Arco 1 - Vale da Lua de Prata

Janeiro, País do Relâmpago…

Pouco menos de uma hora atrás, Sakuya Shihoin, Aruhana Yotsuki e Romoku Mutou foram aprovados por Caius Lao Bistail na atividade proposta por ele. Depois, a Equipe 3 foi até o salão da Terceira Raikage para comunicar a viagem rumo ao Vale da Lua de Prata. Desde a criação da Aliança Shinobi, a primeira missão oficial dos Gennins é uma atividade de interação entre duas aldeias oficiais. Há anos, a Aldeia da Nuvem realiza essa atividade em conjunto com a Aldeia da Folha, do País do Fogo, devido à proximidade geográfica entre elas.

As atividades são monitoradas e mediadas por integrantes da Organização das Nações Shinobi Unidas, uma instituição que existe para gerenciar a Aliança Shinobi proposta anos atrás pela atual líder da Aldeia da Névoa. Agora, os três Gennins e o Jonin que os tutora estão viajando em uma carruagem rumo ao País da Geada, onde fica o Vale da Lua de Prata.

— Então quer dizer que nossa grande missão é apenas colher essas tais Flores Lunares? – questiona Sakuya, utilizando uma bandana com o símbolo da Aldeia da Nuvem em sua testa, sentada entre Romoku e Aruhana.

— Sim. O Vale da Lua de Prata fica em um país que faz fronteira com o País do Relâmpago e o País das Fontes Termais. Somente naquela região, e nessa época do ano, nascem as Flores Lunares, muito valorosas no comércio global do mundo ninja – explica o líder do clã Bistail, alterando o seu olhar entre cada um dos seus novos alunos. – Vocês são ninjas recém-aceitos como Gennins. Obviamente não serão designadas a essa equipe missões de alto nível por enquanto.

Como o Jonin havia explicado anteriormente, as missões são funções designadas para ninjas pelo nível de capacidade que possuem. São separadas em classificações de acordo com a importância e perigo envolvidos. Existem missões de classe D, B, C, A e S. Por se tratar da primeira missão desta equipe de Gennins recém-graduados, a missão no Vale da Lua de Prata é de classe D. Missões de categoria D não apresentam nenhum tipo de risco e são, na maioria das vezes, pequenos trabalhos realizados dentro da vila ou em suas redondezas.

— Estou ansiosa para conhecer esse tal lugar – diz Aruhana, a única dos três que não está usando a bandana que ganhou de Caius na testa, mas sim no topo da cabeça como uma tiara.

— Vocês vão adorar. É um dos lugares mais lindos do mundo, eu garanto – declara Luna Shihoin, uma mulher vestida com o uniforme da ONSU.

A mulher de pele completamente tingida por uma substância violeta, máscara que simula o rosto de um gato sobre olhos e nariz e longos cabelos lisos vermelhos sorri para os Gennins. Ela é uma Jonin Especial da Aldeia da Nuvem que trabalha com a Organização das Nações Shinobi Unidas. Como tal, foi designada para acompanhar esta equipe até o Vale da Lua de Prata. Por conhecê-la e ser integrante do mesmo clã, Sakuya parece relativamente interessada em Luna Shihoin.

A grande carruagem branca com o símbolo do planeta Terra rodeado por duas mãos sem cor, o emblema da Organização das Nações Shinobi Unidas, segue viagem por longas horas. Na dianteira do veículo, dois cavalos brancos são guiados por um funcionário da ONSU durante todo esse período. A jornada é castigada constantemente por uma nevasca que parece ficar cada vez pior conforme se afastam mais e mais da Aldeia da Nuvem. Logo, a noite toma controle do céu.

— Tomem – diz Luna, segurando em suas mãos três peças brancas de roupa.

Os Gennins observam e rapidamente compreendem que são casacos para protegê-los do frio. Nem mesmo a baixa temperatura da Aldeia da Nuvem, com a qual todos os seus habitantes são relativamente acostumados, se compara ao clima das fronteiras entre o País do Relâmpago e o País da Geada. Conforme cada um deles pegam uma peça e vestem, o condutor da carruagem atravessa a fronteira e alcança o território do País da Geada. Com isso, após alguns instantes de silêncio, a Jonin Especial dentro do veículo observa o ambiente externo através de uma janela da carruagem e se manifesta:

— Parece que estamos próximos de uma pequena pensão na qual as nossas vagas já foram reservadas.

— Dormiremos hoje lá. Durante a manhã, retomamos nossa viagem. O Vale da Lua de Prata fica bem próximo da fronteira entre o País da Geada e o País das Fontes Termais – revela Caius, recebendo para si os olhares dos seus três alunos.

Sakuya, por sua vez, se sente em uma aventura divertida mesmo que mal tenha colocado os pés pra fora da carruagem da ONSU por horas. Ela sorri sutilmente por se sentir parte de algo diferente do que está acostumada. Como integrante do clã Shihoi, participa da grande maioria dos eventos envolvendo o clã por mera formalidade. Sempre sentiu como se a sua presença pouco importasse naquelas ocasiões. Agora é diferente, pois ela é parte de uma equipe oficial da Aldeia da Nuvem. Ainda que tenha pouca intimidade com os seus colegas de equipe, sente como se fosse muito melhor do que todos aqueles eventos da alta classe.

— Vamos – pede Luna, colocando-se de pé no instante em que a carruagem para.

Saindo do lado direito de Caius, ela se move e abre as portas do veículo com as duas mãos. O local é vítima de uma forte nevasca, mas mesmo assim é possível andar pela neve sem grandes dificuldades. Ao descer, a Jonin Especial da Aldeia da Nuvem é seguida por Caius, Romoku, Sakuya e Aruhana respectivamente.

Os Gennins, atentos, observam os arredores. Com exceção da grande casa de três andares diante deles, tudo nas proximidades é neve e árvores cobertas por ela. Por isso, a região nem mesmo tem o nome, sendo a pensão para a qual estão indo o único motivo para viajantes pararem por aqui.

Após algum tempo, Caius e Luna resolvem todas as questões iniciais na recepção da pensão. Duas chaves de quartos lhe são designadas: uma para um quarto a ser dividido entre a Jonin Especial e as duas garotas Gennins; outra para um quarto a ser compartilhado por Caius Lao Bistail e Romoku Mutou. Logo…

— Você parece ansiosa – diz Aruhana, instantes depois de entrar no seu quarto na companhia da outra Gennin do seu time. – E feliz.

A jovem de longos cabelos negros se joga sobre sua cama, sentando-se enquanto sorri e observa Sakuya. A garota Shihoin, ao ouvir aquilo, direciona seu olhar para a colega. Sorrindo em resposta, se aproxima da janela que dá visibilidade ao ambiente dominado por neve ao redor da pensão.

— Confesso que sim. As duas coisas – garante, agora parada bem próxima da janela. – Eu sou do mesmo clã da Luna, como deve imaginar. E mesmo assim mal a conheço. As pessoas do meu clã são assim. Próximas e, ao mesmo tempo, extremamente distantes umas das outras. Nunca senti como se tivesse um lugar entre eles. Ou como se eu fizesse falta…

— Não sei como é se sentir assim, mas eu posso ter alguma noção – diz a mais velha, tornando-se mais séria, mas sem deixar de observar a Gennin mais nova. – Nos últimos anos, me dediquei ao máximo para deixar a Academia Ninja. Confesso que, por causa disso, deixei de lado os laços que poderiam ter sido formados com colegas como você.

— Você não acha engraçado como certas coisas são? – indaga Sakuya, mantendo seu olhar fixo ao que está para além do vidro diante de si. – Mesmo quando as pessoas estão perto umas das outras fisicamente, todos os dias, não quer dizer que seus corações estão genuinamente próximos. Não quer dizer que elas se conhecem ou sabem como o outro é. Até entre familiares as coisas podem ser assim. Não acho que seja incomum o que eu vivo. Muitos por aí devem pensar que conhecem seus irmãos, seus filhos… Mas se enganam porque sequer tentam estar de fato próximos dos seus entes.

— Sim – concorda a outra Gennin. – Acho que jamais poderia discordar do que disse.

…/–/–/…

Enquanto isso, em um local bem próximo da pensão…

Um homem de vestes completamente pretas, pele branca e cabelos vermelhos com uma trança que atinge a sua cintura caminha com calma pela neve. Apesar da baixa temperatura, ele não parece se importar o suficiente mesmo sem trajes adequados para o frio. O sujeito caminha segurando um guarda-chuva vermelho com a mão direita que o protege do impacto direto dos flocos de neve e cristais de gelo que caem dos céus. Ele segue sorridente, de olhos fechados e aparentemente alheio ao que está ao redor. No entanto, duas pessoas ao longe se encontram em seu caminho.

— Eu sabia que era você assim que nossa carruagem passou bem próxima no trajeto para cá – alega Caius, parado a consideráveis metros ao lado direito de Luna Shihoin. – O que me surpreende é um Nukenin tão procurado como você andar tão despreocupadamente por aí.

O homem de guarda-chuva, apesar de ouvi-lo, segue caminhando como se não se importasse com aquelas palavras. Tanto Caius quanto Luna permanecem o observando seriamente. Após alguns segundos, o ruivo estranho enfim para de caminhar. Mantendo suas pálpebras quase que completamente fechadas, enfim se manifesta:

— Procurado? Por quem? A Aldeia da Chuva sabe que ninguém entre eles poderia tentar me desafiar.

— Pela ONSU, é claro – garante Luna, em alto e bom tom. – Você é um criminoso de classe S. Um lunático que deveria estar em uma prisão de segurança máxima. O que faz nesta região? O que está tramando?

— Você fala como se não fosse mais uma dos vários cães da Organização – o ruivo a confronta, focando a atenção na expressão facial tensa da Jonin Especial. – Eu não devo satisfações a ninguém desde que me libertei das amarras daquele buraco que todos conhecem como Aldeia da Chuva. Tudo o que eu fiz teve seus motivos.

— Tudo? – indaga Caius, com um timbre e olhar que facilmente evidenciam a sua irritabilidade. – Tentar matar a Terceira Raikage e o Primeiro Otokage em uma reunião amistosa está incluso em “tudo”?

— Se a Raikage Yoruichi Shihoin se mistura com gente da laia daquele velho asqueroso, então sim. Uma pena que eu infelizmente falhei anos atrás na missão de livrar o mundo de vermes como eles – o ruivo responde sem nenhuma hesitação, apesar de manter o sorriso sinistro. – Porém, eu garanto que não falharei na próxima vez.

O líder do clã Bistail, para o espanto de Luna, começa a correr em alta velocidade na direção de Kamui Yato Uzumaki, um conhecido foragido da Aldeia da Chuva. Caius Lao possui um temperamento gentil e amistoso com seus aliados, mas é extremamente agressivo com todos que considera uma ameaça para os seus. Devoto à atual Raikage, Caius reserva um rancor de anos por Kamui desde o seu ataque no encontro entre Yoruichi Shihoin e o líder da Aldeia da Chuva, tempos atrás. Por isso, Luna Shihoin, irmã mais nova da Terceira Raikage, também tem os seus motivos para odiar o ruivo em questão. Ainda assim…

— Caius! – ela exclama, preocupada com o avanço impensado do mesmo.

Mas é tarde demais. Caius já está a alguns metros acima de Kamui, com sua perna direita erguida. O movimento é conhecido por muitos como Pontapé da Dor Celestial. E, rapidamente, ao descer sua perna em direção ao alvo, Caius atinge o chão com uma assombrosa força física. A neve voa pelos ares quando o impacto causa um grande estrondo, destrói o solo em uma área circular de vários metros e ergue grandes fragmentos de terra e rochas. O barulho é suficiente para chamar a atenção de algumas pessoas que estão em seus quartos na pensão ao longe, incluindo Sakuya e Aruhana.

— O que está acontecendo lá fora!? – questiona Aruhana, correndo em seu quarto na direção da janela.

— E-eu não sei. Só sei que o Caius pulou na força do ódio contra um cara e destruiu o chão com um chute… – explica Sakuya, ainda boquiaberta, observando aquela cena bem ao longe no horizonte.

Apesar da grande força bruta demonstrada pelo mestre das duas Gennins observadoras, Kamui foi capaz de saltar para trás instantes antes de ser atingido com sucesso pelo ninja da Aldeia da Nuvem. Com facilidade, ele pousou no tronco de uma árvore quase completamente coberta por neve.

— É sempre muito divertido quando eu enfrento outro usuário do Estilo do Punho Adamantino – articula Kamui.

O ruivo mantém o sorriso em seu rosto como se a situação sequer representasse ameaça real para ele. Luna Shihoin, por sua vez, sabe o quão perigoso é o adversário e não planejava iniciar uma luta contra Kamui mesmo estando em vantagem numérica. A integrante da ONSU não contou com a possibilidade de uma provocação do foragido levar Caius a atacar de maneira tão inadvertida. Mesmo assim, olhando na direção do Nukenin da Aldeia da Chuva, decide saber a verdade mais uma vez:

— Não queremos um confronto. O que você está fazendo por aqui?

— Por que você acha que eu preciso te contar? – pergunta o foragido, direcionando o seu olhar para Luna.

Caius, por outro lado, não espera nenhum segundo a mais. Com considerável velocidade, salta em direção à árvore tentando atingir Kamui com um soco do seu punho direito. Entretanto, o ruivo pula novamente para longe, atirando o seu guarda-chuva para o céu bem acima de Caius. Após o objeto ser atirado de tal forma, ele plana por algum tempo enquanto rodopia disparando diversas agulhas equipadas previamente em seu interior. Apesar disso, a enxurrada de agulhas que são disparadas contra o líder do clã Bistail não parecem ser ameaça suficiente para ele. Movendo-se depressa, o grande homem executa rápidas acrobacias e saltos, escapando ileso de todas. Em pouco tempo, é possível admirar o belo cenário da neve coberta por agulhas que brilham como pequenas estrelas cintilantes em um imenso mar de flocos.

— Você é rápido, mas não o suficiente – diz Kamui, surgindo rapidamente bem atrás de Caius, para o espanto dos olhos púrpuras do Jonin da Aldeia da Nuvem.

Kamui, dotado por uma grande força física que rivaliza com a de Caius mesmo tendo uma estrutura muscular menos aparente, agarra a nuca do oponente com a mão direita. Dessa forma, o choca violentamente contra o chão coberto por neve, causando um impacto estrondoso com um nível de destruição similar ao Pontapé da Dor Celestial do líder do clã Bistail.

É quando Luna Shihoin aproveita para fazer o seu próprio movimento. Antes de Kamui se afastar, ela ativa um dispositivo acoplado ao seu braço escondido pela manga do seu pulso direito. Várias unidades de agulhas mergulhadas em venenos são disparadas por ela no instante em que puxa as cordas do dispositivo com a mão esquerda. Conhecida como a maior especialista em venenos do País do Relâmpago, sua toxina é famosa por debilitar por completo uma vítima em poucos minutos após o contato.

— Eu sei que você até é mais rápida do que ele – articula Kamui enquanto realiza simples movimentos de esquiva do seu corpo, desviando-se de todas as doze agulhas atiradas por Luna. – Mas esse tipo de ataque não serve de nada contra mim.

— Que tal esse tipo? – questiona Caius, levantando-se rapidamente do local onde foi fortemente pressionado contra o solo enquanto um leve feixe de sangue escorre de sua testa.

O Jonin faz uso de um movimento muito similar ao utilizado por Aruhana Yotsuki horas atrás. O Soco Explosivo de Caius, no entanto, demonstra uma força bruta muito superior. O punho direito dele cria ondas de choque ao seu redor e acerta o rosto de Kamui como uma bala de canhão. O ruivo geme de dor ao ser atingido, mas nada pode fazer porque é atirado para longe por vários metros de distância.

Luna, por sua vez, aproveita a brecha para retirar um pergaminho de uma bolsa de ferramentas oculta abaixo da parte traseira da porção superior do seu uniforme. Abrindo-o com um rápido movimento horizontal do braço esquerdo, a Jonin Especial passa a mão direita sobre símbolos demarcados no pergaminho. Com isso, com ágeis movimentos dessa mão, ela atira várias unidades de shurikens envenenadas na direção de Kamui, quem ainda está sendo lançado ao longe pelo impacto do soco de Caius.

Por sua vez, o Uzumaki renegado reabre os seus olhos e gira o seu corpo para tomar controle de si mesmo novamente. A primeira shuriken atirada o arranha de raspão na perna direita, rasgando o tecido de sua calça preta ali. Entretanto, o indivíduo escapa facilmente de todos os demais projéteis com movimentos de grande excelência acrobática.

— Olha só, você me pegou… – articula o homem que, enfim, direciona seus olhos azuis bem abertos para Luna Shihoin. – Eu conheço a fama do seu veneno. Por isso, essa pequena brincadeirinha terá que ser encerrada. Mas como vocês se saíram melhor do que eu esperava, darei a resposta que pediram.

— Eu não sei quem ele é, mas parece muito forte – diz Aruhana, observando-os ao longe na mesma posição diante da janela do quarto.

— Forte é pouco. Você mesma viu hoje mais cedo como o professor Caius é resistente. E o soco daquele cara parece ter machucado sim. Além disso, a senhorita Luna também está lá. Mas quem ele é? – se manifesta Sakuya, tão curiosa quanto a garota ao seu lado direito.

Kamui, por sua vez, volta a fechar os seus olhos e alarga ainda mais o seu sorriso. Observado pelas garotas da janela, por Caius e por Luna, ele declara:

— Estou procurando o ser Nexus.

Ouvir tal palavra faz os dois membros da Aldeia da Nuvem arregalaram os seus olhos. Eles sabem bem o que aquela palavra significa, mas não imaginariam que seria algo de interesse de alguém como Kamui Yato Uzumaki.

— Na próxima vez que eu atacar um Kage, será com o ser Nexus sob o meu controle – ele acrescenta.

Na sequência, o ruivo dá as costas para os dois e sai correndo em uma velocidade extraordinária. Tanto Caius quanto Luna sabem que jamais alcançariam o homem em questão, não importa o quanto tentassem. Suspirando profundamente, o tutor da Equipe 3 redireciona o seu olhar para a mulher ao seu lado.

— O que faremos a respeito? – ele a questiona.

— O que acabou de acontecer precisa ser comunicado à Organização imediatamente – garante a mais baixa, mantendo o olhar na direção para onde Kamui foi. – Peço que siga viagem com os seus Gennins rumo ao Vale da Lua de Prata. Eu me responsabilizo por essa questão.

— Tem certeza? – insiste, preocupado com a colega de aldeia.

— Com toda a certeza. Não se esqueça que eu sou uma Shihoin e uma espiã de alto nível. Sei muito bem como me cuidar sozinha.

Ao longe, ainda em seu quarto, as duas Gennins ficam atentas aos dois adultos. Enquanto Caius se move em direção à pensão, Luna permanece parada embaixo do cair da neve. Imaginando que algo relacionado a uma técnica do seu clã está prestes a acontecer, Sakuya fecha a cortina da janela de forma brusca.

— Ei! Eu estava vendo! – Aruhana se revolta, encarando a sua colega de quarto e cruzando os braços em sinal de indignação.

— É melhor irmos dormir para que possamos acordar bem amanhã – diz a mais baixa, caminhando em direção a uma das três camas dispostas neste quarto.

Enquanto caminha, a Gennin do clã Shihoin questiona se aquele homem tem alguma relação com o ataque sofrido pela líder da sua linhagem anos atrás. Sua respiração está pesada, mas ela tenta disfarçar para que sua colega de equipe não perceba a sua inquietação fora do comum. Seu coração se aperta como se ela estivesse com um sentimento ruim… Como se a sua alma previsse algo sombrio prestes a acontecer…