O Último Suspiro escrita por Borboleta Negra, gabidofletcher


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Postado por Gabii_Aniinha



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Desde que eu vi aquela frase na parede, suava frio quando me mexia, parecia que minhas articulações congelavam, e a sensação de ser observada crescia nada vez mais.

Eu praticamente sentia olhos pregados nas minhas costas.

Essa casa agora não me parecia apenas uma casa comum e a “bipolaridade” da Bruna (ela não era bipolar, acho que tinha algumas recaídas, mas enfim) estava mais evidente, uma hora ela chorava outra hora ela saia confiante andando como se conhecesse a casa com a palma da mão.

—Bruna,o que será que isso quis dizer com “vamos jogar futebol”?_Perguntei.

—Que vamos jogar futebol, esperta._Ela de um sorrisinho torto.

—Isso não é hora para brincadeiras Bruna, sua doida.

—O que? Descontrair o ambiente vai nos fazer bem.

Olhei para a janela, o carro de mamãe tinha acabado de parar do lado de fora do portão.

—Bruna a minha mãe chegou.

—Ela não pode entrar aqui, se não vai ficar presa como nós._Falou preocupada.

—Vamos tentar falar com ela.

—Tudo bem.

Começamos a gritar e bater nas janelas, mas elas pareciam que eram de plástico, nada as quebrava! Mamãe estava atravessando o portão agora aberto e depois abriu a porta de madeira velha com a chave reserva que a imobiliária tinha nos dado.

—MÃE, NÃO ENTRA POR FAVOR!_Eu estava ficando desesperada, não suportaria ver minha mãe morrer na minha frente.

—Esquece Gabi, ela não escuta a gente.

—Ela vai entrar aqui Bruh, ela vai morrer!

—Não podemos fazer anda._Suspirou passando a mão nas pontas sedosas dos cabelos.

A porta de madeira se abriu e corremos para falar com minha mãe.

—Mãe você tem que ir embora daqui agora!_Fui abraçá-la, mas meus braços abraçaram o vazio se chocando um com o outro

—Mãe?_Ela me ignorou e continuou andando e indo até nossas coisas jogadas no chão

—Onde será que eles estão?_Ela andava para os corredores, eu não podia deixar minha mãe ir.

—SEJA LÁ O QUE VOCÊ QUER, ME LEVE MAIS A MINHA MÃE, POR FAVOR, DEIXE-A IR!

—TÁ LOUCA MENINA? SE OFERECER ASSIM?_Bruna me chocalhava, mas eu só olhava para minha mãe.

De repente ela se virou e foi andando para a porta.

—Eles devem ter ido andando, eu ligo pra ela no caminho._Mamãe fechou a porta e eu corri para a janela me largando de Bruna e vendo-a atravessar o portão e entrar no carro indo embora.

 —Ela foi embora Bruh _Me virei para ela, que me olhava furiosa.

—É, e isso quer dizer que seja lá o que for isso que mata todos vai vir atrás de você.

Foi ai que eu me dei conta da cagada que eu fiz.

—Agora eu..._Não pôde terminar, eu sentia alguém me puxando muito rápido.

—BRUNAAAAAAAAA!_Logo eu não via mais ela, Bruna até tentou correr atrás de mim só que foi jogada para trás. Eu ainda era puxada e o ‘seja lá o que for’ me largou num quarto daqueles de princesas nos filmes, com altos dossiês e uma big de uma cama. Esse quarto não tinha um grãozinho de poeira, estava tudo arrumado e as portas do armário estavam abertas mostrando vestidos antigos. Tinha mais porta retratos em cima da penteadeira, o espelho estava trincado e a janela aberta. A cortina balançava e deixava um ar maquiavélico, acho que nas atuais circunstâncias eu e Bruna estamos num filme de terror, onde é tudo real demais.

Andei até a porta e girei a maçaneta que estava trancada. Voltei até a cama e me sentei observando de novo o quarto. Onde será que essa coisa está?

Olhei para frente e vi uma porta, ela estava aberta e dava para uma salinha onde tinha uma grande bacia, igual num filme que eu havia visto com Kaio.

—Nojento._Sussurrei voltando até o quarto e me deparei com uma mensagem escrita na parede com... Com sangue.

“Agora você é minha”

—Como eu vou sair daqui?_Eu repetia essa pergunta várias vezes e não conseguia uma resposta. Meu Deus, o que eu vou fazer? E a Bruna, onde será que ela está?

Como eu queria voltar no tempo, para nunca ter pegado a chave dessa casa maldita

—O que você quer comigo?_Perguntei ao vento, quem sabe ele não me responde?

Fiquei olhando para a parede onde tinha a ultima mensagem, que havia sumido não sei como.

Letras começaram a se formar na parede e o sangue começava a escorrer manchando as paredes, mas não era isso que me deixava com mais medo, era o fato que ele está comigo aqui no quarto, mas agora eu não me sentia mais desconfortável, parece que eu estou ficando acostumada com esse terror.

“Gabriela... você é a minha saída”

Um arrepio percorreu meu corpo inteiro, minha mãe dizia que sempre que você se arrepiasse era por que um espírito passou perto de você. Isso estava me assustando, realmente.

Meu relógio não estava funcionado, ele estava voltando para trás. Olhei-me no espelho e soltei um grito. Eu estava branca, meus cabelos estavam oleosos e meus olhos arregalados,  vermelhos, mas no meio eles estavam brancos, totalmente brancos.

Sai da cama e corri para a porta e comecei a gritar.

—BRUNA EU TO AQUI, ME AJUDA POR FAVOR. BRUNA!_Comecei a bater na porta tentando fazer o maior barulho possível, escorreguei as costas na porta e coloquei a cabeça apoiadas nos joelhos. Eu precisava de ajuda e eu não tinha um pressentimento nada bom sobre a parte de ficar presa num quarto junto com um assassino do outro mundo.

—Gabi, onde você está?_Escutei a voz de Bruna, muito de leve, e me virei continuam a bater na porta.

—EU TO AQUI BRUNA, ME AJUDA!_Parei de bater colando minha orelha na porta tentando escutar os passos da Bruna.

—Gabi?_Ah meu Deus ela tá aqui!

—Aaah Bruna, eu to com muito medo me tira daqui!_Lágrimas já tomavam meus olhos novamente, levantei da porta e andei hesitante até o espelho de novo.

—Espera aí Gabi, eu já vou tentar te tirar daí._Olhei no espelho.

Eu estava normal agora, mas meus olhos estavam inchados... Peraí, todas as fotos que eu vi as pessoas estavam com olhos arregalados e brancos iguais os meus estavam. Assustei-me quando a porta caiu e Bruna caiu também. Eu corri para ajudá-la.

—Amiga, tudo bem?_Ajudei ela a se levantar e ela me abraçou.

—Tá tudo bem com você? Aconteceu alguma coisa? O que é isso na parede?

—Calma,vamos sair daqui._Corremos até a porta e fomos descendo as escadarias em forma de espiral.

—Me explique o que aconteceu.

—OK. Quando ‘ele’ me jogou no quarto, eu fiquei com medo e tal, só que eu vi que lá era diferente e depois eu perguntei o que ele queria comigo e ele me respondeu escrevendo com sangue na parede... Só isso._Eu não ia falar para ela dos olhos... Ela me acharia uma doida, eu acho.

—Só isso mesmo?_Bruna me olhou desconfiada. Bruna era muito detalhista, isso me assustava ás vezes.

—Sim, Bruna... Mas e você, o que aconteceu?_Perguntei.

—Você foi embora e eu tentei de seguir, mas ‘ele’ me jogou pra trás e quando eu me levantei, segui por onde você tinha sumido... Escutei seus gritos e fui seguindo sua voz._Ela sorriu no final, mas algo me diz que tinha alguma coisa a mais nessa história.

 


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Notas finais do capítulo

Desculpem viu ? *o*
eu tava ocupada (mentira eu tava numa festa)
que isso u.ú é a minha consciência que tá fazendo isso
comentem viu ? precisamos de voces ^^



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