Arco 2 - Rebelião da Aldeia do Som

Caius arregala os seus olhos enquanto uma grande fórmula de selamento, inscrita no solo sob os pés dele e dos demais, brilha em uma luz púrpura. Os Gennins mal param para compreender o que está ocorrendo e já são vítimas de uma luminosidade fatal. Em instantes, a luz se espalha como uma explosão, capturando cada um deles em uma técnica terrível…

No instante seguinte, o Jonin tutor de Sakuya, Aruhana e Romoku está ao lado direito de Nico Lee Chinoike em um espaço de sombras. É como se nada existisse aqui além da escuridão. Em silêncio, os dois olham para todos os lados à procura de qualquer um dos Gennins pelos quais são responsáveis. Embora se esforcem, a tentativa é infrutífera.

— O que aconteceu…? – questiona o maior entre eles.

— Algum tipo de barreira que foi ativada como uma armadilha remota no instante em que pisamos sobre a fórmula – considera a mulher, suspirando enquanto observa algo surgindo a poucos metros de si.

Caius demonstra confiar totalmente na opinião dela, visto que Nico Lee Chinoike é conhecida como a maior especialista em Kekkaijutsus do País do Relâmpago, além de ser considerada como uma das mentes mais afiadas de toda a Aliança Shinobi. Paralelamente a isso, duas formas se materializam a poucos metros de ambos até se tornarem completamente visíveis: uma cópia idêntica de cada um dos dois Jonins.

— Suponho que nossas assinaturas de chakra foram copiadas e replicadas no instante em que fomos selados neste lugar… – articula o líder do clã Bistail.

— Sua suposição possui cerca de 90% de probabilidade de ser a alternativa correta – opina ela, colocando-se em posição de batalha. – E você deve imaginar quem é responsável por isso…

Ambos os punhos de Caius são cerrados de forma intensa. Os olhos dele carregam em seu mais profundo oceano a pura e mais intensa ira. Afinal de contas, é impossível não acreditar que foi Mime Abumi quem preparou tudo isso. Sendo assim, para ele, a Aldeia do Som deve estar prestes a sofrer um golpe de estado. E é pensar sobre isso o que lhe preocupa, visto que Arash Yajirushi estará no olho do furacão.

— Vamos acabar logo com isso – pontua ele, se colocando em posição de batalha assim como sua amiga e aliada. – Aquele patife vai pagar…

…/–/–/…

Enquanto isso…

— Afe, eu tinha que ficar presa justamente com a mais insuportável… – articula K Tousen, revirando os olhos enquanto mantém os braços cruzados.

— Olha quem fala… – pontua Sakuya, dando de ombros ao lado direito da outra. – É de você que as pessoas costumam reclamar. Fala tanto que ninguém consegue aguentar.

— Meu amooooor… – enfatiza a outra, virando o rosto em direção a ela com total desdém. – Deve estar me confundindo com o seu reflexo, sua inútil fracassada.

— Maritaca descontrolada! – exclama a Shihoin.

— Insetinha do lixo!

E as ofensas prosseguem enquanto ambas aproximam seus rostos, alheias ao que está ocorrendo em um ponto bem próximo a elas. Quando a dupla se dá conta, suas duplicatas já estão prontas e perfeitamente visíveis. As Gennins arregalam os olhos como quem busca compreender o que está ocorrendo bem aqui.

— Pelo visto, será melhor deixarmos nossa pequena contenda para depois… – articula Sakuya, colocando-se em posição de batalha.

— Já eu vejo essa oportunidade como algo maravilhoso – alega K, sorrindo enquanto também assume postura de combate. – Poderei acertar a sua cara sem remorso algum!

— Faça o seu melhor então! – declama a outra.

Desse modo, ambas correm em direção às duplicatas. Da mesma maneira, as cópias correm na direção delas. O clone de Sakuya demonstra querer atacar a original, assim como o de K tenta atacá-la. No entanto, empolgadas com a possibilidade de confrontar o “rosto de uma rival”, as Gennins se movem no campo de batalha de maneira que cada uma delas confronta a cópia da outra.

Por isso, Sakuya entra em combate direto contra o clone de K enquanto K entra em confronto com o clone de Sakuya. As quatro trocam tentativas sequenciais de socos e chutes frenéticos, mas ninguém acerta ninguém por enquanto. É quando, em seus pensamentos, a Sakuya original considera:

— Será que deveríamos ter pensado melhor antes de atacar…? Afinal… O que são essas coisas? Onde estamos? E onde estão os outros?

Graças à breve distração, o clone de K consegue atingir o rosto da garota com um chute do pé direito, empurrando-a para trás. Isso faz a K verdadeira rir em tom de deboche, mas acaba abrindo a sua guarda da mesma forma. Desse modo, a cópia de Sakuya também lhe atinge com um chute no rosto, empurrando-a de maneira similar.

— Por muito tempo, nós fomos bem equilibradas em termos de habilidades físicas… – pensa Sakuya, observando em silêncio a aproximação do clone inimigo. – Isso significa…

— Que muito provavelmente os clones possuem os mesmos atributos físicos que nós – mentaliza K, em uma situação similar, analisando a aproximação do clone de Sakuya.

Os confrontos diretos retomam e as quatro garotas voltam a trocar tentativas mal-sucedidas de emplacar socos e pontapés. Ao mesmo tempo, tanto K quanto Sakuya tentam analisar meticulosamente os seus clones. Olhares rápidos são suficientes para dizer que as cópias são perfeitas visualmente. Além disso, pelo que demonstram, de fato também são cópias bem feitas de suas capacidades de combate. É quando K salta para trás, ativando alguns selos manuais.

— Estilo Fogo… – pensa a mesma, usando sua boca para uma técnica de assopro. – Técnica da Fênix Sábia de Fogo!

Através da boca, em pleno ar, K dispara seis pequenas esferas de fogo em direção às cópias. No entanto, a duplicata dela realiza um movimento idêntico ao dela, saltando para trás, realizando selos manuais e ativando a mesma técnica. Seis esferas de fogo se chocam contra seis esferas de fogo e ambas as técnicas se anulam.

— Como eu imaginei… – articula Sakuya e K simultaneamente, sendo que essa última o faz no momento em que pisa em terra firme.

— Acho que você teve a mesma ideia que eu, não teve? – questiona a integrante do clã Tousen, a poucos metros de Sakuya.

— Provavelmente – pontua a outra, mordendo o polegar direito de leve, apenas para que surja uma pequena quantidade de sangue.

Ativando selos manuais, Sakuya sorri ao observar que a sua cópia parece incapaz de realizar o mesmo. Desse modo, a Shihoin legítima se curva, toca o chão com a mão esquerda marcada por seu sangue e exclama:

— Técnica de Invocação!

Uma cortina de fumaça surge no local. Através dela, uma criatura humanoide feminina se apresenta perante as duplicatas das Gennins. As cópias correm na direção do ser, mas a Takka Onna com a qual Sakuya possui um contrato demonstra não estar disposta para brincadeiras. Com um rápido movimento, ela lança sua língua como um grande laço na direção dos clones. De imediato, ambas são capturadas pela língua e, devido à proximidade, se mostram incapazes de escapar a tempo.

— Hora de acabar com isso! – exclama K, pegando uma kunai de sua bolsa de ferramentas com a mão direita enquanto Sakuya realiza o mesmo ato.

Juntas, uma ao lado da outra, as Gennins correm em direção aos seus clones enquanto estão com os braços contidos pelo laço forte da língua da Taka Onna. Como se dançassem em campo de batalha, as verdadeiras Sakuya e K desferem uma série de golpes sincronizados com as suas respectivas kunais, atingindo os clones no rosto, barriga, braços e pernas.

Na sequência, quando a Taka Onna solta os clones do amarro de sua língua, as duas Gennins saltam para trás, atirando cada uma duas kunais em seus alvos. Por fim, a kunai que usaram originalmente é atirada por cada uma, mas com os anexos de papéis explosivos. No instante seguinte, duas explosões vitimam as duplicatas, causando-lhes dano suficiente para nocaute. No entanto, como nada são além de versões falsas, elas desaparecem diante dos olhos das garotas.

— Uma cópia barata nunca será comparável à versão original – garante K, sorrindo enquanto coloca as mãos ao redor da cintura.

Aproximando-se dela pela direita, Sakuya observa que a escuridão ao redor delas está oscilando. É como se esse mundo de sombras estivesse prestes a desaparecer… Ou prestes a expulsá-las para seu mundo original…

…/–/–/…

Enquanto isso… Simultaneamente ao combate de Sakuya e K contra seus clones…

— O que está acontecendo…? – se questiona Aruhana, olhando para todos os lados tentando entender onde está.

— Talvez alguém tenha achado interessante reservar a nós dois um momento a sós – articula Saruto, bem ao lado direito dela, sem medo de usar um tom humorado em sua fala.

— Se for abrir a boca para falar porcaria, é melhor ficar calado – articula ela, olhando nos olhos dele apenas por breves instantes, ignorando-o em seguida para tentar compreender onde estão. – Será que não percebeu que podemos estar no meio de um problemão?

— Na verdade, percebi sim – afirma ele, dando de ombros. – Principalmente porque tem duas coisas esquisitas logo ali.

Com sua mão direita, o loiro aponta em uma determinada direção. Ao acompanhar com seus olhos, Aruhana se surpreende: há poucos metros, dois clones idênticos a eles estão parados no mesmo lugar. Os olhos dos “seres estranhos”, para ela, são vazios e sem nada além do nada. Isso inicialmente a faz sentir um arrepio na espinha, algo notado por Saruto.

— Fique tranquila! Qualquer coisa eu te protejo – diz ele, sorrindo largamente para ela.

— Desde quando uma Yotsuki precisa da proteção de um pivete chato como você? – retruca a colega de time de Sakuya Shihoin, correndo em direção ao seu próprio clone.

O loiro se surpreende com a atitude imediata da sua colega, mas observa que o clone dela também realiza um movimento similar. De imediato, Saruto se torna sério, decidido a compreender a situação através dos atos tomados por Aruhana e sua duplicata. Quando próximas o suficiente, as duas garotas – a verdadeira e a falsa – começam a trocar socos e chutes. No entanto, as esquivas rápidas fazem com que ambas desviam de ambas durante quase um minuto de golpes trocados.

Porém, ambas ativam selos manuais em meio ao confronto e conseguem segurar uma a outra pelos longos cabelos com a mão direita. Dessa maneira, as duas ativam o Estilo Relâmpago: Técnica da Descarga Imediata. Ao mesmo tempo, a falsa e a verdadeira Aruhana gritam de dor por serem eletrocutadas pelo chakra inimigo transformado em correntes elétricas por meio do toque.

— Não vai adiantar se ficarmos enfrentando os nossos clones – articula Saruto, em alto e bom som, enquanto corre na direção do seu inimigo idêntico. – Já percebeu o que está acontecendo, não é!?

— É claro, não sou nenhuma jumenta! – declama Aruhana, saltando para trás e observando sua duplicata realizando o mesmo movimento. – São espelhos perfeitos de nossas aparências e habilidades. Mas provavelmente… Foram feitas no exato momento em que chegamos aqui.

— O que significa que há apenas duas formas de derrotá-los… – articula o loiro, iniciando uma troca de socos e chutes com seu clone, embora ninguém acerte ninguém por vários segundos. – Opção um… Ficamos mais fortes do que estávamos no momento em que nos copiaram ou…

— Opção dois… – pontua a garota, correndo na direção do clone do garoto loiro. – Trocamos de adversários.

Dessa forma, Saruto também começa a correr. Os dois passam lado a lado neste local de sombras, mas cada um indo para uma direção oposta. Logo, Saruto começa a ativar selos manuais enquanto a cópia de Aruhana corre em seu encalço.

— Estilo Tempestade: Círculo de Laser! – declama o garoto, parando de correr imediatamente enquanto o clone de sua aliada prossegue se aproximando.

A técnica do garoto cria um círculo de luz com suas mãos, envolvendo-as com grande luminosidade. Em seguida, o círculo diante de suas mãos projeta um turbilhão de feixes luminosos contra o clone de Aruhana. Ao mesmo tempo, o clone de Saruto ativa a mesma técnica e a Aruhana original observa tanto o ataque do verdadeiro quanto o ataque do falso.

— Eles são como cópias impensantes. Realizam movimentos espelhados em nós, mas não são capazes de usá-los de forma estratégica. Essa é a chave! – pensa ela enquanto a falsa Aruhana se esforça para esquivar de todos os feixes de luz do ataque do Saruto original.

Imediatamente, Aruhana concentra toda a sua força corporal nos pés, aumentando sua velocidade em um único instante. Isso é suficiente para que a garota salte para cima do falso Saruto, capture-o com a mão direita pela gola de sua camisa e arremesse-o com esforço em direção à falsa Aruhana. Dessa maneira, a técnica do clone do garoto loiro é interrompida, assim como o clone dela é atingido pelo clone dele. Com isso, ambas as duplicatas são atingidas por vários feixes de luzes enquanto Saruto berra em determinação, se esforçando para manter a técnica ativa em tempo suficiente.

— Tchauzinho! – exclama Aruhana, anexando um papel bomba a uma kunai, atirando-a na direção dos clones com sua mão direita.

Embora a técnica de Saruto esteja causando danos severos aos clones, seu uso parece exigir esforço aos olhos de Aruhana. Por isso, de forma rápida, ela decidiu ajudar o seu aliado. Quando a kunai atinge o falso Saruto, a explosão afeta ambas duplicatas. Todos esses danos, enfim, resultam na desaparição dos clones.

— Obrigado pela mãozinha – articula Saruto, ofegante, abaixando os braços enquanto tenta normalizar a própria respiração.

— Não me agradeça falando. Na verdade, eu ficaria feliz se parasse de abrir a boca o tempo todo – afirma a garota ao longe, cruzando os próprios braços enquanto revira os olhos em desaprovação à personalidade falante do aliado.

Suspirando, Aruhana observa que algo está acontecendo com o ambiente estranho ao seu redor. Dessa maneira, ela abaixa os braços e mentaliza:

— Apenas espero que os outros encontrem o segredo para vencer essas coisas e fiquem bem também…

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Enquanto isso… Simultaneamente ao combate de Aruhana e Saruto contra seus clones…

Romoku Mutou e Sora Uzumaki perante Romoku Mutou e Sora Uzumaki. Afinal de contas, os legítimos se depararam com cópias perfeitas de seus corpos. Em silêncio, o ruivo da equipe de Saruto Namikaze e K Tousen pensa se as duplicatas também são reflexos perfeitos de suas habilidades. Antes que Romoku fale qualquer coisa, Sora pega uma kunai de sua bolsa de ferramentas com a mão direita: e seu clone faz o mesmo movimento.

— Hora de fazer um teste – pensa o garoto, correndo em direção ao seu clone.

Romoku arregala os seus olhos, surpreendido com a ação repentina do seu aliado. Contudo, não há nada a ser feito porque a duplicata de Sora também está correndo para o encontro inevitável. Com isso, os dois começam a trocar tentativas de golpes com kunais, mas as armas apenas se chocam, gerando pequenas faíscas que se espalham pelo ar entre eles.

— Cuidado! Ainda não sabemos de tudo o que eles podem fazer! – exclama o garoto tutorado pelo ausente Caius Lao Bistail.

— Já não está claro!? – se manifesta Sora, mantendo o olhar focado no seu inimigo. – Eles são clones perfeitos!

Após uma última e fracassada tentativa de acertar seu oponente com a ferramenta ninja, o Uzumaki recua com três saltos para trás, retomando sua posição original ao lado de Romoku. O clone do garoto tutorado por Nico Lee Chinoike faz o mesmo. Relativamente ofegante, Sora afirma:

— Ele copiou até mesmo a minha baixa habilidade em Taijutsu.

Ouvir isso faz Romoku se surpreender ainda mais. Afinal de contas, se ele é ruim em Taijutsu, não deveria justamente evitar um combate corpo-a-corpo…? Porém, pensando por mais alguns segundos, o neto do ancião Mutou da Aldeia da Nuvem chega a uma possível conclusão. Sora provavelmente acreditava, desde o início, que se trata de clones idênticos não apenas em aparência, mas também em habilidades. Sendo assim, a aproximação não seria um risco real, uma vez que o clone seria tão ruim em combate corporal quanto a “versão original”.

— Pelo visto, você é realmente bom… – considera Romoku, suspirando e lançando o seu olhar sobre o seu próprio clone, parado ainda ao longe.

— Se você quer ser um vencedor, tem que fazer o seu melhor para não perder. Nunca – afirma o seu colega, guardando a kunai e ativando alguns selos manuais.

O clone de Sora realiza as mesmas ações. Juntos, eles exclamam:

— Estilo Tempestade: Círculo de Laser!

Sem que o Uzumaki nem mesmo desconfie, ele e seus clones ativam um círculo de luz com suas mãos simultaneamente a Saruto Namikaze – embora estejam próximos e, ao mesmo tempo, distantes. O círculo diante das mãos do verdadeiro, assim como aquele diante das mãos do falso, projeta um turbilhão de feixes luminosos um contra o outro. As luzes se chocam em um determinado ponto, algo que é observado de forma atenta por Romoku. Porém, antes que o mesmo sequer diga qualquer palavra, ele sente algo rasgando sua pele por trás.

O garoto geme de dor, arregalando os olhos e caindo em direção ao chão enquanto o seu sangue voa pelos ares. Uma espada, rápida demais para ser notada, acabou de cortá-lo violentamente em suas costas. Romoku não é capaz de compreender o que está acontecendo, mas de imediato vem à sua mente as imagens de Sakuya e Aruhana. Será que suas colegas ficarão bem…? Será que elas serão atacadas de maneira tão sorrateira assim como ele foi…? Ou será que ele deve agradecer, por ter tido a sorte de ser atacado no lugar de seu grande amor da infância…?

Romoku sorri, seus olhos se fecham e ele cai sem consciência em um chão frio como o beijo da morte. Sora, por outro lado, continua enfrentando o seu clone, mas percebendo que algo atacou seu aliado. Dessa maneira, o Uzumaki concentra os seus olhos em uma estranha silhueta. E os arregala, incapaz de acreditar no que está vendo…

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Longe dali… Aldeia do Som, País do Som.

Várias pessoas estão reunidas diante do grande prédio ocupado pelo líder da Aldeia do Som. Há um homem de pé no topo do prédio, apoiado por vários homens e mulheres mascarados atrás dele: as Forças ANBU. Mime Abumi, por sua vez, sorri observando civis e ninjas surpresos com a sua presença. Afinal de contas, todos ouviram a notícia de que o Otokage tinha um comunicado importante para fazer nesta noite.

“Onde está o senhor Sorento?”... “O que está acontecendo?”... “Será que algo aconteceu com o Otokage recém-eleito?”... “Por que o senhor Mime está ali onde deveria estar o Otokage Sorento?”... As vozes são muitas, e as dúvidas ainda mais. O burburinho torna quase impossível a fala de Mime Abumi. No entanto, erguendo a sua mão esquerda para o alto, o músico pede silêncio enquanto carrega a sua lira com o braço direito.

— Povo do Som, eu sei que suas dúvidas são muitas. Acreditem em mim, pois estou disposto a acabar com cada uma delas muito em breve – afirma o líder do clã Abumi. – Porém, peço a colaboração de todos. Esta é uma noite triste para a história do nosso país. Venho comunicar que o Otokage recém-eleito… Está morto.

Arash Yajirushi, entre tantas pessoas, arregala os seus olhos na multidão. Perplexo, ele continua prestando a atenção em Mime, apesar dos sinais sonoros de espanto e horror de todos aqueles ao seu redor. Mime, uma vez mais, toma a palavra:

— Infelizmente, nosso líder Sorento Solo confiou demais na Aliança Shinobi e foi traído. Nós fomos traídos! Ele foi morto em uma reunião secreta com Kages de outros países. Por isso, a alta cúpula tomou uma decisão emergencial… – com uma feição neutra e um olhar quase vazio, ele suspira e completa instantes depois: – Para honrar o nosso povo e a vida ceifada de Sorento Solo, eu assumirei o posto de Otokage e vingarei sua morte. Não apenas isso… A partir de hoje, está declarada guerra contra a Aliança Shinobi!!!

Arco 2 - Rebelião da Aldeia do Som… Encerrado!