A Mais Vitoriosa escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 26
Capítulo XXV.




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—... Serão eu o duque de Portland, o duque de Cleveland, o marquês de Rockingham, o marquês de ...- Depois de Lord Rockingham Anne parou de ouvir o duque de St. Albans.

Eram muitos os problemas, não só no parlamento, mas também na sua vida pessoal, em seu casamento.

Frederik fazia de tudo para a evitar. Anne quase nem via mais ele. Ela se sentia sozinha, e estava cansada disso, mas novamente Anne não iria pedir perdão, seu orgulho não a deixava. Sempre foi dito a Anne pelos seus pais que o orgulho era a única coisa que não poderiam lhe tirar, era algo vital e nunca deveria ser trocado.

  – Minha narquesa, está ouvindo?

 – Sim estou Manchester. Cinquenta e dois lords irão me julgar, com mais quatro lords, dois em minha defesa e dois contra. Sendo que em minha defesa estão Lord Carlishe e Sua Graça. Os nomes não importam na verdade.

  – Certamente importam, minha senhora. Devemos agradecer depois a Newcastle por aconselhar o Lord Chanceler a escolher lords que em sua maioria que não a odeiam.

  – Certamente St. Albans, mas em compensação eles também não gostam da marquesa.- O duque de Manchester estava certo, esses lords não eram confiáveis, para lado algum.– Teremos muito trabalho para a defender. Que Deus nos ajud!

Realmente que Deus os ajude. Na verdade que Deus a ajude. Anne iria ser bem de longe a mais prejudicada com tudo isso. Como a história iria se lembrar dela?

  – Devemos ter fé senhores, nunca fiz nada contra a Grã-Bretanha e a guerra está tomando um bom rumo, até junho todas as animosidades terão acabado.‐ Na verdade essas eram palavras que Anne sempre dizia para si mesma.– Sr. Henry Gray, e como está a situação com os comuns?

Era a primeira vez que o nome Gray era proferido, e ele parecia não ter boas notícias. Se bem que ele nunca parecia ter.

  – Minha senhora, a casa dos comuns é composta pelo povo britânico, pessoas que amam sua nação e não foram corrompidas por títulos ou riqueza.‐ A maior parte daquela casa era composta por pessoas ricas e por filhos de nobres.– Então, minha senhora, é difícil as conseguir ajuda para a senhora, sendo quem é.

  – E quem eu sou? A austriaca que dorme com o holandês que governa sob o Inn? Ou a mulher orgulhosa e fria que é uma marquesa?

  – Minha senhora é minha senhora.- Que conveniente da parte dele.– Mas Sir Albert Caster, Sir August Mansel, Sir Arnold Ollev e alguns outros mostram grande disposição para, minha senhora.

  Todos Sirs que agradável e conveniente, talvez esperassem um título por isso. E talvez Anne tivesse também a disposição para pedir que o rei desse.

  – Diga a eles que agradeço, e se tudo ocorrer como deve, com o passar do tempo estarão com duques, marqueses e condes no parlamento.

Depois de mais alguns pontos, que Anne achava sem importância alguma, os senhores saíram deixando-a agora com seus outros problemas. E o ruim desse problema estava no fato de ele ser pessoal, não poderia ela resolver de maneira simples. Faltava certas coisas, uma delas força de vontade.

Mas os efeitos eram horríveis e muito bem sentindos, a solidão era o mais. Mais de uma semana de solidão, Anne estava sempre com suas damas, e francamente, elas não eram as melhores companhias para um dia inteiro.

Pelo menos por hoje Anne teria uma companhia diferente, a duquesa de Newcastle.

Já fazia um bom tempo que Anne não a via, quando o duque se retirou do cargo de primeiro-ministro, eles se retiraram para Claremont House, sua casa de campo favorita, e mesmo depois que o duque voltou a ser primeiro-ministro, pouco a duquesa era vista.

  – Fico muito feliz que a duquesa tenha encontrado tempo para me ver, sei como é ocupada.

  – Eu que deveria agradecer por ter tempo para me receber. Você sim, Anne, é uma mulher ocupada, minhas preocupações em Londres nunca são importantes.

As duas certamente eram muito ocupadas, Anne com suas propriedades e problemas, e a duquesa sendo esposa do primeiro-ministro e cuidando de Claremont House no seu lugar.

— Mas eu não vim aqui para conversarmos sobre qual tem menos tempo, mas de outros assuntos.- Poderia então ser dois assuntos. – E onde está Frederik?

Era isso então. Ela soube.

  – Eu não faço ideia. Mas dormindo é que não está.

  – Você não o viu hoje?

  – Não. Eu acordei, como sempre fiz meu desjejum em meus aposentos, depois fui ao jardim, li as cartas, depois alguns relatórios econômicos, recebi algumas visitas e aqui estamos.- Na verdade essa era a rotina normal de Anne, mas normalmente haveria o nome Frederik no mínimo três vezes.

  – Você realmente não sabe onde ele está?- Então a duquesa sabia.

  – Talvez em um clube, acho que envolve algo holandês.‐ Anne na verdade sabia que Frederik estava em um clube holandês. Fazendo certamente o que se fazia em todos os outros clubes para cavalheiros: bebendo, jogando, e fofocando.– Mas apenas acho.

A duquesa suspirou cansada de tudo isso. E ela estava certa, Anne também desejava fazer isso as vezes.

  – Anne, minha querida. Eu considero você a filha que eu nunca tive. E me sinto então na obrigação de lhe aconselhar e avisar.- Anne estava preparada para tudo que a duquesa falasse.– Você sabe que toda Londres já tem conhecimento do que aconteceu?

  – Sei que apenas se tem rumores.- Todos claro iriam estranhar que o holandês que não gostava da sair passasse mais tempo fora de Hampton Court.– Eles estão certos não irei mentir. Tivemos uma pequena discussão sobre esconder coisas importantes e omissão.

  – O que você fez Anne?

  – Escondi algumas coisas, guardei segredos, não mostrei confiança.- Novamente a duquesa suspirou, como se esse tivesse sido o pior pecado de Anne.– Eu sei que foi errado. Mas eu...

Anne não conseguia terminar a frase, não havia uma continuação, a única coisa que Anne conseguiu pensar era "eu assim fiz e não tem volta."

  – Anne você me conhece, e sabe que estou casada com Thomas a muito tempo. Tivemos, e temos, muitos problemas e divergências, um deles o fato de não termos filhos, e todo o legado de Thomas ter que passar para seu sobrinho. Mas você sabe Anne o que fez nosso casamento ser harmonioso e duradouro?

  – Você ser Lady Harriet Godolphin, filha de Francis Godolphin, 2º conde de Godolphin e neta de John Churchill, 1º duque de Marlborough, um herói da nação.- Anne tinha quase total certeza que esses foram os motivos do duque para se casar com ela.

  – Certamente isso motivou Thomas a se casar. Mas ser neta de um herói não fez nosso casamento ser bom. Eu e Thomas sempre confidenciamos tudo um para o outro, nada escondemos e sempre fomos sinceros. Sempre tivemos confiança, Anne. A confiança é muito necessária em uma casamento, um dos mais importantes pontos.

  – Mas eu confio em Frederik!

 – Então por que esconder algo importante dele?

Novamente Anne não tinha uma resposta, não uma que ela tinha coragem de falar em voz alta.

  – Por favor, vamos mudar de assunto.- Anne nunca pedia por favor a alguém em status inferior a ela. Então a duquesa viu que algo fez algum efeito.

  – Pense no que falei Anne. Você não quer ficar sem marido, principalmente por causa do orgulho. Lembre-se que as vezes devemos deixar de lado o orgulho para sermos felizes.

No final a duquesa realmente mudou de assunto, agora sobre como Anne não estava mais indo para bailes e eventos sociais, parecia até mesmo estar a se esconder.

Mas mesmo nessa conversa as palavras da duquesa ainda continuavam na cabeça de Anne. Ela certamente estava certa, mas era difícil, muito difícil fazer algo.

Mas elas continuaram, e quando Anne percebeu o dia havia passado, já era tarde da noite e ela estava em sua cama com a sua roupa de dormir. Na verdade Anne pode ter dormido realmente, mas um barulho de homens e cantoria a acordou. Era nessa hora que Frederik voltava?

Anne não sabia o motivo, mas ao invés de continuar em seus aposentos, na sua cama, ela saiu e foi para o corredor principal, onde Frederik iria entrar.

Quando Anne chegou, a porta foi aberta e Anne pode ver a visão mais horrenda de sua vida, Frederik completamente embriagado, sendo carregado por William Ives, o 4° Barão Wiston e Solomon Nathan, o 2° Barão Norton. Mas havia um detalhe de fazia essa visão ser ainda mais horrenda. Frederik estava com hematomas e parecia ter saído de uma briga.

  – Frederik!- A única coisa que poderia sair da boca de Anne no momento.

  – Anne você deveria... deveria ter visto a... como ele ficou.

                     *****

O Orange, em homenagem ao rei William III da casa de Orange não a casa de Orange, era um clube de cavalheiros em Pall Mall, os integrantes dele eram simplesmente: os que tinham muito interesse em tudo que é holandês.

Mas como não havia muita diferença em tudo que é holandês para tudo que é britânico, a única diferença visível era que as bebidas eram holandesas ea quantidade exorbitante de carnes e açúcar nas refeições.

Fora isso era um clube exatamente igual aos outros. Os homens bebiam, apostavam, conversavam e faziam fofoca, afinal, não eram apenas as damas que faziam isso.

  – E Jane depois pediu uma nova reforma em casa, ela parece pensar que dinheiro dá em árvore.- E era isso que Frederik tinha que aguentar, pelo menos até meia noite.

Mas era melhor estar nesse lugar do que estar com Anne, lembrando de sua tristeza, poderia ser infantilidade sua, mas Frederik preferia ficar, beber e esquecer, Anne também não gostava de bebidas.

  – E você Orange, qual a sua desavença com a marquesa?

  – Norton e você ainda pergunta? Orange não tem problema em relação a dinheiro com a marquesa. Ela tem controle de tudo, todos sabem disso.

Frederik não se importava com essas provocações de outros, era algo que ele sempre soube que comentavam. Depois de quase dezoito anos ouvindo isso, era fácil se acostumar.

  – A marquesa cuida do que lhe pertence e eu do que me pertence.

E a bebedeira e todo o resto continuou, é ainda faltava algumas horas para voltar a Hampton Court. Mas quando já estava perto de acabar, uma das pessoas mais horríveis também entrou, Charles Martin, marquês de Clarke o herdeiro do duque de St. Martin e uma pessoa muito desagradável.

  – Orange, você ai. Era realmente a pessoa que queria eu ver.- E como sempre o marquês estava pronto para uma seção de provocação.– Eu vejo que sua bela esposa tem alguns aliados muito poderosos, na verdade ela tem muitos. E eu gostaria de ser um também.

  – Então mate seu pai, se torne duque e vá e ela.

  – Eu poderia fazer isso claro.- O modo como o marquês falava era extremamente igual ao do duque, nauseante.– Mas o que eu iria ganhar? Isso me fez também pensar no que aqueles velhos também ganham por ajudar ela. Mas bem eu só posso imaginar.

  – O que você quer dizer Clarke?

 – Ora Wiston. Eles são homens ricos, com influência e certamente não precisam de mais títulos, Manchester por exemplo serve diretamente ao rei, o que eles poderiam querer?- Ele não faria isso, faria?‐ Mas a marquesa é uma mulher muito bonita, e aquele olhar frio dela atraí muitas atenções.

Todo o lugar ficou calado, e era melhor o marquês se calar ou iria sofrer.

 – Você tem coragem de repetir, Clarke?

  – Você está com raiva, Orange? Não deveria, pois é o que todos que veem ela sentem, muito desejo. Dizem que mulheres frias e orgulhosas são as mais quentes e submissas quando as luzes se fecham.‐ Realmente o marquês não sabia onde estava indo.– Mas você não está acostumado? Tenho certeza de que quando ela fala seu nome ela pensa no príncipe de...

O marquês não acabou sua frase. Frederik se cansou de ouvir, e lhe deu um soco, o mais raivoso que dava em anos.

  – Não fale assim de minha esposa seu desgraçado!

  – Aquela vadia traidora merece mais ainda.- E novamente o marquês levou outro soco, mas agora ele revidou. E isso gerou uma grande briga. Que acabou com o marquês sendo levado para sua casa e Frederik para Hampton Court por Wiston e Norton.

                       *****

  – E então viemos para cá.- Anne ouviu pacientemente as palavras dos dois lords, não foi um bom dia para os dois então.

 – Mas antes passamos em Cambridge House para fazer no príncipe os devidos cuidados.- Anne se perguntava o motivo de não usarem Witte House ou Nathan Hall.

 – Sim Anne, sua amiga a viscondessa Cambridge tem... ótimas mãos.

Anne iria depois enviar um pedido de desculpas por isso, a amizade não suportava tudo.

  – Eu agradeço milords, e peço perdão por isso.- Anne já poderia ver que ela teria que pedir muitos perdões.

Os dois apenas fizeram uma simples mesura e foram embora, a deixando sozinha com Frederik, ela mesmo teria que levá-lo aos seus aposentos.

  – Eu espero que você não me dê trabalho.- Seria difícil, especialmente subir as escadas, mas era necessário, de certa forma era por causa dela que isso estava acontecendo.

Anne poderia chamar claro um empregado, mas os Tudor-Habsburg não falavam diretamente com seus empregados, nunca.

  – Você deveria ter visto como ele ficou Anne.- Homens poderiam ser tão tolos as vezes, brigar por coisas assim não era bom, mas Anne não era ingrata, ela estava até feliz.

  – Eu imagino. Espero que ele nunca mais fale algo sobre nós.

O fim da escada já estava próximo.

  – Eu faria isso de novo Anne. Você é a pessoa que mais amo no mundo afinal.

  –... Você também Frederik é... é a pessoa que mais... mais amo no mundo.- Esquecendo todas as outras coisas, essa foi a coisa mais difícil que Anne já disse.

Ees chegaram logo no final da escadaria, e logo depois nos aposentos de Frederik, seria uma longa noite, mas Anne ficaria ali.


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