Justiça: O Pergaminho de Sakuya escrita por Wondernautas


Capítulo 4
4 - Que se abram as portas do Multiverso




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Arco 1 - Vale da Lua de Prata




Vale da Lua de Prata, País da Geada…

 

Sakuya Shihoin, apoiada por seus colegas temporários Zaku Mikazuchi e Rupa Dores, concluiu a primeira parte da missão no Vale da Lua de Prata. Por horas, o trio coletou Flores Lunares na região enquanto Rupa era a que mais falava sobre as cores do lugar, o clima e a vegetação. Sakuya eventualmente falou algumas coisas sobre o seu clã e Zaku permaneceu em completo silêncio na maior parte do tempo. A Gennin da equipe tutorada por Caius Lao Bistail, no entanto, percebeu que o silêncio típico do ninja da Aldeia da Folha é diferente da personalidade de Romoku Mutou.

Em determinado momento, quase no fim da noite, Sakuya comentou sobre seus dois colegas da equipe sob responsabilidade de Caius. Para ela, Aruhana é uma pessoa falante e enérgica que costuma se meter em encrencas com os garotos. Já Romoku seria um sujeito muito tímido e que fala pouco, não por opção como Zaku, mas por dificuldades de se relacionar com aqueles ao seu redor. De certa maneira, a Shihoin relatou que se sente um pouco como ele, mas acrescentou que ainda não teve tempo para falar sobre questões tão pessoais com Romoku.

— Hora de acordar! – exclama Luna Shihoin, no centro do Vale da Lua de Prata, sob a luz da manhã enquanto alterna o olhar entre todas as barracas espalhadas pela região.

Após a primeira etapa, todos os Gennins descansaram por uma hora antes do toque de recolher. A noite foi tranquila tanto para os ninjas em formação quanto para os Jonins, Jonins Especiais e outros funcionários da Organização das Nações Shinobi Unidas. Para Sakuya, o tempo voou após o seu adormecer. Agora, dentro de uma barraca compartilhada com Zaku e Rupa, ela se levanta enquanto boceja, desejando nada além de uma hora a mais de sono profundo.

Sem muita demora, os grupos saem das barracas. Assim como todos os Gennins no local, Sakuya imediatamente percebe que Luna Shihoin, Vale Kahn e Yuzuriha Kaguya estão de pé no centro do Vale da Lua de Prata, a alguns poucos metros da barraca em que dormiu na noite que se passou. Os Jonins Especiais parecem esperar que todos os Gennins se alinham devidamente diante das próprias barracas. Ao longe, os Jonins responsáveis pelos menores de idade observam tudo enquanto conversam em baixo tom entre si.

— Você teve sorte com os alunos deste ano, Caius? – questiona uma mulher loira de pele branca, olhos azuis e bem alta para os “padrões comuns”, mas obviamente muito abaixo da estatura impressionante do líder do clã Bistail.

Ela é Silvanna, a atual líder do clã Senju da Aldeia da Folha. Como tal, veste trajes típicos da família principal: um longo robe azul celeste, uma camisa vermelha de bordas brancas abaixo dele, um grande cinturão dourado com uma pedra esmeralda e tecidos vermelhos anexados, uma calça azul escura e botas em tom vinho com joelheiras douradas. Seu traje é ornamentado por ombreiras e braceletes de ouro, assim como uma presilha de mesmo material mantendo firme o rabo de cavalo dos seus cabelos loiros que atingem suas costas. Em sua mão direita, ela carrega a lendária Lança Cometa do clã Senju.

— Digamos que sim, Silvanna – afirma Caius, sorrindo para ela enquanto permanece ao lado direito da kunoichi – Os três parecem ter boas noções de trabalho em equipe. O garoto, Romoku Mutou, demonstra uma habilidade interessante com Ninjutsus do Estilo Relâmpago. Aruhana, do clã Yotsuki, tem futuro como usuária de Taijutsu, embora seja obstinada ao ponto de superestimar as próprias capacidades. A terceira, Sakuya Shihoin, parece ter focado no domínio das técnicas secretas do seu próprio clã. Talvez possa alcançar um nível similar ao da Terceira Raikage com o devido esforço.

— Entendo – afirma a loira, olhando nos olhos púrpura do mais alto por alguns instantes, mas redirecionando a sua atenção para o grupo de Jonins Especiais ao longe. – O meu grupo também demonstra um senso de cooperação adequado para Gennins iniciantes. Zaku Mikazuchi é resiliente e foca em técnicas cortantes, provavelmente com o intuito de causar menos danos colaterais e gastos desnecessários de energia. Akaemi Yuuhi, como você deve imaginar, é uma ninja do tipo Genjutsu e, para a sua idade, parece ter um talento admirável nessa área. Já o Haruki Senju me chamou a atenção porque, aparentemente, está aplicando algumas noções de medicina ninja para interpretar os padrões de ataque dos adversários. Pode ser que ele se torne um grande ninja em ataque e suporte como a sua mãe foi no passado.

— O legado das gerações anteriores sendo passado adiante… – comenta Caius, suspirando em seguida enquanto esboça um largo sorriso.

— Quem aqui se lembra das aulas na Academia Ninja sobre o Multiverso? – questiona Luna Shihoin, no centro do local, enfim quebrando o silêncio absoluto dos Jonins Especiais da ONSU.

É quando Rupa Dores, ao lado esquerdo de Sakuya Shihoin, levanta a sua mão direita com grande empolgação. Todos os Gennins presentes lançam os seus olhares silenciosos na direção da garota originária do País dos Demônios. Com um pirulito de framboesa na boca, ela sorri quando Luna Shihoin olha em sua direção e se manifesta outra vez:

— Pode falar, querida.

— A ciência, nos últimos anos, vem estudando a Teoria do Multiverso. Segundo essa teoria, a realidade na qual estamos é uma entre tantas outras que vibram em frequências diferentes e existem como linhas paralelas que nunca se cruzam. Os adeptos à teoria acreditam que é possível que existam outras versões nossas em diferentes mundos, mas com elementos diferentes devido a escolhas distintas delas próprias e das pessoas ao seu redor. Assim como o Efeito Borboleta diz que o bater de asas de uma borboleta pode gerar um furacão do outro lado do mundo, a Teoria do Multiverso diz que o aglomerado de universos paralelos agrega… Infinitas possibilidades e combinações de escolhas dos seres humanos… E suas consequências em acontecimentos históricos.

— Muito bem. É isso mesmo – confirma a Jonin Especial da Aldeia da Nuvem, voltando a compartilhar o seu olhar com os mais variados Gennins presentes que a rodeiam agora. – Há eras, os ninjas têm conhecimento sobre algumas técnicas relacionadas ao espaço-tempo. A Técnica de Invocação é o melhor exemplo disso. Com o tempo, o ser humano compreendeu que a grande maioria das criaturas invocadas por essa técnica existem em um universo paralelo ao nosso. Ou melhor, um universo diferente do nosso.

— Segundo a teoria citada pela colega de vocês, o Multiverso é potencialmente infinito, mas possui uma estrutura esférica – Vale Kahn é quem toma a voz desta vez. – Isso quer dizer que todos os universos vibram em conjunto ao redor de um núcleo. Neste núcleo, existe o mundo chamado de Universo Primordial. Lendas dizem que ele é resultante dos resquícios do mundo antigo, o que sobrou após o grande evento que teria criado a nova realidade.

— No passado, supostamente os seres humanos viviam no Universo Primordial. Após o cataclisma, aquele universo teria se desdobrado infinitamente, gerando incontáveis mundos ao seu redor – Yuzuriha da Aldeia da Névoa começa a falar. – É no Universo Primordial que a maior parte das criaturas que ninjas estabelecem contato existem. Dizem que é graças à conexão ancestral entre o Universo Primordial e todos os outros mundos no Multiverso que nós podemos utilizar a Técnica de Invocação para trazer as criaturas de lá para o nosso mundo.

— Mas o inverso também é verdadeiro – afirma Vale. – Como aprenderam na Academia Ninja, o princípio básico da Técnica de Invocação envolve o estabelecimento de um contrato. Somente após realizar um contrato com uma criatura é que um ninja pode invocá-la. Para isso, devemos aplicar a lógica inversa da Técnica de Invocação.

— Ou seja… – Luna Shihoin retoma a palavra. – Hoje, vocês serão direcionados para o Universo Primordial através da engenharia reversa com a Técnica de Invocação. Vocês conhecerão um mundo paralelo ao nosso. Vocês levarão um pergaminho em branco e serão acompanhados por um Jonin Especial por equipe por medida de segurança.

— O Contrato de Invocação é feito em um pergaminho que deve ser assinado tanto pelo usuário quanto pela criatura. Ambos devem registrar o próprio material biológico, geralmente através do sangue, estabelecendo um contrato que dura a vida inteira. Ou melhor… – diz a loira Yuzuriha . – Mesmo após a morte do invocador, o contrato permanece ativo.

Neste momento, Luna Shihoin retira de uma bolsa de ferramentas oculta em sua cintura um pergaminho com o exterior roxo e o interior em branco. Ela o abre suavemente com as duas mãos, mostrando que está vazio para todos os Gennins enquanto gira devagar sobre o próprio eixo em 360°.

— Obviamente, o contrato só pode ser fechado entre um ninja e uma criatura que possuam algum tipo de sinergia e em comum acordo – o discurso dela prossegue. – Após concluir o contrato, para usar a Técnica de Invocação, o usuário sempre precisará de um pouco do próprio sangue e canalizar o seu chakra com cinco selos manuais. A quantidade de chakra usada define o número e o nível de poder das criaturas que poderão ser convocadas. Alguns Contratos de Invocação são estabelecidos com espécies, mas outros são estabelecidos com criaturas individuais específicas.

— Se preparem para a viagem. Partiremos rumo ao Universo Primordial dentro de 10 minutos – afirma Vale, sorrindo sutilmente.

 

…/–/–/…

 

Enquanto isso, em um local não muito longe dali…



Várias figuras encapuzadas e vestidas com túnicas prateadas formam um círculo perfeito enquanto conectam suas mãos. Marcações com tinta preta sobre o solo sem grama no qual estão reluzem de forma suave, recebendo o chakra dos indivíduos. Os sujeitos são os mesmos que observaram com atenção os Gennins na noite anterior. Agora, eles combinam os seus esforços para aplicar uma técnica secreta.

— Posso sentir… – afirma um homem entre os sujeitos aqui agrupados, se referindo ao conjunto de ninjas no Vale da Lua de Prata. – Os preparativos da viagem para o Universo Primordial estão se concluindo.

— Hoje, a antiga profecia se cumprirá – afirma outro dos homens. – Abriremos o portão do Multiverso ao tomar o controle da energia do ser Nexus.

Azuma Senju, Nukenin da Aldeia da Folha e criador do Lineamento Universal Sublime, teve contato com uma profecia quase cinco anos atrás. O mesmo interpretou que a profecia era referente ao fim do mundo através de uma nova geração de Bestiamorfos. No entanto, foi previsto que a força criadora do Deus da Luz, incorporada no ser Nexus, estaria presente em uma existência feminina no Vale da Lua de Prata neste exato momento. Azuma interpretou alguns elementos da profecia como indícios de que o ser Nexus seria uma garota jovem – e, portanto, uma Gennin. Decidido a salvar a humanidade por meio dos seus próprios métodos, desertou da Folha e criou a seita que, hoje, está agindo conforme os seus planos.

— Barreira da Luz: Composição Remota da Chave Multiversal! – gritam todos os homens em um impressionante coro de vozes.

 

…/–/–/…

 

Algum tempo depois, de volta ao Vale da Lua de Prata…



Luna Shihoin, Vale Kahn e Yuzuriha Kaguya observam os quatro funcionários de nível Chuunin da ONSU formando um círculo ao redor do grande agrupamento de Gennins e Jonins Especiais no centro do Vale da Lua de Prata. Estando entre esses Jonins Especiais, Luna e seus companheiros aguardam os movimentos dos Chuunins: um ao norte, um ao sul, um ao leste e outro ao oeste.

— Técnica de Invocação! – exclamam os quatro juntos após morderem dedos das mãos, agacharem, ativarem os selos manuais e colocarem a mão mordida sobre a grama.

A combinação dos Chuunins designados cria um grande círculo de marcações pretas abaixo da grama na qual os Gennins e Jonins Especiais estão pisando. Nos minutos anteriores, todos os procedimentos básicos foram realizados. Aos Gennins foram entregues pergaminhos vazios para que possam tentar estabelecer Contratos de Invocação na viagem planejada para durar até o fim do dia, ao anoitecer.

— O que é isso…? – pensa uma mulher de cabelos brancos relativamente curtos, olhos azuis e pele clara, estando entre os Jonins Especiais no centro da Técnica de Invocação combinada.

Seu nome é Eudora, Jonin Especial do clã Hatake da Aldeia da Folha. Por possuir habilidades sensoriais, ela está sentindo uma intervenção de chakra externo na Técnica de Invocação. Neste momento, a Hatake fica em dúvida se não sentiu antes pela limitação de alcance de 200 metros de sua habilidade sensorial ou porque alguém se precaveu para ludibriar sensores como ela. De toda forma, Eudora tem uma certeza: é preciso se manifestar e interromper o que está acontecendo imediatamente.

— Esperem! Tem algo…

Eudora é incapaz de concluir as suas palavras visto que uma imensa barreira dourada esférica surge cobrindo grande parte da extensão do Vale da Lua de Prata. Todos os Gennins, Jonins, Jonins Especiais e demais pessoas presentes percebem o surgimento da barreira luminosa ao redor deles. Silvanna Senju, conhecida como uma grande especialista em Kekkaijutsus do País do Fogo, é a primeira a perceber a natureza da barreira em questão.

— Isso é… – articula ela, ainda ao lado de Caius Lao Bistail, arregalando seus olhos enquanto observa a barreira esférica se completando em alta velocidade. – É uma barreira para violar o espaço-tempo!

— Como é!? – se manifesta o líder do clã Bistail, incrédulo no que acabou de ouvir.

A questão é que, devido à Técnica de Invocação, não há mais nada que possam fazer. Imediatamente, uma grande cortina de fumaça surge no centro do Vale da Lua de Prata. Em poucos instantes, todos os Gennins desaparecem do campo de visão dos adultos. Por outro lado, os Jonins Especiais como Luna Shihoin, Eudora Hatake, Vale Kahn, Yuzuriha Kaguya e outros não foram enviados pela Técnica de Invocação conforme haviam planejado.

— Impossível… – Caius se pronuncia, perplexo diante do que seus olhos estão testemunhando, ainda ao longe do centro. – Essa barreira manipulou a Técnica de Invocação!?

É quando o homem de estatura sobre-humana percebe a grande irritação na Jonin da Aldeia da Folha ao seu lado. Cerrando os seus olhos com uma expressão de pura ira e fechando seu punho esquerdo com força enquanto mantém a Lança Cometa na outra mão, Silvanna Senju se pronuncia:

— Azuma… Foi ele.

— Azuma Senju? – questiona Caius, tentando ter certeza de que está associando o nome à pessoa certa.

— Sim – garante ela, enfim olhando bem dentro dos olhos do mais alto. – Aquele lunático é o único obcecado pelo Multiverso que poderia ter criado essa técnica e que teria a audácia de fazer tudo isso.

É quando a mulher loira se vira para trás, caminhando e dando as costas para Caius. O olhar da líder do clã Senju está tomado por uma fúria quase material. Mesmo sem olhar para o seu rosto, o Jonin da Aldeia da Nuvem tem a plena certeza de que, quem quer que tenha feito essa intervenção, se arrependerá…

— Mas não importa – afirma Silvanna, ainda caminhando para longe de Caius. – Eu o matarei com as minhas próprias mãos.

 

…/–/–/…

 

Multiversalmente loge dali…



Um pequeno círculo de marcações escuras surge sobre um gramado. Em seguida, uma cortina de fumaça traz três pessoas para este lugar: Sakuya Shihoin, Zaku Mikazuchi e Rupa Dores. Por desconhecerem o fato de que ocorreu uma interferência com a Técnica de Invocação, inicialmente não percebem que há algo de muito errado por aqui…

— Nossa… – articula Sakuya, olhando para todos os lados.

Os três, com pouco tempo de observação, percebem que estão em um lugar com alguns pontos em comum com o Vale da Lua de Prata que conhecem. Isso porque, neste momento, estão em um ponto cercado por um círculo de grandes pedras distribuídas horizontalmente. O gramado é baixo e bem verde, assim como há árvores de cascos prateados por todos os lados. Até mesmo é possível encontrar Flores Lunares em alguns locais acessíveis ao campo de visão dos três. Porém, as árvores daqui são imensas e suas copas recobrem quase que toda a região. Graças a isso, embora tão lindo quanto o Vale da Lua de Prata que conheceram, este lugar possui pouca iluminação.

— A Teoria do Multiverso também se aplica a lugares físicos – afirma Rupa Dores, alternando o seu olhar entre seus dois colegas enquanto sorri. – Muito provavelmente, este é o Vale da Lua de Prata do Universo Primordial.

— Isso, é claro, se os habitantes deste mundo nomeiam o local da mesma maneira – opina Zaku, vasculhando o ambiente com os seus rápidos olhos azuis. – O que realmente importa é: onde está o Jonin Especial que nos acompanharia?

Ouvir isso faz Sakuya arregalar os seus olhos, mas Rupa parece não se importar e continua fascinada com a “beleza pouco iluminada” deste local. Afinal de contas, é a primeira vez que vive na prática uma viagem multiversal. Não é todo dia que alguém atravessa as barreiras entre os universos…

— É verdade – pontua a Gennin da Aldeia da Nuvem, olhando para todos os lados em busca do mínimo sinal de qualquer pessoa adulta próxima. – Não tem ninguém com a gente!

— Eu acho que isso, com certeza, é um problema… – comenta o garoto de face oculta por sua touca.

— Olha, pensando bem… – Rupa se manifesta, fazendo um bico que acompanha sua expressão facial reflexiva. – Realmente isso é muito estranho. Algo deve ter acontecido. Vamos contar piadas para descontrair?

— O quê!? – Sakuya se indigna, encarando a mais alta imediatamente. – É claro que não! Precisamos pensar a respeito do que podemos fazer.

É quando os três escutam uma espécie de grunhido vindo de algum lugar a frente deles. Os três, preocupados com o que pode ser, direcionam o olhar para o ponto que imaginam ser a origem do som. É quando, do meio das grandes árvores, surge uma figura humanoide feminina com cabelos negros de aparência suja, jogados sobre o próprio rosto. Ela veste trajes esfarrapados, possui uma pele extremamente branca e geme como se estivesse em estado de agonia, o que assusta cada um deles. Não é possível ver o rosto do ser, mas não restam dúvidas para todos: seja o que for, isto não é humano.

— Eu não sei o que pensar… – Sakuya se manifesta, genuinamente amedrontada. – O que é melhor? Torcer para que a explicação que nos deram esteja errada e essa coisa seja uma mulher normal ou…

— É um Youkai – afirma Rupa, repentinamente assumindo um tom mais sério com a sua voz. – Uma Taka Onna.

— O quê!? – a Gennin do clã Shihoin fica confusa, tentando entender do que a colega temporária está falando.

— Youkais são seres sobrenaturais. É um termo genérico, mas geralmente se refere a seres de natureza mística e potencialmente perigosos para os seres humanos – Zaku, o único garoto do trio, sintetiza as informações para Sakuya. – Pelo que sei, Taka Onna é uma espécie de vampiro de energia sexual.

— Então por qual motivo ela parece estar vindo na nossa direção!? – a única do trio que sabe pouco sobre os tais Youkais fica cada vez mais assustada com a aproximação da criatura estranha.

A criatura parece andar um pouco curvada como se existisse um grande peso em seus ombros. Os cabelos escorridos sobre o rosto dificultam a possibilidade de enxergar seus olhos, nariz e boca. No entanto, embora não existam interesses sexuais ou românticos entre os três Gennins, a Taka Onna demonstra querer se aproximar. É quando ela move a cabeça um pouco para cima, apenas o suficiente para que os três possam se deparar com um olho completamente branco e apavorante. E, em seguida, é possível ouvir um grito. O grito mais agudo, assombroso e aterrador que Sakuya Shihoin, Zaku Mikazuchi e Rupa Dores já ouviram na vida…


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Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Espere um momento… Você está acompanhando este universo, mas ainda não criou a ficha do seu personagem? Que pecado, amiguinho! Não perca mais tempo e se integre a este wonderverso! Agora é hora de voar!

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Silvanna Senju

Idade: 35 anos

Aldeia: Folha, País do Fogo

Cargo: Jonin, Conselheira

Origem: Mobile Legends (Silvanna)

Silvanna Senju é descendente do Primeiro Hokage, fundador da Aldeia da Folha. Sua proeminência em Taijutsu, Kekkaijutsu, grandiosa reserva de chakra e níveis extraordinários de força e velocidade são os principais fatores que construíram sua reputação como uma dos mais poderosos ninjas do mundo shinobi. Detentora da Lança Cometa e uma dos raros usuários de Sojutsu, ela foi escolhida no passado por uma força pouco conhecida para uma finalidade ainda nebulosa. É extremamente comprometida com a sua função de proteger o povo da Folha.



Eudora Hatake

Idade: 32 anos

Aldeia: Folha, País do Fogo

Cargo: Jonin Especial, Integrante da ONSU

Origem: Mobile Legends (Eudora)

Eudora Hatake é uma ninja sensorial da Aldeia da Folha especialista em Estilo Relâmpago. Ela é conhecida como a Bruxa do Relâmpago por possuir a Kekkei Genkai Supercondutor e realizar técnicas do Estilo Relâmpago sem o uso de selos de mão. A combinação de suas habilidades ao seu renomado intelecto a tornaram uma figura extremamente desejável dos Kages da Aldeia da Folha para diversos assuntos. Atualmente, seu clã está praticamente extinto, pois muitos Hatake se sacrificaram no passado pela sobrevivência da vila.



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Técnica de Invocação

Rank: C

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Contrato de Invocação

Selos: 5

Descrição:

A Técnica de Invocação é um ninjutsu de espaço-tempo que permite que o invocador transporte animais, pessoas e seres conscientes no geral através de longas distâncias instantaneamente por meio do sangue do usuário.



Barreira da Luz: Composição Remota da Chave Multiversal

Rank: S

Classificação: Ninjutsu/Kekkaijutsu

Requerimento: Técnica de Invocação como preparação, grande habilidade em Kekkaijutsus, massiva quantidade de chakra, conhecimento sobre a técnica secreta e um ninja sensorial como conector

Descrição:

Técnica desenvolvida pelo Lineamento Universal Sublime. Por exigir vários pré-requisitos para funcionar, é uma técnica extremamente difícil de ser aplicada. Em primeiro lugar, exige uma grande quantidade de chakra em um nível muito acima de qualquer fonte de chakra única. Em outras palavras, é impossível realizá-la individualmente: na maioria das vezes, é preciso uma quantidade de seis ninjas ou mais que conheçam a técnica. Os ninjas se reúnem em um círculo e concentram o seu chakra em um ninja sensorial entre eles. O ninja sensorial realiza uma conexão remota entre a quantidade de chakra usada para a técnica e uma Técnica de Invocação usada por aliados ou até mesmo por adversários. Usar contra inimigos, no entanto, exige que os usuários possuam absoluta certeza de que a Técnica de Invocação será usada ou todo o chakra gasto na Barreira da Luz: Composição Remota da Chave Multiversal será perdido. Quando a Técnica de Invocação for sobrecarregada por essa técnica suplementar, uma grande barreira luminosa esférica será criada no ambiente em que a Técnica de Invocação foi ativada. Essa barreira permitirá que aqueles que a criaram tomem absoluto controle da Técnica de Invocação, sendo possível violar algumas regras básicas da mesma de acordo com a habilidade de todos os usuários. A principal finalidade deste movimento é criar um caminho para qualquer universo existente no Multiverso e enviar pessoas escolhidas pelo grupo. É impossível enviar um dos usuários, visto que a barreira seria quebrada e ele retornaria imediatamente para sua localização original.



Técnica Sensorial

Rank: B

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Habilidade de detecção

Descrição:

A Técnica Sensorial, usada pelos shinobi tipo sensor, permite ao usuário detectar chakra. Usando esta técnica, os sensores podem facilmente detectar e rastrear alvos em um alcance variado.



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— Este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



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