[EM HIATUS]The Walking Dead - Journey No End escrita por SophieAdler


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo novo!
Espero que gostem!
Tem um aviso pra vocês no final.



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A criatura ergueu sua cabeça, virando ela lentamente na direção da menina, seu rosto estava todo lambuzado, desde o queixo até a ponta do nariz, de sangue do pobre animalzinho que ele havia devorado. Os olhos azuis um tanto fosco, com uma leve vermelhidão em volta da íris, demonstravam aquele tão conhecido olhar faminto e ao mesmo tempo inexpressivo, quase como um predador selvagem do reino animal.

Por mais que não entendesse o motivo dessa “pessoa” estar daquele jeito, o coraçãozinho da pequena batia freneticamente em seu peito, transbordando nervosismo e medo. Aquela coisa, que um dia já havia sido um ser humano, se levanta de forma desengonçada, grunhindo e resmungando, esticando as mãos na direção da menina.

Kimberly novamente grita, fecha os olhos e coloca as mãos no rosto. Parecia que o zumbi havia aproveitado a situação travada da criança, pois acelera o passo, mas nunca chega.

Um baque.

Depois silêncio.

Aos poucos, a menina vai tirando as mãos de seu rosto e abrindo os olhos.

—Você está bem? – Perguntou Alice colocando a mão sobre o ombro da pequena.

Kimberly olha assustada para o zumbi, que agora tinha um canivete enfiado em seu olho, e olha para a ruiva.

—Eu... Eu... – Gaguejava sem conseguir controlar a tremedeira em suas mãos e as lágrimas que escorriam por sua bochecha levemente rosada.

—Está tudo bem agora. – Diz Alice de forma gentil, limpando as lágrimas dela com o polegar. – Esse “bicho” aqui não vai mais te incomodar, okay?

—O-okay... – Concordou, sentindo seu estômago estar revirado.

—Legal. – Abria um sorriso, indo até uma árvore ali perto. – Bran, pode descer agora.

No alto de uma árvore, com folhas um tanto verdes e amareladas, o garoto Knight se segurava firmemente em seus galhos. Ao ouvir a voz da irmã, começa a descer com cautela, tendo cuidado onde pisava.

—O monstro foi embora? – Perguntou ele ao tocar os pés no chão, caminhando até as meninas.

—Sim, o monstro já foi embora. – Respondeu, indo até a criatura e tirando seu canivete de sua cabeça. Só então que prestou atenção a sua volta, vendo tamanho massacre dos pequenos animais. Mesmo já tendo visto tanta coisa, Alice ficou horrorizada, afinal, nunca se está preparado para uma visão dessas. – Vem pessoal. Melhor nós voltarmos.

As crianças assentiram e acompanharam a ruiva, cada uma segurando sua mão. Kimberly ainda se mostrava assustada com o ocorrido, suas pequenas mãos não paravam tremer. Já Brandon, mesmo não tendo presenciado aquilo, sentiu medo por sua nova amiga, suava frio e mordia o lábio inferior de nervosismo.

Alice suspirou fundo. Estava cansada daquela vida, estava exausta, não aguentava mais assistir mortes todos os dias.

“Deixa disso! Esse é o seu mundo agora! Acostume-se! Sua boa vida acabou!”, repetia isso para si mesma todos os dias.

“Nós não podemos nos dar ao luxo de sermos presas dos devoradores. Temos que ficar juntos sempre, pois nós somos uma família e uma família nunca deixa um de seus membros para trás.”, pensou nas palavras de seu pai, nos primeiros dias do Apocalipse. Foram... Não. São essas palavras que motivam Alice a sempre estar tentando viver mais um dia. E depois mais um dia e assim por diante.

—O que foi isso? – Diz Brandon de repente, agarrando o braço da irmã. Kimberly fez o mesmo.

Alice corta seus pensamentos, olhando atenta para todos os lados, porém não sabia dizer ao que o irmão se referia.

—Isso o que, Bran? Do que você está falando?

Como resposta, o tal barulho é ouvido mais uma vez. Pareciam ser passos. Vários passos sobre as folhas e gravetos, e estavam ficando cada vez mais altos. Alice passava os braços sobre os ombros das crianças, olhando para todos os lados, com um certo desespero. Brandon e Kimberly a abraçavam, apertando seus braços em sua cintura, ambos com os olhos fechados e tremendo levemente.

—Cadê? Onde estão? – Sussurrava a jovem para si mesma, escutando novamente os mesmos sons, juntamente com grunhidos. Ela já sabia o que estava por vim e, obviamente, não iria ficar ali. – Bran! Kimmy! Segurem firme minhas mãos e não soltem por nada! Nós vamos correr e vamos agora!

Sem esperar pela resposta dos dois, Alice começa a correr, puxando eles com elas, que logo corriam junto a ela.

***

Tony e Paul pareciam dois velhos amigos de infância.

Conversaram por bastante tempo, sobre vários assuntos. Mesmo sobre alguns protestos de Allyson, o moreno decidiu contar que pertencia a um grupo de sobreviventes e havia convidado Tony e sua família para se juntarem a eles.

—Você tem certeza de que é uma boa ideia? Nós nem conhecemos essas pessoas! E não sabemos do que elas são capazes de fazer e também não sabemos se o Derek vai concordar com isso! – Dizia Allyson para o marido. Os dois estavam conferindo seus suprimentos. Estavam precisando de munição, o que não era nenhuma novidade para eles.

—Pode deixar que com o Derek, eu me entendo. E além do mais, precisamos de mais pessoas para nos ajudar a patrulhar, a pegar mais suprimentos, a nos manter seguros e a salvos, que é uma das principais coisas. – Explicava Paul olhando diretamente em seus olhos. Entendia aquela desconfiança da esposa, pois também sentia o mesmo. – E eles têm uma criança pequena, quase da mesma idade que a Kimmy. Acha justo esse menino viver aqui fora, vendo todo esse horror?

Allyson suspirou antes de responder.

—Falando desse jeito, faz com que eu sinta pena deles. Ou melhor, do menino. E não, não acho justo ele viver aqui fora. Eu me lembro de como é ficar aqui, correndo perigo o tempo todo, se trancando do lado de dentro de algum armazém ou de alguma casa, rezando para que esses... Essas coisas fossem logo embora. Não, você tem razão. Esse menino e a família dele merecem uma chance de tentativa de viver.

Paul sorriu, dando um selinho demorado na esposa.

—Vai dar certo. Vamos ficar todos ficarmos bem.

***

—Você vai aceitar essa oferta do Paul? – Perguntava Laura, terminando de arrumar os suprimentos, cobertas, bolsas e armas dentro do carro.

Tony estava calcando a quantidade de gasolina que tinham, o quanto mais ela iria durar e o quanto precisariam futuramente (Ou em outro caso, roubariam um outro carro), quando ouviu a pergunta da esposa e olhou para a mesma.

—Eu não sei, ainda estou pensando a respeito. – Depois de terminar, guardava suas anotações dentro do porta-luvas do carro.

Laura ergueu uma sobrancelha um tanto questionável, cruzando os braços.

—Amor, admite. Você quer aceitar essa oferta.

Tony suspira, olhando para o chão, apoiando a mão na porta do carro.

—Talvez eu queira aceitar.

—Nos não podemos aceitar. – Diz a morena.

—E por que não?

—Você sabe muito bem porque não podemos. – O loiro opta por não responder, o que faz aproveitar a chance para acrescentar mais. – Nós não os conhecemos e não sabemos do que são capazes.

Dessa vez, Tony decide responder.

—Se eles fossem fazer algo, já teriam feito.

—Talvez eles prefiram fazer algo junto com o bando deles.

O loiro revira os olhos, apertando os dedos nas têmporas.

—Especificamente hoje está complicado conversar numa boa com você, Laura.

Antes que Laura pudesse responder, todos escutam uma correria há alguns metros dali, seguidos de alguns gritos.

—Mãe! Pai! – Era Alice, um tanto eufórica, segurando firmemente as mãos das duas crianças, que estavam muito mais afobados do que ela.

Logo atrás, era possível ver nove, talvez dez zumbis ou mais, perseguindo eles.


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Notas finais do capítulo

Então, eu venho postando o capítulo uma vez por semana. Mas agora, como a história vai se complicar mais, eu decidi começar a postar semana sim e semana não, sempre na quinta feira. Como acabei de postar, o próximo sairá apenas na outra semana.
Até lá walkers!
Beijos!



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