Quando O Futuro Vem Dos Céus - Crônicas escrita por LYEL


Capítulo 12
Verdades Dolorosas, Segredos Revelados III


Notas iniciais do capítulo

Magnus outrora um Shinigami idolatrado cai em desgraça, mas seu instinto de vingança perdura por séculos, até o dia em que alguém finalmente liberta-o de sua prisão.

Links atualizados em 22/12/2014



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Abertura de Crônicas

Já era início da noite e na loja de Urahara, as pessoas que ouviam a história começavam a prestar mais atenção e a realmente acreditar no que a jovem dizia, embora de maneira extraordinária, ouvir uma história tal qual a que estavam ouvindo era privilégio de poucos, mas mal sabiam eles que muitas coisas ainda haveriam de se reveladas.

– Então ele se apaixonou por uma humana, qual é o crime disso? - Pergunta Ichigo.

Urahara e Yoruichi se entreolham, mas continuam em silêncio, por isso Hisana se manifesta.

– Ichigo-san, o espiritual e o terreno não foram criados para interagir entre si por fazerem parte de mundos diferentes, veja o seu exemplo, ao receber os poderes de Rukia-san ambos cometeram um crime gravíssimo que quase a levou à morte.

– Tá, mas por que isso é crime? - Ele pergunta novamente.

– Bem... Eu estava lendo um livro ocidental a respeito da criação deste mundo, nele havia relatos de seres espirituais que haviam se materializado e se unido a humanos, do qual nasceram filhos que possuíam poderes acima da média, sendo que ao acontecer isso, estes "super-humanos" perceberam que eram mais fortes e por isso tentaram trazer caos ao mundo, de certa forma, este livro conta de uma maneira diferente o que eu acredito ser igual ao que acontece com a história da Soul Society que conhecemos. - Conta Hisana.

– Mas... - Ichigo tenta formular uma pergunta. – Se eles sabiam que isso ia acontecer por que não impediram?

– Ichigo. - Rukia chama sua atenção. – Se lembra que quando você lutou contra Ishida e enquanto eu explicava sobre o que aconteceu com os quincies você indagou os motivos da mesma forma que agora?

– Sim.

– Volto a lhe dizer o que disse naquela ocasião: "As leis e regras da Soul Society foram feitas para manter o equilíbrio espiritual dos dois mundos e principalmente, proteger os humanos", mas nada impede que outros desrespeitem as mesmas, e mais, ninguém controla por quem se apaixona você não acha? - A pequena diz.

–... Entendo... - Dessa vez Ichigo fica pensativo.

– Mas naquela época Rukia-san, tais leis ainda eram muito vagas, ou talvez nem existissem. - Diz Hisana.

– Como assim Hisa? - Rukia lhe pergunta.

– Que muitas leis que nunca existiram antes na Soul Society começaram a ser construídas após erros terríveis terem acontecido.

– Isso obviamente inclui Magnus, correto Matsuda-san? - Completa Ishida.

– Correto, o erro de Magnus foi o primeiro relatado, mas não seria o único.

– Hisa-san, por favor, conte o que aconteceu com Magnus e Elena–san. - Pede Inoue.

Todos olham para Hisana, e com o olhar ela entende que os amigos queriam o mesmo que a ruiva.

– Tudo bem. - Ela continua a história.

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Fairy Tail - Tsuioku Mezameru Tamashii

O sentimento que o jovem Magnus começou a sentir era novidade e ele não havia sido criado para isso, sua cabeça estava confusa, ele tinha que descobrir o que estava acontecendo, mas só conhecia uma pessoa que poderia ajudá-lo a entender e essa pessoa era Elena.

Ela estava sentada na beira de um riacho cantarolando e como sempre, ela sente quando Magnus vem em sua direção, ao sentir sua presença Elena deixa de cantarolar e se vira para ele toda sorridente.

– Magnus, que bom vê-lo hoje. - Mas assim que termina de falar ela percebe que ele estava de cabeça baixa e pensativo, então chega até o amigo e levanta seu rosto tocando-lhe graciosamente o queixo com a mão para poder olhá-lo nos olhos. – Magnus... O que houve?

–... Elena eu estou confuso, tem algo estranho acontecendo, eu não sei explicar o que há de errado comigo, preciso da sua ajuda. - Diz com olhar angustiante.

Elena fica preocupada e pegando Magnus pela mão se dirige até a beira do riacho onde eles sentam.

– Conte-me o que o aflige.

– Eu sinto alguma coisa dentro e mim como se fosse uma doença, ela faz meu corpo inteiro suar e tremer, o meu coração bate mais depressa, às vezes perco a concentração enquanto trabalho e me distraio facilmente com coisas medíocres sem nem mesmo perceber, então quando paro para me concentrar no que estou fazendo a imagem do seu rosto vem à tona em minha mente. - O jovem vira o rosto confuso para fitá-la. - Vocês humanos sabem o que é isso?

Elena sorri para Magnus e baixa a cabeça sentindo como se estivesse diante de uma criança que acabara de descobrir algo novo.

– Magnus, durante as suas andanças pela terra creio que você chegou a ver que homens e mulheres costumam andar juntos em muitas ocasiões e quando eles decidem ficar juntos para sempre eles casam e têm filhos constituindo sua própria família.

– Claro que já vi muitas e muitas vezes esses casais humanos pela terra, isso é chamado de casamento correto? Mas o que isso tem a ver com o meu problema?

Elena sorri outra vez ficando um pouco envergonhada.

– Você tem razão, mas sabe por que essas pessoas resolvem ficar juntas?

– Nunca entendi o porquê. - Ele levanta um sobrancelha pensativo.

– Por que elas "sentiam algo dentro de si como se fosse uma doença, o corpo inteiro delas suava e tremia, o coração batia mais depressa e às vezes elas perdiam a concentração durante o trabalho ou fazendo coisas bem simples, então quando paravam para se concentrar e entender o que estava acontecendo com elas, a imagem um do outro surgia em suas mentes" e você sabe como chamamos isso? - Elena olhava para o chão evitando fitá-lo.

– Não. - Magnus estranha a atitude da jovem.

– Nós conhecemos como amor.

– Am... Então isso é o que chamam de amor? - Exclama Magnus admirado olhando para o céu enquanto abria um largo sorriso.

Elena olha a reação fascinada de Magnus e timidamente pisca nervosa enrubescendo e desviando o olhar outra vez.

Magnus olha para ela sorrindo agradecido pela descoberta, mas de repente sente algo esquisito ao observar o rubor na face de Elena e começa a ficar vermelho e extremamente envergonhado dando lugar a um sorriso nervoso.

– En... Então essa sensação estranha que eu estou sentindo agora que comecei a olhar para você... Isso era... Isso é?! - A temperatura do shinigami subia sem parar.

– Isso se chama vergonha. - Ela responde não conseguindo olhar em seus olhos.

– Mas por que eu me sinto tão fraco quando olho para você? Tem certeza que essa coisa não é uma doença?

Elena mesmo morrendo de vergonha não consegue segurar a risada.

– Por que você está rindo? Eu... Eu aqui preocupado com a minha saúde e vo... Você ri da minha condição!? - Magnus gagueja desconcertado.

– Desculpe, não quis ofendê-lo, olha se você realmente se sente doente, eu posso curar você. - Ela sussurra com sua voz quase desaparecendo.

– Sério? O que você precisa? Eu posso ajudá-la a encontrar o que você precisar. - Ele responde com um pouco de esperança.

Elena sorri com o rosto enrubescido para ele.

– Não precisa se preocupar em procurar nada Magnus, o que você precisa está aqui comigo. - Ela fala tocando em seu próprio coração.

– Eh?!

Elena que já estava sentada ao lado de Magnus aproxima seu rosto ao dele de maneira tão natural que quando beija os seus lábios ele como que por instinto responde aos lábios da moça que exploravam os seus, a sensação que sentia era indescritível, seu corpo se sentia aquecido como se todo o calor passasse por aqueles lábios indo em direção ao seu coração causando uma descarga elétrica, ele queria sentir tudo que aquilo lhe transmitia, por isso fecha os olhos, suas preocupações com o mundo desaparecem e qualquer dúvida por qualquer que fosse o motivo havia sumido, de alguma forma ele sentia seu coração purificado.

Elena cessa o beijo e continua olhando nos olhos dele, Magnus também a olhava sem dizer uma única palavra.

– Como se sente Magnus? - Ela pergunta com o rosto corado.

Magnus parece despertar e passa a enxergá-la de uma forma que nunca tinha percebido antes, seu corpo esbelto e bem esculpido, a pele pálida, aquele par de olhos amendoados que o hipnotizavam e agora ele percebia como se sentia pequeno quando os encarava, aqueles cabelos cor de ébano que pareciam seda flutuando no ar quando a brisa ia ao seu encontro, as mãos sedosas que seguravam as suas, sua voz suave como um acalanto.

Ele sabia o que era aquilo agora, aquele único beijo havia aberto um horizonte àquele shinigami e a responsável por mudar seu mundo o olhava como se fosse único e isso o atraia ferozmente a seu encontro seu corpo queria estar ao lado dela, queria realmente estar ao lado dela.

– Eu...

Magnus toca gentilmente a face da mulher com aquelas mãos, seu corpo se materializava no mundo humano sem ele perceber e Elena podia agora sentir um calor vindo daquelas mãos que antes a tocavam apenas por que ele permitia, mas agora essas mãos a tocavam por que queriam sentí-la.

– Eu... Acho...

Magnus aproximava seu rosto ao dela, Elena fitava-o com olhos brilhantes e hipnotizados enquanto também ia de encontro ao rosto dele.

– Eu acho que ainda estou doente... - Ele sussurra.

Elena se deixa sorrir de paixão enquanto olhava para seus lábios próximos aos seus.

Os dois se beijam apaixonadamente mais uma vez no riacho, para Magnus aquilo era especial, nunca tinha sentido algo tão maravilhoso em toda sua existência, mas estava feliz que pudesse finalmente usufruir de toda aquela sorte que tinha, no coração ele agradecia a quem quer que fosse por aquilo estar acontecendo.

Elena e Magnus se conheceram naquele dia em frente aquele riacho banhados pela luz radiante do sol e cercados de amor um pelo outro, um amor sem maldade que ambos compartilhavam de forma tão natural que enchia seus corações de alegria, e eles queriam que aquele momento único jamais acabasse...

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Silent Hill - Promise (Reprise)

Kaliver olha para o corpo de Urahara inerte no chão e joga Katsuya ao seu lado, também morto, logo após ele olha para as mãos cheias de sangue, mas de repente algo chama sua atenção.

– Apareça, por mais que você consiga esconder sua presença, seu cheiro pútrido é sentido a quilômetros de distância.

Nada acontece.

Kaliver estende sua mão em direção à parede e ela entra na mesma como se transpassasse uma gelatina, de dentro ele puxa uma criatura grotesca de aparência humanóide cheia de costuras pelo corpo e olhos esbugalhados.

– Calma senhor "Abissal" estou aqui apenas como mensageiro! - Diz a criatura se contorcendo como uma barata na mão de Kaliver e ele por sua vez apenas o joga no chão bem próximo aos corpos de Urahara e Katsuya.

– Diga o que quer? Estou seguindo as ordens do Grande Magnus, não tenho tempo a perder com um experimento falho como você.

A criatura dá uma risada estridente.

– Escolha melhor a quem chama de experimento falho Kaliver...

– Silêncio, não vou repetir outra vez, diga o que...

– Já entendi! O recado é de meu senhor Solomon: "Traga amostras concretas de todos os humanos que forem mortos" foi o que ele me mandou dizer a você.

– Farei isso.

– Se você quiser eu posso pegar alguma coisa destes dois aqui e levar para meu mestre.

– Se as ordens fossem dirigidas a um verme como você eu não me intrometeria em sua sugestão, se já terminou a sua missão, vá embora e me deixe terminar a minha.

– É bom que você cumpra suas ordens sem falhas Kaliver, pois você sabe como meu senhor Solomon pode ser mais impiedoso que o próprio Magnus, além do mais, você sabe que deve sua vida a ele.

– Eu sei.

– Então, é melhor que faça este serviço direito. - Diz a criatura com sorriso cínico e se dirigindo para a parede pronta para voltar.

– Você só está esquecendo um detalhe verme. - Kaliver chama a atenção da criatura que olha de volta ficando apavorado.

O abissal concentrava um cero com energia suficiente para dizimar aquela criatura.

– Solomon não é mais o meu mestre. - Ele relata.

Kaliver desfere a energia em direção ao mostro que evapora em meio a ganidos de dor.

–... Verme idiota.

Ele pisa nas cinzas do monstro e logo em seguida se dirige ao pequeno painel cheio de teclas e monitores espalhados pela sala.

– Está chegando a hora.

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Os dias passavam e Magnus cada vez mais se tornava próximo a Elena, tão próximo que ficava dias sem voltar a Soul Society ou cumprir suas tarefas, desta aproximação Magnus tem uma surpresa chocante.

Elena e ele haviam se encontrado mais uma vez no riacho, ela olhava com olhar cheio de medo para ele.

– Elena? O que aconteceu? Por que você parece tão assustada?

– Magnus... Eu... Eu estou grávida...

A primeira reação de Magnus foi o choque daquelas palavras entrarem por seus ouvidos, mas depois ele sente uma alegria tão profunda que sorri de alegria levantando-a no ar.

– Isso é maravilhoso Elena, nós vamos ser pais!

Elena sorria, mas sua aparência assustada ainda estava lá.

– Por que está com medo? - Pergunta Magnus colocando-a no chão.

– Meu amor... Esse bebê... Eu e você... Eu não sei... Se isso está certo... - Diz mostrando-se realmente apavorada.

– O que quer dizer?

– Magnus, eu sou uma humana, sou mortal gerando um filho de alguém imortal... O que será dessa criança? Por que eu sinto que estou fazendo algo errado? Meu Deus... Eu tenho tanto medo! Medo de perder você, medo de perder esse bebê... Não sei por que me sinto assim... Me perdoe!- Elena coloca as mãos no rosto e começa a soluçar.

Magnus acorda ao ver Elena derramando suas lágrimas e se dá conta de que ela realmente tinha razão, nunca foi registrado na história o fato de um humano gerar filhos de shinigamis ou vice-versa, não se sabia em que isso acarretaria, nem que tipo de criança nasceria.

– Eu não quero acreditar que você foi um erro. - Magnus levanta o rosto de Elena. – Você me ensinou o significado e amar e ser amado. - Ele enxuga suas lágrimas. – Não acredito que algo tão maravilhoso como o que está acontecendo conosco seja um erro, senão o Grande rei jamais permitiria que nos encontrássemos e eu sei que estou aqui. - Magnus aponta seu dedo na testa de Elena. – Estou aqui. - Aponta o dedo no coração dela. - E graças a você eu agora estou aqui também. - Magnus deixa sua mão pousar sobre o ventre de Elena. – Se você e essa criança são um erro em minha vida, então são os erros mais maravilhosos que eu já cometi. - Ele sorri quase chorando e abraçando-a.

Elena chora nos braços de Magnus, mas pouco a pouco a tristeza dá lugar a conforto e alegria de estar nos braços de alguém que tanto a amava.

– Elena, eu juro que nunca vou deixar vocês e que nunca vou permitir que alguém os machuque, eu vou protegê-los a qualquer custo.

Eles se beijam cheios de amor, em meio a lágrimas e trocando votos mais uma vez.

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Fate Stay Night - Seihai (Holy Grail)

Mesmo que Magnus tivesse determinação de proteger Elena, ele precisava saber em que tudo aquilo iria acarretar, por isso chama seus amigos mais chegados e revela todo o ocorrido, não por que temia o pior, mas sim, por que queria muito ouvir seus conselhos.

– Magnus... - A shinigami loira de olhos azuis nem sabia o que falar, mas temia muito pela vida de seu precioso amigo.

– Então por isso ficava semanas sem voltar... - Solomon balança a cabeça pensativo.

– E por isso agia tão estranho durante o trabalho... - Ela e Solomon se entreolham.

– Isso o que você fez foi loucura meu amigo, você fugiu completamente dos planos do Grande rei, quando ele nos permitiu conviver com os humanos não quis dizer que poderíamos coabitar com eles! - Solomon o repreende.

– Eu sei, mas eu amo essa humana Solomon, não posso permitir que algo aconteça a ela e à criança por algo que fiz! - Magnus parecia nervoso.

– Magnus... Nas leis dos espíritos há uma que diz que não podemos nos unir aos humanos por que ambas existências não se assimilam...

– Assimilar? Como assim, Danielle? - Magnus pergunta.

– Essa lei quer dizer que não faz a mínima idéia se o que vai nascer desta humana será um monstro ou não, talvez nem chegue a nascer já que é resultado de duas existências completamente diferentes, em outras palavras: Uma anomalia espiritual. - Responde Solomon sendo bastante interpretativo.

– Eu não quero que este bebê seja chamado assim, é loucura e não quero que ele morra também por que é meu filho e a coisa mais maravilhosa que me aconteceu até hoje! Por favor, me ajudem! - Suplica Magnus.

Danielle e Solomon olham surpresos ao ouvirem as palavras de Magnus, mas ficam sérios logo em seguida.

– Magnus, mesmo que a gente faça alguma coisa, cedo ou tarde vão descobrir. - Responde Solomon.

– Mas até lá posso pensar em alguma coisa. - O loiro diz.

– Eu... Conheço um lugar bem longe de qualquer civilização que dará um excelente esconderijo para ambos, eu usava para treinar e meditar, pelo menos eu creio que ela possa passar a gestação em paz, desde que você não levante suspeita Magnus. - Danielle sugere.

– Me diga onde fica não me importo de atravessar o mundo por ela. - Ele responde.

Danielle olha para Magnus e sorri.

– Tudo bem.

– Eu vou procurar alguma coisa que seja útil para nos ajudar e também alguma brecha para que você não seja punido e nem ela, mas até lá vocês devem manter isto tudo em sigilo de qualquer um, seja ele humano ou não. - Informa Solomon.

– Entendido. - Reponde Magnus e ele olha para seus companheiros de forma emocionada. - Solomon, Dani... Obrigado... Sem vocês eu estaria perdido.

– Estaria mesmo. - Solomon cruza os braços e leva um cascudo de Danielle que fitava zangada, mas sua expressão ameniza e ela sorri para Magnus.

– Fazemos por você aquilo que sabemos que faria por nós. - Diz.

– E também por que somos irmãos. - Solomon sorri discretamente.

Eles se abraçam emocionados.

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Magnus e Elena se mudam para um lugar muito distante nas montanhas, a viagem é longa e cansativa, mas finalmente chegam onde Danielle queria que chegassem. Lá eles constroem uma pequena casa onde passam a viver, Danielle vem às vezes relatar o que se passava nos dois mundos, inclusive Solomon que verificava como ia a saúde de Elena e é ele quem começa a notar os primeiros sinais.

– Percebeu Magnus?

– Sim, mas foi muito fraco.

– A tendência é que fique mais forte, esteja preparado, tudo pode acontecer a partir de agora.

– Querido, o que Solomon quer dizer? Há algo errado com o bebê? - Elena pergunta preocupada.

– Não querida, ele está bem, mas você se lembra que sempre que eu chego perto você sabe que sou eu que estou me aproximando?

– Sim eu sei, mas o que há de errado? - Ela pergunta ao dois.

– Eu descobri que seres espirituais como nós ou humanos como vocês emitem uma freqüência muito constante de energia que passa por nosso corpo e se expande em milhares de fragmentos que eu chamo de "reishi" ou "partículas espirituais", em outras palavras para que você entenda jovem Elena, as presenças que sentes faz parte de sua intuição, sexto sentido ou sensibilidade espiritual e a capacidade que você tem de sentir estas presenças emanadas de reishi advindas de outros seres chamamos "reiatsu" - Explica Solomon.

– O que o meu bebê tem a ver com isso Solomon? - Ela pergunta começando a se preocupar.

– O nosso bebê começou a emitir essa reiatsu Elena, tente sentir. - Sugere Magnus à esposa.

Elena fecha os olhos e sente uma presença bem singela dentro dela mesma e emocionada sorri de alegria.

– Eu posso sentir! É o meu bebê! - Exclama.

Magnus e Solomon não estavam sorrindo.

– Querido?

– Elena, se o nosso bebê começar a emitir esse pulso de reiatsu e essa freqüência ficar mais forte, não demorará para descobrirem onde estamos. - Magnus estava muito preocupado desta vez.

– Outro problema é que por ter uma reiatsu desconhecida, não sabemos o que essa criança pode atrair. - Solomon diz pensativo.

Elena começava a chorar, estava com medo.

– Mas o que podemos fazer? Eu quero esse bebê.

– Eu ainda não sei, mas vou continuar pesquisando até encontrar uma resposta para isso, é o que eu prometo a vocês. - Solomon responde bastante decidido.

– Eu disse que iria proteger vocês Elena, nem que eu nunca mais possa dormir, eu vou estar aqui ao lado de vocês, sempre. - Magnus conforta Elena com um abraço forte, ela retribui beijando seu amado.

– Magnus, eu tenho que voltar logo antes que notem a minha falta. - Solomon interrompe o casal.

Magnus abraça seu amigo. – Obrigado Solomon, se não fosse por você e pela Danielle eu não sei o que seria de nós.

Solomon sorri e olha para Elena.

– Elena, cuide bem desse cabeça de vento e obrigado pela torta de maçã.

A mulher sorri.

– Se cuide Solomon e obrigada por cuidar de meu bebê.

– Não se preocupe, desde que você fique bem, a criança nasça saudável e com a sua beleza já é um consolo para mim. - Ele fala.

– Disse alguma coisa Solomon? - Magnus pergunta cruzando os braços e se impondo.

– Eu? - Responde o outro abrindo a porta da casa e saindo. - Você deve estar ouvindo coisas, se quiser da próxima vez trago remédio para problema de audição. - Ele fecha a porta.

Elena ri.

– Você ri? Entendeu o que aquela cobra quis dizer? Que o homem mais belo do mundo espiritual é feio aos olhos dele? Isso é um absurdo! - O homem diz aborrecido.

– Vocês parecem duas crianças. - Ela ria graciosamente puxando o nariz de Magnus.

– Eu não sou criança! - Ele exclama inflando as bochechas e batendo o pé no chão.

Elena ri e "fura" as bochechas de Magnus com os dedos, mas ela sente o bebê chutar e olha surpresa para ele.

– Querido o bebê!

– Eh?! O que houve? - Ele fica preocupado, mas ela não querendo perder a oportunidade explicando, apenas pega sua mão e a coloca sobre seu ventre.

O bebê chuta outra vez e Magnus abre a boca ficando encabulado.

– Ele mexeu! Elena sua barriga mexeu! - Seus olhos brilham.

Ela ria com Magnus enquanto ele se ajoelhava e colocava sua cabeça sobre o ventre da mulher para ouvir sua criança.

– Não tem como um milagre desses ser um pecado... - Sussurrava com sorriso e expressão serena.

– Magnus... - Elena enrubesce com estas palavras e abraça a cabeça de seu marido beijando seus cabelos.

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Fairy Tail - Midnight Awakens

O tempo continua a passar e as dificuldades aparecem, o palácio espiritual ainda não tinha percebido a presença de Elena e da criança, mas há vários dias procurava por Magnus, hollows apareciam constantemente nas montanhas atraídos pelo poder do bebê, dando muito trabalho a Magnus que esquecia às vezes de comer ou dormir, sua fisionomia ia se modificando pouco a pouco dando a ele um olhar mais cansado, mesmo quando se feria gravemente lutando contra centenas de hollows ao mesmo tempo, ele se lembrava por que tinha que ficar de pé e sempre continuava até não sobrar mais um inimigo.

A barriga de Elena crescia proporcionalmente ao poder da criança e ao perigo que se tornava constante, com o tempo, não apenas Magnus estava abatido, mas Elena começava a perder suas forças também. O poder espiritual do shinigami crescia dia a dia devido a rotina que viviam, porém algum tempo depois, Elena adoece e Solomon vem até eles mais uma vez.

– Impossível! O que você está dizendo é verdade Solomon?

– Ao que tudo indica, infelizmente sim meu amigo, O bebê está se alimentando da energia espiritual de sua mulher, com o tempo se alimentará da energia vital também e então...

– Eu vou trazer essa criança ao mundo! - Diz Elena determinada e impedindo Solomon de terminar a frase.

– Elena... - Solomon respeitava a vontade de Elena, mas temia que sua teoria se tornasse uma verdade mortal.

– Não há nada que possamos fazer? - Pergunta Magnus.

– Lembra da Raiz do Espíritos que dizem ser capaz de recuperar totalmente a reishi de um shinigami, se ela pode fazer isso conosco é possível que salve sua esposa e seu bebê, já que ambos possuem energia espiritual acima da média.

– É verdade! - Exclama Magnus. – Mas essas árvores estão quase extintas, você descobriu onde existe uma?

– Eu nunca fui lá Magnus, mas creio que sim. - Ele responde.

– Onde fica?

– Ao noroeste daqui, descendo as montanhas próximas ao precipício dos nômades, mas esse lugar é infestado de hollows.

– Droga, então como irei até lá com a minha esposa?

– Ela não pode ir, não tem como resistir à viagem... A não ser... Que eu ou você fique aqui.

– Meu irmão eu sei que você e Danielle já fizeram muito por nós, mas desta vez peço-lhe apenas que fique aqui com Elena, não posso permitir que se arrisque tanto outra vez por nossa causa, eu já matei todos os hollows da região, creio que teremos dois dias de sossego, isso é o suficiente até que eu volte.

– Querido... - Elena estava preocupada.

Magnus se aproxima dela.

– Eu não vou demorar, quando você menos esperar eu já estarei de volta com os frutos e quando você comê-los, vai se sentir melhor, eu prometo.

Eles se abraçam.

– Solomon, conto com você meu amigo.

Os dois se abraçam também.

– Tome cuidado meu irmão, com dois dias acho que ainda não terei problemas na Soul Society, por isso, seja realmente rápido!

– Eu serei. - Diz Magnus pronto para partir. – Tomem cuidado.

Magnus corre sem parar, sem comer ou beber água, cada segundo era precioso, apenas quando estava para chegar aos arredores do local designado ele come e descansa, nisso já havia se passado boa parte de seu dia.

Ele continua a procurar e por fim percebe uma movimentação de hollows a diante, quando chega mais perto de onde essa aglomeração era maior ele vê um pequeno vale e escondido atrás dele um grande abismo, de lá ele pode ver as numerosas árvores prateadas e seus frutos purpúreos, ele desce vagarosamente pelas encostas para não chamar a atenção dos hollows, mas já estava em um local que um passo a frente denunciaria totalmente sua atenção, ele aproveita a oportunidade quando dois hollows brigam por uma carcaça de um semelhante abatido e rouba os frutos de que precisa.

Quando está subindo novamente uma pequena pedra cai no momento em que ele pisa em falso e isso é o suficiente para despertar todo o vale, Magnus se assusta e sai correndo adentrando a floresta logo a sua frente, mas o hollows sentiam seu cheiro e ele percebe que não pode mais parar e quando está muito cansado ele come um dos frutos que trazia consigo e recupera suas forças conseguindo correr um dia inteiro, os hollows ficam para trás e ele já vê aliviado a montanha onde vivia, porém começa a ver uma fumaça estranha saindo do local.

– O quê é aquilo? Vem da direção de minha casa!

Magnus corre temeroso e imaginando mil coisas e nenhuma delas era um bom sinal. Quando chega a sua casa, ele simplesmente fica paralisado e todo seu fôlego vai embora.

Sua casa estava coberta de cinzas do qual apenas uma fumaça fúnebre saia dos escombros, o chão estava repleto de cadáveres de shinigamis, Magnus começa a chamar por sua esposa incansavelmente enquanto mesmo queimando as mãos retira os escombros da casa, mas ele não a achava em lugar algum, quando senta e começa a chorar sem esperanças ouve um som vindo de pedaços de madeira próximos aos escombros da casa, ele se dirige com cautela até o local e ao retirar o que impedia de ver o que tinha se assusta e ao mesmo tempo sente uma ponta de esperança voltando.

– Solomon! Meu amigo você está vivo!

Solomon estava todo queimado e sujo, além disso, tinha ferimentos pelo corpo que denunciavam sua luta travada contra aqueles que ali pereceram.

– O que houve aqui Solomon, onde está Elena, quem fez isso! - Pergunta desesperado.

– Magnus... Eles a pegaram... Os... Shinigamis a pegaram e disseram... Que... Você... - Solomon estava perdendo a consciência.

– Ei! Solomon resista! - Magnus sacode Solomon em seus braços.

– Magnus... Eles vão matá-los... Você tem que fazer alguma coisa. - Dizia ele sem forças referindo-se a Elena e ao bebê.

– Quem liderava a missão?

Solomon fica um tempo em silêncio.

– Quem Solomon...?

– Danielle... - Responde não querendo acreditar e estendendo um lenço que ela costumava usar para amarrar os cabelos.

Magnus também não acreditava, mas enquanto segurava o lenço de Danielle em suas mãos um ódio terrível dava lugar ao respeito que algum dia teve por ela, a palavra traição ecoava em sua cabeça como o som de um martelo batendo em uma parede de concreto.

– Solomon fique aqui, eu vou trazê-la de volta.

– Não. Você não vai sozinho eu não posso deixar. - Solomon se levanta meio cambaleante. – Eu vou com você.

Magnus vê a determinação do amigo e sorri.

– Obrigado Solomon, você é mais que um amigo, é meu irmão. - Magnus dá a Solomon uma das frutas que tinha em mãos. – Não vou permitir que tirem a minha família de mim, nem que sejam meus semelhantes!

Magnus amarra seus cabelos e olha novamente para o lenço que segurava, então enrijecendo os músculos olha furioso para frente, seus orbes azuis se tornam dourados, ele estica o braço abrindo a mão e o ar se distorce diante de seus olhos.

– Abra, Cronos!

O céu se contorce ainda mais soltando pequenas fagulhas vermelhas e um buraco negro aparece diante deles.

– Me siga Solomon, e tente não se perder. - Alerta Magnus entrando no portal.

– Onde isso vai nos levar Magnus? - Solomon ia seguindo em frente.

Magnus nada responde.

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Dante's Inferno - Arphe (The Descent)

Quando o portal se abre novamente ambos estavam em uma sala e Solomon a reconhece.

– Esta é a sala de Danielle...

– Exatamente.

Danielle sente a presença dos dois e vem até eles.

– Solomon você voltou e... Magnus! - Ela exclama. - O que está fazendo aqui? É perigoso!

Magnus estava calado.

– E que caras são essas? O que está acontecendo?

– Eu é que pergunto, o que você fez Danielle? Primeiro disse que nos ajudaria, mas no final, nos apunhalou pelas costas, quase matou Solomon e ainda sequestrou Elena! Acha que somos idiotas! Traidora!

– Traidora? Eu! Não, Magnus isso é um engano eu nunca fari...

– Silêncio Traidora! Onde está a minha mulher?

– Eu não sei Magnus eu já disse que não fiz nada, alguém fez isso e colocou a culpa em mim.

– É mesmo? Então explique o que isso fazia em minha casa? - Magnus mostra o lenço de cabelo.

– Isso é? - Ela passa as mãos nos cabelos e percebe que estava sem o seu lenço. – Como você conseguiu isso? Quando foi que eu perdi?

– Você deveria saber enquanto ordenava os outros shinigamis incendiarem a minha casa, atacar Solomon e sequestrar Elena.

– O quê? Magnus ouça tem algo errado aqui... Se você parar para pensar!

Magnus não queria pensar.

– Seu cinismo nunca acaba, mas pra mim já chega, sua voz me enoja.

– Magnus espe...!

Danielle sente apenas o sangue escorrendo pela sua boca, ela olha para seu peito e segura a lâmina de Magnus que atravessara seu corpo.

– O que você fez... Ela cospe sangue. – Eu... Eu... - Danielle chorava. – Mag... Nus...

Danielle cai morta no chão.

Magnus sente a mão de Solomon em seu ombro.

– Vamos, temos que encontrar Elena o mais rápido possível, por isso vamos nos separar, será mais rápido se fizermos isso.

Magnus olha para suas mãos cheias de sangue então diz:

– Não há nada nesse mundo que me impeça de trazê-la de volta, se alguém tentar, mesmo que seja você Solomon, eu não vou me deter da mesma forma como não fiz com ela, entendeu?

– Entendi... Agora vamos. - Respondia Solomon apressando o amigo sem dar tanta importância à ameaça.

Eles começam a procurar Elena e enquanto isso um shinigami descobre o corpo de Danielle e soa o alarme de intrusos, somado às especificações da lâmina, todos descobrem ser Magnus o invasor então uma caçada frenética se estende por todo o palácio, sendo ele acusado de traição, assassinato e suspeita de relações ilícitas com humanos.

Magnus e Solomon já haviam vasculhado toda a região e ambos haviam matado inúmeros ex-companheiros em busca da jovem humana, mas ela não era encontrada em lugar algum, no entanto, existia um lugar que ainda não haviam procurado, Magnus parte sozinho para o lugar, "o grande portão do rei supremo" e para sua surpresa ele já era esperado.

O Portão se abre e vários shinigamis primordiais estavam a sua espera.

Fairy Tail - Super Dimensional Magic Anima

– Já chega Magnus, até quando pretende continuar com esta loucura? - Grita o jovem shinigami de cabelos longos negros, aparência e postura guerreira.

– Me devolvam Elena! Eu não irei parar enquanto não ver onde está a minha mulher!

– Ela não está aqui Magnus. - Responde o jovem que estava à frente de vários comandados.

– Mentiras! Todos vocês são assim, traidores, regidos por leis que criaram para prender seus próprios instintos, são manipuláveis e sem vida, criam regras que impendem-nos de viver e ser felizes, mas então por que também não nos tiraram os sentimentos se sabiam que iríamos fazer tudo errado? - Magnus estava perdendo sua sanidade.

– Magnus, pare com isso, olhe para o que está fazendo, você matou uma grande amiga sua e ela era inocente! Quer realmente matar todos os seus companheiros por causa de uma mentira que viveu?

– Eu não vivi uma mentira! Vocês vivem dentro dela! Elena era tudo para mim e vocês a tiraram de meus braços, seus desgraçados! - Magnus estava com os olhos dourados de ódio e sua espada já estava em posição de ataque.

– Magnus... Então é isso que você realmente quer? - Pergunta o shinigami na divisa dos portões.

– Eu quero a minha esposa de volta, mas se vocês não quiserem devolvê-la eu mesmo irei pegá-la, nem que eu tenha que matar até o último de vocês.

O jovem shinigami faz um sinal para os demais não interferirem, ele se põe à frente e retira sua espada.

– Isso eu não posso permitir.

– Você não pode me matar Yamamoto Genryuusai! – Magnus gritava com um largo sorriso no rosto e cinismo na voz, enquanto corria para atacá-lo.

– Eu não quero matá-lo eu quero impedi-lo de fazer isso a si mesmo! - Rebatia o jovem Yamamoto gritando e também correndo contra ele.

Os dois trocam golpes, ninguém interfere, a batalha é intensa e tanto Yamamoto quanto Magnus lutavam com estilo, cada golpe era bem elaborado e enchia o palácio de faíscas provindas do choque de lâminas, a batalha se estende por um bom tempo, mas depois de muito tempo lutando, Magnus pula para trás.

– Chega de joguetes, não tenho "tempo" a perder com você velho amigo. - Magnus estende a mão na direção de seu adversário.

Yamamoto pensando que ele utilizaria alguma arte milenar para atacá-lo, instintivamente pula para trás, mas quando seus pés tocam o chão ele sente ao mesmo tempo o sangue escorrer abundantemente de sua cabeça, ele olha para a frente e Magnus estava parado sorrindo diabolicamente para ele, Yamamoto começa a sentir uma dor terrível na cabeça e repentinamente uma parte de sua cabeça explode deixando uma enorme ferida que jorrava sangue sem parar, ele cai no chão gritando de dor e tenta entender o que tinha acontecido.

– Você sabe muito bem o que é isso não é mesmo meu caro amigo?

Yamamoto mal enxergava com um olho.

– Eu tenho o dom de manipular o espaço e suprimir o tempo na palma de minha mão, por isso mesmo, sou considerado o guardião da imortalidade do grande rei, ele me deu ordens explicitas para nunca utilizar essa habilidade a não ser sob suas ordens, mas pelo que se pode ver, ele proíbe, mas não me impede de usar, então é ai que eu faço a pergunta: Se é proibido, mas ele não me impede de fazer então por que deveria ser considerado pecado? Elena era criação dele e o fato de ter me amado é pecado? Isso é algum castigo por causa de algo que ele criou? Responda-me Yamamoto!

– Eu... Não sei Magnus, mas as regras sempre existiram e não é por você ter sua opinião diferente dos outros que isso irá mudar... Mas mesmo que você tivesse toda a razão, você já se tornou um criminoso quando nos atacou e matou Danielle! - Yamamoto colocava a mão tentando evitar que o sangue escorresse para dentro de seu olho.

– Uma coisa leva a outra, se vocês não tivessem feito isso, eu jamais colocaria meus pés aqui e vocês não estariam passando por isso.

– Ela não está aqui, droga! Acorde Magnus!

– Vou dizer a você o mesmo que disse a Danielle: "já cansei de seu cinismo" morra!

Magnus estende a mão novamente para impedir qualquer reação de Yamamoto ou que alguém tentasse impedir de matá-lo, mas quando faz isso, algo inesperado acontece.

Bleach OST - Cometh the hour (Part A_Opus1)

Um grande portal negro se abre diante de todos, e começa a sugar tudo que existe ao redor.

– O... O que está acontecendo! - Magnus estava confuso.

– O Grande rei julgou você Magnus... - Responde Yamamoto ainda no chão.

– Como!? - Magnus estava ficando impaciente e assustado, o buraco negro começava a sugá-lo.

– Você não é mais digno desse dom. - Genryuusai estava com voz fraca, mas o tom de sua voz era muito triste.

– Impossível! Se eu for morto os shinigamis perderão a imortalidade, eu sou o guardião da imortalidade, eu controlo o tempo espiritual! Vocês estarão condenados se eu perecer!

– Mesmo que percamos a imortalidade, ainda somos seres espirituais, renasceremos quantas vezes forem preciso... Mas você acabou de perder esse direito... Sinto muito. - Yamamoto baixava a cabeça.

Magnus estava tendo seus braços sugados como se estive desintegrando, ele começava a gritar.

– Eu sou imortal, eu não posso morrer até acabar com vocês traidores, eu não posso desaparecer até destruí-los, vocês acabaram com a minha vida e eu vou acabar com a de vocês, vou vingar o que fizeram com Elena e meu filho, vou matar o Grande rei, eu vou trazer caos a esse mundo eu juro!

Magnus gritava de dor enquanto tinha o corpo sendo sugado, mas dizia tudo o que os shinigamis não queriam ouvir.

O grande buraco negro se fecha e o shinigamis desaparece, os que testemunharam o acontecimentos põe-se a chorar.

O "imortal" não existia mais...

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Death Note - Kyrie

Um grande silêncio toma conta de todos, apenas a tristeza pairava no lugar, aos que estavam de pé restava cuidar dos feridos e recolher os mortos, embora um shinigami não precisasse contar sua idade imortal, ainda assim eles pereciam como um humano comum caso fossem mortos, por isso mesmo, lágrimas eram derramadas por aqueles que não mais se mexiam e pela decadência daquele que um dia foi considerado um grande companheiro.

Dele restaram apenas nome e lembranças, talvez um dia nem mesmo o nome fosse lembrado, muita coisa mudou com o impacto daquela situação e leis foram revistas e novas foram criadas, Yamamoto passou a ensinar espíritos que ao invés de reencarnar resolviam residir naquela sociedade espiritual e virar shinigamis.

Os shinigamis primordiais eram agora parte integrante do palácio do Grande rei e não mais se envolviam com os assuntos além dos grandes portões, exceto Yamamoto que era um grande idealista criador da conhecida Soul Society, definiu seus novos padrões, mas acima de tudo, criara leis explícitas quanto ao contato de shinigamis e humanos, para isso as mais severas punições seriam definidas.

A central 46 foi criada como a cúpula dos grandes sábios que definiriam tais punições e manteriam a ordem entre toda e qualquer forma de existência, fosse ela de carne ou de espírito e assim, prosperava a Soul Society.

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Muitos anos haviam se passado desde então, séculos de desenvolvimento terreno, Magnus havia sido esquecido, mas alguém estava se encarregando de trazer aquelas lembranças de volta.

Um homem de olhar penetrante e misterioso digitava várias coisas em seu computador enquanto várias maquinarias no chão criavam uma projeção circular na parede, quando termina de digitar suas estimativas e definir seus cálculos ele aperta o botão que dá início ao que pretendia.

Uma explosão acontece no centro daquele círculo e um buraco negro se projeta na parede, de dentro dele um homem de cabelos loiros quase prateados e olhos frios sai encarando o homem diante de si.

– Séculos se passaram, eras se extinguiram diante de meus olhos, mas não teve um único dia em que eu não estivesse tentando trazer o grande Magnus de volta.

– Você envelheceu... Velho amigo. - A voz do homem era mais poderosa do que Solomon conseguia lembrar.

O cientista sorri.

– A imortalidade não é mais uma benção meu caro irmão.

– A imortalidade não significa mais nada, somente o meu poder é absoluto. - Ele responde.

– Seja bem vindo de volta meu amigo.

Magnus caminhava pelo local exalando o ar que não lembrava mais conseguir respirar, a imagem de Elena vem à sua cabeça e por fim ela se distorce e se torna Danielle e Yamamoto.

– Solomon... O pesadelo está apenas começando e acredite, morte será deveras agradável para aqueles de quem eu tiver piedade.

O mundo havia mudado, as pessoas haviam mudado, mas para Magnus tudo parecia a mesma coisa, shinigamis eram medíocres e humanos ferramentas do desconhecido.

– A hora da retribuição se aproxima...

Dizia Magnus enquanto se deliciava com a idéia de vingança que ele havia reservado durante séculos dentro de seu coração, e agora estava na hora de concretizá-la.

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Continua...

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Notas finais do capítulo

Olá pessoal, estou de volta entregando mais um capítulo a vocês, como perceberam este demorou mais para ser postado e desde já peço perdão não pelo atraso apenas deste capítulo, mas pelos próximos que demorarão também a serem postados, isso se deve ao fato de minhas aulas na faculdade terem começado, então meu tempo se tornará muito reduzido por causa disso, lógico que eu vou continuar a história, mas só queria paciência e compreensão de vocês quanto a demora que provavelmente irá acontecer na atualização de novos capitulos. No mais, espero que tenham gostado da leitura.

Vejo vocês no próximo capítulo onde eu já começo a dar mais ênfase no futuro de Hisana. assim eu espero xD...

God Bless my Fingers!

Vejo vocês por aí!