A namorada do Poeta escrita por Julius Brenig


Capítulo 7
Segundas-feira


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Sim, é isso mesmo! Capitulo novo! E olha, um passarinho me contou, que alguém disse pra ele que o final desse capitulo trás surpresas. será que ele tá certo? Descubra voc~e mesmo!


Ah galera, eu queria pedir que se eu tiver algum leitor fantasminha, que ele apareça pra dar um oi :p



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Após o “maravilhoso” domingo ao lado da família e a notícia do noivado de seu irmão, o alarme do celular de Sophia atravessou a mente dela como uma flecha. A princípio o zumbido havia se fundido ao seu sonho, onde uma estranha abelha gigante com a cara de sua cunhada fazia “bip bip bip”. E quando essa abelha veio em direção à Sophia fazendo aquele barulho bizarro, sua cabeça se tornou uma tulipa de cor amarela e então engoliu a cabeça de Sophia com sua pétalas. A garota levantou-se num susto, levando as mãos ao rosto. Quando percebeu que se tratava de um sonho, tratou de desligar o alarme, só havia um probleminha: ela estava atrasada.

Sophia sempre acordava às seis e vinte, gastava vinte minutinhos para se arrumar e às seis e quarenta ela saia para ir trabalhar, onde chegava por volta de cinco minutos para sete, o que dava tempo ela bater seu cartão de ponto. Porém, no display do seu aparelho já marcavam sete e dez, ou seja, ela estava muitíssimo atrasada. A primeira atitude que ela teve foi ir ao banheiro fazer sua higiene pessoal, e enquanto se dirigia ao quarto para se vestir, ela ligou para seu chefe, para avisá-lo de seu atraso, por que se ela fosse esclarecer depois que estivesse lá, iria ser pior. Então ela discou o número da loja onde trabalhava e uma de suas colegas de trabalho atendeu:

— Pecado do Consumo, Thaís, Bom dia?

— Thaís, aqui é a Sophia, tem como passar a ligação pro Elias?

— Oi Sophia, mas você não está na loja?

— Eu estou um pouco atrasa...— Sophia cortou um pouco essa palavra, enquanto terminava de fechar o zíper da calça jeans que estava vestindo — da.

— Transferindo. — respondeu Thaís. Após alguns segundos, uma voz grossa e masculina, atendeu meio que apressadamente.

— Oi?

— Elias, é a Sophia. Queria avisar que estou atrasada, mas já estou saindo de casa.

— Ainda não está na loja? — Elias olhou no seu relógio de pulso. — Mas já são sete e vinte! Você sabe que, pela política da empresa, toleramos dez minutos de atraso, desde que não ocorra frequentemente. Infelizmente isso será descontado do seu salário.

— Tudo bem, chefe, vou desligar agora, estou quase chegando.

Na verdade Sophia não estava chegando. Não estava sequer na metade do caminho, mas foi então que ela teve a ideia de chamar usar um moto-táxi. Ela passava em frente à um, por isso teve a ideia. O preço de onde estava até o trabalho, apesar de próximo era cobrado três reais, ela não teve muito opção, senão pagar. Com ajuda do moto-táxi em poucos minutos ela estava no local de trabalho.

Logo que entrou na loja, encontrou, Elias, seu chefe conversando com uma garota que usava o mesmo uniforme que Sophia: uma calça social preta e uma camisa verde limão por cima. Já Elias, vestia uma calça social também preta, sapatos lustrosos e uma camisa social azul, dobrada a manga até os cotovelos, deixando expostos seus braços peludos. Ele tinha um rosto bruto, mas sua aparência era amenizada pelos claros olhos azuis. Sophia foi até ele para mostrar que havia chegado.

— Sophia, o que aconteceu para você se atrasar tanto?

— O celular descarregou durante a noite, chefe. — inventou — Ele não alarmou.

— Vou tolerar por que você não tem o hábito de faltar ou chegar atrasada, mas tente deixar o celular na tomada da próxima vez, ok? — Sophia assentiu com a cabeça e foi tratar-se de ir trabalhar.

O movimento na loja estava excepcionalmente calmo naquele dia. Na verdade, eram sempre assim nas segundas, o movimento se intensificava de quarta em diante. Sophia ficou a manhã toda ajudando a arrumar o estoque, e não de fato na loja. Porém depois do seu horário de almoço, ela ficou na loja e atendeu sua única cliente do dia: uma senhorinha que desejava uma sapatilha trinta e seis. O problema é que para descobrir isso a senhorinha testou várias sapatilhas de tamanho trinta e quatro, achando que só por que a cor mudava, iriam caber. Depois, foi outra eterna luta para que a senhora decidisse cor, optando por um amarela. Depois, essa mesma ficou pechinchando no caixa, mesmo após Sophia ter dado o desconto de pagamento à vista. Essa foi a única cliente do dia, mas valeu por dez.

Sophia estava com a cabeça a ponto de explodir, quando finalmente deu-se o horário dela sair. Depois de pegar sua bolsa, ela finalmente foi embora e poderia descansar. Chegando em casa, ela tomou seu típico banho, mas ao invés de revisar conteúdos como quase sempre vazia, foi deitar-se, pois sua cabeça parecia um vulcão latente. Mesmo dormindo até mais tarde do que o pretendido, Sophia estava com sono, e o leve cochilo tornou-se uma longa soneca, que resultou em mais um atraso. Dessa vez, para a faculdade.

Quando acordou, eram 18:50, sendo que às 18:20 é que ela deveria estar saindo de casa. Em seu celular, quinze chamadas de Chris, e sete de Carol, além de mensagens. Uma delas dizia que ambos os amigos dela, já tinham ido e não poderiam esperar. Sophia achou certa a atitudes dos amigos. Parecia que o carma das segundas – feiras havia caído sobre a garota. Depois de se arrumar rapidamente, Sophia correu até o ponto de ônibus para pegar o Eixo o mais rápido possível. Parecia que haviam mais sinais vermelhos do que o de costume e a cada minuto a garota perdia parte da aula. Ela odiava isso.

Finalmente, ela havia chegado ao Campus da UMEGO. Sophia andava rápido, tentando não perder muito mais do que restava das aulas. Ela andava olhado para os passos, hábito que ela tinha quando estava com pressa e por esse fato não viu a pessoa que estava vindo em sua direção. Os ombros se chocaram e ambos desiquilibraram-se um pouco. Sophia, nem se virou para a pessoa para pedir desculpa, ela continuou andando e gritou “Desculpa, é que estou com pressa” e por fim chegou a sala, no quase início da segunda aula.

O restante das aulas ocorreu normalmente. Sophia não conseguiu sentar ao lado de Carol nem do Chris, porém, pelo que ela pode notar, ela ficou bem no campo de visão do Fernando. O mesmo Fernando que ficava dando olhadas para ela durante a balada e quando ela ia embora. Este estava sentado do outro lado da sala, mas na mesma fileira de Sophia. Volta e meia a estudante percebia os olhares de Fernando para ela, e quando este percebia qualquer movimento dela em direção a ele, disfarçava da melhor maneira possível. Sophia, não queria perder nenhum minuto da aula, mas os olhares de Fernando incomodavam-na um pouco, por isso ela foi ao banheiro. Ela não conseguia entender o porquê dessa atenção toda voltada para ela. Depois que ela voltou para sala, flagrou mais uma ou duas vezes o garoto fitando ela. De duas, uma: ele estava afim de Sophia ou ela corria perigo de vida. Ela preferiu pensar na primeira opção. Finalizando às aulas, Carol, Chris se encontraram com ela na porta da sala e juntos foram até a saída do Campus, onde esperariam o Lucas. Enquanto esperavam, Sophia compartilhou algo com os amigos:

— Gente, eu acho que sei quem é o poeta. Tenho uma forte suspeita.

— Quem é? — apressou-se Carol em perguntar. A garota estava com um princípio de euforia de tão animada.

— Vou esperar o Lucas chegar, para eu não ter que repetir duas vezes a minha teoria. Que foi Chris, qual o motivo dessa cara? — falou para o amigo que parecia um pouco chateado.

— É que eu não posso acreditar que você bolou uma teoria antes de mim. — os três riram.

Logo avistaram Lucas que aproximava-se do grupo. Uma garota bonita passou por ele e ele empurrou os óculos de grau com a ponta dos dedos para que se ajustassem melhor ao rosto. Essa era uma mania que os amigos já haviam notado a muito tempo no Luquinha. Toda vez que ele via uma mulher que ele considerava bonita, ele arrumava os óculos. Quase um tique. Ele demorou muito tempo pra assumir isso, a turma teve que encher muito o saco dele. Enfim, Lucas chegou.

— Vamos? — perguntou o garoto de óculos.

— Ainda não. — disse Carol — A Fia tem uma teoria sobre quem é o poeta. — Lucas levantou um das sobrancelhas, com um ar inquisidor.

— É o seguinte: desde o dia que recebi o primeiro poema, tem uma pessoa que tem estado por perto mais do que antes. O Fernando. — todos olharam confusos pra Sophia. — Vocês não notaram? Ele que só conversava em sala com a gente, foi nos cumprimentar na mesa, no dia em que a gente foi na Víbora. Enquanto eu e o Lucas dançávamos na pista, ele ficou me observando de longe e logo quando o pai da Carol veio buscar a gente, ele estava na esquina me observando. Sem contar hoje na sala de aula. Ele não tirava os olhos de mim. Acho que é ele. — explicou Carol.

— Uau! Como eu não notei antes! Agora que você disse, é bem verdade isso. — Chris foi o mais impressionado com a teoria. Carol e Lucas permaneceram um pouco em silêncio, até Carol se pronunciar.

— Não acho que seja ele.

— Porquê não? — perguntou Chris.

— Err... Porque ele namora.

— Sério? — Perguntou Chris.

— Sim. — confirmou Caroline.

— Como você sabe? — perguntou Sophia.

— Simples, por que ele namora comigo. — respondeu Lucas.


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Notas finais do capítulo

Não é que o tal passarinho tava certo? revelação bombástica do nosso amigo cineasta! ( futuro cineasta). O que acharam dá surpresa? Qual será a reação de Sophia e Chris?? Os próximos capítulos irão responder as suas perguntas!



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