A namorada do Poeta escrita por Julius Brenig


Capítulo 5
Filme e um almoço em família.


Notas iniciais do capítulo

Então galera linda que acompanha a história, chegamos a mais um capitulo. Não me prolongarei muito, então, desce logo e vai ler :3



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— Eu odeio admitir, mas eu quero muito participar dessa investigação. — falou Carol.

— Até você, Caroline? — disse Sophia.

— Vai dizer que você não está curiosa para descobrir quem é?

— Sim, estou. Mas eu não quero sair investigando nada.

— Relaxa, eu faço todo o trabalho. — disse Chris. — O Lucas e a nossa loira vão me ajudar. Eu serei o Fred, ela a Velma e você a Daphne.

— E eu sou o Salsicha. — completou Lucas.

— Não Lucas, você é o Scooby. — Sophia arrancando o riso de todos.

— Já que decidimos isso, agora vamos para minha casa assistir um filme. — por fim disse Chris.

Todos saíram da casa, e Sophia fez questão de guardar os poemas em sua gaveta, pois ela sentiu que não devia deixá-los largados dentro da mochila. Depois disso, encontrou seus amigos esperando em frente ao portão. Como eles iriam descer a rua, ninguém precisou empurrar a cadeira de Caroline, ela mesma conseguia manobrá-la. Após descerem parte da rua, viraram à esquerda, entrando na rua vinte dois, onde Chris morava.

A casa de Chris era o tipo de casa que não possuía quintal. Quando você atravessava o portão, já se deparava numa área coberta, onde ficava o carro dele e o do avô. Depois vinha a sala de estar. Dois sofás vermelhos, numa casa de paredes brancas e o chão com cerâmicas em azul bem claro, com alguns detalhes em branco. Nas paredes, vários quadros com pinturas e fotos, com a predominância das de Chris bebê. Uma TV, sobre um rack preto, que possuía alguns retratos menores. Os avós de Chris não estavam lá, Christopher disse que eles tinha ido visitar uma tia dele.

— Então, que filmes nós vamos assistir? — perguntou Lucas — Você sabe que sou bem rígido com os filmes que vejo.

— Relaxa, não tem como não gostar desse. — falou Chris. — Vamos assistir Transformers 4. — Assim que ouviu o nome do filme, Lucas simulou enrolar uma corda no pescoço e se enforcar. Porém Carol logo se intrometeu.

— Escute aqui Lucas, já percebi que você vai reclamar do filme, então, espere ao menos ele terminar, ok? Depois disso você pode até criar um documentário falando mal dele se quiser.

— Cá, não dê ideias. — Sophia simulou um sussurro, mas disse alto suficiente para todos escutarem-na.

— Tudo bem, trato feito. Hora de perder algumas horas da minha vida.

Antes de colocar o filme, Chris foi até a cozinha e pôs-se a fazer pipoca de microondas caramelizada. A preferida do grupo. Depois de pronto, ele levou os quatro sacos, um para cada e deu o play no filme. O filme começou e todos concentrados na trama. Menos Sophia. Esta estava mais preocupada com a ideia de ter um admirador secreto sussurrando seu nome pelos cantos e usando esse sentimento para escrever poemas. Sophia não via como ela podia ser a musa de alguém, muito menos levar alguém a criar um enigma dentro de um poema. Ela achou surpreendente a maneira que Chris logo notou que se tratava de algo a ser desvendado e também pelo fato dele ter decifrado o código. Seria Chris o poeta? — Ela pensou. Os dois eram amigos a tanto tempo que Sophia não conseguia pensar nele de outra forma, mas ela descartou essa hipótese, mas logo ela lembrou do fato de Christopher querendo conseguir uma namorada. Será que ele estava gostando dela? Ela tentou afastar esses pensamentos que só foram empurrados para um canto em sua mente e não totalmente esquecidos. Lucas também não se concentrou no filme, ficou emburrado e resmungado algumas coisas inaudíveis para si mesmo. Quando o filme terminou, Carol disse:

— Uau! Que filme bom! Com certeza esse é um filme para se assistir uma mil vezes. —Chris e Sophia concordaram, mas o filme tinha acabado e Lucas ia começar a falar:

— Bom? Esse filme é bom? Pelo amor de Deus! O que eu vi foi 3 horas de “kaboom”, personagens femininas feitas de objeto, personagens mal construídos e humor pastelão. Sem contar a minha opinião sobre o diretor. Dessa franquia, para mim, de longe só presta o primeiro.

— Terminou o discurso? — perguntou Chris.

— Não, mas me dou por satisfeito. Da próxima vez eu escolho o filme. — A conversa foi cortada pelo toque do celular de Sophia, que nada mais era que a trilha sonora de sua serie favorita.

— Alô, mãe?

— Oi, Sô, como anda minha filhota?

— Bem, e a senhora, tudo ok? O pai e o Edu também?

— Sim filha, tudo na Santa paz.

— Ótimo.

— Deixa eu te perguntar, Sô, você tem compromisso para amanhã?

— Não por quê?

— Vem aqui em casa, queremos fazer um almoço em família.

— Assim de repente? Alguma ocasião especial? Não que eu esteja achando ruim, mas sei lá, parece repentino demais.

— Sim, existe uma razão, mas você só vai saber quando chegar aqui.

— Fala sério! Quer saber? Ok, amanhã estarei aí.

— Certo, tchau, beijo. — dona Laura desligou a ligação.

— Que foi, Fia? — perguntou Carol.

— Nada, foi só minha mãe me convidando pra almoçar lá amanhã.

— Ah, tá.

Sophia voltou para casa empurrando Carol rua acima. Lucas tinha ficado com Chris, por algum motivo. Aproveitando que estavam a sós e para quebrar o silêncio, Sophia perguntou:

— Você sabe com quem o Lucas está saindo, não sabe?

— Claro que não! — a inconsistência no tom de voz de Caroline, pelo fato de ter sido pega de surpresa pela pergunta, deixou bem claro que sua resposta era o oposto da verdade. E foi só Sophia parar de andar, indicando que só sairia se Carol falasse a verdade que a garota logo desembuchou — Tá legal, eu sei. Mas isso não quer dizer que eu vá contar. Se o Lucas quer assim, não sou eu quem vai dizer.

— Não sei pra quê tanto mistério, mas também não vou insistir.

***

Era manhã de domingo e Sophia havia acordado cedo. Ela já se arrumava para ir até onde seus pais moravam. Eles moravam numa cidade vizinha a Goiânia, que ficava na região metropolitana dela. Senador Canedo, cidade entre as mais importantes do estado, pelo fato de possuir um pólo petroquímico que transporta petróleo para vários estados do país. Além de seu campo comercial estar em constante expansão. Não era lá muito perto da casa de Sophia, mas não chegava a ser absurdamente longe, coisa de um hora e meia de viagem no máximo, porque às vezes o transporte publico não colaborava muito, principalmente aos domingos.

Já pronta, levando apenas sua bolsa com alguns itens necessários, Sophia trancou a casa e foi para a estação da rua vinte pegar o Eixão. Embarcando neste, seguiu até o terminal de ônibus Novo Mundo, que fica após o Praça da Bíblia com algumas estações entre eles. Nesse Terminal, ela tinha que descer para embarcar em outro Metrobus, numa linha que funcionava como uma extensão do Eixo Anhanguera até a cidade onde a mãe da garota morava.

Enquanto esperava o ônibus da extensão, Sophia tinha que ficar atenta, pois havia duas linhas que faziam esse trajeto. A linha 110 fazia o percurso até a cidade vizinha, porém sempre parando nos pontos de ônibus quando acionado o sinal para o motorista, terminado a rota no Terminal de ônibus de Senador Canedo. Já a linha 111, fazia esse mesmo trajeto, a única diferença é que essa não parava nos pontos e ia direto ao outro terminal. Era muito mais preferível para Sophia pegar o 110, pois ela poderia descer num ponto bem próximo à casa de sua mãe, sem precisar ir ao terminal e pegar um outro transporte que dava acesso ao bairro de seus pais. Por isso, assim que o primeiro 110 dez apareceu, Sophia embarcou.

Existem duas coisas que por mais distraída que a garota estivesse dentro do ônibus, ela notaria que estava perto de onde descer. Estas eram notadas logo que se aproximava da entrada da Cidade. Quando aproximava-se de Senador Canedo, podia se ver um pequeno morro a direita, o morro Santo Antônio, onde em cima dele há uma estátua do Cristo Redentor. Sophia já havia subido nesse morro, só para ver o Cristo e apesar de não se comparar ao dá Cidade Maravilhosa, essa estátua é um cartão postal para a cidade. Na visita Sophia à essa estatua, ela ficou bastante revoltada com às várias pichações existente na base dela, pois como era um local de livre acesso, muitos vândalos aproveitavam-se disso para depredar este patrimônio público. A segunda coisa, é outro cartão postal de Senador Canedo, que são duas enormes mãos de concreto em posição de concha em meio a uma fonte d’água. Uma vez, ela foi visitar os pais com seus amigos. Lucas e Chris disseram que aquelas mãos pareciam soltar um Kamehameha para o céu, Sophia achou a comparação bem divertida. Finalmente chegou no local de descida da jovem, assim que desceu, colocou-se a andar em direção a residência de seus pais, assim que encontrou o local, uma casa de muros em cinza com portão em vermelho vinho, tocou o interfone:

— Quem é?

— Sou eu, mãe. Sophia.

— Fia! Só um minuto, já estou a caminho.


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Notas finais do capítulo

Já temos nosso primeiro suspeito para o poeta. será mesmo Chris? Sophia tem uns argumentos muito bons...Vou deixar no ar, tirem sua próprias conclusões hahaha. Ah outra coisa: sobre lucas não ter gostado do filme, bem isso é coisa do personagem, ok? Com essa coisa de estudar cinema, ele tem opiniões bem fortes acerca de alguns filmes. Até o próximo capitulo!



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