Presos na Liberdade escrita por The GreenArth


Capítulo 8
Tudo ou nada - Parte II


Notas iniciais do capítulo

CONTINUANDO DO EPISÓDIO ANTERIOR...



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Logo... tudo o que se pode ver é apenas uma imensa escuridão. O tempo vai passando, e coisas vão acontecendo, muito importantes a final, e quanto tudo acaba, de repente, pupilas enfim abrem-se revelando uma paisagem diferente que se escondia atrás delas. Repleta de verde, de selva e de folhagens densas e solidas. O sol ainda reinava no céu, mas na terra o reino era outro, "indígena" por assim dizer. Construções de madeiras e muitas tochas vincadas ao chão feitas de bambu era o cenário mais inquietante para o olhos do jovem Besouro, que lentamente acordava de um sono profundo e se perguntava como aquela situação se criou. Via um chão distante, elevado como se fosse palco, e ao lado uma arquibancada feita de madeira, que lhe fazia se perguntar quem a pôs ali. Poderia estar sonhando? Parecia que sim, pois sentia-se como se estivesse voando sem contato com o chão, mas logo sentindo o frio de seus pulsos vê que infelizmente estava acordado, e pior que isso, algemado em uma corrente de pedra em cima de uma parede de madeira que lhe deixava como se fosse um sacrifício. E o orquestrador disto tudo? Sentado de costas mostrando seus ferimentos cortando madeira tão pouco distante dali, e de repente sai sem dar notícias. Ao lado do Besouro, todos os outros com a exceção de Bruno e Stephanie dormindo ao seu lado, mostrando que foram desacordados de propósito na pura intensão de estarem ali. Uma barbaridade incrível, e ao mesmo tempo, inexplicável. Como aquela corrida se desenrolou para com isso? A performance de Arthur, Robert e Bruno teriam sido a causa desta desgraça? Qual teria sido o truque da manca daquele tenebroso infeliz. Era estas perguntas que corroíam o interior de Beetleleader, que estava sedendo por respostas. De repente, alguém o nota acordado. Levantando a cabeça igualmente preso, ele o olha com um sorriso mostrando-se feliz pelo estado desperto de Beetle. Ele poderia contar com perfeição o que havia acontecido? Infelizmente não, pois se tratava de Leonardo Platino.
– Leonardo: Beetleleader! Você voltou!

Os olhos do jovem se viram para ele, que por sua vez mantinha seu sorriso intacto.
– Beetleleader: Burro... O QUE ACONTECEU!
– Leonardo: Eu não sei. Acordei amarrado aqui com um semi-nudista anônimo apontado uma lança para mim, e falando para eu colher abacaxis.
– Beetleleader: BURRO! Esta situação é séria! Preciso que me fale agora mesmo o que aconteceu aqui para que eu posso entender e achar uma solução rápida. Sei que pensar não é sua praia, mas por favor, compreenda. Nossas vidas dependem disso.
– Leonardo: Okay, father... eu acordei de um sonho com pôneis rosa, e dei de cara com um cara discutindo consigo mesmo da fuga do Bruno Torres, que cai entre nós eu fiquei aliviado.
– Beetleleader: E o Arthur? O que aconteceu com ele?
– Leonardo: Não o vi, não. Deve ter fugido também.
– Beetleleader: Aff... sabia que não podia confiar nele. Deve ter nos entregado.
– Leonardo: Pode ser... mas quando ele veio tirar satisfações, ele não falou nada de cumprisse, já que é comum os vilões depois de completarem os planos falarem seu plano cafona.

Beetle começa a se movimentar inquieto.
– Beetleleader: Burro! Não misture ficção com vida real, não desta vez. É o único que posso contar agora.
– Leonardo: Sem problemas.
– Beetleleader: E o que mais? Como Bruno escapou?
– Leonardo: Não sei.
– Beetleleader: Espero que tenha ido buscar ajuda. E o que mais?
– Leonardo: Ele começou a gritar, me bateu...

Beetle nota um corte no nariz do garoto.
– Leonardo: Nos drogou com Boa Noite Cinderela ou com a pírrula do Dia Seguinte e foi embora.
– Beetleleader: Boa noite... ahhh... só isso?
– Leonardo: Só que me lembre. Acordei, e estou aqui.
– Beetleleader: Já me foi útil, obrigado.
– Leonardo: Estarei sempre aqui se precisar.
– Beetleleader (pensamento): E agora? O que será de nós. O que dá para fazer para nos libertar?

O jovem força suas algemas de pedra, e por mais esforço que faça, não as consegue romper.
– Beetleleader (pensamento): Droga. Tem que haver um jeito. O que será que aquele sonho disse com "fazer o que é preciso"? Aff... tudo isso por um fim de semana... Tudo isso por um mísero e pacato fim de semana. Inacreditável...

Os olhos do Besouro se abaixam, mostrando-se triste com a situação. Neste momento, duas coisas acontecem. Muitas coisas ocorreram durante as seis horas de repouso de Beetle. Bruno Torres estava desaparecido, e poderia tanto ter saído de Liberdade, quanto ainda estar nela, com Arthur o ajudando ou não. O que acontecerá com Arthur era um mistério, que já estava prestes a ser desvendado. Stephanie Liccon estava seguindo detalhes do diário e o mapa de Liberdade que obterá em tal cabana, afim de desvendar o torturante mistério das matas de Wikaner, já sabendo do homem atrás da máscara. Este por sua vez, no exato momento, trilhava selvagemente em um atalho selvagem cheio de mata densa e insetos variados, sendo um deles até uma enorme aranha africana, mas nada parecia temer. Ele era quem estava mais determinado, como que sabia que não poderia demorar para conseguir o que mais ansiava, conseguir capturar todos. Cada segundo que ele dava de vantagem aos três era uma desvantagem futura, que poderia lhe fazer cair. Seu rosto estava determinado, mesmo escondido por aquele trabalho de madeira que chamavam de máscara, e se visse algum de seus inimigos, estava pronto para matar. Em suas costas, seu arsenal que anteriormente foi perdido na última e dolorosa batalha. Um final se aproxima. Enquanto isso, alguém enfim chega a seu objetivo, e vê os destroços de duas batalhas terríveis que geraram perdas e arrependimentos. Este alguém sabia de tudo, menos do que realmente havia acontecido. Armado com conhecimento, e livros que explicavam em detalhes o enredo e os antecedentes que toda esta história iria trilhar, Stephanie Liccon estava pronta para ser a salvadora do grupo. Até o momento. Tudo o que vê são cinzas, galhos quebrados e nenhum acampamento, nenhum Besouro-Negro, como no diário previa, pelo contrário. Isto mostrava que os acontecimentos que foram registrados foram sim cumpridos, ao menos era o que estava aparecendo, e era dali que uma desilusão nascia. Tal livro continha escrito que o selvagem iria os matar, mas a jovem que tinha tal consentimento ainda não estava acreditando. Ela olhava para todo canto, buscava sinais de vida, e só vê uma folha com uma gota de sangue. O pior para ela havia acontecido...
– Stephanie: Não... não pode ser verdade... não pode ser mesmo uma verdade...

Ela olhava para os arredores, e as descrições escritas de seus feitos batiam com o que ela olhava. Abismada, logo pega a fonte de registros, e os últimos confirmam o que seus pensamentos mais temiam, mesmo que na verdade não seja uma realidade: os Besouros-Negros foram mortos em um ataque do Mascarado. Isto era demais para ela, que fica mais uma vez desolada, e rapidamente nasce um sentimento de justiceira, pronta para fazer o que tinha que ser feito com as próprias mãos, que a fazia ter de esperanças a sentimento de vingança.
– Stephanie: Ele não pode passar impune disso... Já me vez sofrer tempo demais com esta forte angústia! Tenho que fazer alguma coisa, para quem sabe...

Pensando no pior, ela logo interrompe sua fala, tentando não acreditar que seus amigos poderiam estar mortos.
– Stephanie: Pare com isso, Stephanie! Seja otimista!

Tentando fazer isto, ela coloca as mãos na cabeça e logo tem uma inspiração.
– Stephanie: Não sei o que realmente acontecendo aqui, então não é hora de tomar um julgamento precipitado. Concentração, garota! Se houve realmente uma batalha, infelizmente não tenho dúvidas, mas deve haver um sobrevivente, alguém para contar a história, nem se for aquele infeliz autor desse ato horroroso, mas enfim. Não sei bem o que fazer, mas sei que quem sabe aquele monstro possa tê-los feito a mesma coisa como fez comigo quando eu desmaiei em sua frente: ter me polpado. Os outros podem estar em qualquer lugar desta selva, mas como descobrir onde? O diário só fala até esse acontecimento, sabe se lá o que ocorreu depois disto... Já sei! Ele pode tê-los capturado, e o único lugar onde sei que os prenderia seria senão na grande cidade fantasma de Liberdade! Bingo! Se eu quiser ter certeza de onde achá-los, o melhor lugar é ir até lá e ver as movimentações. Só ver um bom atalho para ir para lá antes do anoitecer, por sorte, esta lugar os tem de monte.

Pegando o mapa, a garota o analisa e obtém um trajeto a ser seguido.
– Stephanie: Pronto. Só não acredito que passei por um bom tempo vindo para cá para depois ter que voltar, mas tudo bem. Ter esse assunto encerrado já é o suficiente para mim. Já estou aqui há três dias, e aprendi muito nesse tempo. Jamais serei como antes. E mesmo por que, pensando em outra coisa... esse sangue pode ser de algum animal abatido. Somente indo lá para ter certeza. Caso eu o encontre, preciso de uma arma.

Olhando para os lados, não encontra nada que possa ser útil.
– Stephanie: Droga! No caminho creio que encontro alguma coisa.

A moça prossegue firmemente e convicta de que estava fazendo o certo. Adentrando novamente nas matas, ouve um som de um passo desastroso, e rapidamente vira-se para ver seu autor. Como o havia desaparecido, sente logo que estava sendo observada.
– Stephanie: Pare de se esconder, seu idiota! No começo eu até tinha medo de você, mas agora não tenho mais. Ficar assim se escondendo entre as moitas, olhando-me caminhar e tendo planos malucos contra meus amigos e até mesmo eu é atitude deplorável. Logo você que admiramos num passado bem distante, tanto. Eu sentiria vergonha. Se eu fosse você, mostraria esta face detestável que tem. Caso tenha feito algo mesmo contra os Besouros-Negros, saiba que eu não irei hesitar em revidar. Posso ser mulher, mas sou forte e indomável com um touro.

As palavras vão ao vento, pois ninguém estava lá para escutá-las. Ainda assim, ela persiste.
– Stephanie: Mostre sua face logo de uma vez! Me faça poupar tempo! Sei muito bem quem é, traidor! Sua identidade não me impressiona! Apareça, Arthur L. Neto! Seja homem como possa ter sido, se algum dia foi tal! Mostre-me quem é o verdadeiro homem desta sua podre máscara! Eu te desafio!

Ninguém responde. Ela enfim se convence em parar.
– Stephanie: Acho que já estou ficando louca, quanto mais rápido for isso melhor.

Neste jeito a garota parte rumo à Liberdade, mal sabia que enfim estava indo mesmo na lata, partindo para o lugar onde de fato os outros Besouros-Negros estavam. O que ocorrerá com Arthur é enfim revelado. De fato, ele nunca havia sido um aliado, e sim a identidade do vilão desta história. Mas, por que o grande ex-governador de Dendróvia Dekan cai neste estado de loucura? O que de fato o trouxe para Liberdade? E a cidadela de Liberdade era mesmo uma cidade fantasma? Essas respostas estavam prestes a serem respondidas. Em um outro ponto daquela selva, muitas vinhas faziam uma paisagem pantanosa com um pequeno lago no centro de muitas ervas. Um caminho eterno de plantas molhadas, céus cobertos, e algumas bananeiras em regiões mais secas para parâmetros da mesma região. Este era quase o extremo nordeste daquela região, muito longe de todos os demais eventos de lá. Parecia até nem tocada pelas mãos do psicopata, sem quaisquer manifestação humana. Rochas ígneas e grandes rochedos compuseram um rico cenário esverdeado. Botas pretas pisavam na água sem rancores. Passos apressados e diretos corriam por aqueles arredores. Somente uma possibilidade para quem seria o dono de tal acessório. Bruno H. Torres. Cansado, ele andará e corria por horas afio desde que provavelmente descobriu a identidade do vilão, que provavelmente se rebelará neste espaço oculto de tempo. Aflito e sem norte, ele repousa-se em cima de um rochedo comum dentre os demais e pega algumas frutas para poder se alimentar, mas algo não o sai da cabeça. Sua mente estava confusa, havia um choque de valores muito forte dentro de si. Sua razão dizia para que saísse daquele lugar de alguma forma para buscar ajuda, conforme Beetleleader sempre indicou, sustentada pelas palavras e críticas do mesmo e pelo misterioso conselho feito em seu sonho pela manhã. Por outro lado, sua voz interior dizia que ele não devia fugir da luta, devia fazer alguma coisa. E a possibilidade de deixar Stephanie Liccon para trás em perigo? Isto ele já havia se desiludido. Era o que o Cosmos mandar. Muitos pensamentos, ideias e opiniões passavam pela cabeça do jovem, mas qual seria o melhor a ser seguido? E como diminuir a pressão do momento para chegar a uma solução?
– Bruno Torres (pensamento): Devo fazer alguma coisa. Devo fazer alguma coisa! Não posso ficar aqui sentando sem fazer nada! Todos precisam de mim, mas como ajudá-los!? Justo eu, que afinal sou dito como o causador de todo o sofrimento! Affs! Concentração, foco! Vamos ver... O que o Beetleleader faria? Analisaria ou sei lá as coisas. Agora eu estou sozinho e livre das críticas do Beetle, mas nem sei mais aonde estou e muito menos o que tenho que fazer. Foco! Conseguiria até voltar aonde estava, mas nem sei se eu estou sendo seguido. Pilantra! Maldito! E se eu ir reto? Cruzo com a tal tribo de indígenas, se é que isso é verdade. E se ainda, o Natureman de Dendróvia tiver comparsas? Tipo os M-A's, ou aqueles caras malandros da cidade dele!? Affs! O que devo fazer? Sair daqui parece uma missão impossível! Quanta pressão! Devia ter sido forte quando tive chances de ter lutado mais contra aquele infeliz! Por que fui ouvir o Robert!? E como ele conseguiu me nocautear? Hein!? Aff. Se ficar fazendo perguntas resolve-se eu já teria uma resposta. E o que aquele sonho afinal aquele sonho disse mesmo "seguir o Beetleleader" para sair daqui sem olhar para trás? E será que estou sendo seguido!

Bruno rapidamente olha para trás procurando uma pedra para o ataque. Visto que estava sozinho, levanta-se, pega uma rocha e senta novamente armado.
– Bruno Torres (pensamento): Não. Mas, como saber? Arthur está em todo o canto. Aff! Continuando... continuando... Não há tempo de ficar mole! Eu vou pensando em alguma coisa!

Logo, levanta-se novamente e segue rumo sem olhar para trás. Seus passos ficam cada vez mais apressados, seu olhar cada vez mais objetivado, e sua indecisão continua. Chega um momento que ele resolve parar, apoiado em uma árvore. E refletir a respeito. Ir, ou ficar? O recado espiritual é reforçado mais uma vez em seu íntimo. "Siga o Beetleleader". Mas, seguir aonde? Para que direção ir? Eis o momento de uma revelação. Ele vê quatro caminhos possíveis a serem seguidos. Um era o de voltar, outro de seguir reto, outro de ir para os lados, e uma espécie de escada de madeira escondida entre duas rochas. Ele não perde tempo, e escolhe a escada. Subindo-a, se vê no topo do enorme pedregulho com uma melhor visão daquele lugar. Para sua surpresa. Sem saída. Liberdade terminava ali, agora. Uma enorme parede de montanhas eram o limite, e um calmo riacho o final. Mal podia acreditar no que via. Sua expressão de espanto era uma imagem única na vida. No chão logo vê que na verdade até ali já foi explorado pelo ex-governador, e uma sigla estava cravada. "RNJ". O que seria isso? Estranhado, ele olha para os céus e vê o sol em sua maior força, e presume estar tanto nas meio-dia, quanto nas cinco horas da tarde. Não tinha um relógio. Logo os pensamentos vinham, e de repente, uma visão externa lhe é dada com uma voz tão magnífica que apenas ele estava escutando.
– Áurea dos Solos: Escute com atenção. Siga em frente, e faça o certo na hora certa. Entre naquele rio. Ele lhe mostrará o caminho.
– Bruno Torres: Mas o que! Quem...

A voz se silencia...
– Bruno Torres (pensamento): Depois disso, já tenho história para escrever um filme, poxa vida... Quanta loucura nestes três dias. Um belo filme de terror... Devo seguir essa intuição? Posso estar sendo seguido, e nem sei direito aonde é a saída desse negócio. Então... É o melhor que eu tenho. Irei fazer isto, na esperança de depois disso, tudo já estar acabado! Mas agora, o que será "RNJ"?

A dúvida continua, mas era só uma entre muitas. Aceitando a ideia de tal evoluído espírito, ele desce da pedra e anda em linha reta até encontrar tal rio. O que sairia até então seria um mistério. O tempo vai se passando... Passando... passando... Arthur, o famoso vilão, estava com uma lança e uma espécie de bumerangue ia com seu tigre em ponta em ponta daquela selva, em busca de Bruno e nada. Ele começava a ficar preocupado, e como tentativa de prevenção vai até o cenário inicial aonde os Besouros-Negros se alojaram, a única saída conhecida, após a saída de Stephanie Liccon do local, e subindo até o ponto de acesso para a rodovia, ele usa sua lança e outras pedras para causar um desastre, derrubando as "paredes" dificultando a passagem, mas nem tanto. Sua preocupação por estar começando a perder o controle começam a o assustar. Diante de sua recente obra, ele ajoelhasse e olha para os céus, com fortes dores de cabeça. Seu leal felino tenta ampará-lo, mas nada funciona. Reflexões é o que não faltaram, mas pensamento algum adiantava. Se é que conseguia pensar em alguma coisa. O dia vai se passando, e o ex-governador enfim terminada sua caçada em vão. Tudo faz com que sua fúria ainda aumentasse, e seu comportamento ficasse cada vez mais animal.
– Arthur: Sabe, Bigode, meu leal tigre. Sinto como se as coisas enfim se desenrolassem. Não sei direito o que fazer, confesso, mas terei que fazer algo grande.

Uma ideia lhe veem a cabeça.
– Arthur: Isto mesmo! Hoje é noite de lua cheia, talvez a última. Cada vez mais sinto como se meus pensamentos pesassem, e sinto os traumas deles em minhas ações. Bobagens, se me permite dizer. Hoje, darei um fim nisto tudo! Farei um sacrifício! Isso mesmo. Os Besouros-Negros, todos, sem exceções, farão parte de ele. Somente falta Bluebeetle e a garota que não me lembro o nome, mas tudo bem. Consegui bastante êxito em meu plano, como pôde ver. Agora que a noite já chega, tenho que me preparar. Sinto como se algo estivesse próximo de acontecer. É hora de encerrar um ciclo.

E estava certo. Ele prossegue agora astuto e determinado até o meio da cidadela de Liberdade, passando pelas casas de madeira com seu leal mascote. Lá, via enfim quem estava acordado, Beetleleader. Leonardo Platino também estava desperto, mas pouco, uma vez que fingirá dormir. Robert ainda estava desacordado, e o mesmo podia se dizer de Marcelo Aticato. Os olhos raivosos de Beetle olham diretamente para o olhar penetrante dos olhos castanhos do vilão, cobertos com tal traumatizante máscara branca. Um sorriso sarcástico ocorria, e para quebrar o silêncio o silvestre retira o que protegia sua identidade. Era Arthur L. Neto. Um espanto para o jovem Besouro.
– Beetleleader: Você!
– Arthur: Sim, Beetleleader. Surpreso? Hein!? Surpreso?
– Beetleleader: Não consigo acreditar. Como fomos burros em te aceitar de novo, e como eu infelizmente sempre estou certo em meus julgamentos.
– Arthur: Bruno tinha razão. Você é bem arrogante.
– Beetleleader: Antes um arrogante do que um psicopata!

O vilão se enerva, mas sente-se protegido por estar em uma situação de controle. As cordas estavam bem presas. Não havia nada que pudesse ser usado como arma. Tudo o favorecia. Leonardo abre os olhos, e se surpreende com o que vê.
– Leonardo: Al Pacino! Você... você é... Incrível! Como consegue atuar tão bem?
– Arthur: Oras, Burro. É um dom. Como conseguiam te suportar nos Besouros-Negros?
– Leonardo: É um dom. Então... pode nos soltar.
– Arthur: Por que a pressa? Temos todo o tempo do mundo.
– Beetleleader: Já que você é quem está por trás disso tudo, não serei modesto ou empático. No passado foi um renomado político e explorador. Obviamente, o que falou para nós antes foi tudo mentira. Acompanhei sua vida, e pelo menos sei que não tem muito feitio para o que é hoje, por isso nunca ingenuamente suspeitei de você como o homem por trás daquela identidade. Quanta tolice. Agora que pode falar sem se preocupar com se eu irei espalhar, contar, ou seja lá o que sua mente doentia pense, me diga. Ó grande idiota, por que fez tudo isso? Afinal! Como isso tudo começou? O que pretendia com isso? E se puder, aonde e como está a Stephanie ou o Bruno.
– Arthur: Se espera que, como o Morre-Arth, eu conte tudo sobre meu passado. Aguarde de mãos abanando, mas... se quer saber mesmo o porquê de tudo, eu digo. Liberdade é minha casa, minha fortaleza. É incrível e magnífica, por isso não poderia arriscar que mais jovens descabeçados feito vocês viessem para cá. Satisfeito.
– Beetleleader: Mas por que isso? Sinceramente. Somos homens, e podemos nos olhar com maturidade. Um marmanjo de vinte e cinco anos...
– Arthur: Eu tenho vinte e quatro anos!
– Leonardo: Sempre pensei que estava na casa dos cinquenta...
– Arthur: Cale a boca!
– Beetleleader: Jurava que era no mínimo seis anos mais velho do que eu, pelo menos do que eu lembro. Mas, do que importa. Isso não é consistente. Não consigo entender suas razões, e sou louco o suficiente para perguntar para um louco qual é a razão de sua loucura. Nos faça o favor de explicar logo isso tudo, caso você saiba!
– Arthur: Não admito que me chame de louco. Sou completamente são.
– Beetleleader: Agindo desse jeito?

Uma forte dor de cabeça cai sobre ser o vilão.
– Arthur: Grrrrrrrrrr......!

O tigre faz seu rugido, Beetleleader fica espantado e vê que o diálogo com ele seria inútil.
– Beetleleader: Vejo que não sabe. Entendi. Pois muito bem, me mate logo e termine logo com esta angustiante dor. Odeio estar nas mãos de incapacitados feito você.
– Arthur: Você até merece, mas de todos quem guardei mais raiva foi você! Não sou incapacitado, dobre a língua. Será o último a morrer hoje. Estou aqui para dizer para aguardar a lua cheia desta noite, amigo.
– Beetleleader: Tem hora para morrer aqui? Até que enfim uma organização nisso tudo.
– Arthur: Já disse! Irei executá-los daqui há poucas horas...

Robert enfim abre seus olhos.
– Robert Sonson: O que que está havendo?
– Arthur: Ohh... Robert, acordou.
– Robert Sonson: Arthur...

Ele vê o tigre atrás de seu mestre, sem saber do que se passava.
– Robert Sonson: Cuidado! O tigre está atrás de você!

Arthur ri, e olhando para Bigode o mesmo parte ao ataque indo em cima de Robert, mas parando quando ele se vê em medo.
– Beetleleader: Traidor e covarde.
– Arthur: Tenho que ser sincero. Me diverti muito com vocês. Até gostava do que estava havendo, mas...
– Robert Sonson: O que está havendo?
– Beetleleader: Você ainda pergunta? Arthur era o Mascarado.

Robert entra em choque.
– Robert Sonson: O que...
– Beetleleader: É... eu também entrei nisso. Só queria saber se você não sente falta de seus tempos de Dendróvia Dekan, afinal, valeram mesmo para você ou foi puro fingimento?
– Arthur: Sabe, Beetleleader. Momentos assim nunca mais voltam. Como eu gostaria de poder voltar as épocas felizes, simples e calmas...

Mais um choque é lhe dado a sua cabeça. Beetle troca comentários baixos com Robert no momento oportuno.
– Beetleleader (voz baixa): Isso tem me estranhado. Esses choques que ele está tendo, são muito sincronizados. Tem algo por trás, e quem sabe dá para usar a favor?
Em outro lugar ainda na cidadela de Liberdade, passos femininos se aproximam. O horário era seis horas, e a lua cheia já era visível no céu. A moça vinda da parte oeste das matas se depara a exuberante cidadela, e vendo o mapa logo procura pontos úteis para prisões, em vão. O mapa indicava mais pontos fora do que dentro de onde estava. Ia ter que buscar sozinha com suas esperanças. Continuando, Beetleleader e Robert Sonson estavam diante da tremenda fúria do ex-governador, que levantará de sua outra forte tortura mental.
– Arthur: CHEGA! A noite logo está por vir, e vocês aproveitem enquanto podem seus últimos momentos pois assim que a noite chegar, preparei para um formoso sacrifício...

Ao ouvir tal palavra, Beetleleader tem uma ideia.
– Arthur: ...para enfim me ver livre deste torturante sofrimento.
– Robert Sonson: Foi com sofrimento? Sério?
– Beetleleader: Já sei. O que são estas dores que tem na cabeça?
– Arthur: Dores?
– Beetleleader: Sabemos muito bem que tem sofrido de dores. Sei um bom tanto de medicina, e se nos soltar posso tentar curá-lo, ou senão ir contigo até um bom médico e...
– Arthur: Belas manobras, Beetleleader. Belas manobras. Mas, agora sabem por que estão aqui.

O ex-governador vira-se e sai deixando-os sós.
– Robert Sonson: Eu não acredito, aquele selvagem era o Arthur L. Neto. Quem diria.
– Beetleleader: Fomos burros. Os olhos, a postura, tudo era igual... eu até suspeitava que trabalhassem juntos, mas isso... Enfim. Não se preocupe. Ele irá nos soltar para realizar tal sacrifício, sendo que para ser sincero já entendi o por que de sua loucura. Suspeito que ele simples e meramente bateu a cabeça em alguma aventura. Não digo que ele não é mal-caráter, mas isso explica por que ele está desse jeito. É apenas uma hipótese. No entanto, quando ele nos soltar, podemos resistir e tentar nocauteá-lo com sua própria arma, ou tentar quem for solto tentar libertar o outro. Ele nitidamente está perturbado. É uma manopla arriscada, mas é a maior chance que temos.
– Robert Sonson: De fato é arriscado.
– Beetleleader: Quando a noite chegar, veremos o que irá acontecer.

E sob tal pressão, eles aguardam a volta do vilão, que por sua vez deixa tal "palco" - pois em alguns aspectos, isto lembrava um - e ia a em cima de uma rocha no alto das "montanhas" que redondeavam a cidadela e ia lá refletir. Diferentemente de antes, ele parecia não estar mais raivoso. Mas, de um em minuto tem uma forte dor de cabeça que respondia com um forte grito de dor. Parece que Beetleleader estava certo. As coisas começam a se encaixar. Ao mesmo tempo, Miss Martie dava passos no interior daquela incrível arquitetura de madeira e via as impressionantes casas por fora. Não só residências no coração de Liberdade tinha. Havia também: bibliotecas, restaurantes, hotéis, uma espécie de prefeitura onde por ventura era a estrutura mais alta do local, e muito... muito mais. Por impressionar, tudo era vazio e sem vida. O trabalho era caprichoso, e os imóveis até mobilhados estavam, tornando aquele lugar quase que uma cidadezinha nos meios urbanos, tudo sem uso. Era um trabalho de ano. Mas, isso era estranho. Provava um isolamento do autor, algo que o afastou de sua vida, pois talento para construção ele sempre teve. Isto instigava a garota, pois no diário apenas diz nas primeiras páginas, considerando que as de fato foram arrancadas pelo autor, diziam que em Novembro ele passou por uma experiência ruim que o fez mudar, e sentir uma tremenda nostalgia do que era antes. A lua logo subia, e as tochas que de dia já estavam acessas continuavam. Elas não eram eternas. De semana em semana o proprietário de tudo as acendia novamente, visto que nem todas estavam em seu estado perfeitamente iluminado. Ela continuava, e via logo uma espécie de praça com muitos coqueiros e outros que componham um belíssimo cenário. De beleza Arthur L. Neto entendia bem. Em um banco que parecia barroco, ela senta e observa a paisagem. Reflete muito, e volta ao mapa para tentar entender aonde o vilão guardaria prisioneiros. Indo para as outras pastas que carregava, ela vê de tudo o que lá continha: eram muitos projetos, de arquitetura, mostrados nos resultados finais das casas, lembrando que a estruturas das mesmas não eram uniformes. Cada componente daquele município de uma pessoa era cuidadosamente planejado. Alguns projetos são interessantes, como uma espécie de Big Ben. Ela mesma se interessa em ver como ficou. Foleando, foleando, ela enfim encontra uma coisa. Uma espécie de local aberto para cerimônias, cheios de árvores e tochas. Arthur também era excepcional em desenho. Era mesmo aonde os Besouros-Negros estavam, e com dentre muitos possuía uma rocha que era conhecida para ser usada em sacrifícios, mas aonde ficará isso? Ao menos, em baixo estava escrito o nome: "Salão dos Holocaustos".
– Stephanie: "Salão dos Holocaustos"?

Mais uma vez, uma intuição a faz se envolver mais com o desenho. Era uma confirmação cósmica.
– Stephanie: Sinto como se fosse aqui? Este o local? Mas... aonde? Aonde fica isso? Quem sabe indo na cabana de novo eu descobro? Será que tem mais coisas lá? Não custa dar uma olhada.

A moça levanta-se e parte para a cabana do homem em busca de alguma resposta, porém em caminho diferente para caso encontrasse tal prisão que procurará. O tempo se passa, se passa, e se passa. A noite chega, com todo o seu esplendor. Arthur a vê, e o brilho da lua era digno de pintura de DaVinci, pois era incrível. Admirado e ao mesmo tempo confuso, ele levantasse com fúria e volta à Beetleleader e Robert Sonson. Um som de uma cachoeira cai... cai... cai... e de seu deságue barulho de braçadas pode ser ouvido. Bruno Torres enxergada o sobe até a grama, e irritado olha para a lua. Lá recebe mais um e o último sinal do Cosmos, que vem em forma de uma voz suave em sua cabeça.
– Áurea dos Solos: Siga até onde ver a luz.

Mesmo duvidando, ele rapidamente vê um foco de luz meio as grandiosas árvores, antes claro até mesmo acreditando que havia enlouquecido. Era estranho, diferente, mas um alívio que trazia uma sensação de estar certo em seu âmago, ele tinha que seguir. Assim, Bruno então prossegue o caminho seguindo fielmente tal estranha intuição. Enquanto isso, passos leves e rápidos são dados à toda velocidade, e em uma mão uma faca e uma lança afiadas são carregadas. Pés descalços davam os paços na terra, e deixavam sua pegada por mais "delicados" que vos sejam. Os olhos castanhos visavam um final, e de repente eis que Arthur para e pensa sobre a história. Será mesmo que ele devia fazer isso? Esse é seu verdadeiro destino? Uma dor de cabeça o veem, e ele levanta-se novamente rumo a mesma ambição, antes parando sentado no chão por alguns minutos e colocando a mão sobre a testa e depois em cima do topo da cabeça coberta com seus cabelos pretos cumpridos, e logo nota algo. A sensação desconfortável volta, e eis o que o convence. Lá, já cientes do que ia acontecer, Beetleleader, Robert Sonson e Marcelo (que havia acordado) estavam tensos. Leonardo por sua vez, nem desconfiava do que acontecia. Passos eram dados. Stephanie andava pelas construções e de repente repara algo: portões de madeira trancados, um tereno sem construções significativas ou árvores, ou seja, aberto, além de uma iluminação extravagante e tochas... muitas tochas vincadas ao solo. Ela olha de novo as imagens desenhadas nas pastas, e não repara em nada similar. Ai que escuta os passos... e ela logo assustada se esconde atrás de uma cerca, atenta para ver de quem eram. Eis que o último passo é vincado no solo, e a garota não aguenta em dizer: "é ele". Ela enfim nota que estava na pista certa, e com o ex-governador seu leal tigre. Eles abrem as porteiras, e ela cuidadosamente decide ir lá. Passos continuam e de repente uma escada aparece, nenhum obstáculo para excelente forma física do construtor. Ele e seu tigre sobem. A agitação entre os prisioneiros é tremenda, e Beetle diz para eles lutarem ao máximo para sobreviver. Um sorriso demoníaco toma a face de Arthur, e ele enfim vê seus amigos. A moça coloca sua face juvenil em cima da entrada e vê as costas do rapaz, com os dutos cortes. Ele para para admirar os quatros que o olham assustado. O brilho da lua é crescente, e ele dá mais um... mais um passo.
– Arthur: Quem poderia dizer, hein Beetleleader? Quem poderia dizer que o fim dos Besouros-Negros seriam sob minhas mãos.
– Beetleleader: Por que está fazendo isso!? Não fizemos nenhum mal para você! Até oferecemos ajuda em tempos remotos.

Stephanie ouve vozes.
– Stephanie: Felipe? Eles estão vivos!

O "vivos" indiscreto é percebido pelo rapaz, mas por sorte ele não liga a voz a pessoa. Já Robert.
– Robert Sonson (voz baixa): Escutou isso? Parecia a Stephanie.
– Beetleleader (pensamento): Stephanie!
– Arthur: Sabe, Beetleleader. Admito. Em tempos passados, nunca liguei muito para vocês. Eram um bando de crianças ingênuas que tinham bons intuitos, mas não tinham postura e firmeza para lidar com os titãs. A luta entre Dendróvia e os M-A's era de ferro. Fiz bem em tirá-los, deviam me agradecer.
– Marcelo: Fica agradecido se nos sortar daqui. Pensa nisso, moço.
– Arthur: Por que? Iriam apenas me denunciar.
– Robert Sonson: Não percebe que quanto mais nos tortura, mais nos dá motivos para tal. Talvez se nem tivesse se manifestado, nem teríamos descoberto Liberdade.
– Arthur: Pois é. Mas, passado não se apaga.
– Beetleleader: Pense, Arthur. Podemos o ajudar a superar o que está passando. Até posso perdoá-lo, mas por favor, nos liberte.
– Arthur: Não.
– Stephanie (pensamento): Eles precisam de ajuda! Mas, como poderei ajudá-los! Como abrir aquelas correntes?

Ela pensa em pesquisar no diário.
– Stephanie: Será que...
– Beetleleader: Homem. Entenda! Pode até nos matar hoje. Mas isso não irá mudar nada. Só irá piorá-lo! VOCÊ tornou uma situação tão pequena como uma excursão entre amigos uma história de caça e morte.
– Arthur: Beetleleader. Antes era duro, frio comigo. E agora;
– Beetleleader: Ficou sentido!? Quer saber! Me mate logo, e deixe os outros saírem! Isto é insuportável.
– Leonardo: Nossa, Beetleleader! Você atua super bem!
– Arthur: O primeiro que gostaria de matar é o "BN Burro do Shrek". Se passou por mim e pelo Gustavo em momentos difíceis, além de se aliar com o mesmo e os M-A's em tempos de guerra. Criou guerras com argentinos que se alojaram em um acampamento próximo à Dendróvia Dekan uma vez, embora você tenha sido somente o ponto ebulidor de todas as confusões.
– Leonardo: Saudade dos argentinos.
– Marcelo: Ainda não aprendeu que o Burro só traz problemas?
– Arthur: Exatamente. Por isso irei matá-lo! Você eu não me lembro muito bem. Já Robert, era bem legal. Mas muito mandado do Beetleleader, e este por sinal... Aff. Chato que o amigo de vocês, Bruno, não está aqui.
– Stephanie (pensamento): O Bruno não está aqui!?
– Arthur: Mas, enfim. Foi bom conhecê-los.
– Beetleleader: Poderia ter nos matado antes do discurso.
– Arthur: É... poderia. Adeus, Besouros-Negros! Começando por você, Burrito.
– Leonardo: Hey! Ele sabe meu nome.

Todos suspiram, e até o psicopata demonstra já estar nos nervos com ele. Então, enfim Arthur vai até Leonardo e o solta. Beetleleader, Stephanie e Bruno que estavam quase que separados sentem um animal para agir. O último por sinal acabará de pisar nos solos de Liberdade, bem próximos do ponto. Era inacreditável, uma vez que Torres reconhecia o local. O vilão livra o garoto hiperativo de suas correntes, o joga no chão com força, e com sua lança mira no coração. Leonardo pensa até em fugir, mas tudo era rápido.
– Arthur: Que com a morte desta peste eu SEJA PURIFICADO!
– Beetleleader: Então isso é questão de dogma religioso? Sério!
– Arthur: CALADO!

Stephanie, que estará perdida lendo o diário e não achando nada vê a morte eminente de Leonardo e sem pensar joga o livro na esperança de acertar com força o crânio do vilão. Quem diria que deu certo. O impacto o destabiliza uma vez que estava concentrado, e caindo no chão e deixando sua lança cair, era a oportunidade perfeita para a fuga de Burro, que fica parado por lentidão. Quem seria o autor desta obra?
– Marcelo: Ahhhn? Um livro?
– Beetleleader: CORRE, BURRO! CORRE! USE A LANÇA PARA NOS TIRAR DAQUI!
– Leonardo: Qual lança?
– Beetleleader: Grrrr....

Ele obedece, enquanto Arthur se levanta. Burro ataca com força as correntes de pedra de Beetleleader, também o atingido para não perder o costume, e então o jovem apossa a arma para si. Todos os olhares voltam-se para a saída, a porta, e a dúvida pertinente era quem fez tal ato.
– Arthur: Mas... o meu diário de exploração? Quem o jogou... BIGODE! DESCUBRA E MATE!

O tigre obedece, correndo contra a porteira. Stephanie corre para tentar se salvar. Nisso, Beetleleader usa a lâmina afiada da lança para cortar uma parte de suas correntes e se libertar parcialmente.
– Arthur: Enquanto a vocês...

Beetleleader usa a lança de novo para jogá-la contra o vilão, que se desfia e consegue se desarmar facilmente. Um grito feminino é ouvido, e isso dá tempo do jovem usar suas forças para se libertar, uma vez que somente a parte direita de seu corpo estava livre. Correndo, Blue reconhece a voz.
– Bruno Torres: STEPHANIE!
– Arthur: Mas o que é isso? Momento retrô!
– Robert Sonson: Não acredito.

Burro pega uma rocha grande e a joga contra o vilão. Ela se quebra, e o mesmo não se mostra grandemente debilitado.
– Arthur: GRRRRRRRRRRRRRRR.......

Beetle enfim se solta, e observando o método que Arthur usou para abrir o que vos prendia - puxar a mão com força, tentando afloxar as algemas de pedra - ele parte para auxiliar Robert. O vilão não se dá por vencido, e vai em cima do Besouro começando a tentar esfaqueá-lo no pescoço, mas é jogado para trás. Felizmente, Beetle consegue soltar Robert.
– Robert Sonson: Isso! Qual é o plano?
– Beetleleader: Tente se manter vivo. Solte, Marcelo. Eu cuido de nosso amigo traidor.
– Robert Sonson: Pode deixar.

Robert parte para auxiliar Marcelo, e o vilão vai com tudo em cima de Beetle. Enquanto isso, Stephanie é perseguida pelo tigre selvagem. Ela corre pelas ruas da cidadela, e nota o tigre indo atrás dela. A primeira coisa então que faz é entrar em uma das casas de madeira, e o tigre logo faz o mesmo. Ela a quebra por trás, e escapa. Isto dificulta o tigre que demorá um pouco mais para fazer o mesmo. Bruno enfim chegará ao local.
– Bruno Torres: Mas, o que é isso?
– Arthur: Affs!

Bruno estava surpreso, e o vilão atira sua faca fria e selvagemente contra Bruno. Ele erra o alvo, e por um soco é logo subjugado por Beetle. Ingenuidade pensar que estava detido, uma vez que revida com um chute que o derruba. Bruno parte para ajudar, mas é em vão. Robert solta Marcelo, e os dois partem para tentar melhorar o placar. Visto o que acontecia, o vilão foge para as matas, e com uma vinha sobe até uma árvore.
– Bruno Torres: Desça aqui, covarde!
– Arthur: Isto não pode estar acontecendo... isto não pode estar acontecendo... isto não pode estar acontecendo...

Outra dor forte acontece, e ele grita de dor chamando a atenção de todos. Ele começa a ter falta de ar, respirando ofegante...
– Arthur: NÃO! NÃO! NÃO!
– Bruno Torres: Pirou?
– Beetleleader: O que acha que vale? Terminar com ele aqui e agora, ou fugirmos.
– Bruno Torres: Você que sabe.

Arthur tem uma ideia.
– Arthur: É isso! Vou fazer isto!

Ele procura em seu arsenal uma espécie de ponta molhada com alguma espécie de veneno. Era extremamente adormecente, e estava explicado como ele obteve vantagem perante os Besouros em momentos de confiança. Ele pega uma pequena besta de madeira, ou ao menos aparente, e em uma flecha ele molha o líquido e mira em Beetleleader.
– Arthur: Já era, Besouro!

Ele atira.
– Bruno Torres: Cuidado!

Os dois desfiam. O vilão procura por mais e para sua surpresa...
– Arthur: Acabou!?
– Bruno Torres: Isto mesmo! Acabou, otário!
– Robert Sonson: Na verdade. Temos que ajudar a Stephanie. Ele mandou o tigre atrás dela.

Isto desperta o coração de Bruno.
– Bruno Torres: Mas o que!?
– Arthur: É melhor andar rápido. Ou sua amada pode obter seu tão temido destino.
– Bruno Torres: Doente.

O jovem corre para socorrê-la. Nisto, Arthur aproveita para escapar indo para outra árvore. Ele se objetivará a ir em um armazém dele perto de armas, e os dois vão atrás dele, considerando que Robert decide ajudar Bruno em sua missão, e Leonardo até os acompanha, mas não faz nada. De galho em galho, o vilão vai pulando.
– Arthur: Estou quase lá...

De repente, uma pedra jogada por Beetle acerta sua nuca, e ele cai, e isso causa uma ainda mais violenta dor de cabeça.
– Arthur: ARRRRRRRRHHHHHHHHHH!

Uma pedra maior é vista, e o vilão caindo e gemendo de dor está na frente dos três. Beetleleader estava lá, pronto para o golpe final. A faca de Arthur estava acessível. De repente.
– Áurea dos Solos: Faça o que tiver que ser feito.

Sentindo-se ainda mais pressionado, ele vê a faca e Arthur imobilizado de dor e gritando.
– Arthur: SAI DAQUI! SAI DAQUI!
– Leonardo: VAI LOGO! MATA ELE!

Beetleleader tem uma ideia cruel, e a executa.
– Beetleleader: Já sei o que terei que fazer.

Assim, o jovem pega a pedra grande e com força acerta sobre a nuca do rapaz, o matando, ou melhor, desacordando. Em um plano astral elevado, longe da matéria e das sombras com um fundo preto, roxo e branco com pitadas verdes. Áurea dos Solos se apresenta em um corpo de ouro maciço energético, e em sua frente, estava Arthur.
– Áurea dos Solos: Saudações, Arthur L. Neto.
– Arthur: Quem é você?
– Áurea dos Solos: Sou Áurea dos Solos. Guardião de Liberdade. Espírito livre cumpridor da ordem da lei do Cosmos. A tempos tenho mantido meus olhares em você.
– Arthur:"' Como é que...
– Áurea dos Solos: Esculte. Chega de se perturbar com minhas palavras e do universo, pois sabemos que é tudo vaidade. Arthur, esculte. O que fez nos últimos dias é errado e trará consequências terríveis a seu carma. Porém, se fosse por isso, não o chamaria aqui. Senti que não estava em seu eu mesmo. Sei de tudo e armei o máximo possível para tentar te libertar dessa entidade malévola que habita em seu íntimo neste último ano. Não queria de início ter que por os seis adolescentes de Wikaner nessa história, mas logo não tive escolha em ver que eles seriam as peças para chamar a sua atenção. Por sua vez, serão recompensados com dádivas na vida puras do sistema pura da divindade.
– Arthur: ME DIGA LOGO...

O ser cósmico rela no corpo nu do rapaz, e quase que instantaneamente ele se vê acordar, mais delicado e calmo em comparação ao que era antes. Ao seu lado, uma prova astral de que o ser falava a verdade. Uma espécie de criatura preta e vermelha de seu formato estava a sua frente.
– Arthur: O que que houve? Eu morri?

Só ai ele percebe.
– Arthur: Ahhhhh!
– Áurea dos Solos: Estas criaturas sombrias foram evocadas anos atrás por um jovem inexperiente, e se alojam facilmente em todos os seres com grande potencial espiritual, que por sua vez se tornam frágeis aos extremos.

O ex-governador fica nitidamente confuso.
– Áurea dos Solos: Há um ano, na esperança de se aventurar, pisou nestas e desde então te acompanho. Caiu tentando escalar uma das montanhas na esperança de desbravar novas terras, um novo domínio, e desde então tudo começou. Esta entidade se manifestou alimentando seus prazeres, e fez de tudo para mantê-lo em seu mundo criado. Tipo uma simbiose lhe dando um exemplo.
– Arthur: Eu... eu matei alguém?
– Áurea dos Solos: Felizmente, não. Porém suas atitudes recentes serão penalizadas pela universal lei da Causa e Efeito: tudo o que se faz, se paga. Felizmente, através do sofrimento obtido com isso poderá alcançar chances incríveis de crescer por dentro. Traduzindo. Você é especial. Todo aquele que é capaz de chegar ao fundo do poço também é capaz de alcançar as estrelas, e é por isso que quero você. Mas, não o chamei aqui para elogios, muito pelo contrário. De certa forma, a incapacidade de lidar com as próprias tormentas internas foram coisas detestáveis, e terá que ter o perdão daqueles que feriu. Eu não vos limpei atoa. Quero seus serviços para nosso senhor em troca de sua liberdade e retenção de seus maus causados. Quando chegará a horá, terá que retribuir o favor do cosmos. Enquanto o resto, não se preocupe. Apenas quero que siga uma vida mais saudável e amistosa a partir de agora.
– Arthur: Como... como eu posso discordar perante a isso? É claro que eu aceito. Fico profundamente triste comigo mesmo em me ver nesse estado, um dia na vida.
– Áurea dos Solos: Excelente. Desfaça os problemas que causou.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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