Assassin's Creed: Omnis Licitus escrita por Meurtriere


Capítulo 44
A Irmandade de um Homem


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está o dito cujo. ACHO, que irei surpreender... rs Pois as coisas pra Jenny nos últimos cap não estão nada fáceis. Contudo começa a mudar a partir de agora, aproveitem ;)



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Com o sol já iluminando a capital inglesa, o Man'o War atracou no porto e iniciou seu processo de desembarque. No alto da popa deste estava o capitão inspecionando e dando ordens aos seus homens sem perder a postura por um só segundo. Seus olhos recaíram sobre a Kenwayque permanecia com os pulsos presos por grilhões e uma corrente ligando este ao mastro principal. Cansado de tudo aquilo, ele deu as ordens para soltá-la e acabar por vez com toda essa palhaçada que lhe custou dois homens fortes.

— Desamarrem a prisioneira. Está na hora de levá-la para terra firme.

Alguns homens se aproximaram com suspeitas, pois logo a notícia que um dos guardas perdeu parte do braço em uma mordida foi espalhada e mais parecia que no mastro havia uma besta amarrada e não uma jovem na casa de seus vinte anos. Eles a desamarram, mas nos pulsos ainda pendiam os grilhões e com a corrente ligada ás pulseiras de ferro, eles a puxaram até a rampa de madeira e aguardaram seu capitão se aproximar para tomar a dianteira.

Mais a frente, alguns marujos afastavam as pessoas do caminho do porto à cidade e assim a multidão local abria caminho, todos curiosos para ver quem era aquela que estava sendo trazida pela marinha. No meio dos olhares haviam homens, mulheres e até crianças. Ela conseguia ouvir algumas vozes pelo caminho, mas sem distinguir seus donos.

— Quem é ela? – Disse uma voz feminina qualquer.

— Ouvi um marinheiro dizer que ela havia matado três marinheiros. Inclusive um foi a mordidas.

— Está errado. Ela seduzia os homens e depois lhe perfurava o bucho. – Corrigiu uma terceira voz.

E desta forma as histórias iam ficando cada vez mais distante da realidade entre o boca a boca que ocorria. Logo haviam xingamentos como “puta”, “vadia”, “assassina” juntamente a uma  infinidade de nomes que a criatividade podia gerar. Contudo, no meio da multidão havia um misterioso capuz assistindo aquela caminhada. Esse espectador a seguiu por todo o percurso até chegar ao presídio da marinha inglesa, mas Jenny não o percebeu.

Um prédio de três andares que fora construindo com similaridades de um forte naval nas proximidades do porto, ocupando todo um quarteirão. Jenny, em suas idas e vindas pela cidade quando seu pai ainda era vivo, nunca esteve por aquelas partes devido à vigilância do local. Por um breve tempo, um pequeno aglomerado de pessoas permaneceu nos arredores dos portões, mas logo após a jovem ser escoltada para dentro dos muros altos, todos se dispersaram.

Jenny adentrou a construção e chamou a atenção de todos no recinto para si, em um silêncio que era somente quebrado pelo ecoar dos passos dos marujos, do capitão e da própria prisioneira. No pátio a ela viu cordas, caixotes, alvos, bonecos de treino e iniciantes que aprendiam a dar um nó decente ou a costurar uma vela. Já no interior da construção, logo na entrada um saguão amplo exibia um busto velho de alguém que a jovem não fazia ideia ser. Havia também um par de escadas, cada qual em uma extremidadedo saguão em formato circular. Sua corrente foi puxada na direção dos degraus à direita e ela seguiu seus captores que ao chegarem ao seu topo se encaminharam para a direita uma vez mais.

Uma grade dividia o corredor que ali se estendia e havia apenas um homem do outro lado desta. Ele remexeu as chaves de um pesado molho e após alguns instantes o nervoso rapaz conseguiu destrancar a porta para que Jenny, o capitão e os dois marinheiros transpassassem.

— Soldado! – Chamou o capitão ao jovem enrolado.

— Sim senhor! – Ele respondeu e se pôs em postura ereta feito um boneco de madeira.

— O comandante está?

— Sim, senhor! Ele está em sua sala no terceiro nível, Senhor.

— Leve esses três para as celas e mantenha qualquer alma viva longe dessa jovem, pelo bem deles.

O rapaz assentiu seriamente, em seu rosto era perceptível o nervosismo em receber ordens diretamente de um homem do mar, enquantoo capitão já se afastava na direção oposta e deixava seus subordinados terminarem o simples serviço.

— Sigam-me.

O garoto vasculhou entre as chaves que portava uma vez mais e seguiu para mais a fundo naquele corredor, que Jenny logo notou ser a sua nova moradia. Celas e mais celas seguiam uma ao lado da outra, divididas por paredes de pedra encardida. Contudo, desta vez ela não estaria solitária, passou por homens deitados, outros sentados e mesmo alguns curiosos que vinham observar o novato chegar.

Ao perceberem que se tratava de uma mulher, assobios e palavras chulas eram dirigidas à Kenway. Ela, por sua vez, estava mais preocupada em observar as janelas do local, as paredes e mesmo o estado das trancas das grades ferrosas. Tudo parecia velho, mas não podre e o fato da haver mais presos ali apenas dificultaria uma fuga.

Seus pensamentos foram repentina cortados ao sentir os dois marujos a lhe empurrarem cela a dentro para logo após ser trancada e deixada para trás. O lugar fedia a mijo e mofo, além dos ratos que zanzavam livremente por entre as falhas nas paredes. Jenny não sabia quanto tempo ainda tinha até a forca, mas certamente não seria o suficiente para usar do mesmo plano a bordo do Man'o War.

Depois de um tempo de provocações indecentes, os outros presos se cansaram de gritar, afinal a mulher parecia ser surda para suas vozes. O local caiu em um silêncio fétido e perturbador, como se a loucura esgueira-se pelo corredor a procura de uma vítima desatenta. Mas se os presos se entregavam ao tédio ou ao sono, Jenny vasculhava cada pedra a procura de qualquer ajuda. Em sua mente ela refazia o caminho que fizera até ali e recordava como era a construção vista de fora.

Com o entardecer, trouxeram comida e água aos presos, um caldo esquisito que mais parecia água suja e um pedaço duro de pão. Mas seu interesse estava longe de ser gastronômico, pois a jovem manteve seus ouvidos apurados a fim de captar um mínimo de conversa entre os guardas, mas não houve uma só palavra.

A noite tornou todo o local um breu, havendo uma ou duas tochas ao longo do corredor, mas Jenny estava no fim deste e tudo indicava que os guardas pouco acreditavam na possibilidade de uma fuga do local. Não era pra menos, quando ali estavam apenas ladrões de meia tigela e bêbados arruaceiros. Mesmo ouvindo de seus vizinhos o som de roncos do mais profundo sono, ela não sentia fome ou cansaço, pois a ideia de morrer lhe tomava a consciência com garras afiadas.

Por isso, foi com espanto que ela ouviu um tilintar logo a frente, na grade de sua cela. Não era o som de ratos, era o atrito de ferro contra ferro. Quando ela concentrou-se em observar o local viu algo completamente inesperado. Estava ali um homem encapuzado a destrancar sua cela com algo que de certo não era uma chave.

— Fique em silêncio.

Ele cochichou para ela que se ergueu do chão e aproximou-se com cautela do estranho. Seu coração acelerava, levando em consideração que aquele homem poderia ser um inimigo, poderia ser alguém querendo lhe adiantar a sentença ou talvez apenas desejoso de ter uma foda. Mas enquanto tais dúvidas permeavam em sua mente a porta se abriu e ele lhe estendeu a mão.

Que escolha eu tenho afinal? Pensou Jenny antes de segurar na mão do homem que ela nem mesmo sabia quem era. Ele a segurou e a trouxe para fora, ao mesmo tempo ela tentava ver seu rosto, mas a pouca claridade agregada ao capuz não lhe ajudaram para tal. Os passos silenciosos dele eram repetidos por ela e juntos eles passaram por todo o corredor de celas sem despertarem um prisioneiro. No fim deste, Jenny viu um guarda caído, mas não viu sangue enquanto procurava e um ruído lhe chamou atenção.

Ele a chamava pelo caminho que ela percorreu mais cedo, e assim ambos seguiram sem soar um alarme ou correr o menor risco, isso porque a Kenway contou uma dezena de guardas desacordados, se estavam vivos era um mistério.

Por fim ambos chegaram ao pátio e o homem passou a escalar as paredes exatamente como um Assassino, a jovem o seguiu até pularem para a rua e de lá iniciarem uma corrida por entre ruas, becos e telhados. Jenny ainda conseguia lembrar-se de algumas ruas, prédios e casas, mas ele a levou até uma região mais humilde e esquecida de Londres.

Quando em uma rua suja e escura, ela o viu abaixar o capuz a sua frente, mas ela nada via ainda e foi então que ele retirou algo do bolso, se aproximou de uma porta e a abriu para dar passagem à jovem.

Somente então, Jenny viu o rosto de um homem na casa dos quarenta anos, cabelos ralos e escassos coroavam sua cabeça, os olhos eram complacentes e um estranho pequeno sorriso a convidava para entrar. Ela se aproximou e ficou a frente dele, seus olhos encaravam os dele quando ela o questionou firmemente.

— Quem é você?

— Um amigo em dívida com o seu pai. Entre, por favor, e eu irei explicar tudo melhor.

Sua voz era baixa e serena, típica de homens calmos que dificilmente fazia parte do ciclo social de Edward Kenway, mas ela entrou mesmo assim.

O local era humilde, havia uma mesa de madeira e quatro cadeiras do mesmo material no centro do cômodo, em um canto à direita estava a cozinha e a esquerda uma escada que levava ao segundo nível.

— Sente-se, por favor. Está com sede? Fome?

— Um pouco dos dois.

O homem foi até a cozinha e após alguns barulhos ele retornou com um prato de biscoitos e uma jarra de água para servir sobre a mesa à jovem. Mas Jenny não fitou outro ponto se não o homematé que ele sentasse à sua frente.

— Meu nome é Miko e eu sou tudo o que restou da irmandade de Londres.

— Nunca ouvi o seu nome antes.

— Eu fui aluno de seu pai antes dele... Antes de tudo acontecer.

— Por que devo confiar em você? Como posso saber que essa não é uma armadilha?

— Não pode. A verdade é que a minha roupa ou mesmo a minha lâmina oculta não garante a veracidade de minhas palavras. Mas talvez possa confiar em mim por ter te livrado da forca.

Ele permanecia sério a observar uma jovem que o analisava a procura de qualquer coisa que lhe auxiliasse a confiar ou não dele.

— Disse que estava em dívida com o meu pai.

— Sim... – Miko olhou ao teto por tempo suficiente para respirar fundo e voltar a encarar a jovem Kenway a sua frente. – Sei que de nada adianta lhe pedir perdão hoje pela minha ausência quando seu pai mais precisou de mim.

— Onde você estava?

— Em Crawley. Seu pai me mandou para lá com o intuito de expandir a irmandade inglesa para além da capital. Mas a notícia de sua morte se espalhou rápido e eu voltei tão logo eu soube. Ao ver que havia uma apenas uma lápide Kenway no cemitério, fui atrás de respostas quanto a você, seu irmão e sua madrasta. Ainda que em depressão profunda, encontrei Tessa ilesa de feridas externas e temi a princípio que seu irmão tivesse morrido também. Contudo os vizinhos disseram ter visto o jovem Haythan partir na companhia de um velho amigo da família.

— Um amigo da família? Meu pai não tinha muitos amigos aqui em Londres e eu morava na casa do único homem que podia ser intitulado como amigo. Tenho certeza que a família Windsor não correu para abrigar meu irmão.

— Não. De fato não foram eles. A propósito quando fui procurar por você, a jovem Windsor parecia muito revoltosa ao dizer que você fugiu no velho navio de seu pai. Confirmei a história ao chegar ao porto e não encontrar lá o Gralha. Quando relataram que uma jovem com suas características partiu na companhia de uma bonita mulher de cabelo vermelho e um rapaz negro, soube que você estava com os Assassinos.

— E quanto ao meu irmão?

— Ele sumiu de Londres sem deixar rastros. Eu não participava da vida social de seu pai, era importante que eu fosse apenas uma sombra desconhecida e por isso não saberia dizer que contatos ele teria para ter um norte a seguir.

— Meu pai era desprezado por quase todos os homens ricos deste país, os nobres o viam como um bêbado sujo e os burgueses como um pirata trapaceiro. Estou lhe dizendo, não fosse Reginald nem mesmo teríamos uma casa em Londres.

— Reginald?

— Sim. Um homem indicado por velhos conhecidos em Bristol ao meu pai. Ele foi quem nos ajudou a conhecer a família de Tessa e a comprar a casa. Era ele quem servia ao meu pai quanto às negociações que lhe interessavam.  – Jenny desviou os olhar do homem para se perder em velhas lembranças, deixando escapulir em um cochicho sua vontade nunca realizada. - Deveríamos ter ficado em Bristol...

Miko percebeu a eminente triste na voz da jovem e tornou a falar. - Então decerto foi este homem que levou seu irmão embora. Talvez eu possa procurar por ele, me diga o nome completo dele.

A Kenway passou a revirar suas memórias de quando ela e seu pai chegaram a Londres e foram recebidos pelo simpático homem que se prontificou a ajudar um ex-corsário.

— Bach... Não... Era outra coisa... Como Birch. Isso Reginald Birch.

Com estranheza, Jenny viu os olhos de Miko se arregalaram e de seguida o homem se levantar lentamente a sua frente, sua face parecia até mesmo mais pálida oi talvez fosse impressão sua.

— Tem certeza disso? O nome dele era realmente Reginald Birch?

— Sim, mas por quê?

— Reginald Birch é o atual Grão Mestre Templário. – Miko passou a caminhar em uma tentativa de alinhar seus pensamentos com a recente informação obtida. –Mas é claro, Birch ascendeu rapidamente dentro da ordem após a morte de seu pai e eu sabia que ele certamente teve algum tipo de envolvimento, mas agora as coisas são ainda mais claras. Reginald Birch planejou e usou seu pai por muito tempo até chegar o momento que ele estaria mais desprotegido.

— Não faz sentido. Porque o Grão Mestre Templário teria algum interesse em uma criança de dez anos, Haythan nada sabia sobre a irmandade. Ele nem ao menos sabia porque recebia treinamento todos os dias.

— Talvez Birch o quisesse usar para descobrir segredos de seu pai, talvez encontrasse pistas sobre o Observatório nas histórias que seu irmão poderia ter ouvido de seu pai.

— O observatório? Acha que Reginald Birch saberia disso?

— Eu não sei. Entre os alvos que seu pai teve nas Bahamas, houve um sobrevivente e ele pode ter deixado a informação que Edward Kenway estava atrás do observatório. Além disso, em outras épocas, seu pai era péssimo em guardar segredos depois de algumas doses de rum. – Miko estalou os dedos subitamente e sua face se iluminou diante de alguma recordação que lhe viera a mente. - Espere-me aqui.

Ele subiu as escadas e de lá Jenny ouvi sons de coisas sendo jogadas ao chão, como se estivessem sendo reviradas ao acaso, até que tudo se cessou e Miko voltou com alguns papéis nas mãos. Afastando os biscoitos e a água, o homem estendeu os mapas por sobre a mesa de forma desalinhada, mas a jovem reconheceu a letra de seu pai.

— Eu peguei esses mapas em sua antiga casa, mas eu nada entendo de navegação e muito menos tenho um navio para seguir qualquer uma dessas rotas. Mas eu soube pela boca seu próprio pai que você herdou suas habilidades em alto mar, talvez você tenha mais sorte do que eu.

Entretanto, Jenny se ergueu e ignorando as cartas náuticas a sua frente dirigiu-se diretamente à Miko.

— Não há tempo para encontrar o Observatório. Preciso ir atrás do meu irmão, onde posso encontrar Reginald Birch?

O Assassinou suspirou e seus olhos de esperançosos tornaram-se gentis quando ele repousou a mão sobre o ombro da jovem.

— Birch é um homem inteligente, ele não permanece muito tempo em um mesmo local. Está sempre em viagem, provavelmente expandindo seu alcance para além da Inglaterra. Além disso, ouvi dizer que ele possui homens bem treinados próximo a si. Todas as vezes que descubro seu rastro ele já está se locomovendo para outro local.

— Então não tem uma pista de onde ele poderia estar agora?

— Sinto em dizer que não.

— Bom, então eu irei atrás de cada templário que encontrar no caminho até chegar a Reginald Birch. Obrigada pela ajuda.

Ela se virou e rumava para a porta quando mais uma vez sentiu a mão de Miko lhe segurar pelo ombro e lhe puxar.

— Espere. Os guardas que eu incapacitei na prisão certamente já despertaram e já deram por sua falta. Logo haverá dezenas de homens te procurando e mais umas dezenas de cartazes seus espalhados pela cidade. Se você for pega uma vez mais tenha certeza de que irão te executar da maneira mais rápida possível. Além disso, os templários já devem saber que há uma Kenway viva e virão atrás de você. – Ele fez uma pausa para que Jenny absorvesse todas as suas palavras, e agora olhando diretamente nos olhos dela, era inegável sua semelhança ao pai. Ele prosseguiu enquanto ela ouvia atentamente. - Mas eu ainda sou uma sombra  e posso procurar por informações de maneira mais segura. Então, eu irei te ajudar a encontrar Reginald Birch, porém, por hora fique aqui e eu irei prepará-la para ir pessoalmente atrás dele.

Jenny mal podia acreditar naquelas palavras, ela finalmente havia encontrado alguém que estivesse disposto a lhe ajudar a encontrar seu irmão e vingar enfim a morte de seu pai. Tudo o que ela conseguiu fazer foi sorrir e assentir. A irmandade inglesa acabava de ganhar uma nova recruta.


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Notas finais do capítulo

Agora é só esperar, porque Jenny está há muito pouco de encontrar seu irmãozinho, contudo de uma maneira que ela nunca poderia esperar.

A pergunta agora é: Como Jenny e Miko encontrarão Reginald Birch? E mais importante que se aproximaram deste homem que tem ninguém mais, ninguém menos de Haytham Kenway.

Por essa semana é só, nos vemos no próximo capítulo, beijos ;*



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