Abertura de Crônicas

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Bleach OST - SUIT~1st Mov. Going Home

Os céus de Karakura se enchiam de estrelas e Hisana tinha feito uma pausa na conversa, ela estava um pouco cansada e tanto Urahara quanto Yoruichi percebem.

– Pessoal. - O cientista bate palma para chamar a atenção de todos. – Vamos fazer uma pequena pausa, o que acham?

– Ué, por quê? - Ichigo pergunta.

– Por que parece que Hisa-san ainda tem muita coisa para contar, mas ela precisa descansar um pouco para podermos continuar. - Responde Urahara.

– Não se preocupe Urahara-san eu estou bem, eu sei que posso continuar. - Hisana sorria tentando esconder o sorriso cansado.

– Julgando pelos calos presentes em suas mãos, as olheiras de seus olhos que e lábios secos indicando tanto sede quanto fome, eu concordaria com Urahara em um ponto: Faz dias que você tanto não dorme quanto se alimenta, mais o fato que estes calos são resultados da sua última luta, acho justo fazer uma pausa minha jovem. - Diz Yoruichi que analisava Hisana em todos os aspectos.

Hisana olhava espantada para Yoruichi.

– E julgando pela sua cara de surpresa eu acertei cada vírgula. Ela diz sorrindo.

– Bom isso é verdade, mas...

– TESSAI!– A voz do gato ecoa pela loja.

Todo mundo se assusta com o grito repentino.

Tessai surge na porta.

– Faça alguma coisa para os convidados comerem e sirva chá.

– Sim Yoruichi-dono. - Ele faz um reverência e se retira.

– O que é isso Yoruichi-san, não precisa se incomodar comig... - Hisana parecia sem graça.

O gato fita Hisana com olhos malignos, a jovem congela.

– Eh... Sim senhora eu aceito com prazer... - Responde Hisana fazendo reverência.

– Ótimo, enquanto Tessai faz alguma coisa descansem. - Yoruichi sai da sala.

– Yah... Eu vou até a cozinha beber um pouco de água, você quer alguma coisa Hisa-san?

– Na verdade Urahara-san se não for pedir demais será que eu posso usar o banheiro, por favor? - Pedia Hisana querendo aliviar-se fazia horas.

– Claro, Rukia-san, será que você poderia levá-la ao banheiro?

– Tudo bem, mas não vá se acostumando.

– Tá certo. - Hisana sorri.

– Se todo mundo vai fazer alguma coisa eu também vou. - Diz Ichigo se espreguiçando.

– Não seria melhor você ligar para sua casa Kurosaki-kun?

– Uhm... Boa idéia Inoue.

Ichigo pega seu celular.

– Vou pegar um pouco de ar na frente da loja. -Ishida se levanta.

Sado também levanta e o segue.

– Também vou com vocês Ishida-kun, Sado-kun! - Inoue corre.

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Enquanto guiava Hisana, Rukia tinha uma pergunta entalada na garganta e a jovem percebe que a pequena andava meio estranha.

– Algum problema Rukia-san?

Rukia pára de andar e se volta para Hisana.

– Hisa-san... Eu queria perguntar uma coisa...

– Pergunte... Mas pelo amor de Deus só depois que eu usar o banheiro... - Hisana cruzava as pernas.

Rukia ri.

– Desculpe Hisa-san.

Hisana finalmente usa o banheiro, lava as mãos e sai olhando para Rukia.

– Fique a vontade para fazer a pergunta Rukia-san.

– Hisa-san, eu queria saber de algumas coisas sobre mim, pode ser?

Hisana a olhava com curiosidade.

– Ué? Claro que pode. - Responde indicando um lugar para sentarem na loja.

Tanto Rukia quanto ela sentam-se próximo a uma janela onde poderiam pegar ar fresco e apreciar a noite.

– Sabe... Eu estive pensando, se você realmente veio do futuro, significa que você nos conheceu antes de morrermos não é? - Rukia perguntava de uma forma que até mesmo ela se incomodava com a idéia.

– Sim. - Responde Hisana assentindo com a cabeça.

– Eu queria saber se... - Rukia faz uma pausa tentando gesticular o final da pergunta.

– Se...?

– Se eu tive algum filho. - Rukia olha nos olhos de Hisana procurando uma resposta sincera.

Hisana estava calada, era natural ter esse tipo de curiosidade, principalmente depois de ter conquistado a confiança do grupo, para eles era uma oportunidade única de saber o que eles haviam se tornado no futuro e ela era a ponte para desvendar esse mistério.

– Sim Rukia-san, você teve uma criança, não só você, mas seus outros companheiros também.

– Sério? Nossa! E como é meu filho ou filha no futuro? - Rukia estava curiosa.

Hisana não queria dizer o que acabou dizendo.

– Rukia-san... Sua criança morreu há alguns anos... Sinto muito. - Ela responde de uma forma que não denunciasse se tal criança era menino ou menina.

Rukia ouve a resposta e fica muito triste, ela sente um aperto no coração, principalmente quando se lembra do sonho que teve quando morreu e da criança que chorava na chuva, de alguma forma ela sentia que aquilo não era um sonho agora.

Hisana por outro lado, não gostava de mentir para sua mãe, mas ela sabia que aquilo era um mal necessário, no fundo a jovem queria gritar quem realmente era, queria abraçá-la, contar o quanto a amava e a Ichigo que era seu pai, mas ela tira esses pensamentos da cabeça antes que se tornassem tentadores demais.

– Eu... Sinto muito Rukia-san, por tudo isso.

– Eu entendo... Deve ser doloroso para você estar aqui não é mesmo? Tendo que nos ajudar, mas arriscando-se tanto... Você deve ser realmente forte para conseguir fazer tudo isso. - Rukia esboçava um fraco sorriso depois do que acabara de ouvir.

– De fato. - Rebate Hisana olhando para o chão.

– O que será da gente Hisa-san? - Pergunta Rukia.

– Tenha fé Rukia-san, o futuro sempre foi uma estrada com trajetos incertos, mesmo que eu venha do futuro, estar aqui é a prova de que ainda podemos mudar tudo não é mesmo?

– Tem razão, obrigada.

As duas sorriem uma para a outra.

Hisana muda de assunto e começa a conversar sobre a vida de Rukia e seus amigos enquanto aguardam o pequeno lanche.

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Yoruichi e Urahara estavam preocupados enquanto conversavam na varanda do outro lado da loja.

– Será que ela vai contar alguma coisa sobre Ichigo e Isshin?

– Não sei, mas se meus cálculos estiverem certos talvez não, ela veio do futuro e isso significa que as suas ações aqui influenciarão no curso da história, por isso ela contou sobre Magnus antes de começar a contar sobre si mesma, aquilo foi um teste para analisar nossas reações e o quão seguro seria revelar sobre o que realmente aconteceu no lugar de onde veio.

– Fico impressionada que tenha analisado tudo isso Kisuke. - Yoruichi debocha.

– Eu também e espero estar certo. - Urahara fica pensativo.

– Você está preparado para ouvir sobre o seu "eu" do futuro?

– Não... E você?

– Não. - A gata prontamente responde.

Ambos olhavam juntos para o céu estrelado enquanto pensavam cada um sobre o que estava por vir.

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Inoue, Sado e Ishida conversavam sobre o que tinham acabado de ouvir até então.

– Hisa-san é uma pessoa incrível não é? Vir ao passado para nos ajudar, tentar mudar o futuro arriscando tudo o que tem... - Filosofava Inoue aos céus sentada em um caixote enquanto balança as pernas para frente e para trás.

– Tenho minhas dúvidas se ela conseguirá. Ishida responde pessimista.

– Deve haver uma explicação muito séria para ela não ter conseguido salvar seu próprio futuro. A voz de Sado ecoa assustadora à noite.

– Então quem garante que ela possa conseguir agora?

– Nós podemos Ishida-kun.

– Por que acha isso Inoue-san?

– Por que se Hisa-san não acreditasse na gente, ela estaria tentando fazer tudo sozinha, mas se ela está nos contando tudo isso, significa que ela conta conosco para ajudá-la.

– Em outras palavras, você já está conformada com o que ela disse sobre termos morrido e quer apenas ouvir o como, estou correto?

– Ishida-kun, morrer todos morreremos um dia, mas...

– Mas o que Inoue? Pergunta Sado.

– Eu também tenho pena da Hisa-san.

– Como assim? Pergunta Ishida desta vez.

– Sempre que ela nos olha, mesmo que com um sorriso, seu olhar é sempre tão profundo e cheio de tristeza... Eu sei que Hisa-san passou por muitas coisas terríveis antes de estar aqui.

–...

–...

– Mas esses mesmos olhos emitem um brilho de determinação e esperança, por isso eu acredito de todo o coração que ela vai conseguir o que tanto almeja. Diz Inoue sorrindo com toda sinceridade enquanto olhava para os dois amigos e continuava a balançar os pés para frente e para trás.

Ishida e Sado se cativam pela sinceridade de Inoue e se deixam esboçar um sorriso singelo em resposta a amiga.

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Kill la Kill - Blumenkranz - Instrumental

Ichigo não estava tendo um bom dia, isso já era óbvio, mas discutir por celular com seu pai já era demais, depois de tudo o que tinha ouvido de Hisana e o que estava ouvindo de seu pai agora, o rapaz estava lutando para tentar manter apenas a sua sanidade.

– Como é que é? – Grita Ichigo no celular. – Me respeita velho maldito e respeita ela também! (...)– Que papo é esse de trair a Rukia, tá maluco!? (...) – Não cacete, nós não somos namorados! (...) – Camisinha? Se a Yuzu e a Karin estiverem ouvindo isso você tá morto Isshin! (...) – Não fala merda! Eu já disse que vou chegar tarde em casa com a Rukia e ponto final! (...)– AaAHhHh! – Ichigo aperta o botão de encerrar a ligação com tanta força que ele geme fazendo "piiii". – Mas que merda, por que será que todo mundo fica tirando gracinhas dizendo que eu estou namorando a Rukia? Que saco! – Ichigo sai com cara emburrada na direção da reiatsu de Rukia.

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Rukia ria pelo que havia acabado de ouvir.

– Você ri por que não foi com você, Rukia-san. - Hisana fala segurando sua risada.

– Pára de me chamar de "Rukia-san", que coisa mais chata e sim, eu estou rindo por que não foi comigo.

– Tá certo... Mas torce pra não acontecer com você, por que isso dói pra caramba!

– O que dói pra caramba? - Pergunta Ichigo chegando.

– Conversa de garotas Ichigo, cai fora. - Rukia responde fazendo um gesto enxotando o amigo.

– Então eu posso ficar por que pra começo de conversa você não é uma garotinha, o Renji me disse que você tem centenas de anos, então é mais velha que todo mundo, jovem aqui só eu mesmo! - Provoca Ichigo que estava com raiva pelo gesto de "enxotar" de Rukia.

Hisana arregala os olhos automaticamente e começa a suar, ao mesmo tempo sua boca estava semi-aberta.

– O que foi que você disse? - Responde Rukia rispidamente.

– O quê? A parte em que eu disse que você não era garotinha ou a parte que você era uma velha? - Rebate Ichigo com ar cínico.

Hisana jurava estar vendo faíscas saindo dos olhos dos dois enquanto se encaravam, ela estava com medo e nem se mexia torcendo para Ichigo e Rukia terem esquecido que ela estava ali.

– HISA!

(- Merda!)– Foi tudo o que Hisana pensou arrepiando feito gato.

– Você não acredita no que esse idiota disse não é? - Rukia encarava Hisana.

Hisana estava atônita, ela não fazia idéia do que responder e sentia sua vida em risco naquele momento.

– Viu só? Ela está calada pra não fazer você passar mais vergonha! - Ichigo canta vitória.

Mas Hisana estava calada para não levar uma voadora da mãe.

– Oras! Seu...! - Rukia dá um chute na canela de Ichigo e ele usa seu reflexo desviando do golpe, mas ele tira uma perna, porém a outra é atingida em cheio e eles sentem uma dor aguda.

– Ai, ai, ai, ai, ai! - Os dois berram ao mesmo tempo pulando em uma perna só.

– Porra Rukia! Essa tua canela magrela quase quebrou a minha!

– Eu quase quebrei a sua canela? E essa sua que parece ferro retorcido? Quase que eu fiquei aleijada!

– Quem mandou ser ignorante comigo sua chata?

– Chata eu? Foi você que começou implicando comigo!

– Por que você me tratou com ignorância e eu só havia feito uma pergunta!

– Seu burro, você não viu que era brincadeira?

– Quem é burro aqui? Burro é aquele teu irmão de nariz empinado. - Grita Ichigo bem perto da cara de Rukia para ela poder ler seus lábios, mas ele havia ultrapassado um limite invisível e imperdoável.

Rukia ao ouvir Ichigo ofender seu irmão resolve dar uma cabeçada bem no meio de sua testa, ela estava de olhos vermelhos e bufando.

– Não fale mal do meu Nii-Sama!

Ichigo leva a cabeçada e fica um tempo olhando para a cara dela.

– Você... Me deu uma cabeçada? VOCÊ ME DEU UMA CABEÇADA? - Ichigo enfatiza suas palavras com a mão na cabeça.

– FOI E DAÍ? - Ela exclama nervosa.

– Doeu pra cacete...

Ichigo cai de cara no chão desacordado.

Hisana vê Ichigo estirado no chão e com a ponta de um graveto cutuca o corpo do rapaz.

– Ei... Ichigo-san...? Oi... OoOoOiiii!

Ele não reagia.

– Eu… Eu… Acho que eu falhei em minha missão... - Hisana engole seco.

– Que nada Hisa, isso é frescura, você acha que alguém que enfrentou a Soul Society inteira morreria com uma cabeçada dessas? - Rukia comenta de braços cruzados.

Hisana olhava ainda não muito convencida.

– Mas... Mas... Aquela cabeçada não foi humana... - Ela gesticulava sua própria cabeça tentando imitar o golpe de sua mãe.

– Tsc.

Rukia chega perto do corpo de Ichigo.

– Acorda ai Ichigo. - Ela o cutuca com a ponta do pé.

Ichigo ainda estava imóvel.

– Ei! - Rukia cutuca com um pouco mais de força.

Nada.

Ela pensa em uma estratégia infalível dessa vez.

– Oh! Meu Deus quem é o moranguinho lindinho da mamãe? - Rukia fala com uma voz bastante divertida.

– Moranguinho? Quem aqui é o moranguinho? Cadê esse desgraçado que me chamou de moranguinho? - Ichigo fica de pé em um único salto chamando alguém invisível para ser agredido pelo seu mau humor.

Rukia apenas faz aquele gesto de "Tá vendo? Eu não te disse"? Para Hisana que estava chocada com a cena e pensava na possibilidade de ter sido adotada pelo futuro casal que não parecia estar em suas plenas faculdades mentais.

– O que aconteceu Rukia, por que você está me olhando com essa cara de desgosto?

– Eu não estou te olhando com cara de desgosto.

– Está sim. - Responde Hisana sem querer.

Rukia olha com a ponta dos olhos para ela, Hisana apenas encolhe em sua posição fetal no canto do recinto.

– Não é nada, apenas desculpe por ter batido em você Ichigo. - Rukia estava sendo sincera.

– Hoho... Agora você pede desculpas? - Ichigo olhava desconfiado para ela.

– É sério seu idiota, eu sei que nós costumamos brigar muito, mas a verdade é que você é um importante companheiro para mim.

Ichigo não consegue evitar, mas a voz de Rukia soa tão natural que os faz corar.

– Eh... Bom... Eu... Tipo. - Ichigo coçava a cabeça sem graça.

Hisana de sua posição fetal levanta um olho para vê-los.

– Você... É tão bobo Ichigo. - Rukia ri graciosamente da cena. – Obrigada por ter se preocupado comigo naquela hora... Eu pude ouvir a sua voz. - Diz ela se referindo ao momento em que sentiu a vida por um fio.

Ichigo estava ficando mais vermelho ainda.

(- Peraí... o que ela está querendo dizer?) – Ele pensava começando a ficar confuso

Hisana já estava olhando com os dois olhos e bochechas coradas diante do momento.

– Bem... Naquela hora eu pensei que iria morrer, mas quando eu ouvi a sua voz a única coisa que eu pensava era no como tentar sobreviver... Mas quando percebi que aquilo era impossível, só consegui pedir desculpas... Tive medo que... Eu...

Hisana já estava sentada no cantinho da sala assistindo a tudo quietinha rezando para estar sendo completamente ignorada.

Ichigo olha para Rukia que não conseguia terminar o que queria dizer, mas ele entende o significado do momento e suspira.

–... Eu também tive medo... Eu jurei a mim mesmo que se não pudesse salvar todo mundo, então pelo menos salvaria as pessoas que eram próximas a mim, naquele momento eu senti que estava quebrando aquele juramento... - Ichigo respondia com voz sincera para Rukia, aliás, somente na frente de Rukia ele sentia que podia ser ele mesmo.

Ambos ficam calados por um instante, as memórias do ocorrido passa rapidamente pela cabeça de ambos.

Hisana sentia-se como uma invasora de privacidade, mas aquele momento de declaração de seus jovens pais estava sendo deveras revelador para ela que não conseguia evitar a curiosidade do momento.

– Ichigo.

– Rukia.

Os dois dizem ao mesmo tempo e sorriem.

– Ichigo eu gostaria de dizer que...

– Kurosaki-kun, Kuchiki-san, Tessai-san está nos chamando. - Chega Inoue empolgada ao recinto convocando-os para o lanche.

– Obrigado por nos avisar Inoue, já estamos indo. - Responde Ichigo sorrindo.

Rukia apenas sorri para si mesma após ser interrompida.

Hisana ainda fingia ser uma pedra.

– Vamos Rukia, antes que comecem a pensar besteira da gente de novo.

– Como assim besteira?

– Ai, ai, você é tão sem noção...

– Como é? Repete o que você disse Ichigo?

–...

– Ei! - Rukia o seguia resmungando.

Hisana tinha sido deixada para trás, ela se levantar bem devagar ainda olhando desconfiada na direção dos dois.

– Caramba... Eles me ignoraram completamente mesmo... Será que eles têm noção do que estavam conversando na minha frente? Hisana estava meio admirada, mas também com uma expressão que estava se exprimindo em vergonha, ela bate na roupa para limpar a sujeira e entra um pouco depois também. - Droga como eu queria uma câmera agora...

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Bleach OST - Always Be With Me in Mind (Instrumental)

Todos estavam esperando os três últimos integrantes para iniciar a refeição, Ichigo e Rukia entram, mas Hisana não estava lá, eles apenas se sentam à mesa naturalmente.

– Kurosaki-san, Kuchiki-san, onde está Hisa-san? - Pergunta Urahara aos dois.

– Ué, e eu sei lá. - Ichigo dá de ombros.

Hisana entra segundos depois.

– Hisa-san, onde estava? Esperávamos você para começar. - Urahara pergunta.

– Eu hum... - Hisana não sabia bem o que responder.

– Pode se sentar Hisa-san. - Ele aponta um lugar à mesa.

– Obrigada Urahara-san.

Hisana senta-se à mesa, assim que se acomoda em seu lugar, olha levemente para Ichigo e Rukia ficando desconcertada.

– Onde você estava Hisa-san? Eu nem te vi. - Indaga Rukia.

– Ainda bem que você não me viu Rukia... - Hisana sussurra para si.

Rukia olha um instante para ela tentando entender sua reação, em seguida olha para Ichigo, ele por sua vez olha de volta sem entender, isso se passa apenas em uma questão de segundos, mas quando o casal se lembra do detalhe, começam a ficar violentamente envergonhados.

– Hisa-san você estava...? - Ichigo fala cochichando perto do ouvido dela.

– Eu... Não vi e nem ouvi nada... - Hisana desviava o olhar.

Ichigo engole seco.

– Deixa pra lá Ichigo, eu não conto nada a ninguém, prometo. - Hisana cochicha.

Tessai entra junto a Jinta e Ururu, eles trazem um verdadeiro banquete aos convidados, o trio põe pratos e tigelas começando a servir chá aos convidados que se servem da refeição.

– Sirvam-se e comam a vontade, principalmente você Hisa-san, vamos ver se conseguimos tirar esta sua expressão cansada com uma boa comida. - Yoruichi dizia com voz divertida.

– Pode deixa Yoruichi-san, não vou decepcioná-la. - A jovem responde com voz igualmente caricata.

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Todos se divertem durante a refeição, Hisana também participa de algumas conversas e ri com os outros, ela aproveitava para observar com ternura para aqueles amigos todos juntos ali novamente, descontraídos e cheios de vida, seu coração pulava de alegria e ela realmente estava feliz, Urahara e Yoruichi não analisavam mais Hisana, eles comiam e implicavam com os jovens à mesa, insinuando ou dizendo coisas desconcertantes para eles.

Hisana ria, mas de repente, sem autorização, uma lembrança começava a povoar sua mente, ela pára de sorrir, como se existisse um retrato na sua frente, ela vê seus amigos mortos, seus corpos inertes e ensanguentados no chão, quando se localiza dentro desta ilusão Hisana se via no meio da rua jogada no caos, onde pessoas corriam desesperadas e carros se chocavam um contra os outros causando explosões pela cidade, ela olha para o lado e vê Magnus, ele como se notasse sua presença, apenas vira a cabeça e a fita com olhar penetrante.

– Não concorda Hisa-san? - Alguém pergunta.

Hisana volta a si.

– Uhm? O quê?

– Você ouviu a pergunta? - Diz Yoruichi.

– Uhm... Não desculpem, eu estava pensando em outra coisa.

– Não precisa se desculpar Hisa-san. - Rebate Yoruichi. – Bem, assim que terminarem de comer, eu estarei esperando na sala de visitas novamente. - Ela pede licença e se retira da sala de jantar.

– Eu também estou satisfeita, se quiserem descansar um pouco eu posso esperar, também estarei na sala de visitas. - Hisana se levanta e pede licença, fazendo o mesmo que Yoruichi.

Os que estavam na sala de jantar pensam por um instante e se levantam um a um para se dirigirem a sala de visitas.

Hisana estava sentada de braços e pernas cruzados, Yoruichi em sua forma felina estava descansando, mas se levanta quando percebe os jovens amigos se aproximarem, Urahara vem logo em seguida.

Todos se acomodam e ficam olhando para a jovem do futuro.

Hisana olha nos olhos de cada um que estava ali, ela então assente com a cabeça em afirmação pela presença de todos ali.

– Muito bem, se todos estão aqui, significa que cada um de vocês está apto a acreditar que não existe um caminho apenas que seja capaz de determinar o trajeto final de nossas existências e que cada escolha feita é fruto destes laços que nos unem na grande roda chamada destino.

Todos prestavam atenção.

– O que vou revelar a vocês é de testemunho meu, de nossos amados amigos que ainda vivem e testemunho de vocês mesmo no futuro até o fatídico último dia de suas existências.

Hisana acomoda-se próximo aos amigos, ela fecha os olhos e coloca suas mãos sobre a mesa, organiza suas lembranças e quando abre os olhos novamente seu semblante era diferente.

– Tudo começará daqui a dez anos...

Hisana começaria a contar a história que daria início a grande batalha que todos aqueles amigos travariam a partir de agora, eles por sua vez prestavam atenção em cada palavra, pois sabiam... Acreditavam que as rodas do destino começaram a girar violentamente com o surgimento daquela jovem em suas vidas, mas eles não sabiam quando elas iriam parar e nem o por quê.

Isso era Hisana quem iria lhes dizer.

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Bleach OST - Nothing Anymore

Em um grande Laboratório, Magnus, o shinigami primordial imponente, estava de pé diante de um grande tubo de ensaio vazio, ele olhava para aquele lugar como se buscasse algo.

– Ora, ora, ora, se não é meu grande amigo.

Magnus se vira para ver de quem era a voz.

– Já faz um bom tempo desde a última vez que você veio até aqui, meu velho amigo.

– Apenas vim averiguar se este lugar ainda tem algum propósito sem a presença do experimento primordial.

– Claro que tem meu caro, este lugar não só a criou, como se tornou o seu lar depois de tanto tempo e como a ave que voa para o Sul em busca de um lugar mais quente para procriar, ela um dia terá de retornar ao seu ninho para deixar tudo pronto para sua nova viagem.

– Quando Kaliver a trouxer continue com a última fase do experimento. - Diz Magnus que se voltava para o homem de aparente meia idade, ele caminhava indo embora daquele lugar.

– Será feito. - Responde o outro.

Magnus pára ao lado de Solomon.

– Tente não deixar a oportunidade escapar Solomon, não deixa a última fase de nossa vingança escorregar por entre nossos dedos. - Ele toca no ombro do outro.

– Não vou falhar meu velho amigo. - Solomon responde em reverencia.

Magnus sai do laboratório os olhos do cientista brilhavam enquanto esboçava um sádico sorriso.

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Longe dali, Kaliver terminava de fazer alguma coisa no grande computador a sua frente, ele aperta um botão e a tela desliga, então olha novamente para o corpo de Urahara e Katsuya.

– Está feito, os preparativos para os últimos momentos estão prontos.

Ele ativa outra tela anexa ao grande computador, uma tela de comunicação aparece, ele volta a digitar protocolos quando uma tela de senha surge no monitor:

– Só falta você Hisana...

Kaliver digitava freneticamente várias combinações, buscando aquela que o faria entrar em contato com quem desejava.

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Continua...

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