Vidas escrita por Miris


Capítulo 9
O novo namorado de Lety


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo 'tá parado há décadas kkkk
Aproveitem ♥

Obs.: Teremos treta; ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/773224/chapter/9

 

 

            Em uma belíssima manhã ensolarada de vinte e nove graus e meio, Blanche resolveu aproveitar que as amigas tinham reuniões em seus clubes e foi ao vazio Clube de Jardinagem para poder ler em paz. Porém, seus planos foram terrivelmente impedidos pelo impiedoso vilão de cabelos vermelhos demoníacos e seu capanga de cabelos brancos, o Coelho Albino.

— Faalaaaa! – Castiel me mantinha em cima de seus ombros como um saco de batatas e me girava, enquanto tentava arrancar informações de mim.

— Aaah! E-eu vou cair Castiel. – Eu dizia trêmula e encarava o chão com pavor. Pela primeira vez 1,80m se tornou algo bastante alto para mim.

— Eu tenho certeza que há métodos mais fáceis de tirar informações de uma pessoa. – A calmaria com que Lysandre falava era algo impressionante.

— Lyyys, socorro! – As coisas pareciam rodar mais que o normal.

— Chega Castiel, é melhor conversar. – O albino segurou os braços do ruivo que parou. – Coloca a coitada no chão. – Castiel bufou e me colocou sentada no banco em que estava.

— Coitada já é demais. – Coloquei a mão na cabeça no intuito de amenizar a falsa rotação que meus olhos insistiam em acompanhar. – Eu não fico tonta assim desde os meus quatorzes anos no campeonato de poliesportivos. – Finalmente havia passado.

— Agora fala. – Olhei o ruivo.

— Falar o que maluco?

— Eu vou te rodar de novo. – Levantei minha perna para defender o corpo.

— Nem vem! – Talvez eu estivesse apavorada e isso fez o ruivo rir de mim. – O que você quer saber?

— Você trabalha na Confeitaria do Shopping? – Semicerrei meus olhos para Castiel.

— Você veio até aqui gritando, me levantando e rodando para perguntar se eu trabalho? Está brincando comigo?

— Blanche, eu sinto muito por isso. – Lysandre entrou na frente do ruivo que continuava a rir de mim. – Vimos você no shopping e ficamos curiosos. Castiel foi quem quis vir aqui te atacar, digo, perguntar. – Encarei Castiel que segurava o riso enquanto me olhava, puxei um espelhinho da bolsa e me vi totalmente descabelada. Não pude aguentar e comecei a rir com meu amigo.

— Aí... – Sequei uma lágrima após rir muito. Olhei meus amigos enquanto tentava desembaraçar o cabelo com os dedos. – Mas voltando ao assunto, sim eu trabalho lá. Minha mãe é a dona da Confeitaria e eu trabalho lá há algum tempo. É uma forma de ter minha própria renda e não depender sempre da minha família.

— Isso é muito bonito, Blanche. – Lysandre me olhava com admiração. Talvez fosse novidade para eles, mas eu sempre busquei minha independência.

***

            Depois de dois horários vagos eu me preparava para as aulas de geografia que teria pela frente, até...

BLANCHEEE!— Eu poderia jurar que meus cabelos não obedeceram mais a gravidade e subiram totalmente. Afastei-me do armário e me preparei para o baque. – Eu ‘tô tãaaaooo feliz! – O abraço de urso faltou colocar meus órgãos para fora.

— E-eu per... Per-cebi. – Priya se aproximou rindo da situação e Lety foi abraçá-la, assim pude recuperar o fôlego.

— O que aconteceu? – Priya afastou a azulada que sorria bobamente.

— Essa não! – Eu disse e Priya pegou o recado.

— Lá vamos nós de novo. – Priya bateu a mão na testa e bufou. Lá vinha confusão!

— Eu estou amando! – Lety dizia feliz e eu poderia jurar que senti a Terra rachar em desespero. – E dessa vez é diferente.

— Diferente? – Eu questionei e Priya sorriu confortável para mim.

— Óbvio Blanche! – Alerta de ironia. Alerta de ironia. Priya falava com um sorriso cínico e animado no rosto. – Diferente como Giacomo Fiorino? Ou o Shanon Cornell? Ou que tal Lyam? Dardeno? Armand? Neville?

— Chega Pris! – Lety bateu com o pé no chão e inflou as bochechas. – Não pode ficar feliz por mim?

— Olha Lety, o que a Priya quer dizer é para você tomar cuidado.

— E por quê? – Ela olhou a morena com raiva.

— É que na maioria das vezes seus casos dão um pouquinho de problema. – Lety desarmou e respirou fundo.

— Eu entendo. – Mas ninguém é de pedra, não é mesmo? Priya não aguentou ver a amiga assim e passou por cima de seu orgulho.

— E você conhece o rapaz? – Lety sorriu.

— Não exatamente. – Ela corou enquanto batia os dedos indicadores um no outro. – Ele foi convidado para visitar o Clube e comeu um dos meus brigadeiros, até disse que estava bom. – Ela tinha as mãos unidas ao lado do rosto. – Mas a vaca da vice-presidente veio e tirou a atenção dele de mim.

— E qual o nome dele? – Já sabia onde isso iria dar, então perguntei.

— Então, eu não sei por que a vice-presidente levou ele pra longe e fomos dispensados. – Suspirei.

— Se você assistir a aula tranquila, nós prometemos ajudar você descobrir quem é ele. – Priya tinha o dom de me por no meio da confusão e não me fazer rebater.

***

— Muito bem! – Lety parecia uma oficial mandona, enquanto eu e Priya estávamos sentadas em cima das mesas vazias da sala de aula. Havíamos almoçado em sala por causa da loucura da azulada. – Nossa missão é descobrir quem é o garoto de cabelos negros, olhos azuis, cerca de 1,75cm de altura. Ele usa um cachecol e um colete por cima de uma blusa que parece aquelas de lã da minha avó. – Rimos da descrição de visual que Lety fez.

            Eu e as meninas nos separamos pelos três andares da escola em busca do garoto. Seria muito mais fácil se ela tivesse tirado uma foto dele, mas pela primeira vez Lety havia deixado o celular desligado no bolso do short. Poderíamos dizer que era uma péssima hora para milagres, não é mesmo?!

            Andar pela escola procurando alguém que mal sabia quem era dava vontade de desistir. Como achar alguém que nunca viu na vida? Depois de andar um bom tempo, decidi ir em direção ao pátio para beber alguma coisa.

E você gostou?— A voz alegre me chamou a atenção.

Foi o melhor brigadeiro que já comi na vida toda.

Que exagero Armin!— Parei no mesmo lugar e olhei os donos da voz. Meus olhos pararam no garoto alto de cabelos pretos, olhos azuis e... Cachecol e colete...

Armin, vamos ao shopping comigo?— O garoto de cabelos azuis pedia ao garoto.

            Fazia tempos que eu não sentia meu coração acelerar como fez desta vez. Seu nome era Armin, seus cabelos eram pretos, olhos azuis e um sorriso brilhante. Sentia meu rosto esquentar e tentava fazer isso parar com um picolé bem gelado que me fez encolher duas vezes.

            Fechei meus olhos e voltei a lembrar das informações que havia pegado com Nathaniel, logo após parar de encarar o garoto de sorriso brilhante. Nathaniel relutou um pouco, mas logo soltou o que eu queria.

***

O nome dele é Armin, acabou de entrar na escola com o irmão gêmeo dele, Alexy. Eles são bem amigos de uma garota da nossa turma, a Rosalya.

E como é a ficha dele?

Porque tantas perguntas? — O loiro estava visivelmente incomodado. Suspirei pesado e soltei meu corpo contra a parede do Grêmio.

Minha amiga se apaixonou e não sabe nada sobre ele.— Cruzei os braços sentindo meu rosto ameaçar ficar vermelho. – Normalmente ela sempre se mete em confusão quando o assunto é paquera.

E você só quer protegê-la?— Olhei o loiro e assenti. – Certeza que é coisa da Lety.

Sempre certo senhor detetive.— Sorrimos um para o outro com carinho.

Ele é uma pessoa tranquila e nunca arrumou uma confusão de verdade com ninguém de suas escolas. A única reclamação é o excesso de tempo em vídeo-games.— Assenti.

Lety cuida disso.— Arrumei minha postura e peguei na maçaneta. – Até mais Nath.— Tomei um susto ao dar de cara com Melody que intercalou o olhar entre nós dois e fechou a cara.

“Sozinhos de novo na sala do Grêmio?”— Ela murmurou, mas fingi não ouvir.

Desculpe Melody. Até mais.— Disse e fui embora.

***

— Alguma sorte? – Fui acordada de meus devaneios com a mão de Priya em meu ombro.

— Ah, sim. – Balancei a cabeça e me arrumei no banco de piquenique do pátio. Fiquei calada olhando para as raízes das árvores.

— O que houve? – Suspirei colocando as mãos no colo e as encarando.

O rapaz...— Comecei a falar em sussurro. – É realmente bonito.

— Me deixa adivinhar – Priya apoiou o rosto na mão que tinha o braço mantido na mesa. – Você gostou dele? – Mordi o lábio em remorso e confirmei com a cabeça. – Mais um caso de “Lety chegou primeiro”? – Assenti novamente.

— MENINAAS! – Lety pulou do nosso lado e sentou-se em cima da mesa cruzando as pernas.

— Modos Letícia. Modos! – Priya odiava quando Lety não se comportava, e se falava o nome inteiro não era bom sinal.

— Desculpe. – A azulada colocou os pés apoiados no banco enquanto nos olhava. – E aí? O que acharam? – Respirei fundo e agi como se tudo estivesse bem.

— O nome dele é Armin e acabou de ser transferido. Ele tem um irmão gêmeo chamado Alexy, ele tem cabelos azuis e olhos violetas. Ambos são muito amigos da garota da nossa sala, a Rosalya. – Lety colocou o dedo na frente da boca e simulou uma ânsia de vômito.

— Ele é tranquilo? – Priya questionou.

— Extremamente. Nunca arrumou confusão séria, só pequenas intrigas. Os professores sempre reclamaram do excesso de tempo que ele passa no vídeo-game.

— Aah, mas eu posso fazer ele esquecer isso rapidinho. – Lety piscou e nós três rimos. – Afinal, ele é meu mais novo namorado! – Ela juntou as mãos ao lado do rosto enquanto fechava os olhos de um modo apaixonado.

            Só espero que não arranjemos problemas, Letícia...

— - -


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mais um capítulo terminadinho e enviado com sucesso ♥

Até a próximaa~~ ♥ ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vidas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.