VII.

Aqui nós veremos

A árvore perdida do amor

Feita de Milagres

Emoções, folhas de cristal

Irão cobrir a mim

E a você em eternidade

            Ela mal podia acreditar no que estava à sua frente. Tikki, sentada à pia, encarava-a com um pequeno sorriso no rosto.

            Piscou uma, duas vezes. Queria... digerir o que estava ali.

            O som exasperado vindo da porta não a ajudou a processar, tampouco. Virou-se lentamente para encontrar sua mãe parada ali, encarando-a com olhos tão arregalados quanto os seus próprios.

            Elas sustentaram um olhar incerto. Nenhuma delas parecia crer na situação.

            Tudo tão rápido, tudo tão repentino.

            Mesmo o fato de seu alter ego não ser mais um segredo havia ficado em segundo plano.

            O ali, o agora eram mais importantes. Aquele fato era um milhão de vezes mais importantes do que isso.

            — Quem é? — Sabine encontrou voz para questionar. Marinette piscou, finalmente retornando à realidade. Sua mãe reiterou quando a resposta não veio: — Quem é... o pai do seu bebê?

            Ela respirou uma, duas vezes. Então, finalmente, vociferou:

            — Meu gatinho. — O sorriso foi bailando lentamente por sua boca conforme as palavras corriam e ela apertava o teste de gravidez, positivo, mais firme entre os dedos. — O bebê é... do meu gatinho.

Cada átomo canta a nós

Através do sangue

"Amor é um Milagre"