A terceira eterna vida de Bree Tanner. escrita por Cactus Saint


Capítulo 10
Minha profunda relação com a enfermaria


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão?
Mais um capítulo. Dessa vez nós voltamos para o ponto de vista da Bree. Só para avisar, a história vai ter em sua maioria p.o.v´s da Bree mesmo, okay? As duas narrações feitas pela Emma só são importantes para o desenvolvimento da história. Vocês vão entender o que eu quero dizer com isso no próximo capítulo.

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Boa leitura :)



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9. MINHA PROFUNDA RELAÇÃO COM A ENFERMARIA

Assim que chegamos à escola, mais precisamente ao estacionamento dela, tratei de por a monstrenga na vaga de sempre. Mesmo quando a Combi parou, eu não desci do carro ou sequer desliguei o motor.

O incidente com o sapo horrendo de Becky ainda rondava minha cabeça e eu tinha certeza que se eu saísse do meu carro para (tentar) enfrentar o colegial maldoso da Forks High School... Bem, eles não me deixariam esquecer tão depressa.

Comecei a me imaginar andando pelos corredores da escola e todos rindo de mim: a Srta. Stewart e os outros professores, o diretor, Abby, Sam, minhas amigas, os Cullen, os outros alunos e a que mais se divertia com a cena, Emma Blue.

Cogitei a ideia de fugir dali para o Canadá enquanto havia tempo. Eu poderia largar Amy em sua casa, fazendo-a prometer que não contaria nada para ninguém, ou leva-la comigo, já que Amy sempre teve uma boca grande demais para guardar segredos.

–– Tudo bem –– respirei fundo, atraindo a atenção de Amy para mim ––, escuta só: eu vou arrancar com esse carro daqui e só vou parar quando a gente passar a fronteira com o Canadá certo? Certo. Agora vamos.

–– Ei, ei, ei! Espera aí! –– gritou ela, enquanto eu acelerava.

–– O que é? Você não quer fugir comigo? –– berrei de volta.

–– Não! –– Amy parecia meio histérica agora. –– E você também não vai fugir! Vai ficar e enfrentar todo mundo com dignidade.

–– Que dignidade, Amélia? Em que mundo você vive? Eu perdi qualquer dignidade quando eu dei aquele chilique na frente da escola toda! E se a minha vida social já era um fiasco antes, agora ela é inexistente!

–– É? E o que acha de perder a vida? –– arqueou a sobrancelha.

–– O que quer dizer com isso?

–– Acha mesmo que vai ficar viva se continuar com essa ideia ridícula? Esqueceu-se da Julliett ou perdeu o medo de morrer, mesmo?

Congelei no momento em que ela terminou a frase. Oh, não.

–– Amy –– choraminguei. –– Você não me ajudaria escapar?

–– Eu sou boa em fugir e me esconder, mas não posso fazer milagres.

Abaixei a cabeça, quase vencida.

–– Eu estou sem escapatória, então? –– perguntei a ela num sussurro.

–– A Julliett é mais velha que a minha avó, Bree. E eu mal completei dezesseis. –– a voz dela tinha assumido um tom consolador, e saíra tão baixa quanto a minha. –– Não dá para competir com ela.

–– Mas eu não quero ser ridicularizada pela escola toda. E a Emma não vai me deixar livre dessa. –– Chorei, apoiando a cabeça no volante do carro. –– Estou sozinha nessa enrascada.

–– Bree, amiga. –– Ela afagou minhas costas. –– E quem disse que está sozinha?

–– Não estou? –– virei a cabeça para olhá-la.

Amy revirou os olhos.

–– Esqueceu que eu estou aqui com você, sua tapada? E a Becky também? E ainda tem o Sam, a Abby e até Srta. Stewart! Bree, você não estava sozinha antes mesmo de nascer, garota.

Amy sentou no meu colo, me abraçando. Depois se afastou um pouco, para me olhar nos olhos.

–– Então para com todo esse drama porque eu tenho certeza que com ou sem provocações você vai arrasar hoje.

A expressão dela mudou, tornando-se maliciosa.

Lá vem, pensei.

–– Afinal, você tem que conquistar certo Cullen, não é mesmo?

–– Amélia! –– ralhei.

Ela riu quando eu a empurrei de volta para o banco do carona, corando até o coro cabeludo.

–– Tudo bem –– suspirei vencida. –– Seja o que os deuses quiserem.

***

O dia na escola não foi o que eu esperava. Definitivamente não. As pessoas pareciam interessadas no meu incidente com o sapo como Emma Blue parecia interessada na liquidação do brechó que ficava a uma quadra de distancia da única livraria da cidade. Amy pareceu um pouco decepcionada, e eu tenho certeza que era porque ela ansiava por uma boa briga, e defender a minha já baixa popularidade das línguas maldosas dos jovens habitantes de Forks parecia ser a oportunidade perfeita.

Mas as línguas maldosas dos estudantes tinha um alvo mais interessante: Emma Blue. Ela parecia ser o motivo do esquecimento quase instantâneo do meu encontro com o sapo. Pelo o que eu tinha pescado das conversinhas paralelas entre as primeiras duas aulas em que eu fazia com Amy e Becky, respectivamente, ela tinha chegado à escola no carro de Sam Snow, que era apaixonado por ela desde a terceira série.

Só havia dois problemas nisso tudo: Primeiro Emma nunca (repito: nunca) demonstrou interesse ou deu muita atenção para o Sam. Segundo, Sam não era a pessoa mais popular da Forks High School, portanto era imediatamente eliminado do circulo social (pequeno, bem pequeno) que a Emma se dava ao trabalho de tratar bem e ser educada. E isso tudo junto ao fato que Emma não tratava muito bem ou parecia gostar nem mesmo do superficial e ordinário Robert Roberts, o garoto mais popular da escola e par perfeito para ser exibido aos pobres mortais da F.H.S. como um belo troféu ao lado de sua beleza estonteante de loira burra e seu ego gigantesco.

De qualquer forma, aquilo tudo era bom demais para manter a língua dos estudantes paradas, e se eu estivesse certeza, eles ainda fofocariam sobre isso até a formatura. Isso é claro, se Emma não desse um jeito de calar a boca de todos –– o que u achava difícil, até mesmo para ela.

Suspirei aliviada quando o sinal para a terceira aula tocou, finalmente estava livre da voz irritante de Jessie Stanley e sua amiga inseparável Laura Malory. Elas não paravam de fofocar sobre a Emma e aquilo estava me dando nos nervos.

–– Finalmente livre, meu cérebro estava sendo frito com a voz da Stanley e todos aqueles cochichos. Porque ela tinha que sentar logo atrás de mim, mesmo? –– comentei com Becky, enquanto caminhávamos pelo corredor cheio até nossos armários.

–– Ih... Se eu fosse você, nem me animava muito –– Becky falou, balançado a cabeça de forma negativa.

–– Por que não? –– perguntei a ela, enquanto destrancava meu armário.

Ela destrancou o seu também, procurando alguma coisa lá dentro.

–– Bem, você esqueceu que aula vem agora? –– Não era uma pergunta.

Guardei meus livros e canetas de forma mais lenta que o necessário, ganhando tempo. Becky levantou as sobrancelhas, duvidosa.

–– Humm... Eu... –– Comecei, mas percebi que nem com dedução aquilo daria certo.

Ela riu.

–– Educação Física –– deu um leve tapinha no meu ombro direito, como consolo.

Suspirei, pegando o uniforme no armário e batendo a porta com mais força que o necessário. Becky sorriu pegando o seu também, e trancou seu armário sem todo o drama da porta.

–– Wow, parece que alguém está irritada aqui –– Amy brincou assim que me viu emburrada no vestiário. Ela já estava com o uniforme e eu observei como ela ficava bem até mesmo numa roupa feia como aquela. Para ser mais sincera, Amy era tão bonita que ficaria bem até mesmo usando um saco de batatas.

–– Ah você sabe, o de sempre –– Becky respondeu por mim, enquanto prendia seu cabelo louro em um rabo de cavalo alto.

–– Ah, claro o de sempre –– Amy concordou, e elas sorriram uma para outra.

Ignorei a piadinha sobre a minha baixa afinidade com esporte e terminei de vestir o uniforme. Fui para o meu armário do vestiário guardar minhas roupas e tirei minha touca, guardando-a ali também. Eu não poderia jogar com o cabelo solto, então fiz um coque alto e firme –– a solução mais prática e rápida para o meu problema. Se eu não fizesse isso, no final da aula meu cabelo estaria molhado de suor e grudento.

Quando todos os alunos estavam reunidos na quadra, o treinador Johnson começou a explicar o que jogaríamos hoje, que seria badminton. Devo dize que isso já me deixou aterrorizada? Sim ou claro?

Na minha mais vã esperança, levantei a mão para fazer uma pergunta. Aquela que salvaria o meu dia de uma visita à enfermaria.

–– Sim, senhorita Tanner? –– O treinador me olhava sem muita paciência, e não parecia contente por eu ter interrompido seu discurso.

Assim que abri a boa para falar ele me cortou.

–– Se você for perguntar se todos devem participar, nem se dê ao trabalho. Eu quero todos na quadra, sem exceção –– apontou o dedo para mim, como uma mãe que dá bronca em uma criança mal criada. –– E agora escolham suas duplas!

Ele soprou o apito que me assustou e provavelmente os outros também, já que os alunos começaram a se mover, procurando um parceiro. Olhei em volta me perguntando quem em sã consciência me escolheria como parceira. Até mesmo Amy e Becky corriam para longe de mim quando eu estava envolvida em algum esporte. Só quem tinha coragem ou loucura suficiente para ser meu parceiro era Harry, e as vezes Kevin, mas nenhum dos dois estava comigo agora.

Isso fez com que eu me lembrasse da súbita doença deles, e de como somente os dois ficaram doentes, e eu não. Julliett me pareceu muito inquieta e suspeita quando nos mandou para a escola, como se nos quisesse longe de casa o mais rápido possível. Decidi que passaria na Abby mais tarde, com ou sem machucado, para ver se ela sabia de alguma coisa. Abby trabalhava na enfermaria de uma escola cheia de humanos, mas ela também entendia bastante de doenças de conjuradores e eu rezava para que ela pudesse me ajudar. Eu detestava ficar no escuro, ainda mais quando a saúde dos meus irmãos estava envolvida.

Fui tirada de minhas preocupações por uma voz doce e calma.

–– Olá, Bree –– sorriu em cumprimento.

–– Oi, Nessie. Como vai? –– retribui o sorriso.

–– Bem, e você?

O treinador nos entregou duas raquetes.

–– Humm... –– fiz uma careta para a minha nova arma. –– Eu poderia estar melhor.

Ela riu leve

–– Você não gosta muito de esportes, não é?

Balancei a cabeça em negação. Eu gostava de esportes tanto quanto gostava da chuva.

–– Quer formar dupla comigo? –– perguntou-me ela.

–– Ficou maluca? –– falei surpresa. –– É sério, Nessie. Não é seguro ficar tão próxima de mim enquanto eu estiver segurando um troço desses –– balancei a raquete, para enfatizar.

Ela revirou os olhos, ainda sorrindo. Ela parecia não acreditar que eu pudesse ser tão ruim assim.

–– Não precisa fazer isso, tenho certeza que se ninguém quiser formar dupla comigo, o treinador Johnson desiste dessa ideia insana de me colocar na quadra.

–– Quer formar dupla comigo ou não, Bree?

Olhei bem em seus olhos castanhos, ela realmente parecia estar certa daquela decisão.

–– Obrigada, Nessie... Mas não diga que eu não te avisei.

–– Não se preocupe, prometo que fico fora do seu alcance –– sorriu.

Renesmee era uma garota adorável, e gostar dela era fácil como respirar.

Como eu já esperava, as coisas não correram muito bem. Eu realmente me esforcei para ficar o mais longe possível de Nessie, para que ela pudesse manter a peteca no jogo, mas o treinador –– que queria ver o circo pegar fogo –– se aproximou com as mãos na cintura e mandou que ela ficasse do seu lado da quadra, para que eu também pudesse participar daquela palhaçada toda. E o cretino ficou ali, olhando, para ter certeza que sua ordem seria seguida.

Com uma olhadela irritada para ele, me posicionei num ponto mais central e segurei a raquete com toda a minha falta de jeito. A garota da outra equipe sorriu maldosamente antes de jogar a peteca –– eu me lembrava dela, mais precisamente da bolada que a fez ficar tonta em uma aula de basquete, na semana anterior; e nem dá para imaginar de quem foi a culpa ––, e a lançou num arco habilidoso que terminou muito perto da rede. Saltei, sem jeito, para frente, tentando acertar a monstrinha de borracha, mas me esqueci da rede. A raquete bate na rede com uma foça assustadora, e escapou da minha mão soada, acertou minha testa e atingiu a bochecha esquerda de Renesmee, que parecia um pouco desligada até sentir o impacto.

O treinador tossiu, abafando o riso.

–– Sinto muito, Cullen –– balbuciou, afastando-se. Eu tinha certeza que ele começaria a rir assim que atingisse uma distancia considerável de nós.

–– Você está bem? –– perguntei, massageando a minha testa.

–– Não muito –– murmurou ela tirando a mão da bochecha onde a raquete tinha acertado.

–– Oh, minha nossa! –– quase gritei, alarmada. –– Você precisa ir para a enfermaria.

Sem esperar uma resposta, comecei a puxá-la pela mão até a as portas de saída do ginásio, caminha mais perto até a enfermaria.

–– Ei, Bree, calma. Foi só um corte bobo. Eu vou sobreviver.

Olhei para seu rosto ainda andando. Ela parecia achar garça da minha preocupação.

–– Nem começa Nessie. Só vou me acalmar quando você estiver com um curativo nisso aí. –– Resmunguei.

Ela finalmente pareceu desistir de discutir comigo e me deixou arrastá-la até a sala de Abby. O que foi bom, pois eu realmente estava culpada e incomodada com o corte no rosto de porcelana dela. Apesar da minha afinidade com machucados que a minha alta de equilíbrio sempre me proporcionou, eu me sentia desconfortável ao ver outra pessoa machucada.

Ao entrar na enfermaria, vi Abby de costas para a porta de entrada, organizando alguns remédios em um armário branco. Ela cantarolava uma música, a mesma que ocava baixo no laptop sobre o balcão.

–– Você até que demorou hoje, não é Bree? –– ela falou, ainda sem se virar para mim. Uma brisa leve entrou pela porta ainda aberta da enfermaria, levando nosso cheiro até ela. Abby pareceu notar que o cheiro de sangue não era meu, e virou-se para nos olhar, curiosa.

–– Veja só, parece que a enfermaria ganhou uma nova visitante. –– Ela sorriu para Renesmeee, que retribuiu um tanto sem jeito. –– Leve a menina para a sala da maca e me aguarde, Bree. Eu já estou indo atendê-la, querida.

Assenti e levei Nessie para a saleta de atendimento, e a fiz sentar na maca. Sentei em uma cadeira dobrável de frente para ela, esperando Abby.

–– Me desculpa por isso, Nessie.

Ela sorriu.

–– Não esquenta. Eu insisti em jogar com você mesmo depois dos avisos, não foi? E nem está doendo tanto assim.

Abby voltou um segundo depois que ela terminou sua frase. E no outro segundo ela já estava tratando o rosto de Renesmee.

–– Você fez isso no rosto sozinha, querida? –– perguntou ela depois de higienizar o corte.

–– A culpa é minha, Abyy. –– Respondi por Renesmee.

–– Não é não. –– Nessie rebateu. –– Fui eu que escolhi jogar com você mesmo depois dos seus avisos, e meu rosto só está assim porque o treinador te obrigou a jogar.

Abby nos olhou curiosa, e logo em seguida voltou ao que estava fazendo.

–– O treinador é bem excêntrico, não é? –– comentou Nessie, como se achasse graça.

–– Você quer dizer louco, não é? –– arqueei uma sobrancelha para ela. –– Aquele homem simplesmente adora implicar comigo, parece que nada o deixa mais feliz, assim como usar aqueles collants horríveis.

Nessie e Abby riram leve.

–– Você é nova por aqui, querida? –– Abby perguntou para Nessie.

–– Sim. Eu me mudei a pouco mais de uma semana.

–– E demoraram tanto para parecer na escola? –– Abby perguntou, estranhando.

–– Muita coisa para tirar das caixas. –– Ela deu de ombros. Era até uma resposta razoável, mas algo no olhar dela não me pareceu convincente. E ao que parece para Abby também não. Mas assim como eu, ela preferiu deixar passar. Não era da nossa conta, mesmo.

Abby terminou de cuidar do ferimento de Renesmee a tempo suficiente de nós voltarmos para a quadra a e explicarmos porque nos ausentamos sem pedir permissão. O treinador Johnson foi até compreensivo e nos mandou para o vestiário. Porém antes que eu pudesse sair, ele me perguntou sobre meus irmãos, e pareceu um tanto triste quando soube que eles estavam doentes.

Isso me lembrou que eu estive com Abby e não perguntei a ela o que eu queria, mas com Nessie comigo, como perguntar sobre algo tão secreto sem levantar suspeita? Eu teria que voltar à enfermaria mais tarde, ou ao menos ligar para Abby.

Caminhamos em silêncio pelo corredor da escola, os poucos alunos que ainda não estavam no refeitório continuavam a cochichar sobre Emma e Sam.

Comecei a pensar o que a minha prima estaria achando daquilo tudo. Sempre fora importante para ela ser o centro das atenções, mas provavelmente não daquela forma. Aquela não era uma ‘boa’ fofoca sobre ela.

–– A sua prima é bem conhecida, não? –– Nessie comentou como quem não quer nada, mas eu percebi o interesse suas palavras.

Sorri para ela.

–– O que quer saber?

Ela pareceu levemente encabulada por ter sido tão óbvia, mas se recompôs rápido.

–– Bem, é que nem faz uma semana que eu estou na escola e a cada segundo alguém está falando sobre ela. Bem ou mal, mas ainda assim falando.

–– Não dizem que no fim só importa que falem de você?

Ela fez uma pequena careta.

–– Quem ainda diz isso? –– falou e então baixou o tom de voz. –– Você acha que ela se importa? Quero dizer, só porque ela veio de carona com alguém que não é tão popular quanto ela, os comentários maldosos estão sobressaindo.

–– Ela se incomoda, sim. Ninguém gosta desse tipo de coisa. Mas ela gosta muito de ser popular, e se isso significa que ela tem que ser conhecida pelas coisas más que falam dela ou tem que afastar as pessoas legais que não são tão populares... –– pausei, soltando um suspiro alto.

Pobre Sammy. Ele estava incluído no grupo de pessoas-legais-porém-inferiores. Mesmo sendo a rainha da escola, Emma achava que ele podia comprometê-la de alguma forma. Que ridículo. O Sam é aquele tipo de pessoa que é tão legal que você quer ter por perto a vida toda, além de ser danado de lindo. Ela não tinha do quê se envergonhar dele.

Renesmee me observou por um segundo exibindo um sorrisinho mal reprimido.

–– Você parece conhecê-la bem.

–– São apenas suposições. Nada de mais. Eu estou dizendo isso com base no que eu observo.

Dei de ombros.

A cabeça de Nessie pendeu de leve para o lado, os cachos ruivos agora soltos balançando com o movimento. Seus olhos se estreitaram minimamente.

–– Já parou para pensar que suas observações e suposições podem estar erradas?

Eu não respondi. E ela não pareceu nem um pouco incomodada com isso, foi como se ela quisesse me fazer refletir sobre aquilo.

Nessie só enlaçou um de seus braços no meu, e colocou um dos fones de ouvido que estavam apoiados em volta de seu pescoço no ouvido e repetiu o mesmo comigo, de forma que dividimos o fone. Então acessou o music player do celular e depois de uma busca rápida selecionou a música que queria.

Ashes, ashes, time to go down

Oooh honey, do you want me now?

Eu sorri quando reconheci a letra.

–– Gosto dessa música –– eu disse.

–– Eu também, mas eu imaginei que você gostaria mesmo.

Olhei curiosa para ela.

–– Você supôs isso? –– perguntei, me lembrando do que ela disse.

Ela sorriu torto, e eu me lembrei de Edward, que possuía um sorriso idêntico.

–– Diferente de você, as minhas suposições dificilmente erram.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? A Nessie devia ter escutado a Bree, não é mesmo?

Bem, por hora é isso. Prometo não demorar a postar. Sério. O próximo capítulo já está quase pronto.

Beijos *-*
Elle.



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