[EM HIATUS]The Walking Dead - Journey No End escrita por SophieAdler


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo para vocês! E bem grandinho kkkk
Espero que gostem!



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Alguns meses antes do mundo acabar - Parte 3

—Vem Alice! – Diz Christopher, um rapaz de dezessete anos que tinha cabelos castanhos, pele clara levemente bronzeada e olhos castanhos chocolate, chamando sua atenção, enquanto a puxava pela mão até onde o resto do grupo de vários jovens estava.

Fazia quase duas horas que eles haviam sido dispensados mais cedo da escola. A maioria ficou bem animados, tanto que antes mesmo de colocarem os pés para fora do SAE Institute North America, já planejam para onde queriam ir e o que poderiam fazer. Alguns queriam ir ao cinema, outros queriam ir a alguma lanchonete para tomar milk shake e comer hambúrgueres com batatas fritas, mas a maior parte estavam bem empolgados para irem aos protestos que estava acontecendo no centro da cidade de Atlanta.

O restante, que eram um pouco mais do que trinta alunos, queriam ir para casa e Alice era um desses poucos. Porém, depois de muita insistência de seus amigos, ela acabou que por aceitando ir com eles. Apesar de ainda querer muito ir para casa.

—Christopher... Eu acho melhor eu voltar para casa e... – Tentou ela, sabendo que isso seria inútil.

—Ah, qual é Alice? Você vai para casa fazer o quê? – Perguntou ele a fitando com um sorriso de lado, que fez o coração da jovem ruiva aumentar os batimentos e seu rosto corar levemente.

—Ela vai para estudar mais. Por isso que ela quer ir. – Respondeu Lizzie, uma jovem de dezesseis anos, com os cabelos loiros escuros, pele bem clara e olhos azuis, que era uma das amigas de Alice. – Você tem estudado a quase seis meses seguidos, mal saiu com a gente. Larga disso um pouco e vem se divertir com os seus amigos.

—É Alice! Vem com a gente! – Disse outra menina, se aproximando dos três.

—Vem Alice! Vamos lá! – Acrescentou outro garoto.

—Hey, vamos lá. Eu sei que você quer vim também. – Diz Christopher, dando um leve piscadinha para a ruiva.

Vendo que não tinha muitas opções de saída, Alice soltou um grande suspiro e sorriu para seus amigos.

—Okay. Vocês venceram. Eu vou também, mas só vou tomar um milk shake e depois vou para minha casa. Combinado?

—Já é um começo, então está combinado. – Respondeu o jovem, com aquele sorriso de lado. Alice já devia estar parecendo um pimentão a essa altura por causa disso.

Todos comemoram e seguiram em direção ao centro. Mal sabiam o quão perigoso ele estava.

***

Depois que pegou o filho na escola, Laura voltou para o escritório para que pudesse devolver o carro que pegou emprestado de Sandra. Estacionou o mesmo na vaga, logo descendo dele e indo abrir a porta para que Brandon também descesse.

—Mãe, eu vou ficar aqui com você no escritório? – Perguntou o garoto, colocando sua mochila nas costas, segurando uma das mãos de Laura.

—Vai sim, meu amor. Vai ficar comigo até a hora que eu for sair. – Respondeu caminhando para dentro do lugar, com o filho logo ao lado. Seguiu em direção a sua sala, entrando e colocando sua bolsa em cima da sua mesa e uma pequena sacola que continha um sanduíche de queijo quente com uma lata gelada de suco de uva. Laura havia passado em uma padaria e comprado para o filho, que reclamou de estar com fome. – Okay Brandon, você conhece as regras. Não pode sair da sala da mamãe para ficar andando por ai. Tem que ficar quietinho e se precisar de mim, é só pegar o telefone e discar o número do meu celular, okay? Eu venho assim que eu puder. Combinado?

Brandon prestava atenção em todas as instruções da mãe. Ele conhecia todas, mas algumas vezes, ele se esquecia de uma ou outra.

—Combinado. – Disse ele, assentindo.

A morena sorriu para ele, enquanto pegava as pastas com os documentos de seu caso atual. Preparava-se psicologicamente para uma nova discussão do casal que queria se divorciar. Leu algumas folhas rapidamente, conferindo se tudo estava ali como havia deixado. Juntou tudo novamente, arrumou em um braço, quase saindo. Mas foi impedida pela voz de seu filho.

— Depois que eu acabar de comer, o que eu devo fazer mamãe?

Ela olhou para ele, pensando por alguns segundos.

—Eu não sei... Você tem lição de casa?

—Tenho sim.

—Ótimo. Depois que você terminar de comer, faça sua lição de casa.

—Ah, sério? – Falou fazendo uma careta. - Não posso brincar no seu celular?

—Hoje não, meu celular está com pouca bateria e eu vou precisar para poder ligar para o seu pai vim nos buscar. – Respondeu ela gentilmente, recebendo um suspiro juntamente com uma bufada. Ela já sabia o que isso significava. – Faça sua lição de casa e depois faça alguns desenhos. Tem folhas na minha gaveta, pode pegar algumas delas, apenas fique aqui, okay?

Ele assentiu como resposta, desembrulhando seu lanche e começa a comê-lo. Laura sorriu, voltando sua atenção as pastas, as arrumando novamente em seu braço e saiu de sua sala. No meio do caminho, Laura esbarra em Sandra e acaba derrubando algumas pastas no chão.

—Nossa, meu Deus! Desculpa-me, Sandra. – Dizia a morena, se ajoelhando e juntando as pastas.

—Tudo bem, não tem problema. – Respondeu ela, se ajoelhando também para ajudá-la.

—Me desculpa mesmo, eu estou atrasada e o casal já deve estar n...

Ao ouvir ela se referindo ao casal briguento, que querem desesperadamente se divorciar, Sandra se lembrou do recado que havia recebido.

—Oh, sim. Sobre isso, eles foram embora.

Laura olhou para a colega, um tanto confusa.

—Embora? Mas como assim?

—Depois que você saiu para pegar o Brandon, eles receberam uma ligação urgente da escola do filho e os dois saíram às pressas. Disseram que vão ligar para marcar outro dia.

—Entendi... – Assentia, sem deixar de expressar tamanha estranheza naquilo, tanto que se lembrou de uma das reuniões que tiveram, na qual ambos receberam uma ligação da escola de Sean, algo sobre uma briga que o menino havia se envolvido. Não conseguia se lembrar de tudo, mas se lembrou de que os dois se recusaram a ir, dizendo que o menino já era grande e que tinha que aprender a se defender sozinho e arcar com as consequências da briga. Afastando esses pensamentos, ela se levantou, agradecendo a ajuda. – Obrigada Sandra e... Oh, sim! As chaves do seu carro. Elas estão na minha sala, as deixei em cima da mesa. Pode entrar lá e pegar elas. Acho que vou aproveitar e terminar alguns relatórios que deixei em aberto.

Sandra assentiu, seguindo na direção da sala de sua colega e Laura seguia para uma outra sala. Foi nesse instante que elas escutaram seu chefe, o Doutor Edward Clarkson, as chamando.

—Doutora Knight. Doutora Jefferson. Poderiam vir aqui, por favor? – As duas se olharam por alguns segundo, indo em direção ao patrão. Edward era um homem já na faixa dos cinquenta anos, de cabelos pretos grisalhos, pele parda com algumas rugas no rosto. Advocacia sempre foi o seu sonho desde criança e só ele e Deus sabem o quanto ele lutou para realizar o mesmo e em poucos anos, iria se aposentar.

Ao se aproximarem do chefe, elas se sentiam um tanto tensa e isso era evidente em seus rostos. Edward poupou o longo discurso e apenas disse que por causa dos protestos e da violência, estava dispensando as duas e os outros advogados do escritório por alguns dias até as coisas se acalmarem pelo país. Não era apenas ele que estava fazendo isso, outros lugares também estavam, mas ele não entrou por completo nesse assunto. Laura e Sandra assentiam com total atenção as palavras do senhor.

—Então, concluindo, eu ligarei quando for a hora de voltar ao trabalho. Combinado? – Ambas acenaram que sim. – Ótimo. Estão dispensadas por hoje. Podem ir para a casa, se quiserem.

Elas esperaram o doutor voltar para sua sala, antes de seguirem para as suas salas respectivas. Assim que entrou, Laura deixou as pastas em cima de sua mesa e foi pegando sua bolsa.

—Brandon, guarda seus lápis e papéis dentro da sua mochila. Nós vamos para casa.

—Okay. – O menino fecha seus livros, guarda seus lápis dentro do estojo e enfia tudo dentro da mochila. – Eu estou pronto.

—Meu garoto. Vamos lá, eu vou ligar para o papai.

Ele assentiu, observando sua mãe digitar em seu celular, logo o posicionando em sua orelha.

O telefone chamou três vezes antes de ser atendido.

Alô?— Era a voz de Tony.

—Amor, sou eu. Eu fui dispensada mais cedo do trabalho. Pode vim buscar eu e o Bran? – Perguntou ela, seguindo para a saída, segurando a mão do filho.

Posso sim, mas acho que vai demorar...— De repente, a morena escuta barulhos de buzinas de carros e motos. - Algumas horas e eu ainda não peguei a Alice.

—Algumas horas? – Estranhou aquilo. – Como assim? E como ainda não pegou a Alice? A escola dela é perto da empresa.

Sim, mas quando eu cheguei, ela não estava lá. Perguntei para alguns colegas dela e eles disseram que ela foi para o centro com os amigos e...

De repente, ele parou de falar, o que deixou Laura um pouco aflita.

—Tony? Tony! Amor!

Desculpe, desculpe.— Ela um suspiro de alívio. – Tive que fazer um desvio. O trânsito está horrível aqui. Tudo está parado.

—Tudo bem, mas o que você estava dizendo antes...?

Ela foi para o centro com os amigos e...— Ele respirou fundo. – E é exatamente lá que está acontecendo tudo aquilo que eu tinha lhe falado mais cedo.

Por alguns segundos, Laura se esqueceu de como respirar, mas sentiu o leve aperto de Brandon em sua mão, acabou liberando um grande suspiro que havia segurado sem perceber.

—M-mas o que é que ela foi fazer lá com cidade em pleno caos?

Eu não sei, faz uma meia hora que estou tentando ligar para ela, mas não consigo. O telefone toca até a linha cair. Ela não está me atendendo. Tenta você ligar para ela.

—Okay, eu vou tentar e já te ligo de volta.

Laura encerrou a ligação com o marido, já logo discando o número do celular da filha. O telefone chamou cinco vezes até a linha cair. Não satisfeita, ela discou novamente e quando parecia que a ligação ia cair mais uma vez, a morena escuta uma voz suave do outro lado.

Alô?

—Alice! Graças a Deus!

Oi mãe.— Cumprimentou a garota. – Aconteceu alguma coisa?

—Onde você está? Eu estou tentando te ligar a dez minutos. Seu pai está tentando te ligar a um tempão. O que aconteceu?

Desculpa mãe. Eu deixei o celular no silencioso e me esqueci de colocá-lo para tocar. Eu sai para tomar milk shake com os meus amigos.

—Tudo bem, você... – Laura respirou fundo. – Viu as ligações?

Eu vi sim. Eu já ia retornar, mas você ligou antes.

—Okay, mas me diga onde você está? Seu pai foi te buscar na escola, mas disseram para ele que você saiu com seus amigos.

Nós...— De repente, ela é interrompida por uma gritaria e buzinas de carros. – Espera...— Laura escutou um grande falatório, juntamente com gritos afobados e barulhos de coisas caindo e se quebrando. Aquilo já começou a deixá-la preocupada. –Mãe? Ainda está ai?

Laura respirou fundo, sentindo suas mãos suar de nervoso. Brandon olhou para ela, percebendo o quanto ela estava aflita.

—Estou. O que foi todo esse barulho?

Alguns dos protestantes passaram aqui perto, eu peguei minhas coisas e vim para o banheiro para falar com você. Eu avisei meus amigos antes.

—Okay, mas onde você está? – Perguntou mais uma vez, seu coração aumentando os batimentos.

Estou naquela lanchonete do centro, que é em frente aquele cinema que pagamos mais barato. Sabe onde?

—Sim, eu sei sim. – Sentiu-se mais aliviada. Sua filha não estava tão perto do centro, o que já era uma coisa boa, porém não sabia quanto tempo aquilo iria durar. – Certo, fique exatamente onde está. Vou ligar para o seu pai e ele vai te buscar. Okay?

Do nada, um chiado interrompe a ligação.

—Alice? Alice!?

Mãe? Mãe, eu não consigo te ouvir. A ligação está chiando. Mãe? Mamãe?

A voz de Alice parecia estar falhando do outro lado da linha.

—Alice? Minha filha está me ouvindo?

Mãe?

De repente, a ligação é cortada.

Laura sente um aperto em seu coração.

O que será que aconteceu com a filha?

Sem perder tempo, tratou de ligar rapidamente para Tony.

Alô?

—Amor, eu consegui falar com ela.

Ótimo. Onde ela está?

—Ela está naquela lanchonete em frente ao cinema.

—Aquele que é mais barato?

—Esse mesmo.

Okay, eu vou para lá agora mesmo.

Quando Tony ia encerrar a ligação, Laura o chamou novamente.

—Espera. Eu acho que aconteceu alguma coisa.

Ele para e reflete aquela informação por alguns segundos.

Como assim? O que houve?

A morena respirou fundo, olhando para o filho, que permanecia em silêncio apenas a observando. Brandon parecia um pouco assustado. Querendo tranquilizá-lo, Laura o puxa para mais perto dela, repousando o braço esquerdo em seus ombros.

—Enquanto eu falava com ela, a ligação começou a chiar. Eu não conseguia escutá-la direito e creio que ela também não, e depois ela caiu.

O loiro pensa por um momento antes de continuar.

Talvez não tenha sido nada. A bateria do celular dela pode ter acabado. Ou ela foi para algum canto onde a rede é baixa.

—Pode ser, mas eu estou extremamente preocupada. Por favor, apenas a busque logo.

—Eu vou, meu amor. Eu prometo.

—Eu sei que sim.

Eu tenho que desligar agora. Eu retorno quando eu estiver com ela no carro.

—Okay amor. Eu te amo.

Eu também te amo. Se cuida.

—E você mais ainda.

Até breve.

Laura encerra a ligação, respirando fundo, enquanto apertava o braço em Brandon. Agradeceu mentalmente por estar com pelo menos um dos filhos ao seu lado. Se estivesse sem os dois naquele momento, quem sabe o estado em que estaria agora?

—Mamãe? – Chamou seu pequeno.

—Sim, meu príncipe? – Ela agora olha para ele, percebendo um pouco de aflição em seu olhar.

—Vai ficar tudo bem, não vai?

Ela suspirou antes de responder.

—Vai sim, meu filho. Vai sim. – Ela respondeu sem ter muita certeza, mas tinha fé que ficaria.

Um pouco, pelo menos, já que uma estranha figura do outro lado da rua, caminhava de uma forma diferente, quase como se estivesse arrastando os pés. Suas roupas estavam com grandes manchas de sangue. Nem ela e nem seu marido tinha ideia do que estava acontecendo, mas algo lhe dizia que isso era apenas o começo.


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem seus comentários. Preciso saber o que estão achando da história.
Não custa nada e me deixa muito feliz.
Até o próximo capítulo.
Beijos!



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