[EM HIATUS]The Walking Dead - Journey No End escrita por SophieAdler


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ufa! Quase achei que não ia conseguir postar hoje.
Minha internet tinha caído de tarde não voltava por nada.
Aproveitei para revisar o capítulo rapidamente.
Espero que gostem.
Já me adianto com as desculpas para qualquer erro ortográfico.



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Meses atrás - Parte 2

O que era aquela sensação de desconforto que sentia? Por que ele estava sentindo isso? Será que era algum sinal de alguma coisa? Algum pressentimento ruim? Ele não tinha ideia, estava tão distraído que nem ouviu sua esposa o chamando várias vezes.

—Tony? Tony? Amor, acorda! – Chamava Laura, cutucando o braço do marido.

—Hã? O que foi? – Ele olhou para ela com uma cara um tanto confusa. – O que houve?

A morena soltou uma risada baixa e apontou para frente do carro.

—O sinal abriu amor e já têm gente buzinando atrás de nós.

Só então que o loiro percebeu a barulheira de buzinas altas e descontroladas atrás dele. Essas pessoas realmente eram impacientes.

—Ah, claro, claro... – Dizia um tanto envergonhado, seguindo seu caminho com o carro.

Laura achou aquilo um tanto estranho. Tony nunca fora tão distraído daquele jeito enquanto estava dirigindo. Com preocupação, ela tocou em seu ombro, o fazendo virar o rosto para ela por alguns segundos.

—Está tudo bem mesmo, querido? – Era evidente o tom de preocupação em sua voz.

—Está sim. Por que não estaria? – Perguntou ele, tentando entender o rumo daquela conversa.

—Porque você está muito distraído hoje. Você não é assim. Pelo menos, nem tanto desse jeito.

—Não é nada demais...

—Você tem certeza?

Dessa vez, Tony decidiu ficar em silêncio, o que aumentou mais a preocupação de Laura, que achou melhor não tocar mais no assunto.

“Talvez ele esteja com algum problema no trabalho dele...”, pensou ela, enquanto olhava para a rua ligeiramente movimentada, era normal ela estar assim nesse horário. Pegou seu celular para ver a hora, marcava 08h27min. Ela entrava as 09h00min no escritório.

Ficaram em silêncio por quase todo o caminho até chegarem à primeira parada: o escritório de advocacia em que Laura trabalhava. O relógio marcava 08h47min.

—Ás 17h00min eu venho te buscar, okay?

—Okay. – Ela sorriu e lhe deu um selinho. – Eu te amo.

—Eu também te amo. – Ele respondeu retribuindo o sorriso. – Até mais tarde.

—Até amor.

***

O horário de entrada de seu trabalho era 09h15min, Tony chegou faltando cinco minutos para estacionar o carro, bater o ponto de entrada e guardar suas coisas. Como sempre, o trânsito estava devagar e mais uma vez, Tony acabou se atrasando.

Porém, para a sua sorte, seu colega Richard tinha batido o ponto pra ele e como sempre, devia muito.

—Cara, não precisava... Mas obrigado. – Ele agradeceu, se sentando em sua mesa. Tony era contador de uma empresa de materiais de construção. Tinha um salário considerável, assim como sua esposa. – Mais uma vez.

—Não há de quê, Tony. – O rapaz sorriu rapidamente, logo voltando para sua mesa. Ele tinha uma estatura mediana, cabelos castanhos claros e olhos da mesma cor. – Hoje o dia vai ser longo.

—Ah, com certeza vai ser sim.

Durante todo o período da manhã, Tony ficou concentrado nas documentações, folhas de pagamento mensais, faltas e horas extras, entre outros. Era um trabalho de grande atenção e que exigia uma enorme responsabilidade. No começo, o loiro começou como autônomo e com o tempo, a empresa decidiu contratá-lo e ele exerce essa função atualmente, fazendo quase três anos.

Por mais concentrado que estivesse nos documentos em sua mesa, Tony ainda estava cismado com as notícias que havia visto na televisão. Era muita violência e muitas mortes por todo o país, principalmente em grandes cidades.

”Talvez não demore muito para que essa onda de mortes chegue a Atlanta... Particularmente, eu espero que isso não aconteça...”, pensou ele, enquanto terminava de preencher um documento, quando Richard o chamou.

—Hey Tony? Tony? Olha isso!

—Isso o quê? – Perguntou erguendo o rosto para fitar o rapaz, mas o mesmo se encontrava de costas para ele. Intrigado, ele se levantou da sua cadeira, logo se postando ao lado do colega. – O que houve?

Só então que ele percebeu o barulho abafado de tiros, gritos altos e a fala de uma mulher. Era o barulho da televisão, mais precisamente, o canal em questão transmitia as mesmas notícias que havia visto de manhã. Porém, aquelas se passavam naquele exato momento no centro de Atlanta.

—Mas o que diabos está acontecendo?

***

—Essas são as minhas exigências. – dizia uma mulher, pedindo para sua advogada entregar um papel com uma lista de tudo o que ela pedia no divórcio.

Laura pegou o papel, o lendo com atenção, soltando um longo suspiro e olhava para a sua colega, Sandra. Tanto ela, como Sandra, estavam literalmente cansadas daquela “vai e volta”. Aquele caso era sobre um casal que queriam se separar e queriam dividir os bens, porém, eles não chegavam a nenhum acordo. Esse caso já estava durando duas semanas. Com exceção do casal, as duas não estavam mais aguentando aquilo, mas como fazia parte do seu trabalho, elas ficaram em silêncio, apenas observando.

E como já esperavam, o rapaz e a moça iniciaram uma nova discussão.

“Que ótimo...”, pensou Laura, soltando mais um longo suspiro, sendo acompanhado por Sandra.

—Você não vai vender a casa! Ela é minha! – dizia a mulher aumentando a voz.

—Sua? A casa sempre foi minha! Você que cismou que ela tem que ser sua! – Devolveu o rapaz, aumentando a sua voz igualmente. – Ela nunca será sua! Eu vou vender ela e vou embora para outro país e levarei Sean comigo!

—Mas não vai mesmo! Você não vai tirar o meu filho de mim!

—Ele é meu filho também e será comigo que ele ficará!

E assim tem sido...

Os quatro estavam dentro daquela sala de reuniões há quase três horas e meia, e como eles não chegavam a nenhum consenso, Laura decidiu intervir.

—Okay, okay, okay... Vamos todos no acalmar. – Diz com a voz calma, respirando fundo. – Por que não vamos almoçar? São quase 12h00min mesmo. E depois todos nós voltamos já mais calmos.

—Eu aceito a sugestão. – Diz Sandra, já se levantando juntamente com a morena. Sandra era uma mulher de cabelos castanhos escuros cacheados, com olhos no mesmo tom que suas madeixas. – E voltamos em duas horas.

Notando que eles não teriam outra escolha, o rapaz e a moça aceitam a ideia de Laura.

***

Laura terminava seu almoço, quando escutou seu celular tocando. Assim que o pegou, reconheceu o número do telefone da escola de Brandon. Preocupada, ela logo atende.

—Alô? Oi Sra. Hopkins, aconteceu alguma coisa com o Brandon?

—Oi Sra. Knight. Tenha calma, não aconteceu nada com o Brandon.— Laura suspira aliviada. – Estou ligando para avisar que vamos dispensar as crianças mais cedo hoje.

—Oh, sim... Eu... – Laura não estava esperando por aquilo, mas não era nenhum problema. Já tinha em mente o que faria. – Diz ao Brandon que em dez minutos, no máximo, eu chego ai e pego ele.

Okay, eu já irei avisá-lo. Até depois.

Assim que encerrou a chamada, seu celular tocou mais uma vez. O nome de Tony apareceu no identificador.

—Amor?  O que foi?

Laura, onde você está?— perguntou ele parecendo um tanto aflito, o que faz  estranhar aquilo.

—Eu estou no escritório... Na verdade, eu vou sair e buscar o Brandon, a escola me ligou agora pouco, me informando que vão liberar as crianças mais cedo hoje. – Respondia, enquanto pegava sua bolsa, passando por seus colegas, se dirigiu a Sandra e sussurrou se ela podia lhe emprestar o carro para buscar o filho. Ela logo lhe entregou as chaves e Laura agradeceu indo direto para a saída.

Sim, eu sei disso. Avisaram na televisão que várias escolas estão dispensando os alunos. Você viu as notícias?

—Quais? As de hoje de manhã? – Perguntou ela, já entrando no carro, ligando o mesmo e seguindo para a escola do filho. Ela coloca o celular no viva - voz.

Não, eu me refiro às notícias de agora.

—Fiquei presa por mais de três horas em uma sala, então eu não vi. Mas o que têm elas?

Ela escutou seu marido suspirando do outro lado da linha, com se ele estivesse se acalmando e recuperando o fôlego.

Tudo aquilo que estava acontecendo nas cidades de Nova York, Los Angeles, Chicago e tudo o mais... Agora está acontecendo aqui em Atlanta também...

A morena, se lembrando de tamanha violência e do número crescente de mortos, paralisou por alguns segundos, sua respiração ficando irregular.

—Mas o que isso quer dizer? – Perguntou, com preocupação.

Eu não sei... Mas eu estou saindo daqui agora para ir buscar a Alice. A escola dela estava na lista das que dispensaram os alunos.

—Okay... Tenha cuidado.

Você também, amor. –Tony suspirou. - Eu te amo.

—Eu também te amo. Até logo.

Até logo.

Ambos desligaram seus celulares e seguiram para o seu destino.


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Notas finais do capítulo

Não sei em quantos capítulos estarei mostrando a vida deles, estou apenas deixando a história rolar. Acredito que seja o melhor.
Mas preciso da opinião de vocês a respeito.
Por favor, deixem seus comentários e até o próximo capítulo.



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