Ambrya escrita por Hina


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Dante tentava não atrair muita atenção, acompanhando Julian pelo que parecia ser a milésima loja que visitavam naquele dia. Pela sua expressão, poderia muito bem fazer o papel de irmão mais novo mal-humorado, se eles dois não fossem tão diferentes um do outro.

Desde que chegaram a unidade tecnológica do leste, Julian fizera de tudo, menos o que era suposto que deveria estar fazendo: trabalhar nos laboratórios. E claro, Dante teve de segui-lo a todos os lugares.

Julian enfim decidiu o que queria comprar e logo os dois deixavam a loja dirigindo-se ao local onde haviam estacionado o luxuoso carro que fora disponibilizado para o doutor. Quando o recebera, Suez não soubera muito bem o que fazer, explicando que não sabia dirigir, até que Dante sentou-se no lugar do motorista.

"Você não é muito novo para dirigir?" Perguntara naquela época, apreensivo e divertido, ao que o loiro respondeu com um olhar azedo e a afirmação de que não havia chance de alguém se formar no curso de agentes especiais sem saber conduzir nem mesmo um veículo comum. Desde então Dante, além de guarda-costas, servia também como motorista.

– Você pretende usar o laboratório em algum momento?- Perguntou, enquanto os dois andavam pelas ruas desertas se afastando das lojas.

Por um breve instante Julian pareceu realmente considerar a questão.

– Por enquanto não.- Respondeu.- Estou dando um tempo no trabalho.

– Um tempo no trabalho...- Repetiu em um sussurro perigoso.- Então, se não é por causa de suas pesquisas, por qual motivo precisa de proteção? Ou está aqui simplesmente porque é irmão adotivo da princesa de Ambryader, senhor Delmoro?

No momento em que falou, Dante sabia que havia ido longe demais. Quis bater a cabeça na parede repetidas vezes, para se castigar por ter deixado que as emoções o dominassem daquela forma. Julian porém, não pareceu se ofender, apenas seus lábios se curvaram em um sorriso.

– Talvez seja só por isso mesmo.- Deu de ombros.- Afinal temos que aproveitar nossas amizades influentes e as vantagens que elas nos trazem. Principalmente no que diz respeito a nossa vida. Eu, particularmente, sou um grande amante da minha pessoa. Embora...- Seu sorriso entortou, um dos lados da boca charmosamente mais alto que o outro.- Também possa ser um grande amante para outros.

Os dois estavam muito próximos, caminhando pelas ruas mal iluminadas do fim da tarde. Ao dizer as últimas palavras, Julian segurara com uma mão o queixo fino do mais novo, com habilidade e segurança que denunciavam prática. Dante estreitou os olhos, negros e frios, mas não pode evitar que o rosto esquentasse sob a pele pálida.

– Tire as mãos de mim.

Julian voltou a sorrir, mas fez o que o outro pedia, continuando a caminhada como se nada tivesse acontecido. Dante permaneceu em silêncio, mas era um tipo de silêncio diferente do que apresentara até então. Agora ele não parecia ignorar deliberadamente seu protegido, pelo contrário, mal ouvia o que ele estava dizendo.

Julian observou-o e por um momento e se perguntou se o treinamento de Dante permitia que ele sentisse o perigo ao redor mesmo estando tão distraído quanto parecia naquele momento.

– Está tudo bem?- Perguntou após algum tempo.

– Está.- O loiro respondeu de imediato, sem erguer o rosto. Bom, então ele estava escutando. Olhou-o com mais atenção quando passaram sob as luzes de um poste na calçada e viu que o rosto do garoto ainda estava vermelho.

– Espere... Você ainda está envergonhado por aquilo?- Sua voz tornou-se mais divertida à medida que falava. E a forma como Dante estreitou os olhos foi confirmação suficiente. Julian já havia percebido que essa era a reação do soldado quando escutava algo que não queria ouvir.- Você é virgem?

– Cale-se.- Disse em tom autoritário, virando o rosto para o outro lado. Sua expressão foi novamente escondida agora que haviam passado a região luminosa próxima ao poste de luz.

– Por acaso já chegou ao menos a beijar alguém? Quantos anos exatamente você tem?- Não pode impedir a surpresa e a graça de saírem nas palavras, e talvez nem quisesse impedir.

Se pretendia falar mais alguma coisa, as palavras ficaram presas em sua garganta agora que havia uma faca pressionada firmemente contra ela. Não havia visto Dante se mover, mas agora ele o prendia segurando seus braços com força atrás das costas, com apenas uma mão, enquanto a outra apertava a lâmina contra sua pele bronzeada.

– Eu falei para se calar.- Disse sombriamente. Era mais baixo e sua boca chegava à curvatura do ombro do outro, fazendo cócegas na região enquanto falava.

– Sabe, não é uma ameaça muito eficiente colocar uma faca no pescoço da pessoa que você supostamente deveria proteger. Posso não conhecê-lo há muito tempo, mas sei que por mais que estivesse furioso não faria uma coisa tão irracional. Especialmente algo que prejudicasse sua missão.

– Talvez eu não possa matá-lo.- Disse Dante e sua voz tinha um quê sombrio que provocou arrepios em Julian.- Mas posso fazê-lo sangrar.- Como que para materializar suas palavras, ele afundou levemente a faca na garganta do doutor, fazendo um fino filete de sangue escorrer pelo pescoço até a gola da camisa social.- E ver em seus olhos se realmente não está com medo.

Virou-se para encará-lo, mas os olhos verde folha de fato estavam tranquilos.

– O que seu pai diria se o visse agora, Elliot?- Foi o que Julian falou.

Dante tropeçou, soltando o maior e afastando-se dele. Pela primeira vez parecia realmente surpreso.

– O que sabe sobre meu pai?

– Elliot Dante Ventura. É este seu nome não é? Filho único do General Ventura, comandante das forças de defesa de Breazinder e de certa forma do país em si. Todos sabem quão forte é o Conselho frente à vontade dos militares em Breazinder.

– Como você...?

– Ora, fiquei curioso depois que você fez tanto mistério acerca do próprio nome. Não foi tão difícil assim obter algumas informações simples como estas. Vejo só, se você tivesse simplesmente me dito que se chamava Elliot poderíamos ter evitado isso.

Dante sentiu o sangue ferver e respirou fundo. Não podia perder o controle, não agora. Lembrou-se de todas as vezes enquanto ainda estava na academia, quando sentiu ódio de seus instrutores e precisou apenas seguir suas ordens sem questionar, mesmo sabendo que o único objetivo era leva-lo ao limite.

– Já disse que não quero que me chame dessa forma.- Virou-se para frente e se afastou de Julian o máximo que podia sem comprometer sua área de ação, caso precisasse protegê-lo de sabe-se lá o que. Sua boca grande e falta de modos provavelmente eram seus maiores perigos. Não iria mais fazer parte daquela palhaçada, assim que chegassem a unidade faria uma ligação para Belmor explicando a inutilidade daquela missão e solicitando um melhor aproveitamento de pessoal. Estava ansioso para voltar à sua equipe, na unidade de forças especiais.

Os pensamentos foram interrompidos quando Dante notou as duas longas sombras no chão, revelando silhuetas na paisagem escura e distante da rua.

Julian parou a seu lado, o cenho franzido.

– O que foi?- Seguiu seu olhar para as figuras a frente.- Ah...

Quando ouviram a voz do moreno os dois desconhecidos se aproximaram com uma velocidade impressionante. Mas Dante foi mais rápido. Com um gesto brusco empurrou o doutor para trás de si, para fora do caminho. Agora que estavam próximos, pode reparar que se tratavam de dois homens, em roupas pretas justas que cobriam a maior parte do corpo. Tinham os traços parecido, sugerindo algum tipo de parentesco, e mais importante: as expressões concentradas e serenas em seus rostos indicavam que não estavam ali por acaso.

Notou tudo isso em um segundo e no momento seguinte já tinha a faca na mão. Armas de fogo eram extremamente controladas em Breazinder, praticamente restritas aos militares. E Dante não usaria sua arma contra civis, ao menos não a princípio. Os dois homens o atacaram, um tinha um punhal e o outro uma longa barra de ferro.

Desviou do golpe do primeiro e rolou para o chão, fugindo do ataque do outro. Com um giro de pernas tentou derrubá-lo, mas o homem se afastou em um salto rápido. Definitivamente eram profissionais.

Levantou-se a tempo de ver o doutor Suez a alguns metros no chão, os olhos verdes arregalados enquanto via o homem com o punhal vir em sua direção. Com um ruído irritado correu para lá, colocando-se entre Julian e o agressor. A lâmina o atingiu no braço, logo abaixo do ombro, e Dante aproveitou o choque dos corpos para empurrar o outro com força. O homem caiu com habilidade, rolando no chão e se reerguendo em um movimento contínuo, mas o loiro já puxava Julian do chão e corria, afastando-se. Os homens seguiram-nos de imediato.

Dante podia escutar os passos se aproximando, bem mais silenciosos que os de assaltantes comuns, mas não se atrevia a olhar para trás. Com uma das mãos pressionava o ferimento no braço, os dedos avermelhando à medida que o sangue corria. Com a outra apertava firmemente a mão de Julian, que também segurava a sua com força. O doutor estava pálido, mas o acompanhava em uma velocidade maior do que se poderia esperar.

Soltou a mão do machucado e levou-a ao coldre da pistola. Sem parar de correr, virou-se para trás. Os olhos de Julian arregalaram quando viu a arma apontada em sua direção.

–Abaixe!- Dante falou, e seu comando foi prontamente atendido.

Os agressores estavam próximos agora e viram a arma. O tenente hesitou por um segundo, sem puxar o gatilho. Os homens correram para fora da linha de tiro e Dante voltou-se novamente para a frente, acelerando o máximo que Julian pôde acompanha-lo. A perseguição durou algum tempo antes que tivesse certeza de não estarem mais sendo seguidos.

– Elliot...- Julian ofegou.- Pare...

O loiro diminuiu a velocidade e soltou a mão de Suez que tropeçou alguns passos antes de apoiar pesadamente as mãos sobre os joelhos. Arfou descompassado, o suor escorrendo do rosto. O próprio Dante passou o punho pela testa para seca-la e olhou rapidamente para o braço, para se certificar de que o ferimento não era sério.

– Vamos.- Disse.- Precisamos voltar para a unidade.

O moreno o encarou com olhos angustiados, claramente exausto, mas assentiu e o seguiu em silêncio.

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– Tenente Dante!

Uma moça de cabelos ruivos curtos, presos em marias-chiquinhas baixas, e trajando um longo jaleco branco correu na direção do loiro.- O que aconteceu? Está ferido.

– Estou bem.- Disse sério. Desde que despistaram os estranhos desconhecidos ele estava introspectivo, perdido nos próprios pensamentos.

– Mesmo assim, por favor me acompanhe para o setor médico.

O garoto suspirou quase imperceptivelmente.

– Primeiro vou levar o doutor Suez para seu quarto.

– Ah, por favor. Eu posso encontrar o quarto sozinho.

Voltou-se para Julian, os olhos negros irados. Não precisava falar nada para que o maior soubesse o que estava pensando.

A moça também se virou para o moreno, só então notando sua presença.

– Doutor Suez, ainda não me apresentei formalmente. Sou a segunda sargento Catherine, do setor de saúde. É um prazer conhecê-lo.- Sorriu.

Um sorriso também se formou lentamente nos lábios do cientista. Sua aparência estava um desastre: as roupas sujas e amarrotadas, grudadas ao corpo pelo suor, assim com os cabelos castanhos.

– Então acho que posso acompanha-lo ao médico, tenente. Parece que meu pescoço está sangrando, talvez eu tenha me ferido durante o ataque.- Deu um sorriso inocente para Dante, embora seus olhos estivessem divertidos.

Elliot lhe direcionou um olhar congelante e deu-lhe as costas, seguindo Catherine.

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Várias horas depois, Dante abriu a porta do quarto, encontrando Julian sentado na cama com um computador sobre o colo.

– E então?- Perguntou com um sorriso, parando de digitar.

– Relatei o ocorrido para o coronel Belmor. Ele não sabe quem pode ter sido o mandante do ataque.- E então fixou seus olhos negros em Suez.- Quando vai parar de esconder a verdade e me contar o que está acontecendo?

Subitamente, Julian pareceu muito cansado. Colocou o notebook sobre a cama e sentou-se, apoiando os cotovelos nos joelhos.

– Eu acabei de conhece-lo, tenente. Não confio em você o suficiente para lhe contar meus segredos.

– Mas confia o suficiente para colocar sua vida em minhas mãos.

– Não exatamente, não é em você que eu confio.- Descartou a ideia com um gesto de mão.- E sim no poderio militar de Breazinder e em sua ideologia de sempre cumprir suas missões.

– Você está atrapalhando meu trabalho.- Falou, agora com frieza.- Não sei contra o que precisa de proteção. Então, se realmente valoriza sua vida, acho melhor me contar a verdade.

Se encararam por um longo tempo. Rígidos olhos negros, profundos olhos verdes. Por fim Julian falou.

– Sabe por que Ambryader tem esse nome, não sabe? Por causa disso.- Tirou do bolso um pequeno frasco, no qual havia uma gema dourada.- Ambrya, a matéria prima das principais ligas metálicas usadas na atualidade, como as que construíram esse lugar ou a nave que usamos para chegar aqui. Minha nação tem a maior reserva de Ambrya que se conhece e mantê-la não é uma tarefa muito simples.- Fez uma pausa.- O que você sabe sobre Kamil Gernot?

– É um fugitivo de Ambryader, procurado para responder por seus crimes.- Estreitou os olhos.- O que ele quer com você?

– Eu e Kamil trabalhávamos juntos.- Confessou, se levantando e caminhando até a pequena janela, rodando o frasco com a pedra entre os dedos.- Pesquisávamos uma nova forma de aproveitar as pedras Ambrya, que fosse mais eficiente. Sabia que o método atual desperdiça cerca de metade do potencial delas? Mas Kamil sempre foi um extremista, com um ódio particular por governos, e inventou que era dever dele proteger as gemas antes que o mundo entrasse em guerra por elas e acabasse por destruí-las.

– E como ele pretende fazer isso?

– Essa é uma boa pergunta.- Virou-se para o loiro, apoiando as costas no vidro da janela.- Eu não fiquei por lá tempo suficiente para descobrir. Quando soube o que Kamil pretendia, bloqueei todos os dados que havíamos obtido e sai de lá, pouco antes do próprio Kamil também fugir.

– Então agora ele precisa de você para acessar novamente os resultados que já obtiveram.

– Sim, mas eu não achei realmente que ele viesse me procurar. Sempre foi Kamil quem fez as maiores descobertas, achei que ele pudesse simplesmente recomeçar tudo do zero.- Deu de ombros.- Talvez devêssemos considerar que aquele foi só um ataque casual, do tipo: “não custava tentar” e ele não vai nos incomodar novamente.

Dante sabia que ele não falava sério, e não se incomodou em responder. Aquilo complicava um pouco sua missão, mas ao menos agora sabia com o que estava lidando.

– Preciso falar novamente com o coronel.- Virou-se para sair.

– Espere.- Julian o chamou.- Não pode contar o que acabei de lhe dizer.

– Não vou omitir informações dos meus superiores.

– Você me pediu para confiar em você e eu fiz, para que pudesse fazer seu trabalho. Se a informação se espalhar e outras pessoas descobrirem o que Kamil pretende, pode realmente haver uma guerra pelas pedras como ele previu. E se isso acontecer, nada vai convencê-lo de que está errado.

– Ainda tem esperança de que isso ocorra? Que ele perceba que está errado?- Pela primeira vez algo além de irritação e frieza passou pelo rosto do garoto. Ele parecia quase com pena do outro, como se o achasse inocente demais por pensar que o velho companheiro poderia ser salvo.

– Ele era um cara legal, apesar de tudo.- Julian sorriu cansado.

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Estavam assistindo televisão no quarto. Desde o ataque, Julian se aquietara um pouco e agora raramente deixava a unidade, embora também não visitasse o laboratório com grande frequência. Dante estava com um livro aberto à sua frente, e tentava ignorar o som da televisão para se concentrar na leitura.

Uma imagem, entretanto, o fez desistir e voltar toda a sua atenção para a tela. Era um homem com postura confiante e séria, muito bem arrumado na farda impecável repleta de medalhas. Tinha o cabelo loiro, em um tom mais escuro que o do garoto, e os olhos azuis. Estava acompanhado de uma pequena comitiva e do repórter que lhe estendia um microfone.

“- General Ventura, qual o senhor acredita ser o papel do exército de Breazinder em conter os atentados próximos a fronteira?

– Com a aprovação do Conselho vamos adotar práticas preventivas, mantendo a política de não-intervenção e o bom relacionamento de nossa nação com Ambryader como visão fundamental.”

O homem continuou a falar e Julian mirou Dante com o canto dos olhos. O loiro olhava fixamente para a tela, os olhos mais brilhantes que o normal. Ele parecia tenso.

– Como é sua relação com seu pai?- Perguntou após o fim da entrevista.

Dante não respondeu a princípio e Julian já achava que seria ignorado, quando por fim o loiro ergueu o rosto muito lentamente em sua direção.

– Não nos vemos muito. Eu participo de missões ou estou na base da unidade e meu pai está sempre viajando para resolver questões políticas.

– E sua mãe?

– O que tem ela?- Perguntou sem entender.

– Vocês se dão bem?

Hesitou. Parecia pensativo, como se nunca houvesse considerado a questão.

– Também quase não a vejo, desde que entrei na academia.

– Ou seja, com doze ou treze anos.- Revirou os olhos. Não poderia esperar algo muito diferente vindo dele.

– Eu entrei com dez.

– Ah. É claro. O garoto prodígio, quase esqueci.

– Foi a idade com que meu pai começou.- Elliot disse rispidamente.

– Então você quer ser igual a ele?

– Já chega.- Se levantou.- Não sei por que estou falando sobre isso com você.

– Talvez porque nunca tenha falado com ninguém.

– Você não me conhece.- Disparou virando-se para ele, os olhos negros queimando com raiva.

Com um ruído irritado Dante caminhou em direção a porta, pronto para deixar o quarto, mas Julian segurou seu pulso após alguns passos. Ambos sabiam que o menor poderia se soltar se quisesse.

– O que você quer?

– Você não precisa ser tão agressivo o tempo todo. Só estávamos conversando.

– Já disse que minha vida não lhe diz respeito.

– Você disse, mas seu rosto estava contando outra história. Eu vi como olhava para seu pai e aposto como nunca conversou com ninguém sobre isso. Talvez nunca tenha falado sobre nada que tenha a ver com você mesmo. É muito jovem Elliot, não pode viver completamente sozinho.

– Por que está dizendo essas coisas? Não faz diferença alguma para você a forma como eu vivo.

– Bem.- Suspirou.- Talvez eu esteja tentando me redimir. Pagar pelos meus pecados ajudando almas perdidas.

– Não preciso da sua ajuda.- Disse teimosamente, mas o outro prosseguiu como se não tivesse sido interrompido.

– E talvez, o fato de alguém com uma aparência como a sua nunca ter tido nenhum envolvimento sexual me deixe um pouco revoltado.

Após essas palavras o loiro soltou o pulso da mão do outro, afastando-se.

– Pare de brincar...

– Eu não estou brincando.

E com passos rápidos findou a distância entre eles e o beijou.

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Notas finais do capítulo

Oi, pessoas! Espero que tenham gostado do capítulo! Comentários, elogios, críticas, dúvidas e sugestões são sempre muito bem-vindos!



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