Justiça: O Pergaminho de Sakuya escrita por Wondernautas


Capítulo 9
8 - Ouça o belo som, aspire o fúnebre perfume


Notas iniciais do capítulo

Saudações! Não abandonei as fics não, hein? Isso nunca acontecerá, confia! Mas como tivemos um Carnaval nesses dias, aproveitei pra tirar um descanso. Estarei postando a fic de sexta passada hoje, o Pergaminho de Haruki (normalmente de segunda) amanhã e o Pergaminho de Rei (normalmente de quarta) na sexta. O próximo capitulo de Pergaminho de Sakuya (normalmente na sexta) provavelmente postarei no sábado, se tudo correr bem. Enfim, boa leitura!



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Arco 2 - Rebelião da Aldeia do Som




No dia seguinte ao encontro de Caius Lao Bistail e Arash Yajirushi, em algum lugar próximo aos limites territoriais do País do Relâmpago com o País da Geada…



Um homem de pele parda corre às pressas, destinando-se à Aldeia do Som. Seus olhos estão mergulhados em uma preocupação notável, assim como os mais profundos dos seus pensamentos. Seu coração se energizou com o encontro e com a noite passada na Aldeia da Nuvem, mas o dever lhe chama. Arash sabe que coisas terríveis podem estar prestes a acontecer no vilarejo que tanto ama desde tenra idade.

— Mime… – diz para si mesmo, em baixo tom.

O parceiro de Caius Lao, embora empenhado em sua longa viagem, tem a sua mente invadida por memórias sonorizadas por uma triste melodia lírica…

 

…/–/–/…

 

Dias atrás, em uma área comercial na Aldeia do Som…



Eu não me lembro ao certo dos meus sentimentos naquele dia. Recordo-me que estava caminhando entre bancas e barracas com frutas, verduras e legumes. Conforme caminhava, saudava aquelas pessoas de idade avançada que sempre estão sorridentes. Mulheres e homens, alguns acompanhados de crianças, ensinando-os o que certamente será passado adiante por várias gerações. A maior parte da renda de tantas famílias se concentrava ali, naquelas humildes vendas de alimentos.

Externamente, eu sorria. No entanto, em meu interior, acho que posso dizer que não estava tão alegre assim. As preocupações derivadas das questões políticas ocupavam a minha mente… De maneira tão profunda que eu me esquecia da tristeza em torno das condições de tantas pessoas. A Aldeia do Som não fica em um dos Cinco Grandes Países. Apesar do apoio da Organização das Nações Shinobi Unidas, nosso vilarejo permanecia e ainda permanece lidando com uma situação socioeconômica desfavorável.

Sua história de 40 anos foi marcada pela miséria de muitos e esse contexto talvez seja o que alimenta todos aqueles contrários à posição de Sorento Solo como Otokage. Afinal de contas, como um homem nascido em família nobre poderia entender a dor e mazelas vividas pelos mais pobres e menos abastados? Como ele entenderia a realidade da maior parte da população de um vilarejo que é visto com maus olhos pela maioria dos estrangeiros? Devo admitir que todas essas dúvidas são válidas. Sempre foram… Talvez sempre serão.

Todo aquele fluxo de pensamentos desatou a minha audição de modo que só pude notar um som viajando pelo ar quando já estava próximo demais. Meus olhos se arregalaram, pois eu já havia me afastado dos comerciantes e me aproximava de um aglomerado de crianças e adolescentes pobres. Todos eles vestiam roupas humildes e viviam em condições complicadas. Aquela música lírica entristecida parecia se encaixar perfeitamente com suas vidas precárias.

E lá estava ele: Mime Abumi. Assentado sobre o tronco de uma árvore baixa, ele estava com as pernas semidobradas diante do próprio corpo. Seus dedos brancos tocavam as cordas de uma lira, entoando aquela melodia tão profundamente melancólica. Seus olhos rósaceos intensos estavam fechados para que nada tomasse a atenção daqueles menores além da sua arte musical. Seus cabelos ruivos de um tom alaranjado estavam sobre suas costas e quase alcançavam a linha da cintura. Eu tinha a sensação de que aquele doce perfume floral advinha de suas inconfundíveis madeixas…

O instrumento por ele tocado era o mesmo de anos atrás, o mesmo que ele sempre usou e provavelmente sempre usará. Uma lira preta, tão escura quanto a noite, marcada por símbolos que, em conjunto, significam “A dor da verdade confunde-se com a dor da arte”. Os dedos do sujeito caucasiano viajavam pelas cordas de maneira sublime e natural. Mime nem mesmo precisava manter os olhos abertos para tocar de maneira tão magistral. Havia tempo que não me encontrava com ele. Muito tempo…

Em determinado momento, eu me misturei ao aglomerado de menores de idade. Todos estavam ali, encantados com a doce melodia entoada pelo instrumento musical. Eu sempre soube que aquilo era recorrente. Com frequência, em seu tempo livre, Mime se afastava da vida como ninja para tocar músicas nas regiões mais pobres da Aldeia do Som e em seus arredores.

Agora, quando penso sobre isso, sinto uma curiosidade quase incontrolável. Afinal de contas… Por quê? Por que Mime simplesmente tocava suas músicas no mais absoluto silêncio enquanto seu público se esquecia quase que completamente da realidade? Bem… Talvez eles precisassem daquilo para esquecer da dor da vida real… Das condições de uma vida miserável, indigna e cruel. Mime os compreende, talvez mais do que qualquer um. Talvez mais do que eles mesmos…

Por um instante, pude jurar que os olhos de Mime se abriram para me encarar. Acho que me enganei. Ele permanecia quase imóvel, com exceção dos seus dedos. Sua feição era impossível de ser lida. Nunca fui capaz de encontrar nada em seu rosto nas poucas vezes que pude analisá-lo. Era como se não existisse nada em sua face além de uma densa melancolia. Devo dizer que não se tratava de uma tristeza genuína, algo vindo do próprio Mime. Não… Era como se ele pudesse refletir a dor de todos aqueles jovens enquanto eles mesmos se maravilhavam… Como animais fascinados pelos talentos de um encantador.

Algum tempo depois, decidi me afastar dali. Mime permaneceu no mesmo lugar, mas eu senti algo diferente conforme me afastava dele. “Arash”... Era como se a música pudesse pronunciar o meu nome. Um certo temor foi preenchendo o meu coração, mas eu não pude olhar para trás. As notas musicais ficavam cada vez mais distantes, mas aquele sentimento ficava cada vez mais próximo. Seria um aviso, uma advertência…? Não sei dizer ao certo.

Tudo o que sei é que, depois daquilo, eu segui viagem rumo ao País do Relâmpago. Me questionei se Mime sabia das minhas intenções e se estava me avisando das consequências. Em dado momento, cheguei até mesmo a hesitar com as minhas convicções. Estaria eu do lado correto? Será que, no fim das contas, aqueles que defendiam a ascensão de Mime Abumi como Otokage não estavam certos? Ele tem o poder necessário, mas também tem a compaixão com aqueles que mais precisam.

Quando me afastei o suficiente para não mais escutar o som da lira, eu senti a música ecoando em minha mente como uma memória que se recusava a desaparecer. Meu coração permanecia angustiado e eu sentia que tinha de encontrar Caius o quanto antes. A presença e o calor dele eram as únicas coisas capazes de me retornar ao meu próprio caminho sem nenhuma dúvida.

Por outro lado, eu sabia que nem mesmo ele poderia evitar o derradeiro conflito de interesses ao redor da Aldeia do Som. Cedo ou tarde, a situação chegará ao clímax. Cedo ou tarde, a música-tema será tão fúnebre e absoluta quanto a morte… E quando isso acontecer… O que todos nós poderemos fazer…?

 

…/–/–/…



De volta ao presente, poucas horas após a partida de Arash… Em um local fúnebre da Aldeia da Nuvem…



Uma garota de pele negra com várias marcas esbranquiçadas e olhos castanhos observa o túmulo diante de si. Gravada em pedra está o nome de Sakurai Shihoin, seu falecido e amado pai. Entre as mãos dela está um arranjo de flores de cerejeira, cujas pétalas estão tão frias quanto a temperatura ao seu redor. A manhã começou há poucas horas e a garota está se esforçando para seguir o dia como uma ninja deveria fazer.

— Pai… – articula Sakuya, sorrindo de maneira melancólica diante do túmulo. – Eu queria tanto ter a sua força… A sua energia, a sua confiança, o seu brilho…

A mão direita dela é levada para o ombro esquerdo enquanto a outra mão permanece segurando o arranjo floral sozinha. Os olhos escuros de Sakuya pesam com a dor e a saudade conforme os dedos de sua mão apertam o ombro por ela tocada.

— Todos os dias, eu me pergunto se poderei ser como você… Se poderei ser feliz de verdade em algum momento. Será que a minha vida tem algum significado…? Será que eu posso enfrentar tantos obstáculos quando o mero ato de levantar da minha cama já é um esforço tremendo…?

Por alguns instantes, ela abaixa o rosto e perde parte do controle do próprio corpo. Sakuya está levemente trêmula como uma folha desafiada pelo vento. Embora seus olhos estejam úmidos, nenhuma lágrima cai. Não por ora…

— As pessoas sempre menosprezaram a minha dor, a minha solidão… Como se eu não tivesse direito a nada por ser quem eu sou… Por morar onde moro… Com as condições de privilégio que possuo… – ela prossegue, aproveitando os poucos traços de esperança que lhe fazem crer que seu pai poderá ouvir de algum lugar. – Nunca me senti mais injustiçada do que outras pessoas. Eu sei que… Há outros sofrendo mais, sem ter o que comer ou sem perspectivas de um futuro menos injusto… Mas eu… Eu não tenho o que a maioria das pessoas normais têm. Não consigo… Encontrar nada pelo que lutar. Nada me inspira, nada me motiva, nada me faz crer que serei feliz um dia. Sem uma família de verdade, sem amigos em que sinto que posso confiar, sem… Absolutamente nada que faça o ar que eu respiro ter sentido. E agora…

Os dedos sobre o arranjo de flores também tremem, lutando para manter o aperto sobre elas, impedindo-as de cair sobre o túmulo por enquanto. O rosto da garota se ergue novamente para que seus olhos retornem ao que ela precisa observar: o nome de seu pai aqui gravado como um símbolo da eternidade.

— Agora eu descobri que existe algo maligno dentro de mim, algo que pode machucar outras pessoas… Como se eu tivesse de suportar tudo em silêncio para que esta coisa não escape e espalhe sua escuridão por aí… Por quê…? – ela, enfim, sente lágrimas sutis caindo de seus olhos. – Por que os deuses me abandonaram?

O local gramado, próximo a duas grandes montanhas, está repleto de vários outros túmulos. Ao longe, com as costas apoiadas em uma árvore, Caius Lao Bistail está de braços cruzados e olhos fechados. Por um lado, ele sente que não deveria estar aqui interferindo em um momento íntimo e pessoal de uma de suas alunas. Por outro, como um Jonin da Aldeia da Nuvem, ele entende que o futuro do vilarejo e da Aliança Shinobi deve ser protegido a qualquer custo. Caius sabe que Sakuya não o percebeu, mas permanece imóvel e em absoluto silêncio mesmo assim. Quando ele escuta o som do arranjo de flores sendo depositado sobre o túmulo, o namorado de Arash da Aldeia do Som abre suas pálpebras.

— Obrigada, pai… – articula a garota, colocando-se de pé outra vez após colocar as flores sobre o túmulo. – Obrigada por tentar me fazer feliz, como uma garota comum, até o fim… Aliás, até depois do fim… Eu prometo que vou continuar lutando para encontrar um caminho. Para trilhar a minha própria estrada… Não sei se sou capaz, mas irei tentar. É uma promessa…



…/–/–/…



Algum tempo depois, em uma área residencial da Aldeia da Nuvem…

 

Três Gennins caminham lado a lado com posturas bem diferentes. A garota no meio é K Tousen, uma jovem de estatura média, pele negra, olhos castanhos bem escuros, cabelos crespos rosados quase raspados de tão curtos e longas unhas pretas. Ela caminha despretensiosamente, observando as próprias unhas e alheia aos seus dois colegas de equipe.

Ao lado direito dela está Sora Uzumaki Munroe, um jovem ruivo de cabelos levemente ondulados que atingem a linha inicial do pescoço, olhos castanhos médios, pele clara e uma estatura equivalente à de sua colega. A expressão do garoto é de pura seriadade, embora pareça tão indiferente aos seus dois colegas quanto K Tousen.

Ao lado esquerdo da garota está o mais alto e mais velho dos três, falando muito rápido sobre tudo o que espera viver nesta missão rumo à Aldeia do Som. Seus cabelos loiros espetados e levemente bagunçados possuem um tamanho semelhante às madeixas de Sora, sua pele é clara e seus olhos são de um tom entre o castanho escuro e o cinza opaco. Abaixo de cada olho há um risco sutil. O que mais o diferencia dos demais, no entanto, é o largo sorriso estampado em sua face juvenil.

— Pelo visto, você está bem ansioso, Saruto – declara Nico Lee Chinoike, de braços cruzados e costas apoiadas a um poste a poucos metros do trio.

— Muito, professora! – declara o loiro, dirigindo toda a sua atenção para a Jonin da Aldeia da Nuvem.

— E os demais? – questiona a mulher, afastando-se do poste com alguns poucos passos para se colocar no caminho dos Gennins.

Todos param a pouco mais de um metro perante a mulher com grande seriedade estampada no rosto. Tanto K quanto Sora olham em sua direção, mas é a garota a primeira entre eles a se manifestar:

— Trabalhar em equipe com aquela patética da Sakuya? – e revira os olhos em protesto, ironizando em seguida: – Nossa, não vejo a hora!

Nico Lee não se surpreende diante disso porque sabe superficialmente sobre a rivalidade entre sua aluna e a aluna de Caius mencionada por ela. No passado, Sakuya e K foram grandes amigas, mas algo aconteceu, transformando-as em rivais declaradas ao ponto de uma mal suportar a presença da outra. Em seu íntimo, a Jonin responsável por esse trio pensa que essa relação conflituosa poderá ser até benéfica para o crescimento pessoal de cada um dos seis Gennins atrelados à missão.

— Estou pronto – alega o ruivo de poucas palavras.

— Sendo assim, vamos indo. Nossos colegas estão nos esperando lá fora – determina a mais velha, indicando um dos grandes portões da Aldeia da Nuvem ao longe com o movimento de sua cabeça.

Dessa maneira, o grupo segue junto rumo ao Portão Oeste da Aldeia da Nuvem. Em menos de um minuto de avanço, Nico Lee e seus Gennins já estão diante de Caius Lao Bistal, Sakuya Shihoin, Aruhana Yotsuki e Romoku Mutou. De imediato, Sakuya e K cruzam olhares de maneira quase agressiva, algo notado pelo falante aliado da Gennin K.

— Eita, vocês vão se estapear mesmo, né? – questiona Saruto, entre risos enquanto altera o seu olhar entre as duas.

— Talvez seja uma boa ideia – afirma Sakuya, encarando K.

— Não acho. Minhas unhas fabulosas não deveriam ser danificadas com alguém do seu nível – desdenha a outra, encarando a jovem Shihoin.

Enquanto uma fuzila a outra com o olhar, Caius permanece de braços cruzados, observando Saruto Namikaze. Nos instantes em que Sakuya e K seguem trocando ofensas intercaladas com os comentários do garoto loiro, o líder do clã Bistail relembra algumas das palavras ditas por Nico Lee no dia anterior:

“Para ser sincera, algo em um dos meus Gennins vem ocupando meus pensamentos nos últimos dias. Saruto Namikaze. Algo aconteceu com aquele garoto no Vale da Lua de Prata do Universo Primordial. Quando ele retornou, estava com um Fuuinjutsu marcado em sua nuca. Acontece que se trata de um Fuuinjutsu praticamente esquecido no nosso mundo, uma técnica extremamente antiga. O mais estranho é que nem Saruto, nem seus colegas temporários de equipe se lembram de algo estranho. Na verdade, nenhum deles aparentou perceber a marca. É como se ninguém pudesse enxergar a marca, com exceção de algumas pessoas. Eu sou uma delas. Ontem, busquei orientação de Sugoroku Mutou, o avô de um dos seus Gennins, Caius O ancião acredita que… Que existe uma conexão com os estudos de Mime Abumi sobre Fuuinjutsus”...

— Vamos indo – articula Nico Lee, colocando-se ao lado direito de Caius, de pé em direção aos seis jovens Gennins. – Nossa viagem para a Aldeia do Som será longa.

Dessa maneira, todos começam a correr em moderada velocidade, determinados o suficiente para cruzarem parte do território do País do Relâmpago, atravessarem o País da Geada e o País das Fontes Termais para, enfim, chegarem ao País do Som. As palavras de Yoruichi Shihoin, ditas no dia anterior, vêm à sua mente:

“Mover uma equipe de Jonins até lá está fora de cogitação. Isso poderia soar como algum tipo de ameaça à soberania interna da Aldeia do Som. Por outro lado, precisamos estudar a situação com maior cautela e uma equipe de Gennins é perfeita para isso. Para todos os efeitos, será uma simples visita. Em segredo, será uma missão de levantamento de informações. Precisaremos delas para que possamos agir da melhor maneira possível.”...

— Não se preocupe, Arash – pensa Caius Lao, ao lado de Nico Lee e à frente do grupo de Gennins. – Logo estarei aí com você!



…/–/–/…

 

Enquanto isso, pelos telhados das construções na Aldeia da Nuvem…



Uma figura felina obscura se movimenta em alta velocidade, saltando de prédio em prédio, montanha em montanha, até chegar em seu escritório: as dependências do Raikage. Saltando pela janela, o gato pousa sobre sua mesa, movimentando sua cauda enquanto observa o ambiente externo. Minutos atrás, Yoruichi Shihoin concedeu a permissão para as duas equipes de Gennins se moverem rumo à Aldeia do Som.

— Por que estou com esse mau pressentimento…? – articula o felino, sentando-se virado em direção à janela aberta. – O que Mime Abumi está planejando…?

— Senhora Raikage! – exclama alguém, batendo à porta do escritório.

— Sim? – questiona o felino, virando-se naquela direção.

— Uma mensagem enviada por Ishizu, a Profetisa, da Aldeia da Areia, acabou de chegar – completa o Chuunin do outro lado da porta. – Parece que é sobre uma visão.

— Visão…? – considera Yoruichi, entrefechando seus olhos. – Seria algo relacionado à Aldeia do Som?

— Acredito que não, senhora Raikage! Não há marcação de emergência no pergaminho. Mas há uma nota no exterior mencionando um nome – explica o sujeito, citando o nome em seguida: – Sakuya Shihoin…

Ouvir isso deixa a líder do vilarejo extremamente curiosa. Permitindo a entrada do Chuunin, ela o observa abrir a porta e se aproximar. Ao acatar a ordem da Raikage, ele abre o pergaminho e lê em voz alta diante de Yoruichi. Trata-se da visão que Ishizu Ishtar teve recentemente envolvendo a Gennin Sakuya e algum evento ainda desconhecido na Floresta da Morte da Aldeia da Folha.

Conforme escuta cada palavra, Yoruichi move a sua cauda, comprovando o seu interesse. O que mais chama a atenção do felino, no entanto, é a noção de que a Floresta da Morte da Aldeia da Folha é utilizada apenas durante os Exames Chuunins. A cada ano, locais específicos de vilarejos da Aliança Shinobi são selecionados para sediar os eventos em questão. Curiosamente, este é o ano em que uma das fases do Exame Chuunin acontecerá na Floresta da Morte.

— Sakurai… – pensa o gato, logo após o Chuunin em sua presença encerrar a leitura da mensagem. – O que você esteve escondendo de mim… Sobre sua querida filha…?


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Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Espere um momento… Você está acompanhando este universo, mas ainda não criou a ficha do seu personagem? Que pecado, amiguinho! Não perca mais tempo e se integre a este wonderverso! Agora é hora de voar!

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Mime Abumi

Idade: 32 anos

Aldeia: Som, País do Som

Cargo: Líder ANBU

Origem: Saint Seiya (Mime de Benetnasch)

Mime é o líder das Forças ANBU da Aldeia do Som, assim como o principal membro do tradicional clã Abumi. Como tal, ele é muito capacitado no uso de técnicas secretas do seu clã e no Estilo Secreto da Lira do Som: ambas as vertentes exploram o som como ferramenta ofensiva. Seu poder é algo muito reconhecido na região, sendo considerado por alguns como o único na história do País do Som capaz de fazer frente a Sorento Solo, atual Otokage. Mime discorda dos métodos de Sorento, acreditando que o sucesso da vila deve ser conquistado por meio da força.



K Tousen

Idade: 12 anos

Aldeia: Aldeia da Nuvem, País do Relâmpago

Cargo: Gennin

Origem: Personagem original

K Tousen é uma jovem Gennin da Aldeia da Nuvem, reconhecida por sua personalidade extravagante e seu carisma ácido. Anos atrás, foi uma amiga próxima de Sakuya Shihoin, mas determinados acontecimentos levaram as duas para um caminho oposto: hoje, são rivais declaradas. Vaidosa e orgulhosa, K demonstra grande prazer em massacrar inimigos que subestimam as suas capacidades. Por baixo de sua aparente independência, no entanto, há vulnerabilidade e segredos que ela guarda a sete chaves de todos aqueles ao seu redor.



Sora Uzumaki Munroe

Idade: 12 anos

Aldeia: Intercambista (Aldeia da Areia/Aldeia da Nuvem)

Cargo: Gennin

Origem: Personagem inscrito

Sora é um jovem filho de uma kunoichi da Aldeia da Areia com um shinobi da Aldeia da Nuvem. Graças a isso, ele se tornou elegível para o Programa de Intercâmbio da ONSU. Desde os seus primeiros anos de vida, Sora passa seis meses do ano na Nuvem e os outros seis na Areia. Sua dupla nacionalidade lhe permitiu escolher a Areia para se graduar como Gennin e a Nuvem para buscar a graduação como Chuunin. Possui uma visão de mundo muito calculista, acreditando que somente os mais poderosos conquistam a glória.



Saruto Namikaze

Idade: 14 anos

Aldeia: Aldeia da Nuvem, País do Relâmpago

Cargo: Gennin

Origem: Personagem inscrito

Saruto é um membro do clã Namikaze, uma pequena linhagem de ninjas de conexão ancestral com o clã Uzumaki. Alegre e extremamente enérgico, o Gennin é um indivíduo que dificilmente passa despercebido pelas pessoas ao seu redor. Dotado de considerável experiência por já ter participado de um Exame Chuunin, o adolescente costuma demonstrar grande confiança em suas habilidades. Sua característica mais indesejada para a maioria, no entanto, é uma tendência pervertida que o leva a espiar colegas de equipe em momentos íntimos.

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— Espero que tenham gostado do breve início dessa aventura. Uma última coisa antes da minha despedida: este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



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