Vidas escrita por Miris
Notas iniciais do capítulo
Talvez eu esteja só um pouquinho atrasada, tipo umas duas semanas?! Rsrs
Espero que aproveitem ♥ No próximo capítulo vamos começar a conhecer um pequeno detalhe da vida de Blanche antes de Sweet Amoris.
Era a minha quarta semana de aula na escola nova e acredite, eu não tive tempo para conversar com ninguém ainda. Kentin querendo ou não acabava tomando meu tempo. Eu estava muito preocupada com o garoto que era constantemente perseguido por Ambre e suas amigas.
Castiel havia voltado a falar comigo normalmente, assim voltamos a passar o recreio juntos e com a companhia de Lysandre que adorava meus bichinhos de frutas, enquanto o ruivo zombava.
— Hoje temos um coelhinho! – Eu disse abrindo a tampa do pote. Os olhos de Lysandre pareciam brilhar, enquanto Castiel revirava os olhos.
— Deus, Blanche! Você não pode simplesmente crescer? – Eu e Lysandre pegamos palitinhos para começarmos a comer.
— Então arrume outra pessoa para te alimentar Castiel. – Eu dizia saboreando as framboesas extras que tínhamos.
— Passa logo o palito, estou com fome. – Eu apenas ria enquanto balançava a cabeça e dava um palito de madeira para o ruivo. Lysandre apenas sorria e continuava a comer.
Eu e Lysandre ficávamos conversando sobre as aulas e coisas que tínhamos em comum, como o estranho gosto para música clássica ou a beleza dos vestidos vitorianos, assim como os modos daquela época. Enquanto a Castiel, apenas comia e ficava ouvindo música no celular, nos ignorando ou arrumando desculpas para implicar com minha pessoa.
— Lembre-se que sou eu que te alimenta. – Eu brincava.
— Como se eu precisasse de uma babá para me dar comida. – Ele retrucava enquanto revirava os olhos. Eu apenas ria de seu modo de agradecer.
Tirando seus modos invejáveis, a semana era bem tranquila como sempre. Dessa vez eu estava na aula de história, quase dormindo já que o nosso professor conseguia ser menos interessantes do que os silenciosos tutoriais de maquiagem da Ambre e suas amigas durante a aula. Na dica de hoje, ela estava ensinando Li à maneira correta de se usar o blush para seu rosto mais fino.
Mas tudo estava encaminhando para ser um dia mais do que incrível. Castiel havia dito que ele e Lysandre não passariam o recreio comigo, mas provavelmente apareceriam no almoço.
— Ei pirralha. – Ele me chamou assim que sai da sala.
— Oi Castiel. – Eu o olhei curiosa enquanto me espreguiçava. – Oi Lysandre.
— Olá senhorita. – O albino arrancou um sorriso de meus lábios, fazendo Castiel revirar os olhos.
— Olha baixinha, eu e o Lysandre vamos resolver umas paradas e talvez a gente apareça para o almoço.
— Sem problemas. – Sorri. – Boa sorte então. – Eu não iria me intrometer em seus assuntos, se decidiram me contar era porque confiavam em mim e eu não destruiria isso!
Vi eles se distanciarem para o outro lado do corredor, enquanto eu seguia em direção oposta, desta vez apenas com minha carteira. Eu estava bem tranquila e distraída mexendo no celular, até que esbarro em alguém e ambos caímos.
— Meu celular. – Eu deitei de barriga no chão de uma vez estendendo a mão, conseguindo evitar o impacto do eletrônico com o chão. – Ufa! Me desculpa pelo mal jeito...
— Estou bem, obrigado por perguntar. – Olhei e dei de cara com Nathaniel.
— Desculpa Nath. – Me levantei e o ajudei. – Mas eu tenho quase certeza que você estava correndo pelos corredores.
— Mas não é por isso que se chamam corredores? – Ele brincou e nós rimos.
— Talvez. – Olhei a pasta que ele carregava embaixo do braço. – O que é?
— Ah, estou procurando duas alunas que voltaram pra escola essa semana.
— Um pouco adiantadas, não acha?
— Com certeza. – Ele riu. – Preciso ir, até mais Blanche. – Acenei para a figura do loiro que estava a se distanciar.
Eu voltei ao meu trajeto, dessa vez com o celular em meu bolso, me certificando de que não aconteceria o mesmo acidente de antes ou até pior com o coitado que acabou de ser adquirido por mim e meu esforço.
— BLANCHE!
Primeiro veio o grito. Depois veio o peso, e logo um tombo. Eu me via no chão, sendo esmagada por alguém que mantinha seus braços em volta de meu pescoço, prestes a me sufocar... E EU NEM SABIA QUEM ERA!
— Por Krishna, deixa a menina respirar. – O peso de minhas costas sumiu, me fazendo levantar e dar de cara com minhas duas melhores amigas: Lety e Priya. – Oi Blan. – Ela me deu um lindo sorriso.
— Meninas! – Foi a minha vez de pular nelas para dar um abraço.
— Oopa! Calma garota, não é miragem. – Ambas de abraçaram.
— Quanto tempo! – Eu estava extremamente feliz em rever as minhas melhores amigas do mundo inteiro.
— Nem me fale. – Lety dizia sorrindo. – Vamos comer? Estou mortinha de fome.
— Vamos, ela não parava de falar em comer um minuto. – Priya ria.
— É a esfomeada da Lety, ainda é um mistério como ela mantém esse corpinho.
— Genética boa, invejosas. – Ela balançou parte do cabelo solto e me puxou pelo braço. – Vamos!
Seguimos para o pátio e logo saímos da escola, atravessando a rua e indo para uma lanchonete onde compramos nossos lanches para conversarmos enquanto saboreávamos a comida.
— Mas me contem.
— O que exatamente? – Priya teve que me responder, já que Lety estava muito ocupada com seu mega sanduíche.
— Estou aqui há um tempão, e é impossível não identificar uma louca e uma indiana. – Nós duas rimos.
— Estávamos em viagem amiga. Fomos com meu pai até a Índia e voltamos no sábado. – Ela disse beliscando uma batata frita da azulada, que olhou feio.
— Não sabia que vinham para cá, teria ficado mais aliviada. – Disse pegando algumas batatas da Lety.
— Também não sabíamos. – Lety disse enquanto tentava dar um tapa em minha mão. – Minha mãe me ligou semana passada de Roma e me disse que havia me matriculado na SA e já tinha até falado com o senhor Raj.
— Sim, soubemos na semana passada, mas não conseguimos falar com você. – Priya desviou o olhar.
— As coisas por lá ainda continuam tensas? – Perguntei cuidadosamente, o que fez minha amiga suspirar.
— Demais, só deu mais certeza para todos nós que o melhor é ficarmos bem longe do meu país.
— Mas a França também é a sua casa, tem a nós duas.
— Como sempre teve. – Completei a frase de Lety.
— Valeu garotas.
Voltamos a comer e a conversar, o que fez Priya se soltar mais. Até falou sobre os momentos únicos e as fotos que as duas tiraram por lá, e o susto da Lety com alguns costumes do país.
— Mas você também é indiscreta, não é, Lety?
— Dá um tempo Blanche. – Rimos.
— Mas Priya, e a Olivia? Ainda se falam? – A morena corou.
— Não muito, acho que ela já tá em outra.
— Relaxa, tem muita garota legal aqui.
- E garoto também. – Completei e começamos a rir. – Ah, o presidente do Grêmio estava atrás de vocês, parece que precisam conversar.
— A gente vai lá depois. – Priya disse mexendo na carteira dourada com desenhos de henna.
— Terminou de comer Lety? – Olhei minha amiga que já tinha devorado todo seu lanche. – Você ainda vai ter problemas por causa dessa gordura toda que come.
— Não dá nada pra mim. – Ela respondeu brincalhona.
Pagamos por nossa comida e voltamos para a escola enquanto conversávamos sobre o que havíamos feito nas férias. Enquanto as duas bonitas estavam na Índia eu fui para um acampamento de Jovens Talentos no Resort que sempre frequentávamos.
— Ainda continua a mesma coisa? – Priya questionou enquanto olhava os dois lados da rua.
— Sim, não mudou nada.
— Poderíamos ir às férias de meio de ano, já que eles estão sempre abertos como Resort durante o ano. – Lety atravessava conversando e sem olhar para os lados, então sobrava para nós duas cuidarmos dela.
— Porque não? – Eu sorri.
Entramos na escola e fomos diretamente até a Sala do Grêmio, onde havia um loiro bem atrapalhado com um monte de papéis e uma Melody que não parecia muito concentrada em seu trabalho.
— Nathaniel? – Dei dois toques na porta chamando sua atenção.
— Oi Blan. O que houve? – Melody parou o que fazia para poder me olhar.
— Trouxe suas alunas perdidas. – Entrei dando espaço para Lety e Priya.
— Minha salvadora. – Eu ri.
— Aah, continue. – Brinquei e ele riu.
— Viemos resolver o que falta. – Priya começou. O loiro assentiu e foi até sua mesa pegando dois envelopes pardos.
— Só esses documentos para seus responsáveis assinarem e aqui estão seus horários e armários. – Ele ia entregando as coisas para as garotas enquanto explicava tudo.
Enquanto isso Melody me encarava e para o clima não piorar, eu a olhei e dei um sorriso gentil. Realmente não sabia qual era o problema dela comigo.
— Oi Melody, como vai? – Ela se assustou com meu bom humor e delicadeza.
— Muito bem, obrigada.
— Isso é ótimo.
— Vamos amiga? – Lety me chamou enquanto olhava os papéis dentro do envelope.
— Até mais Melody. – Olhei meu amigo super ocupado. – Até mais, senhor Presidente.
— Até Blanche.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado!
Mil beijos de chocolate e até o próximo capítulo ♥