A namorada do Poeta escrita por Julius Brenig


Capítulo 3
Balada com os amigos.


Notas iniciais do capítulo

Galerinha, desculpa mesmo pela demora! Tive um bloqueio, meu pc estragou, fiquei sem tempo. Enfim, foi um pequenos caos para a produção dessa história. Mas enfim, fiquem com o terceiro capitulo :3



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Depois da aulas todos os quatro encontraram-se em frente ao portão da faculdade. Na verdade, Chris, Carol e Sophia chegaram dez minutos depois que Lucas, que já estava impaciente.

– Até que enfim! Achei que já teria que ligar mandando vocês chegarem mais rápido.

– Calminha! Lucas, senta! – brincou Sophia. Isso era uma piada interna deles. Uma vez, o vizinho de Lucas havia ganhado um cachorro, o garoto tinha uns cinco anos e batizou o cachorro com o nome de Lucas. E mesmo isso fazendo um bom tempo, seus amigos não perdiam a oportunidade de fazer a piada.

– Haha, muito engraçado. – Lucas cuspiu sarcasmo.

– Ô, Luquinha, fica assim não. Eu juro que depois te arrumo um caixa de biscoitos Scooby. – ele bem que tentou, porém Lucas não conseguiu manter-se sério e também riu da piada.

– Tá legal pessoas! Chega de zoar o Lucas. É hora do “tuts tuts” – Enquanto falava isso, Chris fazia uma dancinha com o braços que fez seus amigos olharem para os lados, um pouco constrangidos.

– Chris, para. – disse Carol, sendo ignorada pelo amigo. – Christopher, só para. – ignorada mais uma vez. – Christopher Anastácio Campos, pare com isso imediatamente! – dessa vez ele deu-lhe ouvidos. Se Chris já não gostava do seu primeiro nome, imagina o segundo que era Anastácio? Durante a adolescência, ele sempre disse que trocaria o nome, assim que alcançasse a maioridade. Mas ele não fez. Pois, ninguém mais chamava ele de Christopher ou mesmo Anastácio, ele era apenas o Chris. Com exceção de seus amigos que faziam disso sua Kriptonita.

Pouco tempo depois, um carro vermelho para em frente a eles. Era Jorge, um amigo do Curso de Lucas. Ele estava passando quando viu o amigo parado em frente ao portão da faculdade, com mais outras três pessoas e resolveu para e oferecer uma carona.

– Aceitam carona? – falou o rapaz educadamente. – Eu tô indo lá na Víbora e o Lucas comentou que ia lá também hoje à noite. Cara, aquela balada é muito “loca”. Bora?

Todos ali queriam aceitar, mas nenhum deles iria deixar Carol para trás. Ela não conseguia entrar em carros sem desmaiar. Ou ao menos ter um crise de nervos. Todos negaram educadamente.

– Valeu, cara, mas é que a gente não tá indo de imediato. Obrigado assim mesmo. – mentiu Lucas, para disfarçar um pouco.

– Tudo bem, então. Vejo vocês por aí. – com um aceno de mão, Jorge se despede e segue indo embora.

– Galera, por que vocês não aceitaram? Sabem que eu consigo me virar sozinha, né? Vocês não precisavam ficar por mim. – Carol disse. Porém, Lucas retrucou-a.

– Como é que nós vamos sair o grupo todo, se deixarmos você para trás? Além do mais, a boate é só duas quadras daqui. E outra caminhar faz bem.

Terminando de falar, o garoto de óculos foi até Carol e passou a empurrar a cadeira dela, rumo a boate Víbora. Chris e Sophia ficaram um pouco mais para trás, caminhando um pouco mais lento que os outros dois que pareciam estar num conversa. Então, eles também conversaram.

– Como anda seu livro? – Perguntou Sophia. – Você vem arrastando ele desde o primeiro ano do Ensino Médio.

– Se você acha que é fácil, tenta escrever um. Pelo menos tá indo. Para dizer a verdade, tá pronto. Mas eu sempre sinto que precisa melhorar. Quero que seja algo tocante, que as pessoas realmente se vejam chamando pelo amor como a minha personagem faz.

– Como é mesmo o nome? Eu lembro que é bem curto.

– O livro chama-se “Amor?”.

– Imagina só: O lançamento do livro de Chris Campos. Ou será Christopher Campos? Melhor ainda! Anastácio Campos. – ela gargalhou.

– Pode rir o quanto quiser, mas não vai ser nenhum desses. Vai ser Christian Campos.

– Gostei, mas por quê Christian?

– Bem, é que minha mãe sugeriu Christy, que é como ela costuma me chamar. Aí eu adaptei para Christian, pois não perde muito da essência do meu nome.

– Legal. – Falou Sophia. – E o nome do livro, é esse mesmo, não vai mudar?

– Não, esse nome tá perfeito. Quando você ler, vai ver que sim. Vamos apressar o passo, não? – sugeriu Chris apontando seus amigos que já estavam bem distantes. Os dois correram e alcançaram a dupla. E ao dobrar uma esquina, chegaram a tal boate.

Sua fachada era muito chamativa. Estava escrito Víbora em dourado numa placa preta, e ao lado, o desenho de uma cobra gotejando veneno dentro de uma taça. Se os quatro não costumassem frequentar o lugar, com certeza acharia aquilo um pouco sinistro. E realmente acharam na primeira vez que foram ali. Porém, depois que passaram a ser mais frequentes, viram que é só um nome chamativo. Por fim, entraram na boate.

Lá dentro, tudo muito agitado. A música eletrônica tomava conta do ambiente, junto com as luzes multicoloridas. Várias mesas espalhadas pelos cantos dela, deixando o meio livre para a pista de dança. Mais ao fundo, o balcão do bar do local. O que a turma mais gostava no bar, era a ecletismo musical dali. Pois, tocavam desde samba, rock, sertanejo, MPB, música eletrônica, enfim. Mesmo que você não goste uma ou duas músicas que tocarem, em um momento vai chegar uma que te agrade, sem erro. Os quatro escolheram uma mesa mais ao canto. Essas não eram muito altas, por isso, Carol não precisava se preocupar. Como havia quatro cadeiras em cada mesa, eles retiraram uma para que a garota loira pudesse se acomodar, enquanto Lucas fazia isso, Chris disse:

– Vou comprar as bebidas, o que que vão querer? – Sophia e Lucas pediram cerveja, mas Carol que era a única não adepta ao álcool da turma, pediu um refrigerante. Ela não tomava bebidas alcoólicas porque foi provado pelas câmeras de segurança de uma loja próxima ao acidente que ela sofrera que o motorista do carro que bateu no dela estava bêbado, pela forma que saiu cambaleando do seu carro. Depois disso ela nunca mais bebeu.Chris voltou com as bebidas e eles se dispuseram a conversar.

– Galera, sabe o que eu estava pensando? – falou Chris – Que todo mundo aqui tá precisando namorar.

– Como assim? – falou Sophia.

– Tirando eu, todo mundo aqui tem vinte e dois anos, e nunca vi ninguém de vocês namorar. E eu com vinte três, também não. Não percebem que tá na hora de tentar arranjar alguém? Sei lá, não é questão de dizer “tô namorando”, mas é questão de arranjar alguém especial.

– Eu tô saindo com alguém. – disse Lucas meio entretido olhando para a pista de dança.

– Sério? – indagou Chris – Quem é a doida? – Lucas pareceu cair a ficha do que tinha dito e ficado sem reação. Lançou um leve olhar para Carol e Sophia percebeu isso. Mas esse olhar não queria dizer que eles estavam saindo, foi mais como um olhar cumplice.

– Não vou citar nomes, porque ainda não é nada sério. E também não vacinei vocês com a antirrábica. – todos riram.

– A Sophia já tem o Poeta, né, Fia? – falou Carol sem conseguir conter o riso.

– Ainda com isso? Dá pra esquecer?– Sophia dirigiu um olhar para Chris – Então, Christian – pela primeira vez, ela usava o pseudônimo dele, os outros ficaram sem entender. – Qual delas vai ser a escolhida?

– Nem sabia que eu tinha opções. – riu Chris.

– Qual das suas paixonites vai ser? – A pergunta foi feita, pelo fato de Chris ser aqueles caras que se “apaixonam” na fila do banco pela garota da frente. Dentro do ônibus, com a garota do lado e assim por diante.

– Verdade, Chris, são tantas qual vai ser? – atiçou Carol.

– Nem vem! Eu não tenho paixonites.

– Cara, você ficou uma semana falando de uma garota que você viu ônibus uma vez.
O seu problema, é que quando você fica afim de uma garota, você não chega nela e conversa. Você imagina uma vida toda ao lado dela, mas não dá em cima. – falou Lucas.

– Tá, tá. Esse ano eu quero arrumar uma namorada. Vocês devia fazer o mesmo.

– Desculpa, eu não curto garotas. – Falou Sophia rindo.

– Você entendeu. – falou Chris.

Esse tópico foi encerrado quando Fenando, um colega de faculdade de Sophia, chegou próximo a mesa. Ele não era muito íntimo de nenhum dos três que faziam o mesmo curso que ele, mas a conversa entre era bem fluente. Fernando tinha cabelos lisos e pretos em franja, um porte franzino, olhos negros e pele clara.

– Ei pessoal! Todo mundo relaxando, né? Encontrei mais três da nossa turma lá na pista de dança. – Todos cumprimentaram ele.

– Esse aqui é o Lucas, um amigo nosso. Faz cinema na UMEGO. – falou Chris.

– Legal, prazer. – Ele e Lucas apertaram as mãos. – Só passei para cumprimentar mesmo, até depois.

O restante da madrugada foi bem animado. Eles dançaram, beberam até as duas da manhã. Vodca, Whisky e todo tipo de bebida foram consumidas. Chris vomitou umas duas vezes e Lucas já estava mais alegre que o costumeiro. Lucas chamou Sophia para dançar, enquanto Chris se recuperava do vômito ao lado de Carol. Enquanto dançava, Sophia percebeu que Fernando lançava olhares para ela, enquanto também dançava. Ela passou a pensar se ele estava afim dela. Sophia achava Fernando bonito, mas não fazia o gosto dela e se ele viesse a querer algo, bem, não rolaria. Já se aproximava das duas e meia, quando Carol chamou eles. Lucas e Sophia foram até ela que disse que seus pais estavam preocupados por ela não ter avisado e que estava na hora de ir. E foi o que fizeram.

A boate estava fervilhando de pessoas e estava difícil ajudar Carol a sair do local, ainda mais com o Álcool alterando um pouco a coordenação motora de Sophia. Não que ela estivesse bêbada, mas estava um pouco alta. Ao chegar na porta, o número de pessoas nela era enorme e era realmente impossível de passar. Até que uma garota que estava ali: cabelos lisos, salto alto e vestido colado, disse para as pessoas que estavam ao redor.

– Pessoal, não estão vendo que a cadeira de rodas quer passar? Deem licença, por favor. – e depois disso olhou para suas amigas como se fosse uma boa samaritana.

Sophia odiava falsa solidariedade. Pessoas que se faziam de solidárias para conseguir statusou fazer média. Mas tinha alguns, como essa garota, que não sabiam nem fingir. A garota era tão tapada que não conseguia ver que além da cadeira de rodas, ali havia um ser humano. Carol tinha ficado abalada com a frase da moça e Sophia teria ficado calada, se não fosse o Álcool. Exaltada, ela dirigiu-se para a garota que parecia uma típica patricinha.

– Desculpa, você é cega? – a garota ficou sem entender – É que você disse para deixarem a cadeira de rodas passar, mas quem quer passar é a minha amiga. Por favor, só abra a boca quando for falar algo útil, porque para soltar merda, já existe sua bunda!

Chris e Lucas, lá atrás, seguraram suas risadas e Carol abaixou o rosto para esconder o sorriso. Assim conseguiram sair e a garota loira ligou para seu pai. Era assim que funcionava: sempre que Carol saía, no fim da noite, como já era madrugada, ela ligava para seu pai e ele com sua van, buscava-a. eles até poderiam usar um táxi, se não fosse o trauma de Carol por carros. E mesmo a van, ainda assuntava-a um pouco, mas não tanto quanto carros. Esse sistema foi criado porque o pai dela não quis que ela parasse de divertir-se. E não funcionam ônibus pela madrugada. Eles já haviam acostumado tanto com isso que o pai dela nem se importava mais em acordar e ir busca-la.

– Bem, galera foi ótimo passar noite com vocês. – falou Lucas, meio tonto. – Mas eu tenho que ir. Já chamei um táxi.

Todos despediram-se dele com um abraço. E enquanto Sophia abraçava-o, ela viu mais uma vez Fernando encarando-a de longe. E pensando bem, ela recordou-se dele olhando e desviando olhares durante todas as aulas da noite. Logo o táxi de Lucas chega e ele vai embora. Depois de poucos minutos, a van de cor metálica do pai de Carol chegou. Ele era meio gordinho e tinha o meio da cabeça totalmente careca, em compensação toda a lateral ainda tinha cabelos negros. Simpático, o senhor Alfredo convidou-os para entrar na vã. Depois que Chris e Sophia entraram, acomodou Carol e partiu deixando cada deles em suas respectivas casas.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Sim? Não? Por quê? O que pode ser melhorado? Sintam-se obrigados a responder isso para mim nos comentários kkkk, brincadeira, mas seria bem legal se fizessem isso. Obg e Até breve (assim, espero).



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