A Princesa e a Demônio escrita por KazuHime


Capítulo 3
Capitulo 2: Enquanto você não estava.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAH

Não pretendia ficar tanto tempo sem aparecer...

Acontece que foi tudo tão rápido...

Como explicar, trabalhei igual uma mula de carga nas três ultimas semanas do ano, ai no primeiro FDS do ano aconteceu um caos, e então nesse domingo eu fui viajar! E CÉUS como a praia pode ser dolorosa...

Agora eu estou aqui, postando em pela quarta feira, porque não tive tempo para isso na segunda e na terça...

Me perdoem mesmo

Vamos ao que interessa



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Capitulo 2: Enquanto você não estava.

Nishikino Maki seguia sua rotina normal, estudava com professores particulares em seu quarto, tinha as mordomias de uma princesa e os mimos que queria, conversava com suas amigas da alta sociedade que sempre perguntavam o quão aterrorizante deveria ter sido ter dado de cara com um demônio.
Medo... Era isso que havia sentido quando viu Nico naquela forma, depois que conversara com Kotori havia entendido o que era aquilo, era o chamado estado de Ura, uma fase antes de se transformar em um demônio, e pelo que a garota também havia dito, apenas as Muse eram capazes de usar esse estágio sem estarem em perigo de se perder nas trevas de um demônio.
– Hime Sama. A garota de cabelos azuis escuros chamou sua atenção, os olhos âmbar estavam serio, havia pedido para uma das Muses, Sonoda Umi lhe explicar o que realmente era esse negócio de Estado de Ura.
– Me desculpe, eu apenas estava pensando, por que apenas as Muses conseguem controlar esse estado de Ura? Maki perguntou sem jeito.
– Quando isso aconteceu pela primeira vez foi quando a Nico descobriu que quem matou sua família foi a organização que a havia salvado, depois meu mestre me disse que nós fomos escolhidas a dedo para nos transformarem em demônio. Umi pareceu pensar bem antes de falar, como se desconfiasse de sua memoria.
– Transformarem? Vocês não nasceram como demônios? Maki perguntou assustada.
– Não, antigamente éramos humanos. A calma da garota demônio assustou a princesa que a essa altura já estava de pé segurando o apoio de braço da cadeira com ambas as mãos.
– Como assim transformaram? Maki perguntou erguendo o tom de voz.
– Hime sama, se acalme e sente se, você é a princesa do reino, deve manter as aparências. Umi pediu fazendo um sinal para que a garota se sentasse e assim Maki o fez, apesar de ainda estar assustada com tudo aquilo. - Nós fomos escolhidas a dedos por pessoas que entendiam disso, no meu caso foi pelas minhas habilidades com o arco e flecha, as outras nunca me contaram o porquê de terem sido escolhidas. Maki balançou a cabeça em entendimento.
– Acho que estou entendo. Maki estava incrivelmente seria.
– Mas, Hime Sama, perdoe a minha insolência, mas a Hime tem certeza de que quer continuar com essa loucura de nos proteger? Umi perguntou visivelmente preocupada.
– Sim. Apesar do monossílabo Maki parecia seria nisso.
– Depois do que aconteceu com a Nico, as coisas vão ser um pouco difíceis de agora em diante e se descobrirem... Umi não se atreveu a terminar a frase.
– Se descobrirem vocês estarão comigo para me ajudar não é mesmo? Maki deu um leve sorriso para a mais velha. Pelo menos eu acho que posso presumir isso. A ruiva agora estava incerta.
– Não posso falar pelas outras, mas por mim, tenha certeza que vou te ajudar sempre Hime Sama. Umi respondeu com sua usual formalidade e um sorriso singelo nos lábios.
– Mas agora continue me contando sobre esse tal de estado de Ura. A ruiva incentivou.
– Basicamente é o início da transformação para demônio, é quando nosso corpo é tomado pela força demoníaca enquanto nossas mentes travam uma batalha contra o demônio dentro de nós, aqueles com pouca força mental acabam se transformando em demônio, então seria melhor evitar esse lado ou então tentar escapar o mais rápido possível. Explicou a garota de olhos âmbar.
– E por que esse estado de Ura acontece? A princesa estava interessada naquilo como nunca esteve em suas aulas de linguagem, ou etiqueta.
– Desiquilíbrio emocional, raiva ou tristeza, e quem sabe ambos. Umi respondeu. Nós temos uma consciência como de uma pessoa normal, fazemos loucuras quando a raiva nos controla, mas os estragos são ainda maiores e fatais. Completou sua resposta.
– Isso quer dizer que se vocês estiverem em paz consigo mesmas, isso pode ser evitado? A garota ruiva perguntou mais uma vez.
– Tecnicamente sim, mas somos mulheres, temos alternações de humor durante o mês devido a nossa natureza. Umi lembrou e Maki assentiu.
– Nico cha... Digo, Nico não morreu por ser um demônio? A pergunta pareceu ingênua aos ouvidos de Umi.
– Não, é claro que demônios morrem. Mas a Hime sama já deve ter ouvido de uma raça chamada Lamia, eles só morriam se atingidos com prata, agua benta, estacas de madeira, itens religiosos, ou alho. No nosso caso é são as laminas sagradas. Foi então que Umi desembainhou sua espada. A coloração azul clara e o tom brilhante da lamina surpreendia.
– Eeh?! Por que você tem uma dessas? Maki perguntou assustada.
– Isso não é obvio? Como caçadora de demônios eu tenho que ter uma dessas para matá-los. Maki se sentiu estupida por ter perguntado tal coisa para a arqueira.
– Isso faz sentido... A princesa murmurou envergonhada.
– Nós achávamos que matar demônios era a coisa certa, mas estávamos erradas no final das contas. Um soltou um longo suspiro cansado.
– Por que as pessoas resolveram exterminar os demônios? Maki perguntou com um certo receio.
– Demônios eram tudo aquilo que era diferente, tanto na aparência como nas capacidades físicas, eles queriam os exterminar, não por fazerem coisas ruins, mas sim por medo de que o amor por guerras pudessem afetar o mundo deles. Umi respondeu com calma.
– E para isso eles transformaram oito garotas em demônios? Maki perguntou achando aquilo hilário de uma forma irônica.
– Não fomos as únicas a serem transformadas, muito mais pessoas foram, mas todas morreram ou por terem se transformado em demônios, ou foram exterminadas pela nossa própria organização. Maki assentiu.
– Por que essa organização quer matar todas vocês? Vocês eram supostas a ser as heroínas disso tudo não? A ruiva perguntou um pouco exaltada.
– A resposta é obvia não acha? Porque somos aquilo que eles queriam exterminar só que mais fortes, não faria sentido exterminar os demônios puros e nos deixarem vivas. Maki agora estava em estado de choque. Vou deixa-la entender direito o que te contei hoje, então com sua licença Hime sama. Umi se levantou da cadeira e fez uma reverencia para a ruiva.
– Espere! Isso quer dizer que eles já planejavam mata-las quando a guerra chegasse ao fim? Maki perguntou se levando da cadeira abruptamente.
– Isso fica ao seu critério decidir, apesar de que eu acho que a resposta já está obvia. E com isso a demônio saiu do quarto de estudos de Maki.
– Eles já planejavam mata-las... Maki murmurou para si mesma enquanto abraçava seu próprio corpo.
– Umi chan! Umi olhou para o lado vendo uma garota de longos cabelos castanhos claros quase cinzas e olhos dourados, Minami Kotori. O que você acha? Kotori perguntou sem rodeios.
– Talvez eu tenha contado coisas demais para ela, mas pelo menos ela já tem informações o suficientes para decidir o que vai fazer. Umi respondeu com pesar.
– Maki Hime sama ainda está se culpando pelo que aconteceu com a Nico chan? Uma garota de cabelos castanhos claros e olhos roxos perguntou preocupada.
– Todos já disseram que não foi culpa dela, agora cabe a ela decidir isso por si mesma, Hanayo. De qualquer forma temos que manter esse lugar livre de suspeitas se quisermos que elas tenham um lugar para voltar. Mais uma vez Umi tinha razão.
– Vamos dar o nosso melhor né, Hanayo chan! Kotori sorriu para a mais nova do trio que apenas concordou com um aceno positivo seguindo o alto astral de Kotori.
– Não devemos nos aproximar mais que isso da Hime sama ou traremos problemas para ela também. Umi começou a andar logo sendo seguida pelas outras duas.

– Quanto tempo elas já viveram? Maki se perguntou olhando para o céu onde uma lua crescente se mostrava junto de milhares de estrelas. A guerra contra os demônios foi há quase duzentos anos atrás. Ponderou tentando achar uma resposta.
Se encostou em sua poltrona apoiando o rosto na mão, queria saber o que deveria pensar e como deveria agir em um momento como aquele, não que fosse algo complicado, apenas tinha medo do que aconteceria se tomasse a decisão errada.
Poderia mandar todas embora, mas foi por ser tão orgulhosa que tudo aquilo havia começado, seria ruim da sua parte lavar as mãos deixando todas assim, seu senso de responsabilidade falava mais alto, além disso queria poder estar com ela mais uma vez.
Maki se assustou com a linha de seus pensamentos, queria estar com Nico? A irritante Yazawa Nico? Talvez toda aquela informação que Umi lhe passou estivesse embaralhando seus pensamentos. Por que iria querer estar com aquela arrogante, irônica garota afinal? Porque ela lhe havia protegido? De qualquer formar tinha que parar de pensar nela.
– Nico chan... Murmurou enquanto esticava a mão para tocar o vidro da janela com as pontas dos dedos. Onde você está agora? Seus pensamentos mais uma vez lhes traindo e se direcionando há aquela garota que até pouco tempo atrás era uma desconhecida. Nico chan... Murmurou com uma tristeza que lhe assustou.
Por que estava triste ao pensar na garota morena? Tudo bem que se sentia culpada, mas daí a ficar triste pela ausência da outra era algo irracional. Tudo que haviam feito nas poucas vezes que se falaram foi brigar. Nico nem se importava se Maki era uma princesa ou não. Se os pais dela podiam acabar com sua existência dedurando a para os caçadores de demônios.
– Ahhh! Maki gritou segurando sua cabeça com ambas as mãos e se encolhendo sobre a poltrona como se aquilo fosse fazer seus pensamentos pararem de se dirigir à Nico. Enlouqueceria se não conseguisse achar a respostas para todas as suas duvidas, e principalmente se não parasse de pensar em Nico.
Muito longe dali, Nico estava sentada sobre uma cama. Rin dormia ao seu lado, e ao lado da garota Honoka até roncava, olhou pela janela vendo o céu enfeitado com a lua crescente e as estrelas, depois de uma semana a imagem das duas pessoas que havia matado não saíam de sua mente.
Levantou se de sua cama e foi até o banheiro onde uma bacia com agua servia de espelho. Observou sua figura ali, olheiras estavam visíveis, assim como seu semblante triste e cansado. Por que tudo aquilo estava acontecendo mesmo?
– Nico Nico Ni! A garota tentou sorrir como sempre fazia quando criança, mas mesmo aquilo não adiantava, parou de funcionar quando descobriu quem e porque mataram sua família. Se negou a fraquejar, não queria se transformar em demônio.
Bateu no rosto com ambas as mãos num tentativa de se animar, havia protegido a princesa que prometera proteger, apenas havia cumprido com sua palavra, então não tinha porque ficar deprimida ou se arrepender.
Respirou fundo e olhou para a água mais uma vez, depois de duzentos anos não havia mudado nada, apenas cortado o cabelos algumas vezes, fora isso ainda tinha a mesma aparência de quando foi transformada, a aparência de uma garota de treze anos. A primeira garota a se tornar um demônio por ter algum tipo de habilidade especial.
– Que habilidades especiais o que? Para mim parece mesmo é que eles escolheram aleatoriamente, e eu tive o azar de ser escolhida. Nico murmurou enquanto passava as mãos pelo cabelo para tentar ajeitá-los.
Saiu do banheiro voltando para sua cama. Rin murmurava alguma coisa em seu sono, sorriu ao ouvir o nome de Hanayo sair dos lábios da garota enquanto um sorriso gatuno surgia em seus lábios, poderia dizer que Rin, assim como todas as outras Muses haviam tido sorte, não foram transformadas sozinhas, o que significava que não precisavam sofrer sozinhas.
Honoka por sua vez tinha Umi e Kotori, Eli tinha Nozomi, e Rin, Hanayo, de sua vila vieram mais duas garotas, mas logo elas se transformaram em demônios deixando Nico sozinha, se perguntava o que teria acontecido se elas descobrissem que fora tudo uma mentira.
Soltou um longo suspirou e se deitou em seu lugar, precisava descansar um pouco, sentia todo seu corpo pedir por isso, então com calma e um pouco de medo deixou sua consciência se perder no breu dos sonhos.
Se arrependera de dormir algumas horas depois, sentou se na cama pressionando as têmporas com força com o indicador e o polegar da mão direita. Pesadelos... Seu estomago rodou então Nico pulou da cama para ir às pressas ao banheiro. Toda aquela agitação acordou a garota com manias de gato que foi ver o que estava acontecendo.
– Nico chan? Você está bem? Foi ajudar a garota morena que estava em gente a privada vomitando.
– Vou ficar, não se preocupe. Nico respondeu fechando os olhos com força.
– Nico chan. Rin estava visivelmente preocupada com a outra. Foi quando Nico caiu para o lado encostando se em Rin. Em primeiro momento a garota de olhos verdes limão se assustou. Logo colocou sua mão na testa de Nico, ela estava quente. Honoka chan! Me ajuda aqui! Rin gritou desesperada. Olhava para Nico preocupada. Honoka chaaan! Gritou mais alto que anteriormente para acordar a outra.
Passos apressados foram ouvidos e o som de uma porta ser abruptamente aberta, logo Eli e Nozomi apareciam para socorro de Rin e Nico, incrivelmente Honoka ainda estava dormindo profundamente.
– O que aconteceu Rin? Eli perguntou assustada.
– Nicocchi! Nozomi se assustou ao ver a morena nos braços da garota com manias de gato. O que aconteceu com ela? Nozomi já se ajoelhava para ajudar a morena inconsciente.
– Eu não sei nyan. Quando Rin chegou Nico chan estava passando mal e desmaiou. A garota explicou. Mas parecia que ela teve algum pesadelo ou algo assim. A garota explicou com o cenho franzido.
– Já era de se esperar não acha? Eli perguntou, logo suspirava cansadamente. - Depois de ter matado duas pessoas naquela arena... A loira tinha razão.
– Mesmo sendo um demônio, ainda repudiamos isso... Nozomi ponderou. Só espero que a Nicocchi volte logo ao normal. A garota de olhos azul piscina deu um sorriso preocupado. Por hora vamos leva-la de volta para cama. Com ajuda de Rin pegou Nico no colo voltando para o quarto.
– Isso não deve durar por muito mais tempo, logo vamos voltar para o castelo, quem sabe lá ela vai poder se acalmar... Eli constatou depois de um longo tempo. Honoka ainda dormia profundamente mesmo com algumas velas acesas.
– Quando voltarmos para o castelo? Rin perguntou sem entender.
– Rin chan não achou estranho a Nicocchi fazer tanto pela Maki Hime sama? Nozomi perguntou sorrindo. - Tenho certeza que quando ela voltar a vê-la todos os seus maus pensamentos e sentimentos irão embora. Rin não entendeu onde Nozomi quis chegar.
– Se ver a Maki Hime Sama vai fazer a Nico chan se sentir melhor, eu seria capaz de leva-la voando agora mesmo nyan! Rin voltou a sua usual energética postura.
– Rin, não pense em fazer nada imprudente, ainda estão atrás da Nico. Eli lembrou e Rin amuou novamente. Francamente, vocês... Eli estava visivelmente cansada. Além disso como a Honoka consegue dormir com tudo isso acontecendo? A loira se perguntou.
– Honoka chan é a Honoka chan no fim das contas. Rin riu um pouco observando a outra dormir despreocupadamente.
– De qualquer forma, vamos voltar a dormir, a manhã resolvemos as coisas com mais calma, e talvez com a Nicocchi acordada. Nozomi foi a primeira ase mover para sair do quarto. - Boa noite Rin chan. Logo a garota de cabelos arroxeados saia do quarto.
– Também vou indo, se precisar de algo, não hesite em me chamar, Rin. A loira seguiu pelo mesmo caminho fechando a porta em seguida.


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Notas finais do capítulo

Então, mais um capitulo adicionada ^^

Espero que tenham gostado e realmente, perdoem me por tanta demora.

Kissus
Se cuidem



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