5 Maneiras De Irritar Seu Namorado escrita por Lih


Capítulo 2
Ai! Que dor de cabeça


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda que eu não conheço!
Obrigado vocês que comentaram viu! Esse cap é dedicado as minhas primeiras leitoras, Jade Di Ângelo, Bella Black, principalmente a vocês Rafaela dos Santos e Mrs Evans que favoritaram.



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Estar em uma ilha paradisíaca na companhia do meu namorado lindo, fofo e gostoso, com um quarto de hotel e tudo pago, sozinhos. É a minha definição de fim de semana perfeito.

 Esse lugar é tão legal, além de ser perto da praia têm inúmeras construções arquitetônicas. Depois do acontecimento com a garota-monstro, Quiron se sentiu culpado por ter dado mais duas semanas de castigo para Percy, sendo que ele já tinha apanhado bastante. Então nos presenteou (Presenteou o cabeça-de-algas, mas como ele é meu namorado tudo que é dele, é meu também.) com um final de semana nesse lugar

-Esse lugar é máximo, não é Percy. –Eu avaliava tudo fascinada, enquanto ele carregava a bagagem, desinteressado.

-É bem legal... –O legal dele saiu como quando você ganha um sorteio e descobre que seu premio é uma lata de sopa. 

-O que foi cabeça-de-algas? Ainda está zangado? –Perguntei lhe dando um selinho.

-Ele me deu essa viagem maravilhosa com você, mas não me tirou do castigo. –Eu já estava cansada de ouvi-lo dizer aquilo. –Você bem que podia me ajudar, né sabidinha? –Propôs me abraçando.

-Eu. Já. Disse. Que. Não. Vou. Te. Ajudar. –Falei entre beijos. –Deixa de ser criança, Quiron foi muito gentil em nos dar essa viajem como pedido de desculpas, e ainda por cima, sozinhos. –Pela milésima vez tentei fazê-lo enxergar a razão, e pela milésima vez ele não me ouviu. –Vamos lá, você não vai estragar nossa viajem romântica por causa de uma pirraça boba. –Lhe dei o melhor sorriso que pude.

-Viajem romântica, é? –Disse ele me pegando pela cintura e aproximando nossos corpos, como era bom sentir seu calor. Eu conhecia aquela estratégia, estava tentando me levar para a cama.

-Ai cabeça-de-algas como você é apressado! Vamos tomar um banho e desfazer as malas, primeiro. –Me desvencilhei dele, indo em direção ao banheiro.

-Você tem razão no banheiro é melhor. –Ele tentou me seguir, mas eu o impedi.

-Você entendeu errado peixinho, eu vou. Você fica. –Disse o empurrando.

-Então eu te espero deitado aqui na cama. – ele me lançou um grande olhar malicioso pegando o controle da TV.

-Annie você não acredita! –Exclamou em pura animação.

-O quê? –Gritei do banheiro. Será que tinha aparecido algum monstro?

-Eles têm aquele super pacote de canais que eu te falei. – Eu soltei um “ah” sem dar muita atenção e voltei a tomar meu banho, assistir televisão era a ultima coisa que eu queria fazer nesse momento.

Me vesti ali mesmo no banheiro, caso eu entrasse de toalha no quarto Percy me atacaria, e eu queria namorar descentemente antes de chegar a hora. Não se assustem, o cabeça-de-algas não é nenhum maníaco sexual. Nós já havíamos chegada naquela parte da relação á algum tempo, e comentários a parte, foi maravilhoso. Posso dizer a vocês que eu tenho um namorado completo. Mas essa é outra história, talvez eu á conte outro dia.

Saí vestida com uma roupa de dormir básica, mas que mostrava as quatro principais regiões da sensualidade, braços, pescoço, pernas e barriga. Eu tinha certeza que aquela noite ia ser uma das melhores da minha vida, não é sempre que nós conseguimos ficar sozinhos, Percy parecia querer aproveitá-la do mesmo jeito que eu. Como eu estava enganada, quando sai do banheiro me deparei com a seguinte situação:

-Oi meu peixinho. –Me sentei junto dele na cama o agarrando pelo pescoço.

-Oi minha corujinha. –Ele me deu um beijo rápido.

-Cabeça-de-algas por que você não vai tomar um banho bem gostoso pra depois a gente fazer aquilo que você queria? –Percy me deu um sorriso suave e nós nos beijamos. Não sei se ficamos ali por horas ou minutos, só sei que foi muito bom. Era assim toda vez que beijava ele, eu não sabia de nada, só que estava ali, com ele.

-Banho? –Ele disse olhando para um canto qualquer.

-É. –Respondi.                      

-Não pode ser depois? –Indagou pidão.

-Não, antes é melhor. Depois a gente banha junto. –Joguei-lhe uma piscadela e ele sorriu.

-Hum... Juntos... Interessante. –Tentou formar uma frase completa sem sucesso.

Assim como eu queria nós ficamos um tempo namorando descentemente, trocando beijos e olhares suaves e outros mais quentes. Porém não durou muito temo. A situação que vou narrar a seguir é uma das coisas que os homens fazem que mais irritam as mulheres.

Nós cordialmente trocamos saliva quando Percy pula da cama comemorando.

-O que foi? Monstro? –Perguntei debilmente. Por que ele iria comemorar se um monstro aparecesse?

-E é cesta! – comemorava sem para com as mãos.

- o quê? – A televisão? Esse tempo todo ele não estava olhando para o horizonte, mas sim para a bendita televisão.

-A final da N.B. A. - Disse como se fosse o obvio.

-Um jogo? –Tentei articular uma pergunta melhor, mas não consegui.

-Annie, esse não é um jogo, esse é o jogo. –Falou ele animado com a pontuação do seu time.

Eu não devo ter feito uma cara muito boa, porque ele se encolheu com medo. Depois de vários suspiros para que eu pudesse falar calmamente sem ter vontade de estrangulá-lo disse:

-Percy eu só vou te fazer uma simples pergunta. Por favor, não estrague tudo. –Ele me olhou desdenhoso como se eu fosse uma prova de matemática preste a ser respondida.

-Você quer passar a noite comigo ou assistir o jogo? –Ele pensou por alguns segundos com uma careta desgostosa e respondeu.

-Quem liga para um jogo idiota, quando pode ficar com a sabidinha mais linda do acampamento. –Ele veio todo manhoso me beijar.

Nós nos encostamos um no outro, e nossos toques ficavam mais profundos a cada minuto, Percy já estava sem camisa quando sem mais nem menos ele dá outro pulo e sai gritando de um lado para o outro.

-Porra seu juiz, não foi falta!– Ele me olhou com um cara de opês! Me ferrei.

 Se ele achava que eu ia explodir e passar o resto noite gritando, ele estava enganado, sou uma filha de Atena, eu sei como fazer as coisas.

-Você não está mesmo afim hoje, né? –Perguntei carinhosamente.

Em vez de gritar e brigar eu iria fazer ele se sentir culpado.

-Não é isso meu amor, eu nunca trocaria você por um jogo bobo. –Mentiu ele.

-Não tem nada não. –disse lhe dando um sorriso acolhedor.

-Não... Tem nada? Você não se importa? –Perguntou atônito.

-Claro que não, eu só queria aproveitar essa noite com você o máximo possível, porque eu te amo tanto, e nós quase não temos tempo de ficar assim lá no acampamento. –Prontos as carta foram lançadas, agora basta Percy pegar a certa. Ele me lançou um olhar apaixonado. –Vai pode assistir ao seu jogo. –Ele deu um grande sorriso e disse “obrigado” com um grande abraço de urso.

Para ai, como assim obrigado? Eu não acredito que o cabeça-de-algas, mesmo com toda a sua lerdeza fez isso. Eu dei duas, duas chances pra ele, e o idiota estragou as duas, é muita lerdeza em uma pessoa só.

-No sofá. –Completei dando um empurrão que o fez cair.

-Annie, volta aqui, por favor. –Disse ele tentando me seguir.

-Não ouse chegar perto de mim até amanhã, e muito menos falar comigo. –Eu interrompi zangada. –Agora, por Atena, saia de perto de mim, eu estou em greve até não sei quando. –Ao ouvir o nome da minha mãe ele recuou com um “certo” nós lábios.

-Amanhã a gente conversa. –Ele saiu triste.

Assim como eu disse Percy assistiu o jogo dele no sofá enquanto eu tinha uma (não tão) boa noite de sono. Meu namorado pareceu notar o estado em que me deixou e estava se esforçando para fazer com que eu voltasse a falar com ele.

Nós havíamos combinado de no período da manhã ir à praia e a tarde visitar os pontos turísticos de minha escolha. Só que como tenho um cavalheiro em casa, fui acordada às seis da manhã com alguém em cima de mim.

-Annabeth, Annabeth, acorda sua dorminhoca. –Ele me cutucava com o dedo.

-O quê? Por quê? –Acordei zonza.

-Vamos acorda, eu tenho uma surpresa pra você. –Percy tentava me levar para fora da cama. (coisa que eu achei que eu não viveria para ver.)

-Ah é você. –Disse improvisando descaso.

-Vá se vestir, nós estamos atrasados. –Ele estava mais eufórico do que o normal com a coisa que iríamos fazer.

Fui carregada para o banheiro, e lá fiz minha higiene matinal. –Com que tipo de roupa devo ir? –Perguntei.

-Com qualquer roupa meu amor, você fica linda de qualquer forma. –disse meigo.

-Com que tipo de roupa? –Insisti mal-encarada, ignorando o elogio.

-Não precisa se arrumar muito não, nós vamos só dar um passeio... Por enquanto. –Respondeu misterioso.

-Eu achei que iríamos á praia. –Minha carranca ainda era de desprezo.

-Praia? Eu estava mais interessado no museu municipal. –Tenho que confessar, meus lábios se contraíram um pouco formando um risinho de alegria, que foi logo disfarçado com um “ta bom, já volto.”

O meu peixinho estava apressado então só para irritá-lo demorei o máximo possível.

-Vamos Annabeth, já está na hora. –Reclamava constantemente do meu atraso.

-Espera só mais um pouquinho, falta só à blusa. –Era essa a resposta que lhe dava.

-Annabeth, você está ai á mais de uma hora, e nem escolheu a blusa ainda? –Ele estava irado, do jeito que eu gosto.

-E o cabelo. –Menti para deixá-lo mais aborrecido.

-Annabeth Chase não me faça entrar ai. –Gritou fingindo estar abrindo a porta.

-Ta bom, ta bom, já estou saindo, mas por favor não me machuque. –Entrei na brincadeira esquecendo momentaneamente que estava zangada.

No carro nós não conversamos em momento algum, mas o silêncio era agradável, seguido da vista da cidade.

A manhã de hoje foi totalmente diferente da noite de ontem, Percy foi um fofo, sempre atencioso e carinhoso, não se distanciou em momento algum, fazendo todas as minhas vontades.

Nós visitamos vários pontos turísticos, tiramos varias fotos, estudamos um pouco da arquitetura e história do lugar e depois almoçamos em um restaurante típico da America Latina, fazia algum tempo desde que eu havia comido algo tão bom quanto o assado a.la parrilla que ele serviam.

A tarde foi igualmente perfeita, nós passeamos, brincamos, conhecemos novos lugares, vimos o maior aquário da região, pelo qual o cabeça-de-algas ficou muito atraído. Quando já eram pouco mais de quatro horas ele me agarrou pela mão e me jogou dentro do carro, indo em direção a uma grande concentração de prédios, que mais tarde descobri ser um shopping.

O cabeça-de-algas sabia agradar uma mulher quando queria.

-Vamos fazer umas compras? –Disse ele me apresentando a porta giratória do lugar. Eu o olhei com uma cara de: o quê? Você foi abduzido e trocado por um autônomo controlado por Afrodite?

-Aproveite, está na conta do papai. –Ele riu da minha expressão, mostrando um cartão de credito. Como assim, Poseidon, o deus dos mares tinha um cartão de credito? Ah, quem se importa, ele é um deus, pode ter o que quiser. Percy havia me dado os ovos e o trigo então eu ia fazer um belo estrago, quero dizer bolo.

Aquele lugar tinha uma variedade de lojas que seriam o paraíso para qualquer filha de Afrodite. Nós entramos em varias boutiques luxuosas que vendiam desde livros a roupas e maquiagem.

Percy me seguia de um lado para o outro cheio de sacolas e compras. Um dos motivos para homens não gostarem de ir ao shopping com garotas é porque nós ficamos possuídas, e quando eu digo possuída, quero dizer que é com aquela voz na cabeça que fica dizendo: Você precisa disso, experimente aquilo, tem que levar isso. Acho que é o lado Afroditico (essa palavra existe?) de toda mulher.

E assim durante toda a tarde eu recolhia uma pilha de roupas e saia experimentando todas com Percy no meu encalço servindo de carregador. Sair por ai de loja em loja, não era a atividade preferida do meu namorado, e nem a minha, mas valia o sacrifício pela cara de tédio dele.

-Acho que já tenho tudo que preciso. –Disse avaliando meus novos itens adquiridos.

-Você acha? –sussurrou ele irônico.

-Você me disse para aproveitar. Só fiz o que me foi ordenado. - Devolvi no mesmo tom dele.

-Agora vamos. –Ele me puxou pela mão em direção a saída.

-Espera, nós não vamos jantar? Eu estou com fome. –parei bruscamente segurando-o.

-Nós vamos jantar sim, mas aqui não. –Respondeu com aquele ar misterioso de novo.

Durante todo o dia nós não nos beijamos, nossos lábios não se tocaram em momento algum e ele também não tentou nada. Eu achei que ele só estava sendo cauteloso para me pegar desprevenida a noite. Porém, quando passei pela porta o que encontrei foi inesperado.

-Um jantar romântico?! – Minha pergunta saiu mais como uma afirmação. –como você preparou tudo isso?

-Com a ajuda de um cartão de credito e do serviço especial de quarto. –falou dando de ombros.

Eu não agüentei, lhe dei um abraço seguido de longo beijo. –É cabeça-de-algas, você não é tão bobo assim. –Disse e ele me acompanhou em uma gargalhada gostosa.

O jantar foi ótimo, mas não só porque comida estava excelente, nós rimos, lembramos de momentos constrangedores que passamos juntos quando éramos mais jovens, olhamos as fotos que tiramos, demos comida na boca um para o outro.

Tudo muito romântico, quando Percy puxa uma caixinha azul de veludo e entrega para mim. Eu o olhei apática por alguns instantes então ele falou. –Pegue, é um presente.

Tomei a caixinha em minhas mãos e abri. Lá havia dois anéis em ouro e prata, com uma pedra branca incrustada em um e uma preta no outro, na parte interna havia duas metades de um coração, que juntas formavam um coração com as letras P e A.

-V-você está me pedindo em casamento? -. Eu estava feliz e ao mesmo tempo de certa forma assustada. Eu não tinha certeza se estava pronta para dar esse passo.

-Não, ainda não, mas pode ter certeza que um dia eu vou. –Sua voz vacilante foi logo tomada por um tom suave. – É um anel de compromisso e um pedido de desculpas. –Ele pegou o anel da minha mão. –Annabeth, minha sabidinha, eu te amo e quero estar do seu lado sempre, você é a coisa mais importante da minha vida, eu prometo que não vou nuca colocar nada acima de você. Desculpe por eu ter sido um idiota ontem, você sabe que às vezes eu sou meio lerdo e não consigo pensar direito, principalmente quando estou perto de você. –Dizia enquanto deslizava o anel pelo meu dedo.

-Percy eu te amo, sempre amei e sempre vou amar. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e eu quero que você esteja ao meu lado, hoje e sempre. –Falei também colocando o anel na sua mão.

Nós trocamos varias caricias, e demonstrações de afeto quando ele me tomou nós braços indo em direção a cama. Meu peixinho é um fofo, o dia perfeito, o jantar foi um conto de fadas e os anéis, não preciso nem falar, mas eu não poderia passar por cima do meu orgulho e voltar atrás com a minha palavra.

Percy tinha se redimido e provado ser digno do meu perdão, mas se eu não o ensinasse uma lição agora ele faria novamente, então eu disse:

-Ai amor, eu estou com uma dor de cabeça.


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Notas finais do capítulo

Rsrsrsrsrsrs...
Na minha opinião esse foi um dos que ficou mais engraçado.
Esperando o review de vocês seus divos!
(bajuladora, eu? Não, só realista!)