A Escolha escrita por Leticia R


Capítulo 7
Capítulo 7 ♛ Conquista


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas! Voltando pro Nyah... Graças! Já estava sentindo falta em...
Mas enfim...
Desculpem qualquer errinho, ok?
OBS: Leia as notas abaixo.



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Atenção princesas de Illéa!

Por favor, leiam essa nota antes de prosseguir.

Como nós sabemos, o último livro da seleção foi lançado. (A Escolha) – Uma coisa que eu não entendi direito. The One – Passou a ser A Escolha (?) – Mas tudo bem né! Isso aqui é Brasil mesmo (risos). Por sorte, o último livro não interferiu no desenvolvimento da história. Afinal, como podem ver, eu deixei de acrescentar muitos personagens da história original por questão do último livro. Mas agora que já sabemos o final dele, não à o porquê evitar colocar a galera na fic. Porém, uma pequena alteração foi feita na história:

Capítulo 4 ♛ Tempestade– Foi alterada na parte em que a Katherine narrava o seu convívio com o seu avô – Rei Clarkson – Que como sabemos, nunca ocorreu. – Sofreu uma pequena alteração.

Pelo o que eu saiba, só foi essa. Mas... A escritora pode muito bem ter esquecido de alguma. Então, se por acaso eu esqueci, me avisem.

E claro, se vocês tiverem alguma sugestão sobre a história e o que pode ser acrescentado a ela pelo o termino da trilogia, por favor, me digam também, ok? Prometo que tentarei implantar.

Bom... Estão liberadas para ler.

Boa leitura!

♛♕♛♕♛

Sorri ao escutar a risada do Mark...

Nós estávamos conversando no corredor enquanto nos direcionávamos para os jardins. Foi inesperado meu convite, devo admitir. Mas algo em Mark me tocava, principalmente o seu jeito bondoso de ser.

Ele contava sobre as suas aventuras quando pequeno, e isso me deixava cada vez mais fascinada. Suas subidas e descidas, seu joelho machucado e a lama que o lambuzava quando corria pelo estabulo de seu tio. Isso sim era algo divertido para se entreter.

– Também já quebrei o meu braço, minha mãe ficou uma fera. Mas quando ela descobriu que meus outros amigos também quebraram a perna, ela relaxou. – Ele riu.

Gargalhei. Quem me dera ter essas aventuras...

– E você Kat? Já quebrou algum braço? Ou perna...? – Ele riu.

Sorri para ele.

– Não, nunca. – Suspirei. – Na verdade, nunca sai do palác...

Escutei alguém me chamar.

Observei um dos guardas correr até nós. De princípio achei que era apenas um chamado de meu pai. Mas assim que sua feição eufórica estava se agravando, comecei a me preocupar.

– Princesa Katherine! – Ele gritou. – Dois selecionados estão brigando. – O guarda disse assumindo novamente a posição de guarda.

Olhei para Mark, e corri para o salão dos homens.

Escutei os passos no assoalho enquanto eu corria. Mark me segui. Senti um frio passar pela minha espinha. E se fosse Alexander? Esse garoto era tão problemático que eu não duvidaria.

– Princesa Katherine – Mark disse enquanto corríamos – Acho melhor eu entrar para ver o que está acontecendo.

Virei levemente meu rosto para Mark e neguei. A única pessoa que resolveria isso seria eu. Apenas eu e mais ninguém. Não importava o quanto os próprios selecionados rissem de mim. Seria eu que daria fim a essa história.

Observei a enorme porta do salão e parei abruptamente.

Mark tombou um pouco em mim.

– M-me... Me desculpe princesa.

Mark era alto. Claro que não como Alexander. Mas continuava a ser. Seus olhos verdes me pediam perdão. O jeito fofo de Mark falar comigo e sorrir para mim era o mesmo que de um anjo. Ela sabia me tratar decentemente, como também tinha medo de dizer certas coisas para não me magoar. E eu admirava isso. Admirava a forma que ele se comportava e se desculpava. Afinal, Mark realmente parecia um príncipe, e não Alex...

– Parem com isso! – Reconheci essa voz.

Olhei para as portas fechadas e engoli a minha saliva. Meus dedos correram pela maçaneta fazendo a porta se abrir. E assim, fazendo o meu rosto dando de cara com Alexander.

Ele estava com as mãos presas em torno da barriga de Robert, para assim evitar que ele pulasse em Kevin. Já Carter, que segurava os braços de Kevin, olhava feio para Alexander. Que no qual, fintava seus olhos.

– Já disse para pararem! – Alex gritou novamente.

Robert conseguiu se livrar do seu “abraço”, e agora, caminhava até Kevin. Procurei os olhos de Mark, que parecia aterrorizado. Alexander virou seus olhos para mim e suspirou enquanto eu o observava. Tinha a certeza que por dentro daquele olhar, ele me dizia “ Então... Não vai fazer nada? ”.

Estufei o meu peito e encarei os dois briguentos.

– Mas o que está acontecendo aqui?! – Gritei alto.

Os selecionados que estavam em volta aprovando a briga, viraram seus olhos para mim. E então, tudo se silenciou...

– Eu perguntei. Que diabos está acontecendo aqui?! – Gritei nervosa.

Alexander sorrio irônico para mim e então me encarou profundamente.

– Nada de mais alteza, apenas alguns dos selecionados que não sabem a hora de calarem a boca. – Disse Alex.

Percebi que nesse momento, ele olhava para Carter e Kevin. O que me fez automaticamente virar meus olhos para eles. Carter arregalou os olhos para Alexander, e então, abriu a sua boca:

– Protesto Alteza! Se Alexander soubesse se controlar, quem sabe todos estariam bem. – Ele chegou um pouco mais perto de Alex – Se quem sabe ele ao menos conseguisse escutar direito, não é?

Franzi minha testa e observei a feição Alex. Ele havia abaixado levemente a cabeça. Espera, eu não entendi o que você quis dizer...

– Como assim, escutar direito? – Perguntei para Carter. Que sorriu.

– Há! Alexander tem uma deficiência no ouvido es...

– O que está acontecendo?

Carter calou a boca e olhou atrás de mim.

Papai!

– Quando Tyler – Guarda oficial de meu pai – Veio me dizer que os selecionados estavam brigando. Eu não acreditei! Pensei que era apenas história ou algo do tipo. Mas pelo o que eu vejo, não é! – Ele disse bravo – Vocês estão aqui fazem exatamente cinco dias, e já me arranjam encrenca. Como querem fazer minha filha feliz se nem ao menos sabem se comportar. – Me encolhi – O que se passa na cabeça de vocês?!

Olhei para Alex, que continuava com o mesmo olhar inexpressivo.

– Eu quero ser bem claro agora... – Tyler chegou perto do ouvido de Maxon e sussurrou algumas palavras – Eu... – Papai olhou para mim e depois disse algo para Tyler, em sussurro.

Virei meu rosto para Mark, que me olhou com uma expressão desentendida.

Maxon virou seus olhos para os selecionados.

– Por sorte, eu tenho um congresso agora. Mas isso não alivia o que aconteceu aqui. – Meu pai andou até mim, ficando ao meu lado – Vou apenas dizer uma coisa. – Olhei para os seus olhos – A próxima vez que eu ouvir falar em briga dentro desse palácio, não importa quem tenha começado, sairá daqui como num passe de mágica. Fui claro? - Ele perguntou e ninguém respondeu – Fui claro?!

Sim, senhor – Responderam juntos.

Meu pai assentiu e olhou para mim.

– Tenho um congresso com os Italianos, eu e sua mãe. Acha que ficará bem sem a nossa presença por algumas horas? – Olhei para seus olhos castanhos e assenti. – Sei que é um péssimo momento para deixar você aqui... Mas precisamos ir. Eu iria te avisar hoje de manhã, mas não te encontrei, então... Desculpe minha querida.

Suspirei para meu pai.

Maxon beijou levemente a minha testa, e assim, partiu do salão. Assim que virei meus olhos, senti Alexander preocupado. Seus olhos estavam um pouco vermelhos e seu rosto também. Vergonha? Talvez. Medo? Quem sabe.

– Ainda quero saber o que aconteceu. – Disse assumindo a posição do meu pai – E se não me contarem, vou fazer contarem – Olhei para eles – Pois não, podem começar.

Os rapazes olharam para os meus olhos e continuaram em silêncio. Mark estava mudo, como se tivesse perdido a voz. Os encrenqueiros desviavam o olhar de mim.

– A culpa foi minha. – Alexander Dupke murmurou – Eu acabei discutindo com Carter, e isso o deixou irritado. Foi minha culpa.

– Não, não foi. – Robert afirmou. – Se Carter não tivesse o provocado, nada teria acontecido.

– Nada teria acontecido? Se quem sabe ele soubesse escutar. – Carter disse.

– Carter. Não provoque! – Kevin gritou.

Observei os garotos se atacando verbalmente e então gritei um forte “Hey”.

– Alexander Dupke! – Olhei para ele irritada - Quero conversar com você. – Ele me olhou.

Virei meu rosto para Mark e sussurrei:

– Desculpe por isso. Prometo que na próxima vez ninguém vai atrapalhar o nosso passeio. – Mark assentiu e sorriu para mim.

Fintei Alexander, que já se encaminhava até mim. Segui até a porta e abri levemente deixando o espaço suficiente para ele passar. Não estava entendendo o que estava acontecendo, mas para mim, nada fazia sentindo.

Escutei o fechar da porta e olhei docemente para a própria. Suspirando de nervoso, esperei o caminhar de Alex, que se virava lentamente para mim, me satisfazendo.

– Não tenho ideia por onde devo começar. – Disse aos nervos – Por que você sempre está envolvido nessas coisas, em? Parece que arruma encrenca desde o dia que chegou aqui. – Bufei – Alex, me diga. O que está escondendo de mim.

Ele me encarou profundamente e então disse:

– Por que Mark estava com você? – Perguntou indiscreto.

Voltei um passo e o encarei. O que Mark estava fazendo comigo? Bom... Estávamos apenas conversando. Mas não que isso importe para ele, não é?

Não é?

– Nós só estávamos conversando, encontrei Mark no caminho. – Disse mentindo.

Alex negou.

– Mentirosa. Mark saiu do salão dos homens porque tinha um encontro com você. – Afirmou.

Suspirei e então revirei os olhos.

– Tudo bem, admito. – Abaixei meus olhos – Mas não que isso importe para você, não é?

Alexander chegou um pouco mais perto de mim. Ele abaixou a coluna e abriu bem os seus olhos em minha frente.

– Por que acha que não me importa? – Observei seus olhos azuis me avaliarem.

Senti minhas bochechas pegando fogo.

– Alex, v-você está perto d-demais... – Coloquei minha mão para empurra-lo. Porém, Alex segurou-a e continuou esperando a resposta.

– Vamos Kat, me diga. – Ele estreitou seus olhos – Acha que eu não me importo? – Aquela voz estava me seduzindo. – Acha que eu não gosto de você? Acha que eu te detesto? Que eu só passo de um pervertido atrevido?

Engoli a minha saliva.

Alexander estreitou completamente os seus olhos.

– Algo em você... Me faz lembra-la. O seu jeito inocente e inconsequente de agir, me toca. Mas eu fico pensando... Será que o meu jeito toca você Kat?

Engoli minha saliva mais uma vez.

– Por favor, não faça nada Alex, por favor, não me faça manda-lo embora. – Disse sussurrando e fechando os olhos para não encara-lo.

Alex soltou uma risada.

– Vou te contar um segredo minha princesinha. – Eu abri meus olhos ternamente – Sabe porque eu não gosto quando as pessoas sussurram? – Observei seus olhos – Porque eu nunca consigo escutar.

Ele ainda estava abaixado, assim eu conseguia ver muito bem seus olhos.

– Quando Carter sussurrou algo sobre minha mãe, me deixou irado. Mas não consegui escutar. E sabe o por quê?

Neguei com a cabeça.

Alexander levantou a minha mão que antes agarrava e colocou sobre o seu ouvido esquerdo. Observei a cena com curiosidade. Afinal, eu estava com sérias dificuldades de entender.

– Aqui, bem aqui. – Ele disse se referindo a sua orelha esquerda – Eu não escuto nada. Pode sussurrar, bater ou gritar. Eu nunca vou conseguir escutar nada além do mudo, se é que você consegue me entender. – Ele sorriu envergonhado para mim.

Alex, você é mu...

– Não precisa me olhar com pena. É apenas um pequeno detalhe. Nada muito comprometedor. Talvez seja por isso eu tenha tanto medo de trovões. – Passei meu dedão pelo seu lóbulo.

Senti uma dor no coração.

– Por que você está me contando isso? –Perguntei preocupada.

Ele sorriu fraco.

– Porque se eu quiser conquistar você, eu devo ser honesto, não é?

Levei um pequeno susto quando ele disse isso. Tirei rapidamente a mão de sua orelha e abaixei meus olhos com vergonha. Sentia que Alex ainda me olhava, o que me deixava com mais vergonha.

– Eu t-tenho que voltar para a minha aula. – Me afastei rapidamente dele. – Desculpe eu... Eu vou deixar essa conversa para o meu pai. Depois expliquem-se com ele.

E virei me encaminhando para o lado oposto.

♛♕♛♕♛

Alexander gargalhou assim que Katherine acabara de sair...

Na opinião de Alexander, era muito fácil enganar os trouxas. Mas em questão da realeza, ele tinha sérias dúvidas.

O fato de Katherine não ter brigado e simplesmente esquecido do ocorrido de instantes atrás, fez Alexander se surpreender. Afinal, ele já sabia o ponto fraco da princesa.

Sair de enrascadas e se livrar e desentendimentos foi muito mais fácil do que ele imaginava. Por dois dias a princesa não lhe dirigia a palavra, isso por causa do episódio de seu quarto, que lhe deu lucro. Ele pudera estudar muito bem seus pontos. O jeito que ela se comportava diante a um garoto era tão constrangedor para ela que o fazia rir.

E esse era o seu ponto fraco.

A querida Katherine não sabia se comportar diante a um homem. Principalmente de um homem que a corteja de forma tão atrevida como acabara de fazer. Ela perdia suas forças e deixava com que Alexander fizesse tudo com ela. Se ele quisesse beija-la, ele poderia fazer quantas vezes quisesse. Afinal, ela nunca teve um namorado. Talvez isso explique o seu nervosismo diante dos selecionados.

E sobre sua deficiência?

Ah claro, ele não mentiu sobre isso. Era realmente surdo do ouvido esquerdo. E foi por isso que não escutou Gina o chamando - Pelo menos foi o que Mark contou a ele. Usar o seu “probleminha” no ouvido o ajudou muito nesse momento. A princesa Katherine se derreteu por ele mais uma vez, assim como fez em seu quarto. E isso o deixou feliz.

Acabara de descobrir que ele era o ponto fraco de Katherine.

A aproximação e afetividade de um homem a deixa nervosa. E ele gostava disso. Seria muito mais fácil conseguir o que ele queria. E com certeza teria a ajuda da princesa.

Porém, precisava ser cauteloso. Não importava o quanto a princesa fosse ingênua e inocente. Ela ainda o atraia. O atraia fortemente para ser exato. Claro que, Kat não era seu estilo de garota preferida. Ela não era como Lorraine. Ela era totalmente o oposto dela.

Alexander não gostava de garotas fofas e engraçadinhas. Ele gostava de mulheres. Mulheres com curvas, olhos grandes e de áurea incrivelmente sedutora. Coisa que a princesa não era. Mas algo nela, o fazia lembrar seu primeiro amor. Algo nela o fazia lembrar da forma engraçadinha e o jeito fofo que Margo tinha. Mas Alexander tinha certeza que Katherine não poderia ser igual ao seu primeiro amor. Afinal, Katherine estava viva. E Margo, morta.

Suspirou estralando os dedos.

Ele não veio para conquistar a princesa – A primeira mentira que contara a ela. Ele veio para observar os arredores - E coisas a mais para dizer a verdade - Porém, agora, o seu principal objetivo era:

Conquistar a confiança da princesa.

E para fechar com chave de ouro...

Permanecer na seleção até o fim.

Porque agora, era isso que ele queria.


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Notas finais do capítulo

Então... Bom? Ruim? Péssimo? - Me digam!
Gente, se eu não ter um numero acessível de comentários... Vou demorar para postar. (Leticia má).
HAHAHAHAHAHAHA
Até o próximo minhas formosas.
Leticia R.