores, é que o colégio tá bem dificil.
Mas ai está, desculpe quaisquer erros. ^^



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Narrado por Seth Clearwater.

— ME RESPONDA MARCO! — Eu tremia. E muito... Mas, Onde Nikki poderia estar? Milhões de perguntas vinham em minha mente... E se ela estivesse machucada?! Droga!

— Cara, eu não sei! — Disse nervoso, parecia tanto aflito quanto eu.

Corri para fora da casa, sem me preocupar com as bermudas, me transformei em lobo. Logo depois senti Marco se conectando. Corremos até aonde nos reuníamos, quando chegamos todos estavam sentados em fileiras, estava tão imerso em meus pensamentos que não escutei os dos outros.

Seth, eu sei que está aflito e preocupado, cara. Temos de pensar nas opções de onde Nikkole esteja.” Pensou Jake.

Não acho que ela esteja sumida... Acho que ela apenas fugiu, pra que se preocupar com ela?! Sabemos que ela já não é humana e sim uma aberração.” 

O QUE VOCÊ É PAUL? UM IDIOTA?” Rosnei para ele, amostrando meus dentes. Ele fez o mesmo.

CHEGA” Gritou Jake e Sam os dois se pondo entre nós.

Devíamos ir com os Cullen, assim nos dividiremos melhor e possivelmente encontraremos Nikkole.” Sam pensou.

Isso se a acharmos”

“Conserteza, ela não deve estar por Forks. Para que perde tempo com ela?”

“Por que você não cala esse seu focinho seu idiota? Não sabe que ela me pertença não? Você...” Fui interrompido, Paul havia acabado de morde meu pescoço. “Isso não fica assim.”         A dor era intensa, mas com esforço sacudir-me me libertando, com uma pata arranhei a sua cara e em seguida mordi seu braço direito. Ele me derrubou, rolei para o lado. Paul vinha me morde novamente no pescoço, mas me esquivei, mordendo o seu. Estava com tanto ódio e raiva de Paul, que minha mordida arrancou um pedaço de seu pescoço. Paul soltou um uivo de pura dor, os outros meu empurraram para trás... Queria matar-lo. Mas, logo fui recuperando minha consciência. Sam, Embry e Quil, estavam levando Paul, agora desmaiado e sangrando... E fui eu quem fez aquilo! O que deu em mim? Nunca fui de fazer tal coisa. Tinha vergonha por ter feito isso com um de meus irmãos, mesmo que não de sangue. Corri.

Seth, garoto. Espere...” Jake não completou, pois havia me transformado em humano. Eu corri, corri e corri mais e mais vezes. Quando dei por mim estava na fronteira de Forks. Queria sumir, desaparecer... Mas, queria encontrar Nikki, queria ouvir sua voz, queria tocá-la, beijá-la. Queria a fazer minha. Soltei um grito, mas não um grito normal, nesse grito havia toda a agonia, dor, raiva e até mesmo ódio. Sim, ódio... Tinha ódio de ser fraco, de não poder encontrá-la.

Corri mais, agora saindo de Forks, não sabia aonde eu ia, mas só havia mato ao meu redor. Minhas pernas já cansavam, estavam doloridas... Mas não pararia, queria castigar-me. Queria sentir essa dor. Quando não agüentava mais. Lancei-me ao chão, indo de encontrou com a grama.

                                                                      (...)

Abri meus olhos, já devia ser umas 2 hora da manhã. Senti um frio percorrer minha espinha, sentia que alguém me observava... Levantei rapidamente e olhei ao redor. Não havia ninguém.

Ouvi um grito ao longe; Corri, estava escuro quando eu vi. Vi um monstro, sugando todo o sangue de uma garota, que aparentava ter uns 23 anos. Quando gritei, chamando a atenção do mostro – não me importando em estar nu. Já era tarde, ele jogou o corpo, agora flácido, da garota no chão. Reparei que existia cabelos de mais nele, havia cintura e tudo, então... Era uma mulher!

Não sei se foi por medo ou por me ver pelado, a criatura deu um passo para trás. Ela então foi andando para trás.

— Quem é você? — Falei, sabia que ela conseguiria me ouvir.

Não houve respostas. Eu andava para frente e ela se afastava, andando para trás... Até que ela deu de costa com uma árvore. Notei que a estrada ficava logo depois, eu a havia encurralado. Não conseguia ver seu rosto. Droga! Quando ia abrir a boca, um carro passou, com os faróis iluminou o ambiente por poucos segundo, mas ainda sim deu para reconhecê-la. Com os lábios e o queixo melados de sangue, era a Nikki - Sim, ali encurralada era o monstro que há poucos segundos havia tirado uma vida, na verdade, sugado uma. Cambaleando fui andando para trás. Não! Não podia ser! Como...? Por quê? POR QUE ela fez uma coisa dessas? Logo ela?

— Nikkole, o que...?

— Seth. — Limpou o sangue que existia na sua boca, com a manga de seu moletom. — Seth, meu amor... Eu não vou lhe machucar Seth! Eu... Eu tinha que fazer isso! É assim que eu sobrevivo Seth, por favor. Me escuta, eu ia lhe explicar amor, estava achando o momento certo e...

— CALA BOCA! CALE-SE NIKKOLE! COMO VOCÊ PÔDE? ELA TINHA UMA FAMILIA! VOCÊ É UM MONSTRO E NÃO SE APROXIME DE MIM ESCUTOU? JURO QUE SE O FIZER NÃO POUPAREI SUA VIDA! — Berrei com o tom frio e duro. Ela parou no mesmo segundo, não via sua expressão por conta do escuro... Mas, pouco me importava agora. Paul tinha razão, não havia o porquê de me preocupar com ela... Ela estaria muito bem, matando outras vidas... Sim, eu a deixaria ir viva, não tinha forças para lutar com ela e tem mais, não sei se conseguiria. Corri em direção aposta a ela, não me transformaria em lobo, pois não queria ser perturbado e enchido de perguntas, queria ficar só.

Narrado por Nikkole Killer.

Seth havia descoberto como eu me alimento e da pior maneira, estava parada aqui enquanto ele corria, corria do monstro que eu sou, de uma aberração genética. Sempre soube que poderia terminar assim, mas como eu sou uma tremenda cabeça dura, insisti nesse relacionamento.

Sentia como se estivesse um buraco negro em meu peito, doía... Doía muito, queria Seth de volta, mas como ele iria querer alguém como eu? Olhei para lua, a essa altura lagrimas molhavam meu rosto, ela estava tão clara linda... Lembrava-me dá ultima noite que tive com meus pais antes de os raptarem. Era a minha última lembrança feliz deles, uma semana antes do meu aniversário de 2 anos, aparentava ter 5. Sorri me recordando.

#Flash Back on

Abri a porta do quarto de meus pais e pulei em sua cama, minha mãe sorriu e logo abriu os olhos, meu pai fez careta. Andando pela cama cheguei perto dele e lhe dei um beijo em sua bochecha, este sorriu amplamente, ele puxou meu pé, gritando ele mordeu minha bochecha de leve, logo estávamos os três as gargalhadas.

— Então... Como está minha aniversariante? — Gritou meu pai.

— Pai! Meu aniversário é daqui  uma semana! Dã. Mas estou bem! — Respondi sorrindo amplamente.

— Nikki, não ligue para esse bobo! — Mamãe se aproximou do meu ouvido e sussurrou: — Ele nunca foi bom, com essa coisa toda de datas comemorativas.

— Epa! Eu sou muito bom e em tudo. Sabe filha, quem sabe disso principalmente é sua mãe. — Papai levantou se dirigindo ao banheiro, mamãe tacou um travesseiro nele, o qual acabou perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Gargalhei alto.

— Que risada gostosa! — Disse mamãe me apertando a ela.

— Amo você mamãe. — Disse cheirando seu pescoço, adorava o cheiro que minha mãe tinha, parecia cheiro de rosas.

— Ah, meu amor! Mamãe também te ama muito, você sabe disso. — Falou me afastando dela, uma lagrima escorreu pela minha bochecha. — Por que está chorando minha pequena?

— Promete que vamos sempre ficar nós três juntos, mamãe? Para sempre? — Perguntei com a voz chorosa e dengosa. Mamãe pareceu meio hesitante, olhou para algo atrás de mim, segui seu olhar. Papai nós olhava da porta do banheiro, ele não disse nada, apenas andou até a cama, sentando-se na beirada e beijou a minha testa e a de mamãe.

— Nikki, nós vamos ficar juntos, se algo acontecer meu amor... Estaremos aqui. — Ele apontou para o meu peito esquerdo. — Aqui no seu coração minha pequena... Mas, não se preocupe nada vai acontecer... — Se levantou e entrou no banheiro. — Assim espero. — O ouvi sussurrar.

Antes que pudesse persistir mais no assunto, mamãe me puxou para fora da cama, me pondo em suas costas. Soltei um risinho e desci de lá. Ajudei mamãe a arrumar a cama e a escolher sua roupa, depois descemos.

Mamãe fez panqueca para o papai e nós duas comemos frutas.

— EU ADORO MORANGO! —Gritei, me deliciando mais de morangos.

—Eu sei... Por isso se quiser mais tem lá na geladeira, meu amor. — Falou mamãe dando um beijo em meu nariz.

— Okay!

Papai entrou na cozinha e logo estava comendo sua panqueca.

— E eu adoro suas comidas. — Disse de boca cheia.

— Não faça isso, Josh! — Repreendeu mamãe. Eu ri.

— Está se divertindo a minhas custas, menina? — Me olhou com os olhos estreitos, eu já havia acabado de comer, por isso me retirei da mesa. Nunca deixando de observar papai e ele fazia o mesmo comigo.

— Eu?! — Disse segurando o riso. — Eu não.

Corri para fora da cozinha. Papai me gritou um “Eu vou te pegar” e logo ele corria atrás de mim.

                                                                           (...)

— Tal pai tal filha... Nossa! — Disse mamãe, depois de ver eu e papai estirados no chão cansados de tanto brincar, nós dois gargalhamos entre as arfadas.

— É o papai! Muito bobo ele. — Falei depois de recuperar o fôlego, revirando os olhos.

— Eu né sua tampinha?! — Disse me dando cosquinhas.

— Ah! PA... Pa-ar-aa pap... Pai! Aaa.— E ele parou, soltando uma risada e levantando logo em seguida.

                                                                           (...)

Já havia escurecido, estávamos o três no grande balanço que existia debaixo da nossa árvore, olhando a linda lua clara, quando escutamos um ruído entre as árvores.

— Esse cheiro... Josh! — Disse mamãe, parecia nervosa.

— Vem Amber! — Papai puxou minha mão. Estava com medo, não sabia o que estava acontecendo.

— O que tá acontecendo? — Minha voz já estava sendo embargada pelo choro.

— Nikki... Nikki meu amorzinho! Olha para o papai, sabe sobre o que conversamos de manhã certo?! — Disse rapidamente, eu apenas assenti. — Então pequena, está acontecendo algo agora, não temos tempo para explicações minha pequena, você tem que correr Nikki. Correr como nunca correu antes, você e mamãe. Vocês vão naquela direção. — Falou apontando a minha frente. — O mais longe possível, eu vou segurar eles.

— Não! Não Josh! Você não pode! Nem pensar! Eu vou ficar aqui com você, a Nikki pode correr. — Minha mãe falou alarmada.

— Não tem tempo para isso, Amber! Você sabe que ele não aparecera sozinho! Mandara outros atrás de vocês! Você tem que estar com Nikkole nesse momento. Vá! —Mamãe me puxou, eu já chorava muito. — Eu te amo Amber! — Disse beijando-a rapidamente e me deu um beijo na testa. — Te amo minha pequenina, não chore... Seja forte. — Falou antes de se transforma em um enorme lobo branco.

Mamãe despediu-se de papai e eu acenei para ele, antes de corremos. Ouvi uma risada trovejante, antes de mamãe colocar-me em suas costas e acelerar mais ainda. Antes eu via os vultos das árvores, agora não via nada, tal era a velocidade que mamãe corria.

Mamãe parou bruscamente, havia um rapaz a sua frente, com um sorriso sarcástico no rosto.

Minha mãe olhou para mim e sussurrou para que eu desse a volta e depois fosse reto.

— Eu não quero te deixar mamãe! — Disse segurando em sua calça jeans e chorando.

— É preciso Nikki! Vá por favor, depois papai e mamãe vão atrás de você, meu bem... Eu prometo. Vá! — Falou me empurrando para o lado e o rapaz nós olhava atentamente.

Contra a minha vontade e chorando fiz o que mamãe tinha falado. Eles me encontrariam, ela havia prometido... Não me esqueceria deles e de suas palavras, ficaria sozinha por pouco tempo. Depois que se passaram 3 dias, voltei para minha casa. A qual encontrei aos pedaços, estava tudo destruído! Chorando, corri para o quarto de meus pais. Em frente havia um vestido da mamãe cor azul celeste, abracei-o inalando o pouco de cheiro que continho no tecido e sai da casa.

#Flash Back off

Um dos dias mais maravilhosos da minha vida e a uma das noites mais horrorosa dela. Lembro-me que 4 dias após isso encontrei Marco, o meu melhor amigo na clareira, seus pais cuidaram de mim, vivamos com uma família, o tratava com irmão e bom... O trato assim até hoje. Logo após fazer 10 anos, partir em rumo ao desconhecido. Com a promessa de que voltaria, dois anos após isso houve um assassinato, os pais de Marco haviam morrido... Assim que soube corri o Maximo que pude, mas quando cheguei perto me lembro de ter sentido aquele cheiro... O cheiro que havia sentido antes de ter ido para longe de meus pais... Aquele maldito cheiro de menta! E com isso fui formulando os meus pensamentos... Será que ele havia ido atrás de mim e os “meus pais” haviam me acobertado? Sim, de inicio sabia qual era a resposta... Mas apenas não queria que fosse. Sabia que aquilo tinha sido culpa minha, sabia que deveria ter me afastado há muito mais tempo... Por minha causa Marco havia ficado órfão. E assim eu fiz, mais uma vez eu corria para longe, mais uma vez eu me isolava, me afastava... E foi assim até eu decidir me unir com os Volturi. Um bater de asa me tirou do devaneio.

Fungando, desencostei-me da arvore, senti o leve e fraco aroma amadeirado/adocicado de Seth, queria ir atrás dele... Mas eu sentia receio de como ele iria reagir, queria conversa... Eu o queria de volta! Sei que não deveria, mas eu nunca fui de pensar duas vezes antes de agir e sim de apenas fazer e acontecer... E tem sido assim.

Sem pensar em mais nada, cavei uma cova e joguei o corpo da mulher no buraco. Após ter jogado toda terra necessária em cima do corpo, ajoelhei-me o lado da cova e rezei pela sua alma, achava que assim seu espírito se acalmaria e ela iria para um lugar melhor, fazia isso com todas as minha vitimas. Levantei rapidamente e corri em direção a Seth.

Não demorou muito até eu sentir o meu cheiro favorito ficar cada vez mais forte, ele estava por perto.  O ouvir suspirando, andei lentamente quando o enxerguei de costas para mim. Ignorando o fato de estar nu, rapidamente coloquei suas mãos atrás das costas e com o outro braço envolvi seu pescoço, logo Seth estava totalmente imobilizado, mesmo assim ficou se debatendo... E me gritando. Cheguei perto de seu ouvido e sussurrei:

— Calma... Seth, eu quero conversar com você. Por favor... É só o que te peço se não me quiser mais depois dessa conversa, vou embora... E nunca mais volto. Prometo.

Hesitante Seth assentiu e pediu para que eu fechasse os meus olhos, e assim o fiz. Minutos depois ouvi seus passos se aproximando e mandou que abrisse meus olhos, quando o fiz ele estava com uma folha grande o bastante para que tampasse seu amiguinho.

Pigarreou constrangido, pois notou que não conseguia tirar os olhos de .

— O que quer saber de mim? — Fui direto ao ponto sem rodeios.  Sabia que a noite ia ser longa...


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Notas finais do capítulo

então, mereço reviews? *--*



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