Muse escrita por AloeGreen


Capítulo 8
Capítulo VIII - Colmeia Azucrinante


Notas iniciais do capítulo

Oi, aqui é a autora-chan :3
Revelo para vocês que essa fic não é NaruSaku, então não se preocupem e tal HUEHEU'
Achei que esse cáp ficou fraco ou talvez muitas coisas tenham acontecido de forma dramática e exagerada. De qualquer forma, quero o comentário de vocês! ;)
Beijos!



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Muse

"A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros

Anaïs Nin

Capítulo VIII:

Colmeia Azucrinante

Turno: Sakura Haruno

– O que diabos era aquilo?! Quem é você?!- Minha cabeça estava uma bagunça. Eu não conseguia raciocinar nada.

– Chegue mais perto, rosadinha...- Ordenou a loira com seus olhos sedutores. Me aproximei da loira, que pediu-me para fechar os olhos. Logo, sinto suas mãos tampando minhas orelhas. Continuei de olhos fechados e com o cenho franzido, sentindo uma forte pressão no ar, o que só me incentivou a continuar no blackout. E então, sinto um sopro ao pé do ouvido, fazendo-me abrir os olhos.

– Mas o quê...?- Girei os calcanhares para certificar-me de que aquilo era real. Tudo estava intacto, como se um monstro de 8m de altura não tivesse passado por alí e destruído. Soltei um riso abafado e irônico, quase como se tivessem tirado um sarro de mim. As pessoas passavam por mim, olhando-me estranho da cabeça aos pés. As lojas estavam todas acessas menos a que eu iria trabalhar. Corri para a porta da loja, tentando enxergar algo por trás da porta de vidro. Aparentemente não havia ninguém.- Merda...!- Xinguei baixinho, escorrendo sentada na porta da loja.

Fico me perguntando se tudo aquilo fora real; ou se fora apenas um desligue paranóico da minha cabeça que não está boa esses dias. No entanto, todas aquelas sensações... aquele rugido ensurdecedor. Pareceu tudo muito tocante; como se eu tivesse sentindo mesmo na pele. Abraço meus joelhos, afogando minha cabeça entre o vão que se formara. Não faz nem uma semana que saí de Summerside e um monte de loucuras vieram correndo atrás de mim. Sinto que vou desabar em lágrimas feito correnteza.

– Mamãe...- Resmunguei num timbre fraco e choroso, antes de perceber um pequeno pedaço de papel ao meu lado. Meio receosa, pego o papel que pela letra, parece ter sido escrito com pressa e leio: “Venha aqui no mesmo horário, que eu lhe explicarei tudo”. Engulo em seco, lendo e relendo aquela simples frase. Sim, eu estava com medo. Mais medo ainda por agora ter certeza de que tudo aquilo foi real.

[...]

Com toda essa confusão, cheguei as ruas cortadas bem depois do toque de recolher. Achei que se eu andasse rapidamente, porém quieta, conseguiria escapar do sermão da sentinela. Porém, atravessando seu posto de guarda, escuto um: “Hey!”.

– Eu vi você aí, já. Pode sair!- Saí de trás de uma árvore, caminhando em sua direção cabisbaixa.- Você sabe que não pode andar pelas ruas nesse horário.- A loira colocou uma mão na cintura, melhorando a postura e estufando seus seios fartos por trás daquela camisa social azul escura com o título de sentinela na mesma.

– Eu sei, me desculpe.

– Vamos, vou ter que te levar para sua casa.- Disse por fim, erguendo um braço por trás das minhas costas e olhando para um lado e para o outro. Existe realmente alguma coisa muito estranha nesta cidade para todos serem tão cautelosos. E é óbvio que aquela criatura monstruosa tem haver com isso. Fico me perguntando se existem mais deles por aí.

Comentei com a sentinela Samui, sobre minha vinda para o Maine, á caminho da casa de Tsunade. Pelo visto, minha tia era muito famosa pelas redondezas. Talvez por ser a diretora de Spring Head ou apenas por ser uma super azarada mesmo.

– Ah, graças aos céus!- Dizia Tsunade nos atendendo.

– Diga á sua sobrinha não violar mais os termos do toque. A próxima vez, irá dormir na delegacia.- Sobressaltei os olhos nesse instante, entrando em casa. Eles eram tão rígidos assim?

– Certo, obrigado por acompanhar ela Samui.- Agradeceu á sentinela, fechando a duas portas e voltando seus olhos a mim.

– Sakura, você sabe que não pode andar por aí neste horário.- Rosnou Tsunade apertando a mão na cintura e me olhando feio. Revirei os olhos com seu sermão.

– Eu sei, acabei de ouvir isso!- Com sinceridade, depois de dia que tive não estou para brigas.

– Mas irá ouvir de novo!- Rosnou mais branda ainda.- É perigoso andar por essas ruas.- A cortei antes que pudesse continuar uma nova frase.

– Pelo que?! Bandidos, estupradores, maconheiros?! Não acho que essa cidade seja tão cautelosa por conta disso! Existe um toque de recolher, o que não existe em outras cidades também perigosas. As pessoas ficam olhando assustadas e receosas pelos cantos, parecendo que vão ataca-las a qualquer momento. O que o Maine tanto esconde, em?!- Uma fúria tomou conta do meu corpo e então decidi botar a boca no trombone.

– Olhe...- Tentou me acalmar, a loira.

– Eu quero respostas!- Cuspi as palavras em sua cara, tornando o momento tenso ao redor e demorado. Até que numa forte covardia, deixo escapulir ao pé da escada.- Estou com medo.- Passou-se alguns instantes e então eu soube que ela não diria mais nada. Ela não tem escrúpulos o suficiente para me consolar.

Já no andar superior, adentro no quarto encontrando Naruto teclando no computador com os headfones no ouvido. O quarto estava escuro; e assim conclui que o loiro estava frente a tela há bastante tempo. Fecho a porta atrás de mim e só assim Naruto me percebe, retirando os fones rapidamente.

– Pensei que nunca iria chegar.- Brotou um pré sorriso nos lábios, logo voltando aos interesses da internet.

– Aconteceu alguns imprevistos...- Deixo o quarto naquela plena escuridão, sendo apenas iluminado pela forte luz da tela do computador. Parecia que uma furadeira trabalhava na minha cabeça.- Alguns imprevistos estranhos...- Comento baixinho sem querer resposta, sentando-me na cama e tirando os sapatos. Retiro minha camisa e o shorts, tirando do mesmo meu celular. O abro recebendo uma mensagem da Hinata e a lendo: “Está tudo bem com você? Tive um pressentimento estranho”. Tomo meus próprios lábios numa mordida, pensando no que responder. Hinata era estranha. Quase mais estranha que o resto daquela escola. E no final, apenas digito: “Sim, estou ótima”, o que era uma mentira do qual todos perceberiam, menos o Naruto que é lerdo. Fecho o celular, jogando ele pra um lado. Encosto-me na cabeceira da cama, com os braços cruzados sobre o busto, analisando Naruto sentando frente a mesinha de computador. Sasori me passa na cabeça; ele sempre estava conectado á internet. Com o telefone na mão ou com a cara na tela de seu Mac. Mas não era por isso que ele me deixava de fora. Na verdade, nunca, nem mesmo por um instante, achei que ele não estava mais me dando bola. Éramos tão apaixonados...

Ligo o rádio ao meu lado, deixando The Killers invadir o quarto com Somebody Told Me. Aquela letra me deixava alucinada, como se meu corpo dançasse por conta própria. E numa dessas, desci da cama tocando meus pés no assoalho gelado. Eu nunca mais havia tocado homem algum após a morte de Sasori. Eu sempre imaginava ele sentindo puro nojo e ódio de mim por estar o traindo com qualquer um. No entanto, eu precisava de um conforto. Eu precisava de um prazer que me levasse embora daquele mundo por pelo menos alguns segundos.

– Naruto-kun?- Permaneci parada ao seu lado, até que o mesmo se vira na cadeira giratória e antes dele dizer qualquer palavra censurando-me, lhe toco o ombro com um semblante neutro. Sento-me sobre sua cintura, deslizando as mãos dos ombros ao peitoral. Ele tinha um olhar divergente, parecia não entender aquilo. E eu estava totalmente fora de mim, deixando a necessidade me controlar.- Quero sair daqui.- Digo deixando uma lágrima rolar sobre minha bochecha. Lhe abraço desesperadamente.- Me leve embora daqui.- Sussurro ao pé de seu ouvido, receosa de minha própria palavra. Voltei meus olhos ao loiro, sendo amparada por seus lábios. Fora um beijo curto, surgindo logo uma expressão distante nos seus olhos. Ele abaixou a cabeça, e disse entre sorrisos amarelos:

– Não posso fazer isso com você. Não é certo.- Revelou, o que me fez tampar os lábios num espasmo.

– Me desculpe... Me desculpe...- Lhe tomei os braços novamente, fechando fortemente meus olhos tentando conter as lágrimas. Não poderia fazer isso com o Naruto. O usar como um objeto e depois joga-lo no lixo, como se não valesse nada.- Eu sinto muito... Você é tão especial para mim e... não era nem para você estar aqui...- Lhe perdôo por tudo, chorando e muitas vezes soluçando.- Eu te devo tanto, Naruto...

– Eu não posso dizer que entendo a sua dor mas, posso ameniza-la. Ficando ao seu lado, Sakura.- Ele me trouxe de volta para frente, olhando-me com os olhos cheios de seriedade. Rodou um fio de cabelo que invadiu meu rosto, colocando atrás da orelha de forma carinhosa.- Eu prometi á sua mãe que iria te manter em pé. E promessa é dívida, portanto, não irei sujar minha palavra.

– Você é tão perfeito, Naruto. A garota que no fim ficar com você, será uma menina de sorte...

* * *

I've known faces that have disappeared in time
And slowly soaked in lime

Slipknot – Trecho de Left Behind


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Notas finais do capítulo

Coments,coments,coments! *--*