O Desabrochar de Uma Dinastia escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 9
Capítulo VIII.




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  Bristol House, Bristol 

William se sentia cansado, com sono e com dor, o banquete na Bristol House, não foi o melhor banquete que William teve, e ele se sentia muito aliviado por ter acabado.

Os cavalheiros William o estavam ajudando a se trocar para dormir, o que estava sendo muito devagar e irritando William, até o momento não tinham tirado muitas coisas.

Mas para a salvação de William, Catherine entrou em seus aposentos, já vestida para dormir.

  – Saim.- Apenas com essas palavras os lords se curvaram e saíram, deixando o marquês e a marquesa a sós.

  – Agradeço por mandar eles embora. Tenho que tirar logo uma coisa que me incomoda.- William não poderia no momento agradecer olhando para Catherine. William precisava retirar o broche de rosa dourada imediatamente, e ver o estrago dele.

   – Qual o problema com o broche?

  – O bispo não colocou o broche apenas na roupa, mas também na minha pele.- Pelo espelho William pode ver Catherine fazer uma careta, mas quando William finalmente consegui retirar o broche pode ver que não era tão ruim, havia apenas um pouco de sangue.– Eu vou sobreviver.

  – Então era por isso a sua cara de dor, eu pensei que só era tristeza. Mas pelo menos acabou.- Era muito bom relembrar isso, que eles não teriam que passar por isso novamente.

William voltou a se preparar para dormir, seria muito mais rápido sem os lords. Mas Catherine estava calada, e William sabia o que significava: ela queria falar algo.

  – Algum problema Catherine?- Catherine apenas, se sentou na cama e pegou um livro.– Eu não vou esperar para sempre... Você acha que seriam bom colocar essência de lírios na água para o meu rosto?

Talvez fosse melhor assim, não deveria ser algo ruim, ou extremamente bom, talvez uma preocupação.

  – Eu quero dormir ao seu lado me sentindo num campo de lírio.- William então adicionou essência de lírios na água, mas Catherine continuou.– O rei devolveu algumas propriedades, mas apenas porquê eu fiz uma troca de favores com o Primeiro lord do tesouro.

Catherine falou muito rápido, mas William pode entender muito bem o que ela disse. Ele não sabia disso.

  – Não vai falar nada William?- William não sabia se deveria ter ficado irritado, talvez sim considerando que Catherine não perguntou a ele, mas estranhamente ele não estava.

  – O que eu poderia dizer? Você conseguiu nos dar propriedades e terras. Embora essa em que estamos agora foi comprada.‐ Catherine parecia atônita, mas apenas por pouco tempo, logo ela voltou ao normal.– Mas acho que vou dar metade dessa residência para Bristol, para cidade usar como desejar.

Isso novamente fez Catherine ficar atônita, e William concordava com ela, considerando que ele gostou uma grande quantidade de libras nessa casa.

  – Eu agradeço por você não ficar com raiva ou irritado, e ver que o que fiz foi pensando em algo bom, mas por que vender se gastamos muito?

  – Bem, você vê o homem dessa pintura.- William perguntou apontando para um pintura de um casal elisabetano. Catherine apenas assentiu.– Era o meu tataravô, William Tudor, o último duque de Avon, ele morreu em desgraça, nessa casa, mais especialmente nesse quarto.

A última parte foi uma brincadeira, que a julgar pelo modo como Catherine agiu ela acreditou, William não pode segurar o riso.

  – Eu não achei graça nisso.- Mas ele sim.– Mas você faz bem, não quero viver em na casa onde seu traidor avô ancestral morreu.

William acabou de lavar o rosto e foi escrever no diário que mantinha desde a partida de Viena. Catherine continuou no livro.

  – Você sabe onde fica esse castelo que o rei vai nos "devolver"?- Era uma boa pergunta a que Catherine lhe fez.

  – É em Cornwall, no litoral, só sei isso. O rei disse que devemos estar prontos cedo.- Foi apenas isso, William nem ao menos sabia onde ficava esse castelo, era só um castelo no meio do nada. Para falar a verdade William sabia a história desse castelo, mas apenas isso

  – Você acha que o que fizemos hoje vai ser o suficiente para calar a oposição?- William não tinha certeza, mas esperava que sim, e sabia também que eles sempre seriam criticados.– Eu sei que as críticas nunca vão acabar, mas eu não quero deixar minha amada Áustria para trás. As inglesas se vestem de forma tão... simples, sem enfeites no cabelo e vestido, os pentedos são tão simples. Não quero ser simples.

  – Se precisarmos mudar, não vai ser necessário mudar tudo de nós. Além do mais só eu tenho o direito de ver o que você esconde nos cabelos.- William não viu o que Catherine fez, mas ela deve ter forçado um sorriso.

  – Você não vem dormir?

  – Vou logo depois de escrever aqui.- Catherine não falou nada, apenas se deitou para dormir.

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O dia seguinte parecia estar lindo, os pássaros estavam cantando, o sol estava brilhando lindamente, e se poderia sentir o aroma agradável de flores pelo ar.

Mas para o William, Catherine, e sua comitiva, o dia não estava tão belo assim. Eram apenas sete da manhã, todos deveriam estar dormindo. Mas estavam acordados, e com raiva.

  – Altezas, sua majestade o rei, pediu que eu os conduzisse para St. Ives onde fica o Castelo de Ocenia.- Esse não era o rei claramente, também não era ninguém conhecido.

 – E quem seria o cavalheiro?- William foi o primeiro a fazer essa pergunta que faria toda a diferença.

  – Onde estão meus modos perdão... Eu sou Archibald Ives, o 3° Barão Wiston, a propriedade principal de minha família é próxima ao Castelo de Ocenia.‐ Isso era um começo, mas uma também uma pequena audácia, era um simples barão.– Vamos, a viagem será longa, mas pedi que Lady Wiston preparasse Wiston Hall, fica no meio do caminho.

Isso não foi uma boa notícia para Catherine, uma viagem longa nunca era boa, não bastava Catherine ter que atravessar a Europa, ela iria atravessar a Inglaterra junto.

Não seria uma boa viagem, e olhando para William, ele achava o mesmo, o resto parecia estar com muito sono para perceber.

  – Alteza, eu posso pedir algo?- Catherine foi despertada de seus pensamentos por Lady Everton, que não parecia muito feliz. Catherine apenas de sua sinal de sim com a cabeça em resposta.– Eu poderia ir na sua carruagem? Apenas a primeira parte da viagem.

 – Certamente. Mas há algum problema com Lord Everton?- Olhando para Lord Everton se poderia ver que sim, mas Catherine queria saber o motivo.

  – Ele está chateado. Eu... irei dizer apenas que o barão Meon pode estar a caminho.- Catherine entendeu o que ela disse, mas francamente ela não queria saber como Lady Everton conseguiu isso. Depois de todos entrarem mas carruagens a viagem começou.

A viagem para St. Ives foi longa, cansativa e desconfortável, mas foi o suficiente para que Catherine descobrisse mais sobre St. Ives e sobre o castelo, que pelo modo como Lord Wiston falava estava em ruínas.

A única parada nessa viagem foi em Wiston Hall, perto de Okehampton, e lá Catherine e William poderam saber mais sobre o barão Wiston: O baronato, poderia passar por via feminina, Lord Wiston era o primeiro Ives com esse título, ele também era o 5° Baronete Ives, ele era rico, e sua riqueza vinha de um negócio açucareiro no Caribe, mas quando William perguntou se isso envolvia escravidão, o barão apenas disse que a ele só cabia vender o açúcar, ele não estava envolvido na produção.

Catherine ficou horrorizada com isso, eles não poderiam ter amigos envolvidos com a escravidão, era uma prática que ela desaprovava, era bruta e incivilizada. Catherine tentou fazer mais perguntas, mas William mudou de assunto, segundo ele, eles não poderiam se dar ao luxo de ter irritar os mais ricos.

Depois da viagem foi um alívio quando chegaram em St. Ives, e em poucos minutos estavam no castelo. Catherine o achou lindo, apesar de estar em ruínas.

  – Bem... é um castelo grande. Tem uma linda vista para o mar.‐ William parecia não ter a mesma visão de Catherine.

  – Acho que meu senhor quis dizer que é uma ruína.- Catherine não percebeu quem falou, mas era melhor ignorar.

 – Eu acho lindo, consigo até imaginar como será. Vou fazer dele o lugar mais belo de todo o condado. Vamos, vamos, eu quero explorar.

Isso não agradou muito os lords e ladys, asim como não agradou Sir Karl que assim como a sua guarda os havia escoltado.

  – Não acho que seja seguro. Aparentemente esse é um lugar esquecido pelo rei.

   – Vamos William, quero ver o lugar onde seus ancestrais viveram.- William apenas pegou sua mão e ambos entraram no castelo.

O interior do castelo não estava melhor do que o exterior, mas nada que uma grande reforma não resolveria.

  – As histórias que minha vó me contou não me prepararam para isso.‐ Talvez nenhuma história iria prever que o castelo estar em ruína um século depois.– Esse castelo passou por tantas coisas, George, o 3° duque de Avon, estava aqui quando Lady Jane Gray, foi feita rainha, e estava aqui quando Mary I foi feita rainha nove dias depois, ele estava aqui quando aconteceu a revolta de Wyatt, e ele fugiu para a Aquitânia daqui depois da revolta. E uma pena que William, o 4° duque não estivesse aqui quando aconteceu a revolta do duque.

Realmente esse castelo estava bastante conectado com a família inglesa de William. Mas havia uma coisa que Catherine não entendeu.

  – O que foi a revolta do duque?- O olhar de William não foi bom, mas Catherine ainda não sabia muito sobre a "Era Tudor".

  – Foi uma revolta organizada por alguns nobres quando a rainha Elizabeth morreu para colocar meu tataravô no trono no lugar do rei da Escócia.. a revolta não deu certo, como é bem perceptível de ver.

Logo eles voltaram a explorar o castelo, e puderam confirmar que ele realmente precisava de uma reforma urgente.

  – Você gostou muito desse lugar não foi Catherine. Então eu dou a você total liberdade para o reformar. Faça o que desejar, mas tente não gastar tanto assim.

  – Eu farei com que esse seja o mais belo de Cornwall. E irei tentar.- Catherine já tinha em sua mente como seria: Um castelo em estilo ccontinental interior, e no exterior seria inglês.– Agora vamos voltar, acho que vi um rato.

William apenas pegou sua mão e foram para fora. Seria uma reforma muito grande, mas poderia distrair Catherine da impopularidade em Londres.


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