Em Busca de um Futuro Melhor escrita por Lyttaly


Capítulo 18
17


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoass o/
To feliz que consegui postar hoje!
Eu amei escrever esse capitulo e espero que vocês amem ler!
Obrigada a Fran que fez uma recomendação linda pra minha história. Fiquei hiper feliz!
Boa leitura o/



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(É bom encontrar alguém que te faça bem…)

Felipe e Kali assistiam televisão na sala enquanto Rafael dormia e Isabella corrigia algumas atividades de alunos na mesa da cozinha.

Kali não prestava atenção ao que passava na televisão. Seus pensamentos estavam na madrugada anterior. Por várias vezes pensou se seria melhor que Célia morresse, mas logo depois sua consciência pesava. Quando pensava assim achava que era o pior ser humano do mundo por desejar a morte de alguém. Achava que seus pais não gostariam de vê-la pensando assim. Seu tio Marcos também não. Perguntou-se o que o fez casar-se com Célia, uma mulher de índole tão ruim. Seu tio era uma ótima pessoa, daquelas que querem abraçar o mundo e ajudar qualquer um em detrimento dele próprio. Será que ele havia visto algo de bom em Célia? Não sabia responder.

— Kali? – Felipe chamou-a.

— Hum?

— Você tá bem?

— De novo essa pergunta? – Kali olhou-o, irritada.

— É que eu tava te chamando e você não respondia.

— Ah… Me desculpa. Eu tava com a cabeça em outro lugar.

— Percebi. Mas, então, você quer ir tomar sorvete?

— Sorvete?

— Sim. Tá muito calor hoje. Parece que a chuva dos últimos dias só serviu pra abafar o tempo, não acha?

— Tem razão… Tá calor hoje. – Kali nem tinha reparado nisso até Felipe dizer.

— Tem uma sorveteria aqui na rua. Podíamos ir lá.

— Eu… não sei se é uma boa ideia.

— O que você acha, Isabella? – Felipe olhou para Isabella.

— Não dá pra mim. Tenho que terminar de corrigir isso aqui. Mas vocês podem ir.

— Então vamos, Kali? – Felipe disse, já se levantando.

— Espera! – Kali repreendeu-o. – Eu não disse que iria com você.

— Vai negar um sorvete nesse calor, Kali? – Isabela perguntou.

— É que… eu…

— Já não te dei motivos pra confiar em mim? – Felipe perguntou, vendo que ela estava com medo de sair sozinha com ele.

— Vai lá, Kali. – Isabella incentivou. – Vai ser divertido!

— Tá bom… – Kali cedeu. – Espera só um pouco. Tenho que trocar essa roupa.

Kali subiu as escadas e entrou no quarto onde tinha dormido, fazendo o mínimo de barulho possível para não acordar seu irmão. Pegou a mochila e foi até o banheiro. Viu uma calça preta e uma blusa de manga comprida azul escura que seu irmão tinha separado. Trocou-se e olhou-se no espelho. Viu uma escova de cabelo em cima do armário e pegou-a para desembaraçar o cabelo. Terminou de penteá-lo e reparou que muitos fios ficaram na escova, mais do que seria aceitável. Será que seu cabelo estava tão fraco assim? Reparou em algumas espinhas em seu rosto e nas olheiras. Pensou que seria bom ter alguma maquiagem para escondê-las. Ficou olhando seu reflexo por alguns instantes. Achava-se feia. Seu rosto ainda tinha a cicatriz na sobrancelha que Felipe tinha escondido com um curativo que não estava mais ali. Sua boca estava esbranquiçada. Desejou ter um batom para parecer pelo menos saudável.

— Por que eu tô tão preocupada? – Perguntou ao seu reflexo. – Só vamos tomar um sorvete, certo?

Sentiu o coração acelerar de ansiedade e decidiu sair logo do banheiro antes que sua mente pensasse demais naquilo.

— Vamos? – Kali disse quando chegou na sala.

Felipe a olhou dos pés à cabeça deixando-a desconfortável por um instante. Ele a achou bonita apesar de sua roupa simples que escondia todo seu corpo e seu rosto sem nenhum tipo de maquiagem.

— V-vamos sim! – Felipe gaguejou sem querer.

Saíram da casa despedindo-se de Isabella.

— A sorveteria fica na esquina. – Anunciou Felipe quando chegaram na rua.

Andaram em silêncio. Kali sentia seu corpo esquentar por causa do sol quente e das roupas compridas que usava. Não queria que as pessoas vissem seus braços e pernas marcados e mesmo no calor os escondia. Mas, em dias quentes como aquele, o sol castigava-a.

— É aqui! – Felipe disse parando e apontando para uma loja.

Entraram. Kali sentiu o ar condicionado refrescá-la e pensou que talvez fosse mesmo uma boa ideia tomar um sorvete. Tentou lembrar-se qual fora a última vez que tomou sorvete, mas não conseguiu.

A loja era grande. Haviam mesas de madeira espalhadas por todo o salão e, ao fundo, vários freezeres.

Felipe e Kali sentaram-se em uma mesa perto de uma janela grande de onde podiam ver os carros passando na rua. Em cima da mesa haviam cardápios. Quando Kali viu os sorvetes lembrou-se de que não tinha dinheiro para pagar nem o mais barato deles. Ela também se assustou com os preços. Nunca havia estado naquele bairro e, na noite anterior, não percebeu que era um bairro de classe alta. Começou a sentir-se deslocada ali.

— Vamos embora. – Kali disse fechando o cardápio, levantando-se e saindo da sorveteria.

— Espera! – Felipe alcançou-a, já do lado de fora. – Por que tá saindo assim?

— Eu não tenho dinheiro pra estar aqui. – Kali respondeu, ainda caminhando.

Felipe segurou-a pelo pulso, fazendo-a virar-se com uma expressão de dor.

— Desculpa! – Felipe soltou-a rapidamente colocando as mãos nos bolsos da calça. – Não queria te machucar…

— Você não me machucou. – Kali disse segurando o pulso esquerdo. – É que meu pulso tá dolorido.

— Desculpa. Eu não sabia. – Felipe sentiu-se mal por ter-lhe causado dor e não a olhava mais nos olhos.

— Tudo bem, não foi nada.

— Mas… Voltando ao assunto, quando te chamei pra ir na sorveteria eu não disse que você precisaria pagar. Vamos voltar pra lá. Não se preocupa com isso, okay?

Felipe começou a andar de volta à sorveteria antes que Kali respondesse. Ela, então, decidiu acompanhá-lo em silêncio.

Sentaram-se na mesma mesa de antes. Felipe voltou a olhar o cardápio, reparando que Kali apenas olhava para a rua.

— Não vai escolher um sorvete? – Felipe perguntou.

— N-não… Não quero.

— Eu duvido. Escolhe um.

— Não precisa se preocupar comigo.

— Então eu escolho pra você.

— N-não preci-

— Que tal esse? – Felipe interrompeu-a virando o cardápio para ela e apontando o último sorvete da página. Viu um brilho passar pelo olhar de Kali e sorriu. Mas, quando Kali viu o preço, espantou-se.

— Mas esse é o mais caro! Não preciso tomar sorvete, Felipe. – Kali disse um pouco desapontada. Ela havia achado o sorvete bonito e apetitoso. Ele era branco e rosa com alguns confetes em cima e pedaços do que parecia ser chocolate no meio. Estava numa taça com calda de chocolate no fundo. Ela não achava certo fazer Felipe comprar o sorvete mais caro, mas no fundo desejava experimentar aquele raro prazer.

— Então vai ser esse! – Felipe disse chamando a garçonete.

— Espera! – Kali disse. – Você não me ouviu?

Enquanto Kali falava, a garçonete chegou perto da mesa com um bloquinho de notas na mão, tirando uma caneta de dentro do bolso do avental.

— Qual o pedido?

— O número 33, o 38 e uma Coca-Cola, por favor.

— Mais alguma coisa, senhor?

— Não. Só isso, obrigado.

— Logo trarei seu pedido, com licença.

— Felipe! – Kali disse quando a garçonete saiu.

— Sim? – Felipe respondeu, olhando-a.

— Eu disse que não queria. – Kali desviou o olhar. Sentia que Felipe conseguia ler seus olhos e não gostava disso.

— Eu sei que você tava mentindo.

— Não é verdade. – Kali cruzou os braços olhando para o movimento na rua.

— Então olha nos meus olhos e diz que não quer o sorvete. – Felipe desafiou-a, olhando-a com uma sobrancelha levantada.

Kali bufou olhando em sua direção, pronta para responder ao desafio. Mas quando seus olhares se cruzaram, Kali sentiu um frio na barriga e o coração acelerar. Seu rosto esquentou e ela olhou novamente para a rua.

“O que tá acontecendo comigo?” Pensou.

Felipe tossiu para aliviar o clima.

— Viu como você quer o sorvete?

Kali bufou novamente.

— Você é chato, hein! – Kali disse e Felipe viu um esboço de sorriso em seu rosto, ficando feliz em vê-la bem.


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Notas finais do capítulo

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Voltei a atualizar ela direito o/
Se você leu até aqui #obrigada^^



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