Justiça: O Pergaminho de Sakuya escrita por Wondernautas


Capítulo 14
12 - Os Quatro Cavaleiros Reais da rainha das fadas


Notas iniciais do capítulo

Saudações! Sumi por um tempinho, né? Acontece que muita coisa acumulou pra mim de trabalho, faculdade, contas, questões pessoais e a minha produção de conteúdo (incluindo o meu podcast e esse projetinho das fics). Ficou bem difícil manter três atualizações semanais (Pergaminho de Haruki, de Rei e de Sakuya), então tomei uma decisão. NÃO, não abandonarei nenhum dos projetos e garanto que isso não vai acontecer enquanto eu estiver pleno de saúde kkk. Porém, tenho de reduzir a frequência de postagens. De agora em diante, vou atualizar duas ou apenas uma das fics por semana de acordo com a correria das minhas outras atividades. Com provas de faculdade e muita conta pra pagar nessa semana, só pude concluir este capítulo. Semana que vem, provavelmente, consigo atualizar Haruki e Rei; e assim vamos seguindo! Farei o meu melhor para que isso não afete a qualidade dos textos. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808415/chapter/14

Arco 3 - Reino dos Elementais




— Bem, é isso – articula Lovelie, parando em determinado ponto, virando-se na direção dos visitantes enquanto sorri cordialmente. – Sejam bem-vindos a Avalon!

Sakuya, Aruhana, Caius, Nico Lee, K e Saruto acompanham Lovelie e Gebeuyin até entrarem em uma casa entre as construções. Sob recomendação da garota, Caius coloca o desacordado Romoku sobre uma cama. Após alguns minutos realizando tratamentos paliativos, Lovelie suspira e declara para seus convidados:

— Basta que ele descanse agora.

— Quanto tempo ele precisará? – questiona o tutor de Sakuya, Aruhana e Romoku.

— Acredito que não muito. Talvez dois dias – opina a moradora desta residência, virando-se em direção ao garoto em sua cama. – O que acham que aconteceu com ele?

— Não sabemos ao certo – afirma Sakuya, colocando-se bem ao lado direito de Lovelie, observando o paciente dela da mesma maneira.

— Antes de pararmos aqui, caímos em uma armadilha e fomos atacados por clones – pontua Nico Lee, com a intenção de pensar em algo ao falar sobre a situação. – As duplicatas eram idênticas, então é difícil acreditar que ele ficou nesse estado por causa disso.

Com o olhar atento, a tutora de K e Saruto aproxima-se um pouco mais da cama. Parando bem ao lado do Gennin desacordado, ela toca a testa do mesmo com os dedos da mão direita. Observando rapidamente por alguns instantes, olha em direção aos olhos do líder do clã Bistail.

— Me parecem ferimentos realizados por uma lâmina longa – opina Nico Lee enquanto encara Caius.

— Uma espada? – questiona o grande amigo dela.

Ao ouvirem isso, Lovelie e Gebeuyin se entreolham. Sem nenhuma troca de palavras, eles parecem chegar à mesma conclusão. Sakuya e os demais Gennins percebem a inquietação dos dois. Por isso, a Shihoin toma coragem e se manifesta:

— Vocês pensaram em algo…?

— Infelizmente sim – articula Lovelie.

— Não é a primeira vez que algo assim acontece – alega o amigo da garota.

— Sejam claros, por favor – solicita Caius.

Entre suspiros, os dois decidem contar o que sabem. Juntos, Lovelie e Gebeuyin narram uma história sobre o Reino dos Elementais. Muito tempo atrás, esta dimensão era povoada somente por criaturas como fadas, duendes e gnomos. Pouquíssimos seres humanos habitavam este mundo naquela época, mas a população humana cresceu após determinados eventos no Reino dos Humanos.

Os elementais viviam em harmonia nesta dimensão, mas possuíam naturezas distintas. Enquanto alguns receberam os humanos com cordialidade, outros os acusaram com grande desconfiança. O atrito entre pontos de vista tão diferentes levou a conflitos internos entre os elementais. Graças a isso, o povo natural desta dimensão se dividiu entre duas facções.

Desde então, os apoiadores dos humanos migraram junto deles para o Hemisfério Sul do Reino dos Elementais. Por outro lado, os opositores dominaram o Hemisfério Norte e fizeram dele seu território. As décadas de isolamento fizeram com que as diferenças entre os elementais do Sul e do Norte crescessem ainda mais. Tudo chegou ao ponto desses dois grandes grupos não reconhecerem mais um no outro a mesma ancestralidade.

— A rainha das fadas representa o Hemisfério Sul… Onde estamos agora – alega Lovelie.

— E o rei dos elfos representa o Hemisfério Norte – acrescenta Gebeuyin. – Juntos, eles já lideraram toda a população mundial do Reino dos Elementais. Por natureza, as criaturas daqui sempre foram muito unidas.

— De certa forma, é como se a humanidade tivesse trazido para este reino toda a sua essência conflituosa – pontua Lovelie, carregando consigo um semblante entristecido. – Talvez possam imaginar como é, para nós, viver neste mundo sabendo disso.

Em silêncio, Sakuya parece se compadecer da história contada por eles. De alguma maneira, a Gennin do clã Shihoin se sente dessa forma. Mesmo que ninguém tenha verbalizado para ela em palavras, a grande maioria dos integrantes do seu clã a ignoram como se fosse sua culpa a morte de Sakurai Shihoin. Seu pai era um grande herói para o clã, tanto para os que apoiavam suas ideias não-tradicionalistas quanto os Shihoin que eram mais conservadores. Ainda assim, após a morte dele, todos passaram a tratar sua filha da mesma forma.

— No fim, não é como se eu também fosse a semente da discórdia em meio ao “clã perfeito”? – se pergunta em pensamentos a garota em questão, cerrando ambos os punhos enquanto abaixa o próprio rosto. – Acho que posso entender esses dois…

— Eu lamento muito por isso, de verdade – articula Caius, atraindo para si os olhares de Lovelie e Gebeuyin. – Contudo, preciso pedir que sejam objetivos. Temos pouco tempo e precisamos apressar nossa viagem de retorno para que possamos ir assim que Romoku despertar.

— Me desculpe – pede a moradora desta residência, suspirando profundamente e retomando a palavra instantes depois: – Estamos falando tudo isso porque esse histórico é importante. Desde quando tudo isso aconteceu, até mesmo alguns do Hemisfério Sul parecem ter se corrompido.

— Como assim? – indaga Nico Lee, buscando compreender ao máximo as palavras da jovem.

— Alguns dos elementais deste hemisfério passaram a desejar poderes de outras dimensões para se sobrepor na vindoura guerra contra o Hemisfério Norte – articula o amigo de Lovelie. – Não é a primeira vez que ouvimos falar sobre boatos de certos elementais atacando humanos com espadas e seduzindo outros com a promessa de poder.

— Espere… – pede a Jounin da Aldeia da Nuvem. – Estão nos dizendo que é provável que Sora e Romoku tenham sido atacados por pessoas assim?

— Não podemos afirmar, mas temos que considerar a possibilidade – afirma Gebeuyin. – Afinal, por que apenas com eles dois, entre todos vocês, é que aconteceu algo tão incomum…?

— Posso entender… – afirma Caius, cruzando o seu olhar com o de Nico Lee uma vez mais.

— Mas por que o Sora? O que alguém poderia querer com o “poder” de um Gennin se nós dois, Jonins graduados há anos, somos alvos potencialmente mais interessantes?

— Se estivermos falando do grupo de pessoas que estamos pensando… – alega Lovelie, suspirando angustiada. – Os Quatro Cavaleiros Reais.

— Os Quatro o quê!? – questiona Saruto, arqueando sua sobrancelha direita em dúvida. – Que breguice de nome, hein?

— Mas pelo que estão dizendo, não devem ser pouca coisa… – opina K, dando de ombros.

— Os Quatro Cavaleiros Reais são o esquadrão de defesa pessoal da rainha das fadas – revela Gebeuyin. – Embora a rainha não concorde com métodos mais “cruéis”, eles fazem o que for preciso para protegê-la. Muitos acreditam que uma guerra entre os dois reinos é inevitável.

— É por causa disso que, apesar dos valores da rainha, os seus escudeiros estão dispostos a pagar qualquer preço em busca de um poder suficiente para vencer a disputa entre os dois territórios – complementa a médica que tratou de Romoku, alterando o seu olhar entre cada um dos visitantes conscientes em seu quarto.

— Como devem imaginar, Cavaleiros usam espadas… – pontua Gebeuyin.

Nos próximos minutos, os dois contam histórias envolvendo relatos sobre os Quatro Cavaleiros Reais. Muitas pessoas, de humanos a elementais, já contaram por aí sobre empreitadas do quarteto em busca de humanos específicos. Alguns relatos já incluíram testemunhos sobre avistamentos de integrantes do quarteto em companhia de visitantes do Reino dos Humanos. Especula-se que eles descartam sem compaixão qualquer humano desinteressante que acompanhasse os que lhes interessam.

Por sua vez, Nico Lee permanece silenciosa e reflexiva. Alguém com intelecto tão admirado faz jus à sua reputação neste momento, considerando cada uma das palavras que ouviu. Atenta aos próprios pensamentos, a Jonin se depara com as possibilidades mais prováveis. Portanto, uma questão específica ao redor de Sora Uzumaki Munroe vem à sua mente.

— A Kekkei Genkai do Estilo Tempestade de Sora pode ser algo interessante de ser adquirido. Diferente de nós, Jonins, um Gennin não ofereceria tanta resistência diante de um “rapto” – mentaliza a mulher com uma expressão séria e compenetrada. – O que me intriga é que, nesse caso, por que escolheram Sora e não Saruto? Ambos possuem a mesma Kekkei Genkai e Saruto é integrante de um clã razoavelmente conhecido no mundo shinobi em termos de habilidades de luta. O que me leva a crer que algo além da Kekkei Genkai chamou a atenção dos raptores para a existência de Sora… Será que tudo isso possui alguma relação com seu transtorno dissociativo de identidade…?

Nico Lee está ciente, há algum tempo, que Sora Uzumaki Munroe possui o que é chamado por muitos como dupla personalidade. O transtorno vem sendo estudado pelo País da Tecnologia e pela Aliança Shinobi nos últimos tempos e algumas teorias estão sendo associadas a mistérios incomuns. Pensando mais a respeito, a Jonin logo se lembra de uma tese envolvendo um Gennin específico nascido no País da Tecnologia: Akira Kurotsuchi.

— Aquela pessoa… – diz para si mesma, em pensamentos. — Foi cobaia para as experiências do falecido Doutor Kurotsuchi. Ele acreditava que cada personalidade distinta de quem possui o transtorno é capaz de armazenar informações específicas. Em outras palavras, é como se os portadores da condição possuíssem mais de uma mente. Portanto, aptos para desenvolver habilidades distintas e numerosas. É como se um mesmo corpo fosse habitado por dois ou mais ninjas. Será que é por isso que Sora se tornou um alvo? Mas como eles saberiam de tantos detalhes da vida pessoal daquele garoto…?

— Apesar de tudo, é apenas uma hipótese – articula Gebeuyin, algum tempo após minutos e minutos de sua narração junto de Lovelie. – Acho difícil isso ser suficiente para uma visita oficial ao castelo da rainha.

— Precisaríamos de muito mais para “acusar” a guarda real – explica a moradora desta casa, dando ênfase ao “acusar”.

— Mas uma hipótese muito provável – acrescenta Nico Lee, virando-se na direção de Caius.

Os dois Jonins se entreolham silenciosos por alguns momentos. Nada precisa ser dito entre eles porque a amizade de anos é suficiente para indicar a ela o que ele está pensando: e vice-versa. Após um suspiro longo, Nico Lee fecha seus olhos, cruza os braços e se coloca em direção a Lovelie e Gebeuyin uma vez mais.

A integrante do clã Chinoike foi capaz de captar toda a preocupação do líder do clã Bistail apenas com o olhar. Preocupação essa relacionada a Arash e à Aldeia do Som. Afinal de contas, todos estão aqui porque estavam indo rumo àquele lugar. Não deveriam perder tanto tempo por aqui se possuem uma missão tão importante à espera.

— Como chegamos ao castelo? – ela questiona os dois moradores de Avalon.

Levelie e Gebeuyin se entreolham por algum tempo. Logo depois, o garoto volta a encarar a Jonin da Nuvem.

— Toda cidade no Reino dos Elementais possui um Portal de Partículas Mágicas – ele alega. – Onde vocês moram, as pessoas chamam essas partículas de chakra. Basicamente são dispositivos que coletam a energia da natureza e podem ser sincronizados para enviar qualquer pessoa para qualquer lugar nesta ou em outra dimensão.

— A questão é que, se o destino final não possui um Portal de Partículas Mágicas, a pessoa é enviada para um ponto aleatório da localidade desejada. Isso torna determinadas viagens mais perigosas – explica a garota. – Não será esse caso. Então não se preocupem!

— Então onde está o Portal de Partículas Mágicas daqui? – questiona Caius, internamente mais esperançoso por saber que logo poderá estar na Aldeia do Som.

— Bem próximo daqui – afirma Gebeuyin, olhando para Romoku na cama logo em seguida. – Iremos com vocês, mas alguém não deveria ficar para cuidar dele?

— Eu fico – afirma Aruhana, atraindo para si os olhares de todos os demais presentes.

— Você? – indaga Sakuya, um tanto surpresa por saber que a sua colega de equipe não nutre nenhuma grande amizade com Romoku. – Sério!?

— Sim, oras – corresponde a mais alta, dando de ombros bem ao lado direito de Sakuya. – Juro que não vou socar os dentes dele, nem nada do tipo.

— Então está decidido – articula Caius, encarando sua Gennin que decidiu ficar. – Se Avalon é seguro como dizem, então não haverá problemas para Aruhana.

— Sim, ficará tudo bem – pontua Lovelie, sorrindo de leve para a colega de equipe de Sakuya. – É apenas por precaução caso ele acorde e precise de algo. Não tem como saber ao certo quanto tempo nossa visita ao castelo vai durar.

— Antes disso, precisamos saber se vocês acham que as chances de um conflito acontecer são altas – solicita Nico Lee, agora de olhos bem abertos, mas braços ainda cruzados.

— Infelizmente… Sim – alerta Gebeuyin. – Muitos que pertencem ao exército da rainha das fadas batem primeiro e perguntam depois, sabe…?

— E estamos falando dos Quatro Cavaleiros Reais, os defensores mais poderosos do exército da rainha. A guarda pessoal dela! Significa que são algumas das pessoas mais fortes do Reino dos Elementais! – acrescenta Lovelie, evidenciando a grande preocupação em seu rosto.

— E se eles realmente implicaram força para machucar Romoku e raptar Sora, não podemos achar que vão hesitar em fazer o mesmo contra nós – conclui Caius, suspirando logo em seguida.

— E ainda tem a família real das fadas – o amigo da moradora desta casa sente a necessidade de falar sobre isso. – Na pior das hipóteses, eles podem se colocar contra nós também!

— Ou seja, devemos tentar nos infiltrar sem chamar muita atenção, evitar conflitos ao máximo e encontrar Sora – Nico Lee se manifesta uma vez mais, agora alterando o seu olhar atento entre Sakuya, Saruto e K. – Vocês entenderam?

— Sim – dizem, juntos, os três Gennins enquanto Aruhana permanece silenciosa.

Dessa maneira, todos logo começam a se preparar. Lovelie deixa uma cadeira ao lado da cama de Romoku para que Aruhana fique, mas também lhe dá liberdade para usar quaisquer dependências da casa: incluindo a biblioteca que contém inúmeros livros acadêmicos e literários. O grupo liderado por Caius e Nico Lee, no entanto, aguarda até o momento em que Lovelie e Gebeuyin se dizem prontos para partir.

Com isso, todos deixam a residência, exceto Aruhana e o desacordado Romoku. Silenciosa, a Gennin em questão logo se vê sozinha no quarto, de pé no vão da porta. Suspirando profundamente, se vira na direção da cama de seu colega de equipe desmaiado.

— Espero que você me devolva esse favor um dia, cabeçudo! – exclama Aruhana, colocando as mãos em sua cintura enquanto caminha na direção da cama. – Eu sei que você gosta da Sakuya e surtaria se soubesse que ela ficou cuidando de você.

Em seguida, a jovem se senta na cadeira cruzando os braços e dobrando uma perna sobre a outra. Em silêncio, Aruhana pensa sobre tudo o que aconteceu nas últimas horas. A armadilha possivelmente aplicada por Mime Abumi da Aldeia do Som, as batalhas contra as duplicatas, o ataque a Romoku, o suposto rapto de Sora e a chegada do seu grupo de ninjas ao Reino dos Elementais.

— Só uma coisa parece não se encaixar aqui… – articula a Gennin, olhando para o nada no quarto enquanto tenta entender ponto por ponto. – O que nos fez parar nesta dimensão? Foi acidental ou intencional? Se for o segundo caso, eles não estão indo justamente rumo à armadilha…?

 

…/–/–/…



Horas atrás, no ponto de encontro entre Sora Uzumaki Munroe e alguém desconhecido…

 

— Olá, pequeno garoto – articulou uma voz estranha proveniente de uma silhueta ameaçadora logo após atacar Romoku Mutou com sua espada. – Não tema, pois estou aqui por você. Sua existência em muito me interessa e venho até este lugar para um convite.

Tanto o Sora original quanto seu clone pararam de executar o Estilo Tempestade: Círculo de Laser. Naquele cenário, o Uzumaki passou a ignorar sua duplicata porque o ser que havia atacado Romoku demonstrava ser muito mais ameaçador. Tratava-se de um alto homem loiro, de pele clara, olhos azuis e porte atlético trajando uma armadura prateada e manuseando uma espada de lâmina fina com a mão direita.

— Desejo que se una a mim. Darei a você o poder que almeja, mas em troca… Será meu subordinado. Venho de um lugar distante, onde existem formas de poder que vocês, desta dimensão, mal conhecem – declarou o loiro desconhecido. – Aceite e prospere. Recuse e fracasse.

Bastante surpreso, Sora buscou pensar com calma para entender o que estava ocorrendo ali. No entanto, algo dentro dele lhe disse para seguir o que lhe parecia ideal. Em primeiro lugar porque o estranho não estava brincando: e Sora notou que seus olhos mal puderam testemunhar o momento em que Romoku foi atacado. Em silêncio, o Gennin pensava sobre isso. Seria aquele sujeito tão rápido a ponto dos seus olhos mal serem capazes de acompanhar? 

Em segundo lugar, Sora pensou sobre o inegável: o poder é um dos seus grandes objetivos. Com pouco, o estranho provou ser, no mínimo, bem habilidoso. Aliar-se a ele concederia a Sora parte de um poder semelhante? Talvez… Com um sorriso que surgiu em sua face, o garoto suspirou e respondeu à proposta do espadachim:

— Aceito se me provar ter o poder que realmente mereço…

— Impetuoso. Mas isso comprova que você tem o que é necessário para nos ser útil – afirmou o homem de longos cabelos loiros levemente ondulados que atingiam a sua cintura. – Meu nome é Lancelot Baroque. Venho da Cidade Real do Sul do Reino dos Elementais. Sou um nobre guerreiro dos Quatro Cavaleiros Reais, a guarda pessoal da nobre rainha das fadas.

— Nunca ouvi falar sobre esse lugar – devolveu o Gennin tutorado por Nico Lee Chinoike.

— É outra dimensão. Lá, formas de poder que você mal compreende são acessíveis para as suas mãos. Você poderá se tornar mais poderoso do que jamais seria vivendo no Reino dos Humanos – explicou o mais velho, esboçando um leve sorriso sinistro.

Apesar dos apesares, a feição de Lancelot não assustou o garoto. Pelo contrário, a proposta chamou bastante a sua atenção. Os olhos imensamente azulados do homem pareciam dizer para Sora que nenhuma mentira precisava ser dita ali. O Gennin sentia como se a presença do Cavaleiro Real exaltasse uma veracidade selvagem, típica de alguém disposto a qualquer preço para lutar e defender os próprios ideais. Porém, como alguém meticuloso, ele decidiu perguntar sobre determinado ponto em todo esse assunto:

— Mas se me oferece algo tão bom, deve querer alguma coisa muito importante em troca… Certo?

— É claro – confirmou o espadachim, elevando o seu sorriso ainda mais. – Quero que se junte a nós, o exército real. Quero que o faça como um dos soldados na guerra contra o Hemisfério Norte e contra o rei dos elfos. Quero que ajude o Reino dos Elementais a se tornar, novamente, o que sempre esteve destinado a ser…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Meu criador anda tão atarefado que até eu estou ficando maluquinho. Se você está gostando desse wonderverso, considere apoiá-lo visitando o @wondernautas naquele tal de Instagram. Se quiser conteúdo fluido e interessante enquanto faz tarefas do dia-a-dia, procure o Wondernautas no Spotify. Fica a dica, hein? Agora é hora de voar!

…/–/–/…

Lancelot Baroque

Idade: 35 anos

Aldeia: Cidade Real do Sul (Reino dos Elementais)

Cargo: Cavaleiro Real

Origem: Mobile Legends (Lancelot)

Pertencente a uma das famílias nobres do Hemisfério Sul, Lancelot é o primogênito de um falecido duque do Reino dos Elementais. Como tal, a sua posição entre a nobreza é seu direito de nascença, mas Lancelot optou por utilizar esse prestígio para se alistar no exército da rainha das fadas. Quando jovem, ele chamava a atenção tanto por sua beleza quanto por possuir habilidades incomparáveis com a espada. Tais fatores contribuíram para que Lancelot crescesse e se tornasse um homem vaidoso, orgulhoso e consideravelmente arrogante.

…/–/–/…

— Hey, você gostou? Uma última coisa antes da minha despedida: este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Justiça: O Pergaminho de Sakuya" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.