Quando O Futuro Vem Dos Céus - Crônicas escrita por LYEL


Capítulo 11
Verdades Dolorosas, Segredos Revelados II


Notas iniciais do capítulo

Hisana começa a contar uma história antiga que ocorrera há séculos na Soul Society, porém, mal sabiam os jovens amigos que aquilo era apenas a introdução de uma história de terror.

Nota:
URAHARA"F" - Refere-se ao nome de Urahara do Futuro e será usado assim de agora em diante assim como YoruichiF e qualquer outro personagem que venha da dimensão de Hisana e seja repetido no passado para não confundi-los durante os diálogos.

Links atualizados em 22/12/2014



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Abertura de Crônicas

Bleach OST - Recollection II

O homem de cabelos castanhos e olhos esverdeados chamado Kaliver, caminhava calmamente e despreocupadamente dentro daquele túnel escuro, ele sentia várias energias espirituais espalhadas por todos os lugares e seguia uma em particular, mas enquanto caminha ele começa a lembrar gradativamente de alguma coisa de seu passado.

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Flashback

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– Kaliver Shadowheart, você será designado como o acompanhante do experimento primordial. - Diz Magnus em seu salão sozinho com o seu servo que estava de joelhos em reverência.

– Como desejar meu senhor. - Ele responde.

– Sua missão é ensiná-la aquilo que o ensinei, mostrar-lhe a verdade por trás das mentiras que tem vivido e prepará-la para me servir de corpo e alma.

– Assim será feito Magnus-sama.

Kaliver se dirige para um grande salão branco onde uma porta de metal reforçada faz um grande contraste com o ambiente, ele se aproxima e coloca sua impressão digital no painel, a porta se abre lateralmente, mas tudo está escuro, o que não é problema para ele, suas pupilas se dilatam tornando-se totalmente enegrecidas e ele passa a enxergar como se estivesse claro como o dia, Kaliver percebe a criança encolhida no canto do quarto e vai se aproximando em passos calmos, ela chorava, mas pára quando ouve os passos, porém ainda não erguia a cabeça, o hollow pára diante dela.

Kurosaki Hisana, sou Kaliver Shadowheart e a partir de hoje serei seu vigia, levante-se o experimento número dois a aguarda.

–...

– Não repetirei novamente.

Hisana se levanta e parte para cima de Kaliver deslizando por debaixo de suas pernas, ela rapidamente se ergue e começa a correr para a porta de saída.

– Que estupidez. - Ele retira um dispositivo do bolso de sua roupa e aperta um dos pequenos botões.

Hisana começa a levar um choque fortíssimo que passa por todo o seu corpo através de um colar em seu pescoço como pequenas faíscas visíveis ela grita e cai no chão sofrendo espasmos.

– Garota, eu não estou para brincadeiras, me obedeça, recebi ordens de mantê-la viva, mas somente viva.

Kaliver se dirige até onde está a menina e começa a arrastá-la pelos pés em direção ao que chama de "experimento dois". Hisana atordoada não reage e sua vista estava embaçada, ela apenas olha impotente para as costas de seu mais novo carrasco antes de perder completamente a consciência.

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End of Flashback

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Kaliver volta a si quando percebe que havia chegado ao seu destino, um grande portão metálico aparentemente intransponível que começa a abrir lentamente. A luz forte vinda do outro lado do portão faz seus olhos se adaptarem novamente diminuindo o tamanho da pupila, assim ele consegue enxergar os dois homens que o esperavam sem sorriso nos lábios e sem olhar de alegria.

– Entre, antes que o vejam. - UraharaF fala sendo direto e impaciente.

Kaliver entra e já é conduzido pelo rapaz de cabelos loiros para o lado direito do portão em direção a uma sala mais escondida.

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Bleach OST - Recollection_III

– Futuro? Isso é algum tipo de piada por que não teve graça! - Exclama Ichigo cheio de energia.

– Não é piada, tanto que também não estou rindo, lógico que esperava que não acreditassem em mim a princípio, mas me digam uma coisa... - Hisana se projeta um pouco mais sobre a mesa e olha para todos. - O que acharam daqueles inimigos que quase os mataram algumas horas atrás?

Nesse momento há uma pausa bem longa e o silêncio toma conta do local. Urahara olha para seus amigos tentando entender o silêncio e Yoruichi já prestava atenção na conversa que no momento não exatamente acontecia, então tanto ela quanto Urahara se lembram do que aconteceu horas atrás.

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Ururu entra andando despreocupadamente na loja e vai até a sala onde estavam Yoruichi em sua forma felina e Urahara conversando, ela entra pedindo licença e diz com tanta naturalidade que Urahara e Yoruichi levam um tempinho para realmente entenderem a situação.

– Kisuke-san, Yoruichi-san, temos visitas inconscientes à porta.

– Tudo bem Ururu eu já estou indo lá. - Responde Urahara.

Ururu sai normalmente em direção à porta de entrada da loja novamente.

Yoruichi e Urahara se entreolham, até que piscam surpresos.

– O QUÊ! - Exclamam correndo atropelando Ururu e passando pelas mercadorias indo em direção à entrada principal.

– Kurosaki-kun! - Grita Urahara fazendo Tessai ouvir e correr para ver o que acontecia.

Yoruichi sente um cheiro diferente e se arrepia indo em direção à parte mais externa da porta.

– Não se preocupem, eles só precisam descansar. - Vem a voz atrás da porta.

Urahara e Yoruichi olham ao mesmo tempo na direção de onde ouvem a voz.

Hisana fica na frente da porta olhando para os dois.

Urahara e Yoruichi se armam.

– Acalmem-se, por favor! Eu não sou inimiga de ninguém aqui. - Ela faz um gesto tentando acalmá-los. - Apenas lhes peço que os deixem descansar aqui, eles estão muito machucados.

– O que aconteceu com eles? - Pergunta Urahara desconfiado. - Aliás... Quem é você?

– Urahara-san! - Tessai chega até eles junto a Ururu e Jinta.

Urahara faz sinal para eles esperarem, Yoruichi fica à espreita.

– Eles foram atacados por hollows. - Hisana responde calmamente.

– Impossível, você mente, não sentimos nenhum deles em combate e nem mesmo hollows! - Urahara responde não gostando nada daquilo.

– E é por isso que vocês precisam me deixar entrar Urahara-san, por que tenho um assunto para tratar com vocês. - Ela olha para os jovens caídos. – E com eles também.

– Acha que deixaremos você entrar sem nos dar nenhuma explicação? - O cientista replica.

– Yoruichi-san. - Diz Hisana olhando para o gato ao seu lado. – Eu sei que você tem algo a dizer não é?

– Gatos não falam jovem. - Diz Urahara.

– Mas essa eu sei que é especial certo? - Hisana sorri.

Yoruichi olha nos olhos da jovem e depois olha para os amigos no chão.

– Deixem-na entrar e ajudem a carregá-los. - Yoruichi se manifesta e virando se dirige a sala de visitas.

Hisana já se abaixava para carregar Sado.

– Não encoste as mãos nele. - Vem a voz de Yoruichi séria logo à frente.

Hisana pára e olha para ela um pouco assustada.

– Siga-me. - Completa a felina.

– Com licença. - Hisana cumprimenta todos em respeito e segue Yoruichi.

Tessai, Ururu Jinta e Urahara levam Ichigo, Rukia e os outros para um quarto separado onde possam descansar. Enquanto isso Yoruichi leva Hisana até a sala de visitas.

– Sente e espere aqui, não tente fazer nenhuma tolice por que você pode aparentemente saber quem nós somos, mas não sabe do que realmente somos capazes, espero que não tenha nada a ver com os ferimentos deles garota.

– Desculpe Yoruichi-san...

–... Vou mandar Tessai lhe trazer um chá.

– Obrigada.

Assim que Yoruichi sai da sala Hisana olha ao redor tentando reconhecer detalhes diferentes naquela casa e ri baixinho.

– Eles conseguem ser mais desconfiados do que eu. - Comenta ao perceber uma câmera escondida.

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No quarto onde já estavam acomodados Ichigo, Rukia e seus amigos, os ocupantes da casa se designavam a fazer o necessário, Tessai verificava um por um para ter certeza que realmente estavam bem, Ururu e Jinta passavam toalhas umedecidas na testa de todos para deixá-los com uma temperatura corporal mais agradável.

– O que você acha Yoruichi-san? - Pergunta Urahara a Yoruichi sentada ao seu lado enquanto observavam o trabalho dos outros.

– Não sei o que dizer, ela não parece inimiga a princípio, pois trouxe todos aqui, o que me intriga é como uma pessoa pode me conhecer sem que eu nunca a tenha visto e também a história sobre hollows terem atacado eles sem que tenhamos percebido, nenhum hollow comum teria feito isso a eles, principalmente a Ichigo.

– Tem razão. - Urahara olha para um pequeno monitor que está ao seu lado e fica observando as ações de Hisana, ela por sua vez aparentemente não faz nada suspeito apenas mexia em pequenos objetos na sala e servia-se às vezes do chá que Tessai trouxera-lhe minutos antes. – Ela disse que tinha algo a nos dizer, mas é melhor esperarmos alguém acordar e reconhecê-la antes que possamos julgá-la realmente.

– Concordo.

Urahara e Yoruichi observam o monitor enquanto aguardam algum dos jovens acordarem.

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– E Então? O que me dizem? - Pergunta Hisana outra vez aos que se encontravam no recinto e fazendo Yoruichi e Urahara voltarem a si.

Deep Hollows... - Lembra-se Ichigo. – Eles se proclamavam Deep Hollows.

– Exato. - Responde Hisana.

– Me lembro disso também, mas afinal, o que são esses Deep Hollows? - Pergunta Rukia.

– São uma nova espécie de hollows, provindos do lugar de onde venho, Eles são altamente especializados e poderosos, além de não medirem esforços ou demonstrar quaisquer escrúpulos para concluir seus objetivos. - Responde Hisana com olhar mais sério agora.

– O quê? Mas Hisa-san... O que nós temos a ver com eles? Por que queriam nos matar? Quem os mandou? - Inoue faz tantas perguntas que já poupa a saliva da maioria dos que ali estavam.

– Por que no futuro vocês serão o maior empecilho capaz de evitar que eles destruam completamente este mundo. - Responde Hisana olhando para ela.

– Isso é loucura! Eu não acredito que estou ouvindo isso! - Braveja Ichigo se levantando e querendo sair.

– Se acalme ichigo sente-se e ouça o que ela tem a nos dizer. - Diz Rukia puxando seu braço.

– Isso é besteira Rukia! Futuro? Isso não existe! Vocês querem mesmo ouvir isso!?

– Tudo bem Ichigo-san, eu compreendo o que sente perfeitamente. - Diz Hisana fazendo uma pausa.

– Ótimo, eu vou nessa, tchau para vocês. - Ichigo começa a sair da sala mancando e quando abre a porta ouve Hisana dizer:

– É uma pena que não queira saber como você morreu...– siz de olhos fechados e cabeça baixa enfatizando a sentença.

Todos na sala olham espantados para a jovem assim que ouvem isso.

Ichigo pára diante da porta e vira-se com olhos igualmente espantados e suando frio.

– O... O que foi que você disse?

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Bleach OST - Start to Investigate

No esconderijo da resistência dos guerreiros do futuro Kaliver e o jovem de cabelos loiros entram na sala, UraharaF logo em seguida, mas antes que se acomodem na pequena sala o cientista pergunta:

– Já faz muito tempo que você não vem aqui Kaliver, me diga o que quer desta vez?

– Exato! Hollows nunca foram e jamais serão bem-vindos aqui! - Acrescenta mais ainda o rapaz energicamente olhando para o visitante.

Kaliver olha para o rapaz cheio de raiva e sem esboçar qualquer expressão pergunta:

– O que você tem contra mim moleque? Já esqueceu que se não fosse por mim sua namoradinha nunca estaria viva?

– Seu maldito eu não admito que fale assim de Hisana! - O rapaz responde ferozmente partindo para cima de Kaliver pronto para desembainhar a espada da cintura.

– Já chega Shihouin Katsuya!

O filho de UraharaF pára com a lâmina afiada encostada no pescoço de Kaliver, ele por sua vez encarava o jovem loiro.

– Seu pai salvou a sua vida moleque, agradeça.

Katsuya olha para o peito e vê a mão de Kaliver apontando dois dedos em seu coração concentrado uma pequena energia negra. Ele retira a espada e a coloca na bainha.

– Mas ele também salvou a sua. - Katsuya volta a encará-lo assim que guarda a espada.

Kaliver sem demonstrar expressão só faz limpar o pequeno filete de sangue escorrendo pelo seu pescoço.

– Katsuya, se você fizer mais alguma coisa desnecessária, pode se retirar daqui, pois não vou repetir novamente, Kaliver diga logo o que veio fazer aqui, você também sabe que sua presença nunca foi do agrado de ninguém aqui. - UraharaF avisa de mau humor.

– Vim apenas avisá-los que eu tinha razão e que era estupidez mandar Hisana ao passado para consertar algo dessa magnitude sozinha, isso fez Magnus começar a mobilizar seus melhores soldados para agir em breve e como previsto recebi uma ordem do qual não tenho escolha.

– O que quer dizer, que ordem? - Pergunta UraharaF intrigado.

– Matar Kurosaki Hisana.

UraharaF e Katsuya reagem assustados.

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Minha... Morte...?– Ichigo olha para Hisana e ela abre os olhos fitando-o com tristeza. – Acho que isso também não é uma piada não é mesmo? - Ele suava frio.

– Infelizmente não... - Responde Hisana desviando o olhar.

– O que aconteceu comigo? - Pergunta Ichigo mostrando mais interesse agora.

– Sente-se Ichigo-san, não vou contar o que aconteceu apenas com você, mas sim o que aconteceu com todos vocês e principalmente, por que eu estou aqui.

Ichigo caminha timidamente e senta-se outra vez o lado e Rukia dando-lhe o mesmo olhar desconfiado de antes.

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– Matar Hisana! Isso é besteira! - Katsuya vomita as palavras abruptamente.

– Por que essa ordem repentina para você? Pensei que você fosse o chefe da guarda que mantinha Hisana encarcerada, que era a elite de Magnus. - UraharaF expressa seu temor.

– Por isso mesmo, nós somos aqueles que mais conviviam com ela e temos mais chances de rastreá-la além de conhecermos bem suas técnicas, Magnus já mandou dois dos meus comandados para serem eliminados por ela, porém creio que ele esteja desconfiando de minhas ações e por isso esteja ordenando que eu a mate agora, para testar minha lealdade e se eu falhar ele descobrirá o que pretendem.

–... Você não viria até aqui apenas para me dizer isso viria? - Pergunta UraharaF.

– Não. - Kaliver coloca a mão no bolso e retira um envelope dando-o ao cientista.

– O que é isso? - UraharaF pergunta novamente com o olhar ainda intrigado.

– Um fio de esperança.– Responde Kaliver sem expressão.

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QFVDC - Crônicas - The Brightest Star

Hisana observava seus amigos que olhavam de volta ansiosos e atenciosos em busca de respostas, ela suspira e então começa:

Há muito tempo quando a Soul Society tinha suas bases, regras e leis ainda em construção, os shinigamis mais do que guerreiros, eram lordes que promulgavam paz e ordem no mundo espiritual e nessa época não existia o que hoje chamamos de "Shinōreijutsuin" ou "Academia de Artes Espirituais" por que eles não nasciam para adquirir poder, mas os primeiros shinigamis nasciam para "ter poder". O Grande Rei, Senhor de toda criação espiritual e aquele que está acima do próprio Reiō, escolheu os seus mais preciosos guardiões e para cada um foi dado o poder de "Controlar" os seus desígnios.

Entre esses "Shinigamis Primordiais" um em especial havia recebido um poder que nunca deveria ser usado sem antes ter recebido as ordens diretas do Grande Rei, esse poder era tão grandioso que somente o mais especial de seus lordes teve o direito de recebê-lo e esse shinigami se chamava Magnus aquele que traçava as linhas do destino.

– Me lembro de ter ouvido uma história dessas... Onde foi mesmo... - Rukia faz um gesto e expressão pensativos. – Ah, é! Nos registros da biblioteca da minha casa! - Relembra estalando os dedos.

– Rukia... - Ichigo olha pra ela com olhar esquisito.

– Que foi?

– Deixa a Hisa contar a história dela...

– Eh?... Desculpa. - Rukia desculpa-se da intromissão com um sorriso sem graça.

Hisana sorri.

– Está tudo bem Rukia-san, você tem razão, os registros da mansão Kuchiki possuem alguns relatos fiéis do que estou lhes contando, inclusive tive acesso a alguns desses registros há algum tempo.

– Hisa-san, Hisa-san! Continue! - Fala Inoue empolgada.

– Tudo bem.

Hisana se concentra outra vez.

Desde o principio dos tempos a Soul Society existia e coexistia com os outros mundos em paz e harmonia, todo hollow que era purificado reencarnava por direito em quarenta anos assim mantinha-se o fluxo espiritual terrestre na balança, Magnus assistia seus amigos shinigamis no trabalho árduo no plano espiritual provendo assistência a estes seres tão pequenos que embora morressem tão cedo viviam vigorosamente o pouco tempo que o Grande Rei lhes dava, o que causava em cada lorde grande alegria nos seus enterros espirituais, o que chamamos "konso", no fundo eles sabiam que em apenas quarenta anos, poderiam ver aquelas mesmas criaturas repetindo este ciclo de vigor mais uma vez para todo o sempre, pois para um Shinigami daquela época tempo era tudo, mas também não significava absolutamente nada.

O tempo foi passando e Magnus continuava a ver aquele ciclo que incansavelmente se repetia, às vezes passava meses, anos na terra assistindo a evolução de carne e ossos que acontecia bem diante de seus olhos e foi em uma dessas observações entusiásticas que ele a viu pela primeira vez...

O jovem shinigami chamado Magnus passava pelas ruas de uma cidade rústica observando e rindo algumas vezes de alguns humanos que faziam suas proezas impensadas, quando sem perceber uma mulher passa por dentro de seu corpo espiritual causando-lhe uma sensação que ele nunca tinha sentido antes, era um calafrio, talvez um calor, mas o que quer que tenha passado por ele fez seu coração ficar elétrico.

Ele olha espantado para aquele ser.

– Me perdoe senhor, eu andava sem atenção por isso não percebi quando passei esbarrando-o. - Diz a jovem moça de proporções esculturais olhos amendoados e cabelos longos negros, ela vestia uma roupa simples que tornava sua silhueta mais expressiva.

Magnus estava sem palavras, olhava para ela com tanto espanto que se fosse de carne e ossos teria deixado vários mosquitos adentrarem a boca.

A jovem sorri quando o vê sem reação e mais uma vez em reverência e respeito a ele, pede licença e se retira calmamente seguindo seu caminho.

– Espere! - Ele grita chamando a atenção da moça, uma vez que somente ela era capaz de vê-lo.

A jovem se vira.

– Você... Pode me ver? - Magnus aponta para si ainda com expressão surpresa.

– Sim, meu senhor. - Ela assente.

– Mas como isso é possível? - Ele fica confuso.

– Meu senhor, infelizmente não tenho resposta a tal pergunta.

– Pela sua reação tão natural creio que não sou o primeiro que você vê correto?

– Sim, já vi outros como meu senhor de quimonos negros como a noite ou vestindo mantos e armaduras pelas colinas, nos vigiando sob a luz do sol e da lua, garantindo nossa existência em vida e morte.

– Desde quando pode nos ver? - Ele estava intrigado.

– Eu sempre os vi meu senhor, mas a primeira vez que testemunhei qual é sua missão foi quando minha mãe era guiada para o outro mundo por uma das vossas companheiras de espada magnífica na cintura, me lembro de vê-la tocar-lhe a fronte antes de seu último suspiro e de uma pequena esfera de luz radiante sair-lhe do peito e ir em direção aos céus enquanto era acompanhada lado a lado por vossa semelhante.

– Fascinante! - Exclama Magnus. – Jovem humana como se chama?

– Sua serva se chama Elena, meu senhor. - responde fazendo reverência com muita educação.

– O que é capaz de fazer está fora daquilo que é possível... - Magnus parecia tão curioso quanto intrigado. - Se não for incômodo gostaria de vê-la novamente jovem Elena.

– Sua serva está a sua disposição meu caro senhor. - Ela baixa a cabeça respeitosamente.

– Não precisa agir tão formalmente, eu entendo que vocês humanos costumam agir com respeito e resignação diante daquilo que não conhecem, mas não se preocupe, não vou fazer-lhe nenhum mal e pretendo conhecê-la melhor, pois só de ver aquilo que és capaz de fazer, posso entender que és especial jovem Elena. - Ele reponde.

A jovem fica um pouco envergonhada com a sinceridade do shinigami e pisca um pouco nervosa desviando o olhar.

– Sua serva não merece tais palavras meu senhor...

Magnus sorri.

– Se me permite preciso voltar para o lugar a qual pertenço, mas dou a minha palavra de que nos veremos novamente, o destino me guiou a ti, por isso tenho certeza que o fará novamente.

– Vá em paz nobre senhor. - Ela o reverencia.

– Você também minha jovem.

O shinigami primordial faz um gesto com a mão e um portal abre diante de seus olhos, Elena fica admirada com o fenômeno e quando ele desaparece a jovem olha para os lados querendo ter certeza que ninguém tinha visto o que ela testemunhara, então sorrindo pega sua cesta de frutas e verduras e volta ao seus afazeres diários.

Porém, aquele homem nunca mais sairia de sua cabeça.

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Os amigos tinham notado um detalhe muito importante na história sendo contada e Ichigo é o primeiro que se manifesta.

– Peraí! O konso era realizado quando os humanos ainda estavam vivos?

– Sim. - Responde Hisana.

– Mas por quê?

– Naquela época era uma forma segura de evitar-se ao máximo que almas perdidas se tornassem hollows, não estou afirmando que era o único meio, mas sim o mais seguro, e como antigamente não existia academia shinigami, o número deles era muito limitado, em outras palavras, o controle das almas se tornava mais difícil conforme a população aumentava.

– Uhm... Essa parte eu entendi, mas o que eu não entendo é por que hoje em dia ninguém mais faz mais isso. - Ichigo pergunta outra vez.

– Por que eu acho que hoje em dia Ichigo os shinigamis não são apenas responsáveis por guiar almas ou purificar hollows, eles estão envolvidos com várias outras coisas inclusive burocráticas, talvez, encontrar um hollow e purificá-lo com a espada ou um espírito perdido seja um método mais fácil do que simplesmente esperar o momento ideal para realizar o konso hoje em dia. - Responde Rukia.

– Não deixa de ser verdade. - Diz Hisana.

– Tá, mas que diferença faz aplicar o konso em um espírito e não em alguém à beira da morte se no final o resultado é o mesmo?

– Imagine a dor e o sofrimento que um espírito passa quando se torna hollow... O desespero de querer se libertar daquela prisão e não poder... Assistir a si mesmo cometendo atrocidades e não conseguir impedir. - Comenta Inoue com um sussurro para seus amigos.

Todos ficam em silêncio entrando em consenso com as palavras da ruiva.

Inoue–san tem razão, por isso os shinigamis não podiam relaxar, eles não queriam que aqueles espíritos se perdessem de tal forma e mesmo quando não conseguiam evitar, eles purificavam os hollows rapidamente para que os mesmo não sentissem dor e guiavam seus espíritos pessoalmente.

– Continua Hisa-san! Estou começando a gostar dessa história. - Exclama Inoue mais uma vez empolgada.

– Não sei nem como vocês conseguem entender a história interrompendo ela desse jeito... - Comenta Ishida cortando a empolgação dos amigos.

Sado concorda com a cabeça.

– Perdão!... - Dizem Ichigo, Rukia e Inoue ao mesmo tempo.

– Continue Hisa-san, por favor. - Ishida pede educadamente enquanto ajeita os óculos.

Hisana acha graça da cena e até ri um pouco, mas continua normalmente com a história.

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Algumas horas depois de se encontrar com a jovem, Magnus estava em conferência diante de seus amigos.

– O que diz é verdade mesmo Magnus? - Pergunta a jovem shinigami de cabelos loiros cheia de entusiasmo.

– Sim e ela se lembra até mesmo do konso! - O jovem Magnus estava tão empolgado quanto ela.

– Que extraordinário! Nunca imaginei que os humanos pudessem evoluir a ponto de nos verem, mas como isso é possível? Quantos já podem fazer isso? - Pergunta o que parecia mais velho.

– Eu ainda não sei, quero perguntar ao Grande Rei por que ele está permitindo que os humanos nos vejam agora.

– Creio que não há necessidade Magnus, se isso é obra do Grande Rei basta a todos nós aceitar e aproveitar a oportunidade de interagir com eles! - Diz a mulher.

– Isso mesmo ela tem razão Magnus, pense nas infinitas possibilidades que surgem diante de nós! O aprendizado, a troca de experiência, a evolução! - Exclama o outro cheio de idéias.

Magnus ouvia seus amigos falando e sua cabeça começava a lembrar da jovem Elena que tratava o desconhecido com tanta segurança que acabara por cativar-lhe.

– Acho que está na hora de procurar outros que sejam como ela, quantos será que já existem? O que poderemos aprender agora que sabemos ser possível elas se comunicarem conosco sem intervenções especiais? - Magnus fica pensativo e começa a ir embora.

– Tem razão meu amigo, eu começarei a pesquisar sobre esses humanos e se existe alguma coisa especial em seus espíritos! - Diz o homem andando ao seu lado.

– Ah! Se vocês começarem a correr atrás desses humanos vou ficar com ciúmes heim! Tão me ouvindo? - Grita a mulher emburrada.

– Danielle venha depressa ou vamos deixá-la para trás! - Magnus ri.

– Vocês não são nem loucos de fazerem isso comigo! - Ela exclama de evidente mau humor e correndo atrás deles.

– Eu não sou louco não, mas quanto ao Solomon eu já não posso garantir nada. - O jovem loiro observa de soslaio a reação do amigo.

– Prefiro que me vejam como louco do que me confundirem com a Danielle por causa dos cabelos. - Solomon rebate sem esboçar preocupação.

Uma veia salta da testa de Magnus e Danielle.

– O que foi que você disse?! - Os dois bravejam.

Solomon olha despreocupado para os jovens shinigamis mas logo sua reação se torna instintiva enquanto uma gota de suor nervoso desce de sua têmpora ao ver as expressões intimidadoras na face de seus amigos.

– Ops...! - Ele levanta uma sobrancelha sumindo com um passo rápido.

– Como ousa comparar a minha beleza estonteante com o grosso desproporcional do Magnus?! - Danielle também some.

– Grosso desproporcional? Eu sou o shinigami que mais arranca suspiros do palácio dos espíritos! Danielle! Solomon!? Oras seus...!- Magnus desaparece.

Os shinigamis que andavam pelo palácio só conseguiam ouvir as gargalhadas de Solomon, enquanto uma Danielle zangada e um Magnus revoltado tentavam pegá-lo.

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Algumas horas mais tarde o jovem shinigami procurava por Elena em todos os lugares, mas a mulher havia desaparecido, ele entrava nas casas, vagava pelas ruas e corria pelos céus, mas ela não era encontrada em lugar nenhum, quando estava para desistir, ele encontra uma pessoa no chão debaixo de uma árvore próximo ao rio, tentando saber do que se tratava se aproxima e para sua surpresa era a mulher que havia procurado o dia inteiro, ela dormia tranquilamente naquele lugar inóspito sem maiores preocupações, Magnus se aproxima mais ainda para observar a expressão serena da jovem mulher.

– Se meu senhor tem algo a me dizer não precisa esperar que eu abra os olhos.

A mulher fala tão repentinamente que faz Magnus dar um salto para trás.

Elena sorri e abre os olhos levantando vagarosamente e espreguiçando-se.

– Como você sabia que eu estava aqui? - Pergunta.

– Eu senti o meu senhor se aproximando enquanto cochilava, por isso não fiquei preocupada com vossa aproximação. - Ela responde naturalmente.

– Sentiu a minha presença? - Isso era novidade para ele.

– Sim, meu senhor, mas não sei explicar por que consigo fazer isso.

– O que você fazia dormindo em um lugar como este?

– Há algo de errado em dormir em um lugar como este? - Ela pergunta ajeitando os cabelos.

– Claro que há! Você deve ter casa e família, não tem por que dormir aqui, é perigoso!

Elena ri.

– Meu senhor, por que eu deveria temer alguma coisa? - Ela tirava a sujeira das roupas.

– Ãhn? - Magnus levanta uma sobrancelha confuso e ela percebe, então sorri.

– Não é para isso que o senhor está aqui? Para me proteger?

–... Não quis dizer isso. - Magnus coça o pescoço sem graça.

– Então por que o meu senhor ficou o dia inteiro atrás de mim?

– Você? Como sabe que era de você que eu estava atrás? - Ele tenta perguntar querendo parecer inocente.

– Por que meu senhor parece mais tranqüilo agora que me encontrou - Ela responde disfarçando o sorriso.

Magnus fica sem graça, aquela mulher era muito esperta, ele já estava se sentindo um idiota.

Elena senta-se novamente sob a árvore e faz um sinal para Magnus sentar-se ao seu lado e ele meio acanhado se aproxima olhando-a nos olhos.

– Pode sentar-se prometo que não mordo. - Ela solta uma risadinha achando graça da desconfiança do shinigami.

Magnus senta.

– Por que estava atrás de mim, meu senhor? - Ela pergunta.

– Por que você foi a primeira pessoa que pôde me ver, então tive vontade de conhecê-la mais para tentar entender por que isso é possível.

– Entendo... - Elena demonstra um sorriso melancólico.

– Algum problema? - Ele pergunta percebendo sua expressão.

– Meu senhor... Eu sou tão estranha assim? - Elena fita o shinigami ao seu lado.

– Estranha? Como assim? - Magnus não tinha entendido.

– É por que desde pequena eu posso ver espíritos, desde o dia em que minha mãe morreu, todos os outros da vila dizem que eu sou estranha, que falo com maus espíritos, isso me entristece muito por que eu nunca quis ser assim... - Ela fita o chão. – Mas eu sei que o senhor não é um espírito ruim e eu vi outros como o senhor destruindo monstros que tentavam nos atacar, eles estão mentindo sobre mim eu não sou estranha... Ou será que eu sou? - Ela sussurra duvidando de sua identidade.

Magnus olha para Elena de cabeça baixa e olhos tristes, ele suspira e então responde:

– Você não é estranha, essa é a palavra que as pessoas de sua vila encontraram para definir a inveja que sentem por não ser como você.

– Como eu? - A jovem levanta a cabeça e passa a fitá-lo.

– Sim, você é especial. - Magnus fala esboçando um sorriso bem simples, porém natural. – As pessoas temem o que não conhecem, esse é o principio do medo e também é o principio da fé e do respeito, você pode ver aquilo que eles desconhecem, sem medo, mas sem deixar de ser o que é, se eu estivesse no lugar deles como um humano tão limitado, também teria muita inveja de você. - Ele sorri.

Elena se sente feliz ao ouvir essas palavras.

– Obrigada meu senhor, suas palavras alegram meu coração.

– Magnus.

– Ãhn? - Elena olha para ele.

– Meu nome, Magnus.

– Oh! Muito prazer Meu senhor. - Responde Elena fazendo reverência.

– Pare com esse "meu senhor" que já está me dando nos nervos, me sinto esquisito quando você me chama assim e eu sou tão jovem, bonito e galanteador, não pareço tão velho assim, ou pareço? - Magnus faz bico e sua expressão fica muito engraçada.

Elena não consegue segurar a risada ao notar a expressão tão inusitada do shinigami e isso o faz sorrir.

Magnus tinha aparência jovem e esbelta, seus cabelos loiros longos davam um ar mais misterioso ao seu semblante que a fazia sentir-se bem, como uma aventureira explorando uma caverna desconhecida.

– Então, Magnus, correto?

Ele balança a cabeça positivamente.

– Se você disse que não é tão velho assim quanto anos tem?

–...

– Vou tentar interpretar o vosso silêncio. - Diz ela sorrindo com expressão e pose intelectual.

– Nem ouse fazer isso! - Exclama Magnus sem graça.

– Ah é? Então eu acho que você deve ter uns "XXXX" anos correto? - Ela diz fazendo uns cálculos inexistentes na cabeça.

– Eu não tenho "XXXX" anos! - Ele se assusta.

– O quê! Você é mais velho que isso? - Ela exclama brincando e rindo muito.

– Claro que não, eu não quis dizer isso! Espere ai por que essa conversa está me afetando!? - Magnus pergunta ao vento começando a entender a provocação e olhando para ela com olhar suspeito.

Elena segura a barriga de tanto rir.

– Você é incrível, não se passaram nem dez minutos e já me fizestes rir como nunca ri em toda a minha vida, obrigada Magnus.

– Ei, Ei, Ei! Eu não sou um bufão, não me lembro de ter contado piadinhas para você rir! Ei tem alguma coisa na minha cara? - Magnus se levanta e vai até o rio para ver seu reflexo na água.

Elena começa a rir de novo.

– Não tem nada Magnus, foi uma forma carinhosa de dizer que fiquei feliz por você alegrar meu coração.

Magnus olha para ela.

– Eu alegrei seu coração?

– Muito obrigada por ter feito meu dia inesquecível, meu senhor.

Magnus fica corado e sem palavras.

– Nós... Nos veremos amanhã? - Pergunta Elena.

– Se assim desejar...

– E quanto a você? O senhor deseja?

– Só se você parar de me chamar de "senhor". - Ele impõe a condição.

Os dois sorriem.

Magnus não tinha idéia de onde estava se metendo, dia a dia ele e Elena se encontravam e compartilhavam de experiências únicas vivenciadas apenas por suas próprias limitações e era isso que fazia cada encontro ser especial.

Com o tempo a ânsia de ver aquela mulher aumentava e ele desejava que os dias passassem mais rápido para que um novo sol raiasse e assim pudesse vê-la, mas sem perceber, um sentimento diferente foi nascendo dentro do coração de cada um, algo que ele nunca sentira antes e culminaria com o seu maior erro, um ato proibido que mudaria para sempre as dimensões do mundo.

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– Peraí Hisa-san. - Interrompe Ishida levantando a mão e se achando no direito de fazer isso agora.

– Sim?

– Você disse que veio até aqui para contar sobre o que aconteceu com a gente no futuro inclusive disse que o Ichigo morreu e todo mundo está aqui esperando para você contar isso, mas por que está relatando uma história diferente? - Ele pergunta.

– Por que foi ele que matou o Ichigo correto? - Responde Yoruichi com uma pergunta.

– Correto Yoruichi-san. - Todos se viram para Hisana. – Mas não inteiramente correto.

– O que quer dizer? - Pergunta Ishida.

– Magnus não matou apenas Kurosaki Ichigo, ele matou todos vocês.

– O QUÊ! - Eles exclamam ao mesmo tempo.

– Só pode ser brincadeira! Você está falando sério? - Grita Ichigo.

– Por que eu perderia meu tempo aqui mentindo para vocês? - Diz Hisana olhando para ele.

–... Mas que merda! - Ichigo fica nervoso e impaciente.

Rukia lhe dá um cascudo. – Que droga Ichigo fica quieto! Você tá achando que é o único preocupado aqui?

– Tsc! Pára de me bater como se eu fosse o seu marido droga!

Todos olham espantados para Ichigo e Rukia.

Hisana ri.

– E você tá rindo do quê?! - Gritam Ichigo e Rukia ao mesmo tempo.

Hisana engole seco.

– E ele é tão poderoso assim? - Pergunta Ishida demonstrando preocupação.

– Muito poderoso.

– Você consegue expressar o quão forte ele seria?- Vem a pergunta outra vez.

– Acho que não existem palavras que descrevam o que ele é realmente, mas se existir talvez seja apenas uma...

– Qual? - Ishida queria saber.

– Morte.

Todos ficam em silêncio.

– Tem uma coisa que eu não entendo Hisa-san, você está dizendo que este homem chamado Magnus nos matará no futuro, mas por que ele parece feliz na sua história? - Indaga Inoue.

– Porque nem todo monstro nasce como um, eles passam por uma transformação que os tornam aquilo que muitos vem a temer ou odiar, mesmo Magnus não foi exceção.

– Você comentou algo sobre ele ter cometido um erro que mudaria o curso da história correto? - Pergunta Yoruichi desta vez.

– Exatamente.

– O que foi que ele fez? - Rukia pergunta.

– Ele apaixonou-se por uma humana.

Todos ficam surpresos.

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– Kaliver, por que você faria isso? - UraharaF o pressiona.

– Tenho os meus motivos, cabe a vocês apenas aceitar os fatos.

– Eu não entendo... Você é um inimigo... - Diz Katsuya sem entender o que ouviu.

– Penso o mesmo de vocês, mas existe algo que Kurosaki Hisana me disse anos atrás que se aplica perfeitamente a esta situação.

– O que ela lhe disse? - Pergunta Katsuya.

– "O inimigo de meu inimigo é meu amigo".

– Faz sentido. - UraharaF concorda.

– Então, o que iremos fazer? - Katsuya questiona.

– O que você pretende faz...?

Silent Hill 3 OST - Lost Carol

Antes que termine a sentença Kaliver parte para cima de Katsuya que tem seu peito perfurado pelas mãos vazias do hollow que não expressa nenhuma reação enquanto olha nos olhos do rapaz que cospe sangue e sente a visão embaçar.

– Seu... Desgra... Çado... Trai... Dor... - Katsuya desfalece.

– Katsuya! - Grita UraharaF sem entender e retirando sua zanpakutou corre em direção de Kaliver para atacá-lo.

Kaliver estende a mão desocupada na direção de UraharaF e concentra uma densa energia negra desferindo-a contra ele. O cientista não tem tempo de desviar da poderosa energia que explode no seu peito.

Urahara cai morto no chão.

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Continua...

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Notas finais do capítulo

Meu pé continua magoado comigo mas aqui está mais um capítulo. espero que tenham gostado da leitura.

Caso vocês tenham notado Magnus e Elena não possuem um nome oriental, resolvi fazer isso pra deixar bem diferenciado o nome original dos personagens do anime com os que eu mesma criei.

Deu pra notar também que eu já comecei revelando o passado do vilão antes mesmo do passado da Hisana, mas é justamente o que vai ajudar a entender melhor o por que de certas coisas terem acontecido com ela, que aliás já começaram a ser mostradas.